No final do dia era a hora do desafio supremo. Ela já imaginava que tipo de coisa ele ia pedir e só conseguia ver tragédias. E então, chegou a hora.

-Bom, parece que agora é a hora do desafio supremo, certo?

-Hai.

-O desafio é...........Ficar quietinha enquanto eu falo com você, sem me interromper até o final.

-O que? Por que pediu isso? Estava imaginando algo pior...

-Eu não sou tão mal quanto pareço. E agora, calada.

Ela assentiu com a cabeça, mas ficava pensando o que ele tinha de tão importante pra falar que precisava desperdiçar seu pior castigo com isso.

-Bom, já tomei coragem então vou começar. É o seguinte, Ino: você conseguiu, me enlouqueceu totalmente. Eu estou preso a você agora. Me sinto feliz em passar um tempo com você. Acho que estou começando a entender as ideias complicadas do meu irmão sobre amor, ou coisas do tipo. Não é que eu esteja apaixonado, mas eu gosto de você. Gosto mesmo. Então queria conversar com seu pai, pra ver se ele aceita o que eu quero propor. Quero propor o seguinte: cada um de nós tem sua própria vida, mas quando eu estiver em Konoha e você em Suna, agimos como namorados normais. O que me diz?

-Por mim, tudo bem. Vamos pra minha casa agora, meu pai deve estar lá.

Na casa dela...

-Por mim, tudo bem. A Ino nunca foi de me obedecer mesmo. Se é isso que vocês querem eu é que não vou me opor.

-Obrigado, Inoichi-san.

-Ai, Kankuro, para com a formalidade e me come!

-Ino! Seja mais gentil, não foi assim que eu te eduquei!

-Certo, certo. Me come com carinho, então.

Kankuro deu um tapa na própria testa e Inoichi lhe dava tapinhas no ombro, em sinal de consolo.

-Vai vendo a merda que tu fez, moleque.

No dia seguinte, ele foi embora. Mas sabia que na próxima vez que fosse a Konoha, seria do mesmo jeito: intensidade, loucuras e risos. Tudo acompanhado de uma dose de sake.

                                          FIM.