Chasing Cars escrita por JuhChagas


Capítulo 12
I miss us.


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu novamente fazendo uma postagem meio tarde da noite, desculpem! Tive algumas complicações :/ Oficialmente de férias o/
Esses dias uma ideia me ocorreu, e eu realmente gostei da ideia, apesar de ter certeza que vocês tentarão me matar, e decidi que essa ideia será o fim desta fic! Logo logo já estarei desenvolvendo no final, então, as postagens dependerão dos seus reviews e recomendações!
*chantageio mesmo manoolooooos,*
OUTRA COISA: agora de férias, eu estou com muuuita vontade ler, e estou procurando por fics com shipper especificos como: Klaroline (Klaus + Caroline de The Vampire Diares), Rose/Scorpius, Percabeth, Peetniss e Gale/Madge... Então, se vocês conhecerem fics realmente boas destes generos, please me mandem por MP!
Enjoy it *--*



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     Não sei por quantos minutos eu fiquei ali, em completo estado de choque ao me lembrar da ruiva, minha namorada. Voltei a piscar e respirar normalmente quando meus olhos já ardiam, e meus pulmões gritavam por oxigênio. Arfei passando as mãos pelos cabelos nervosamente.

     -Percy, está tudo bem? Você ficou estranho de repente... – Annabeth tinha a voz preocupada e seus olhos caçavam os meus, já tentando detectar alguma mentira.

      Desviei meu olhar para qualquer ponto longe do seu. Eu simplesmente não podia encará-los e ainda mentir. Porque responder que eu estava bem, não seria a verdade. Levei a atenção para os meus materiais, guardando-os todos dentro da mochila ao meu lado. Forcei a responde a sair:

       -Eu estou bem. –soltei uma risada nervosa. – É só que... Eu estava pensando: eu não vou conseguir escrever nada hoje mesmo, a sua redação parece estar bem adiantada e já está entardecendo... –despejei rápido demais. Dessa forma ela perceberia a minha mentira. – Pensei que talvez fosse uma boa ideia parar por enquanto, a gente podia tomar um sorvete, ou sei lá, e depois irmos pra casa.

        Encontrei suas orbes nebulosas e senti-me frio por não só estar mentindo, coisa que prometi não voltar a fazer agora que tentaria recomeçar com a loira, mas também me enganando por pensar que eu poderia seguir em frente com Annabeth, simplesmente ignorando Rachel. Tão fácil. No papel parecia que daria certo. Mas agora, suas orbes que, de alguma forma, nem me pergunte como, transpareciam sinceridade, justiça, eu reavaliei meu plano.

      Não poderia começar um novo parágrafo, sem por um ponto final neste. Eu teria que terminar com Rachel. E teria que ser logo, pois eu já não agüentava toda essa farsa de namoro perfeito, por status.

     Annabeth assentiu e logo estávamos caminhando lado a lado, em completo silencio. Silencio qual me levou de volta á ruiva. Rachel não era líder de torcida como o que todos esperam, mas agia como uma. Pior até. Ela sempre fora “apaixona perdidamente” por mim, como a mesma dizia, mas ela nunca passou de uma qualquer para mim... Mas as coisas, lentamente, mudaram com o tempo. Ela cresceu, e seu gênio só piorou, se tornando a cada dia mais insuportável. Na outra mão, seu status e popularidade também cresceram. As pessoas começaram a espalhar rumores, sobre um possível namoro. Eu nunca quis nada com ela, mas afinal, ela gostava de mim, e eu queria me divertir, então, pode-se dizer, que às vezes, nós nos divertíamos juntos. Mas foi sempre isso. Meus amigos da equipe de natação pressionavam, sempre ressaltando as melhorias que um namoro com ela me traria. Eu e ela, há dois anos, chegamos a uma espécie de “acordo”. Nós namoramos desde então. Sempre foi claro que para mim não passava de algo sem compromisso, divertido sim, que a verdade seja dita, ainda assim sem sentimento nenhum. Porém ela sempre mostrou que queria mais, mais que noitadas, mais que uma fachada. Ela queria que palavras falsas saíssem da minha boca com tanta facilidade quanto saiam da dela. Em um ano, eu nunca havia dito “eu te amo”, porque eu não amo, e eu sei que ela sente falta disso, mas afinal, quem se importa?! O nosso namoro é vantajoso para ambos, e esse é o ponto. Ou era, pelo menos. É um estúpido acordo, que eu estava disposto a desmanchar o mais rápido possível.

        E eu sei que ela se magoará, mas eu não posso seguir adiante fingindo um amor por alguém que eu não amo. Nunca amei, nem ao menos respeitei. Mas de qualquer forma, terei que ser cauteloso, e medir minhas palavras. Porque por mais que eu não suprisse nenhum sentimento por Rachel, não era legal dizer “Rachel, chega de farsas. Eu não te amo, nunca amei. Era tudo um acordo por popularidade, mas agora eu cansei. Acabou, Rachel, nós, acabou.”.

      Sacudi a cabeça de leve afastando o pensamento assim que vi a sorveteria. Depois eu pensaria em o que dizer e como, agora não era o momento para me preocupar com isso. Mirei a loira que tinha um sorriso divertido nos lábios enquanto encarava o chão. Seus pés somente pisavam nas pedras claras, evitando e pulando as escuras. Parecia uma criança fazendo isto, ainda mais com o sorriso que esboçava a pura diversão.

       -Você não teve infância não garota?! –alfinetei vendo-a fazer uma careta feliz.

       -Tive sim, e alias, sinto muito a sua falta. Por isso revivo-a de vez em quando. – retrucou agora invertendo as pedras nas quais pisava.

       -É aqui. –anunciei parando em frente à sorveteria com a fachada colorida.

       Ela levantou os olhos e esses brilharam ao ver onde estávamos. Nós sempre íamos naquele lugar e ficávamos por lá, fazendo sempre as mesmas coisas, de alguma forma, cada dia sendo diferente um do outro. Lembro de comentarmos, sempre, como não havia melhor sorvete, ao levá-lo à boca pela primeira vez.

      -Porque não disse que viríamos aqui?! Eu amo esse lugar! –ela já estava entrando, soando um sino aguda e cantarolado. Ela foi direto à grande variedade de sorvete no balcão protegido por um vidro. Juntei-me à ela.

      -Você estava muito ocupada revivendo sua infância. –soltei levando uma cotovelada nas costelas. Rimos em seguida, enquanto eu me fazia de vitima machucada. Era simplesmente tão bom estar com ela. Eu não pude deixar de manter um enorme sorriso em minha cara mesmo depois de já sentados, comendo o sorvete divino.

      -Menta com chocolate ainda? –perguntei apontando o seu. Aquele era seu favorito, desde que a conheço.

      - Os sorvetes daqui são os melhores, mas esse... É o melhor dos melhores. Pelos deuses... –ela fechou os olhos levando outra colherada à boca, e virando-a para baixo lentamente. Ela tinha essa mania, lembrei, para o sorvete tocar sua língua antes do céu de sua boca. Eu sempre variava entre os sabores, mas no final, voltava ao creme.

       Cada um voltou a atenção para o seu sorvete, até que não houvesse mais nada. Tombei a cabeça na mesa, sentindo-me satisfeito.

        Ouvi a cadeira à minha frente se arrastada e vi Annabeth se levantando. Ela me fitava impaciente.

         - O que? –perguntei franzindo o cenho.

         -Vamos dar uma volta por ai. Vem. –ela me puxou pelo braço, me levantando.

         -Ah não Annabeth... Eu estou morrendo. –levei as mãos ao estomago, enquanto fazia cara de emburrado, apesar de saber que nunca daria certo.

         -Não, não e não. Deixa de ser mole Perseu Jackson. Vamos. – ela não esperou resposta, já saindo da sorveteria.

         Sai começando a seguir-la. Eu, novamente no mesmo dia, não sei ao certo como começou, mas a conversa fluiu sem muito esforço. Nós falamos sobre tudo. Como o gosto musical dela permanecia o mesmo, Coldplay, Maroon 5, Nickelback, RHCP,  James Blunt, John Mayer, One Republic, Birdy, ou como Vampire Diaries era emocionante (parte que não me agradou muito, pois eu sei que a emoção desta série se resume aos vampiros considerados lindos e maravilhosos pela mulherada), e o quão tragicamente a oitava temporada de Grey’s Anatomy tinha acabado, ou como Harry Potter, Hunger Games sempre seriam seus vícios, ou como Nicholas Sparks, escrevia romances tão bons...

          Enfim, quando finalmente rumamos para nossas casas, o Sol já se punha gentilmente no horizonte. Annabeth ao meu lado brincava com as pontas encaracoladas do cabelo, até eu estacionar o carro em frente á sua casa.  Ela notou alguns segundos depois e voltou um sorriso tímido de lado em minha direção.

       -Então... –começou procurando as palavras.

       -Eu adorei hoje, Annabeth. –sorri abertamente pelas palavras terem saído tão facilmente.

       - Eu também. –ela retribuiu o sorriso pegando a bolsa em seus pés.

       Saímos do carro e, novamente em silêncio, caminhamos até a sua porta. A loira estava encabulada, suas bochechas denunciaram.

      -Ninguém em casa... ? –soou mais como uma afirmação do que pergunta.

      -Conte-me uma novidade, Percy, por favor. – ela rolou os olhos procurando as chaves no bolso interno da bolsa.

      Ela achou as chaves reluzentes e levou-as para a fechadura, abrindo com agilidade. Pendurou a bolsa em um cabideiro ao lado de sua porta, deixando-a entreaberta e voltou para fora. Alternou o olhar entre mim e seus pés.

      - Eu sei o que você está tentando fazer, Percy... Quero dizer, voltar ao o que éramos. –ela deu de ombros escorando na soleira.

      Pisquei atônito algumas vezes. Abri a boca, caçando algo com sentido para dizer, mas uma pergunta me veio e eu não pude evitar de despejá-la.

      -E você vai tentar me impedir, me fazereu parar? –assim que falei levei a mão à testa, xingando-me mentalmente. Que tipo de pergunta era essa?!

       -Não. –respondeu simples. – Eu estou com medo, não vou mentir, mas acima de tudo, eu sinto falta de nós, então... Não, eu não vou impedi-lo de tentar, ao menos.

       Meio que me feriu saber que ela tinha medo da nossa aproximação, porque não era pra ela temer nós dois juntos... Mas, mesmo assim, eu entendia seu receio. Eu já havia machucado-a uma vez, e isso falava por si só.

      -Annabeth, eu não quero que você tenha medo. Ok? Eu sei que fui um idiota e estraguei tudo uma vez, mas não vai acontecer de novo! Eu juro. Por favor, Annabeth, não tenha medo. Confia em... –comecei a me desesperar, e atropelar as palavras. Ela não poderia sentir medo, porque isso significaria se afastar. E eu queria exatamente o oposto.

       -Eu confio em você. –fui interrompido por dois braços finos enlaçando minha cintura e sua cabeça loira repousando-se cuidadosamente em meu peito.

       Pisquei varias vezes, tentando fazer com que qualquer miragem que fosse aquela, se dispersasse, mas nada foi embora. Ao contrário, eu ainda sentia seu calor contra meu peito, e suas mãos ainda em minhas costas. Ainda hesitante, abracei seu corpo, contornando seus ombros e levando uma das minhas mãos à sua cintura e outra ao seu cabelo loiro, que caiam como cascatas em suas costas. Afaguei-os realmente me certificando que ela estava ali, me abraçando. Desejei nunca mais soltá-la. A sensação de tê-la ali, entre meus braços, me completava.

      -Só não me faça me afastar novamente, sim?

      - Nunca mais, Annie. Eu prometo. –depositei um beijo casto no topo de sua cabeça e senti meu coração bater, desta vez, com imensa felicidade. 


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Notas finais do capítulo

Eu sei que estou enrolando com o beijo, mas ele logo virá (se os seus reviews e recomendações permitirem), por enquanto é melhor se contentar com este abraço! kkkkkkkkkk
Love Always,
JuhChagas.