- Então é isso?... - Sua voz tremula me atinge como um terremoto.

- Você sabe que não existe outro meio, v-você sabe que eu ficaria aqui por você... mas - Minha voz desapareceu em meio a um suspiro de cansaço. A quantas horas estavamos ali? Duas? Parecia uma eternidade.

- A gente pode fazer alguma coisa para mudar, será que você não entende? Eu não vivo sem você... - Seu tom de voz passou a ser murmúrios de choro. "Não..." Penso. Não me torture dessa maneira. 

- Eu também, mas não é o fim do mundo. Eu vou, mas vamos continuar a nos ver... Só com menos frequencia... - Abaixo minha cabeça e miro minhas mãos. Brancas.

- Você sabe que não vai ser fácil assim. - Rebateu com rispides. Não preciso olhar para ele para saber que seus olhos me culpam por sua dor. Respiro profundamente e ergo minha cabeça. Com os olhos penetrados nos seus revido:

- Você me ama? Responda sin-ce-ra-men-te. 

- Lógico que sim. - Percebo uma certa movimentação em seu olhar... Uma certa inquietação. 

- Eu acho que não. - Respondo friamente.

- Você nunca acreditou muito em mim mesmo, por quê acreditaria agora? - Odeio sua forma bruta de me responder. 

- Você não me transmiti sinceridade no que diz. Você sempre mentiu pra mim, escondeu coisas, me fez ficar por diversas vezes com dúvidas a sua fidelidade. Me prove aqui e agora que isso é mentira. - Lhe lanço o desafio e logo percebo ser perda de tempo.