My Dear Devil escrita por ana_christie


Capítulo 53
Capítulo 51


Notas iniciais do capítulo

Oláááá minna!!!!!
Konnichiwa!!! Naonix aqui!!! ^^ Desta vez estou postando! Ana-chan revisou a história então estou postando hoje!! Ana-chan sempre revisando maravilhosamente bem ♥
Agradeço muito ela por tudo sempre!!!

Aahhhhh demorou - como sempre - para essa lesma-chan aqui escrever, foi complicado.... A história estava ali mas não conseguia sair no papel!!!

Depois que uma fofis minha (dresa-chan) me passou uma lista de músicas maravilhosas, o negócio voltou a funfar aqui ahahah brigada dresa-chan ♥

O próximo cap já está sendo escrito, mas só vou postar quando começar a escrever o 53, okay?

Muito obrigada pelos comentários!!!!! E pelas recomendações!! Uah!! UAH!!! Ficou muito feliz por vocês gostarem dessa minha história que (nossa) já vem sendo escrita faz tempão!! Se demorar para postar não significa que desiste ou coisa parecida, é o meu cérebro fazendo greve. Okay??

Então vamos para mais um caps do MDD - parte 2 (vai ficar aqui mesmo).
Espero que vocês gostem!! Mas se não gostarem agradeço mesmo assim!! ahahah

kissus kissus!!!
E cuidem-se!!!

NaOnix



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Tinham se passado já duas semanas desde que eu e Mamoru começamos a namorar.

DUAS SEMANAS!!!

DÁ PARA ACREDITAR?

Uah!!

Nossa... Nem eu acredito até agora...

Posso dizer que era estranho sabe?

Jamais imaginei que um dia estaria aqui com ele, saindo como sua namorada, e ele como meu namorado.

E nós sermos namorados...

Uaahh... só essa palavra me arrepia toda!

Kami-sama, como as coisas podem mudar totalmente quando você se apaixona.

Gente...

Eu, Tsukino Usagi, odiava esse cara alguns meses atrás!

Odiava.

Simplesmente odiava.

Com todas as minhas forças internas!

E agora eu fico aqui pensando sobre onde esses sentimentos se encontravam.

Ah... parece que fui complemente preenchida por esse amor e esse carinho que jamais imaginei que poderia sentir por ele...

Me encheram completamente, tanto que eu até me afogava aqui...

Na primeira semana que saímos, fiquei um pouco nervosa, porque estávamos em um lugar público – na escola - de mãos dadas.

Mãos dadas.

Posso dizer que foi vergonhoso no começo, com os olhares de todos os alunos e, principalmente, alunas do colégio nos vendo chegar assim.

Juro que senti facadas em minhas costas cada vez que passava perto de alguma menina.

Para evitar que fosse massacrada em instantes, tentei soltar minha mão de Mamo, mas tudo que ele fez foi segurá-la mais firme, como se me dissesse que aquelas pessoas não importavam.

Quando o olhei, seu sorriso era tão firme em seu rosto que, de certa maneira, me deu forças para continuar daquela forma com ele e não me preocupar com os outros e só pensar na gente.

E mesmo corada e com o coração a mil, nós andamos por todo o colégio assim e saíamos da mesma forma.

Só teve uma parte daquela semana que não gostei muito, quando umas meninas que nunca vi na vida quiseram ser minhas melhores amigas eternas de uma hora para outra.

E é claro que eu sabia que era porque eu estava namorando Mamoru.

Mas, de qualquer forma, mostrei meu melhor sorriso para elas e me afastei.

Hunf!

Meninas desse tipo...

Desde que entrei no colégio, quis ter uma amiga para poder dividir sonhos e comida comigo, mas tudo que consegui foi a minha própria companhia. Bem, até Seiya chegar...

Então não dei muita moral para elas, não. Não sei se as deixei chateadas, mas poxa... Se quiserem ser minhas amigas... não sejam só porque estou com Mamoru agora!

Ai, ai... Sem esquecer da parte do bullying, que tinha voltado também.

Coisas simples que não me afetaram muito. Apenas tive que me movimentar mais.

Tive que ir atrás dos meus livros escondidos, minha bolsa no lixo e minhas roupas de ginástica sujas, mas fora isso, não aconteceu nada demais.

E aquela menina... Bleh, lá, não tinha aparecido.

Andei pensando, acho que aquela menina só queria praticar terrorismo comigo mesmo, porque, se quisesse fazer algo, teria voltado.

E ela que me aguarde quando eu a encontrar novamente!

Ainda tenho coisas entaladas na minha garganta.

Mas também realmente não me importava se a visse ou não.

Pessoas assim devem ser evitadas. Elas normalmente estragam seus dias.

Não sei como pode existir pessoas assim, que parecem que nascem com esse tipo de poder para chatear!

Suspirei uma vez.

Rabisquei no caderno mais algumas fórmulas químicas.

Sem esquecer também que Mamo tinha ido na minha casa para o jantar para o qual minha oba-chan o tinha convidado naquela semana.

Hehe...

Acho que nunca tremi tanto na minha vida como naquele dia...

Foi tão nervoso, muito nervoso vê-lo conversar com minha mãe e oba-chan.

Fiquei com vergonha, e minhas bochechas estavam quase explodindo quando ele disse que estávamos namorando!

Realmente não imaginei que ele diria isso.

Na verdade eu queria dizer isso, apresentá-lo como meu namorado, mas ele foi mais rápido que eu...

Sorri.

Posso dizer que oba-chan pareceu um pouco desconfiada no começo, mas acho que gostou de Mamoru!

Bem... depois, é claro, que ela o puxou para um canto para conversar não sei o quê.

Os dois ficaram conversando por um momento a sós enquanto eu e mama arrumávamos a mesa.

Mas, de qualquer forma, foi um fim de tarde agradável, e Mamoru pareceu perfeito de todas as formas enquanto esteve lá.

Ah... esse meu maldito conquistador.

Para vocês terem uma ideia de suas façanhas, Mamoru levou um buquê de flores para minha mãe e chocolates para minha vó. Sinceramente não sei como ele sabia das flores e dos chocolates favoritos de ambas.

Mas, desde o momento em que ele entrou em casa, conquistou-as com seus presentes, seu jeito de falar e seu sorriso matador.

Maldito baka conquistador.

Ele foi tão sem vergonha, mas tão sem vergonha que deu os presentes para elas, mas para mim, apenas um beijinho mixuruca.

Como se quisesse mostrar que não era daquele tipo que fica se agarrando pelo caminho, sabe?

Chiba Mamoru comportado, dá para acreditar?

Sério, quem não o conhece, compra aquele desgranhento!

E ainda!

A melhor parte!!

Todo o momento em que esteve em minha casa, ficou a certa distância de mim, como se fosse um perfeito cavalheiro à moda antiga que não podia me tocar – em nenhum momento ele nem mesmo segurou minhas mãos!! – e parecia que esperava pelo consentimento de minha mãe para sequer falar comigo.

Quando elas não estavam nos olhando, Mamoru me fitava com aquele seu sorriso de lado e me dava uma piscadela.

Vão dizer que não é um sem-vergonha filho da mãe?

Eu tive vontade de socá-lo!

Sei bem que não íamos ficar nos pegando na frente delas!

Imagina! Kami-sama, isso seria vergonhoso!

Mas fiquei com raiva porque, no outro dia, quando nos encontramos, ele veio me beijar fervorosamente na biblioteca do colégio, como se o dia anterior não houvesse ocorrido.

Suspirei mais uma vez.

Olhei para o lado e vi seu rosto submerso naquela montoeira de papéis.

E hoje eu estava aqui na casa dele, estudando para uma prova de química – sou um zero à esquerda para entender essa matéria – para a próxima semana. Estava aqui sentada sobre o tapete fofo do seu escritório, enquanto Mamo trabalhava ali na mesa, compenetrado em seus trabalhos da empresa.

Suspirei mais uma vez, mordendo meu lábio, e voltei para o livro, anotando mais algumas fórmulas.

Argh. Química...

Me ajeitei um pouco, deitando sobre o tapete de barriga para baixo, e ergui meus pés logo atrás.

Ahh... minhas pernas estavam doendo de tanto ficar sentada.

Eu simplesmente odeio química!

Ódio mortal, sabe?

Desde o momento em que eu e ela nos encontramos, houve rejeição de ambas as partes.

Simplesmente eu não me dou com ela, e ela, comigo.

Então estava fazendo um esforço enorme para tentar entendê-la pelo menos hoje.

Era um sábado, e Hotaru tinha saído para suas aulas de violino. Ela havia me dito que ia me ajudar nessas fórmulas químicas, então eu estava aqui agora esperando pelo seu retorno.

E como Mamo, de uma hora para outra, resolveu fazer seus afazeres no seu escritório, eu estava aqui com ele, estudando química e aproveitando sua companhia.

Olhei para ele novamente.

Era tão estranho como eu conseguia me sentir tão confortável perto dele e em sua casa ainda.

Ele passou a mão em seus cabelos, tentando afastá-lo de seus olhos, mas voltaram para o mesmo lugar.

Sorri um pouquinho.

Como certas coisas podem mudar tão drasticamente.

Antes ficar entre quatro paredes assim com Mamoru era simplesmente insuportável, porque eu tinha medo que ele me atacasse e fizesse alguma coisa hentai comigo. Então provavelmente eu o teria socado ou chutado ou qualquer tipo de violência necessária para afastá-lo.

Mas hoje eu vejo e me sinto totalmente diferente.

Sei que faz somente algumas semanas que estamos juntos... mas é tão bom me sentir dessa forma.

Gosto de apenas estar assim com ele.

Eu aqui e ele ali, sabe?

No mesmo cômodo.

Fazendo coisas simples como essa, eu aqui estudando, e ele ali trabalhando.

É tão legal isso.

Não sei nem explicar direito, fico feliz em tê-lo assim comigo, dividindo a mesma rotina ou simplesmente criando algo novo.

Passar essas duas semanas com ele, sendo sua namorada, me fez pensar que todos esses medos que antes eu sentia eram somente isso: um pequeno obstáculo.

Fico feliz por ter tomado a decisão de estar com ele hoje.

Sorri e suspirei mais uma vez, voltando para meu caderno.

– Por que você tanto suspira, odango?

Sorri de lado, apesar do apelido baka, e me voltei para ele mais uma vez, agora me encontrando com seus olhos azuis profundos.

– Eu odeio química... – fiz um bico, voltando para meus livros. – Por que tem que complicar tanto nisso? É tanto C e H, e ainda temos que saber os nomes! – risquei a fórmula.

– Hmmm... se eu lembrasse dessa matéria, podia te ajudar – ele falou com um sorriso, e sacudi minha cabeça.

– Você é de outra área agora, duvido que lembre – murmurei escrevendo. – Quando Taru-chan chegar vou grudar nela...

Ouvi-o dar risada e afastar a cadeira. Caminhou até perto de mim e se agachou, ficando ao meu lado.

– Quero entender por que tanto suspira... – ele murmurou, encostando seu braço contra o meu, aproximando-se o suficiente para me fazer sentir o seu perfume. Ele vestia uma camisa social preta com aqueles mesmos botões abertos na parte de cima, estava de jeans escuros e com cabelos um pouco desarrumados. E, por incrível que pareça, ele estava descalço.

Não sou dessas que curtem pés, mas devo dizer que até os pés dele são bonitos.

– Eu sei que tem uma regra, mas não faço ideia de como é... – resmunguei, ainda com raiva daquilo. Se eu não conseguisse entender aquilo com toda certeza ia ficar para a final!

– Hum... – sua cabeça estava um pouco acima da minha, então não vi seu rosto. – Na verdade, eu não era muito bom nessa matéria também, mas acho que me lembro dessa parte...

Pisquei várias vezes, virei meu corpo um pouco para o lado e levantei minha cabeça para olhá-lo.

– Jura?

– Hum?

– Está me dizendo que o grande Chiba era ruim em uma matéria? Você só pode estar de brincadeira comigo...

– O quê? Não posso? Ainda continuo tão gostoso assim para você?

Revirei meus olhos.

– Não comece... – suspirei, ignorando-o. Mamo deu uma risadinha, encostando-se mais uma vez em mim.

– Pelo que lembro, você tem que fazer assim - seu dedo apontou sobre o livro. - Primeiro lembre-se disso: met, et, prop, but, pent, hex e etc. – assenti algumas vezes. – Sempre nessa ordem.

– Hum!

– Quando for nomear as fórmulas, você precisa ver quantos carbonos existem nelas. Por exemplo, o met é colocado quando existe apenas um carbono – ele apontou novamente para o exemplo -, o et para dois, prop para três e assim por diante... – assenti mais uma vez. E Mamoru ficou em silêncio. Continuei esperando por mais, mas nada veio, e me voltei para ele.

– E agora? – falei para seu cenho franzido. Seus olhos fitavam as fórmulas com seriedade. Ele tinha uma mão cobrindo a boca de um modo pensativo. Pisquei algumas vezes.

– Hmmm... não lembro mais...

Senti como se uma gota se formasse em minha cabeça, como nos animes.

– Argh! Por que começou algo, se não sabe terminar, então? – franzi meu cenho dessa vez.

– Meus conhecimentos são limitados... – ele sorriu. Mordi o lado da minha bochecha, fitando o seu sorriso.

Seus olhos estavam profundos.

– Não sou tão perfeito, odango... – seu sussurro pareceu deslizar por toda a minha pele.

– É uma coisa fácil, você pelo menos poderia lembrar... – murmurei e percebi o azul dos olhos dele se tornar mais escuro.

– Se é tão fácil, por que você não entende, então? – seus lábios se alinharam, e fiz uma careta para ele, voltando para meu caderno.

– Muito obrigada por nada, “então”... – voltei a rabiscar meu caderno, anotando rapidinho o que ele falou.

Senti seus dedos pegarem alguns fios de meu cabelo e os colocarem atrás da minha orelha, ajeitando-os, mas o ignorei.

Seus lábios encostaram em minha bochecha, num beijo.

Um beijo tão quente que fez meu coração disparar.

Mas eu o ignorei de novo.

Pare, Mamo!

– Odango-baka - disse perto de minha orelha, e senti uma mordida ali.

E isso me pegou de surpresa.

– Ah! – olhei para ele assim que se distanciou e toquei minha orelha. - O que pensa que está fazendo, Mamo-baka?

Seus olhos estavam semicerrados, e novamente seus dedos me alcançaram, tocando a parte mordida.

– Mordendo...

Mamo... baka...

Ele continuou me acariciando bem ali - no local mordido - gentilmente.

Voltei para o meu caderno sentindo minhas bochechas arderem.

– Eu “tô” mal-humorada... – falei um pouco baixo. – Você não sabe o quanto eu odeio química...

– Eu sei... – disse, ainda me acariciando. – Sei também quando você deve dar um tempo...

Suspirei.

– Apesar de querer isso, não posso, Mamo... Não estou nem no começo da matéria... – virei algumas páginas do livro, sofrendo por tudo que eu tinha que aprender ainda.

Uuaahhhhhhh!!!

Queria tanto ser inteligente!

Não sei por que tudo tem que ser difícil para mim, principalmente se isso for estudo.

Dessa vez foi Mamoru que suspirou, e eu o olhei. Seus olhos trilhavam caminhos pelas minhas pernas e deslizaram por todo o meu corpo até chegarem aos meus olhos.

Corei.

Às vezes me dá esse tipo ansiedade, sabe?

Quando Mamoru me olha dessa forma, às vezes não sei se quero ou não saber o que ele está pensando.

Você está em uma posição... tentadora...

Mordi meus lábios e desviei meu olhar para minha caneta.

– Preciso estudar, Ma-Mamoru... – quis que minha voz saísse forte, mas ela fraquejou um pouco.

Ficamos em silêncio por um momento, mas Mamoru suspirou mais uma vez.

– Certo – levantou-se e ficou de pé ali ao meu lado.

Meu coração não parava de bater aqui dentro.

Mamoru se movimentou, e o vi colocar o outro pé ao lado da minha coxa.

Ah??

E se abaixou, sentando-se em cima de mim.

UAH???

– MAMO!!! – falei alto, surpreendida.

MAS O QUE ELE “TÁ” FAZENDO??

Praticamente ele sentou em cima das minhas coxas, com os joelhos no chão. Olhei para trás e vi que ele tinha um sorriso em seu rosto.

– MAMORU! – UAH! MEU ROSTO ESTAVA EXPLODINDO.

Balancei minhas pernas, impossibilitada de me virar ou sair daquela posição. Ele era pesado.

– Calma, odango... – sua voz saiu tão suave que novamente causou arrepios. Senti sua respiração em minha orelha.

– Ma-Mamo... e-eu...

– Eu sei, mas... – senti seu beijo em minha nuca e me arrepiei por inteiro - só um pouquinho... – fechei meus olhos ao sentir mais um beijo em meu pescoço.

Apertei forte minha caneta.

Seus beijos se tornaram fortes e, para cada um, vinham mais duas mordidas em diferentes partes da pele.

Ele mexeu com meus cabelos, puxando-os para o lado, para ele provar ainda mais do meu pescoço.

– Esse cheiro de sua pele é muito bom...

Segurei minha respiração, não aguentando mais as batidas do meu coração.

Eu ia explodir.

Senti seus dentes morderem com mais força.

– Ai! – abri meus olhos e olhei para o lado, encontrando-me com seu oceano intenso. Havia um sorriso de lado ali.

– Isso vai deixar uma marca...

Corei.

– Baka, pare, preciso...

Ele beijou minha testa.

Ahhh... droga... Mamoru...

Suas mãos se apoiaram aos lados dos meus cotovelos, e ele continuou o seu caminho para minha mandíbula até chegar a minha boca.

Estávamos em uma posição tão estranha...

Mas eu não parava de corar cada vez que sentia seu peito bater contra minhas costas.

Desde aquele dia em que eu e Mamo passamos a noite juntos, não fizemos absolutamente nada.

Só nos beijamos como sempre.

O que achei estranho até...

Do jeito que esse ser é hentai...

Porém, quando ele me deixa a ponto de perder o total controle, ele simplesmente para e se afasta de mim, deixando-me perdida por todas as sensações e completamente apaixonada...

Não sei qual o problema dele e o porquê de fazer isso comigo...

Muitas vezes parece que ele quer me ver explodir

Como nesse exato momento...

O perfume dele, a sua pele...

Seu corpo encostando contra o meu....

E a sua boca na minha.

Ele gemeu dentro de minha boca e me beijou ainda mais forte. Senti sua mão entrar por debaixo da minha blusa e encostar na minha pele, apertando com força minha cintura.

Afastou seus lábios, e corei envergonhada quando ele arrumou a sua posição em cima de mim. Voltei para frente, apertando o livro em minha mãos.

Ouvi-o respirar suavemente.

Kami-sama...

Seus beijos me deixam tão tonta...

Seus dedos tocaram meu cabelo, e o senti segurar firme os fios em sua mão. A outra ainda estava firme em minha cintura, apertando e relaxando os dedos sobre a minha pele.

– Ma-Mamo...

– Eu estava pensando... – sua voz me pegou de surpresa. - Você não tem se sentido um pouco enjoada esses dias?

Pisquei algumas vezes.

Droga...

Eu ainda estava perdida em todas aquelas sensações.

– H-hm? Nã-não, po-por quê?

Ele ficou em silêncio por um minuto, e virei minha cabeça para trás para observá-lo. Seus olhos fitavam minhas costas com um pouco de seriedade.

Parecia que pensava em algo.

Talvez seja cedo demais, mas foram algumas vezes, e tenho certeza que sou saudável... ­– pisquei algumas vezes, sem entender do que ele falava. Parecia que conversava consigo mesmo. Seus olhos se voltaram para mim. – Você tomou alguma coisa depois que transamos?

Fiquei que nem um pimentão com a sua palavra.

UAH! UAH!!!

Esse jeito dele de falar dessas coisas tão naturalmente me faz morrer de vergonha!

Olhei para frente rapidamente e engoli um pouco em seco.

– Ha-hai... – minha voz tremeu um pouco. – Um comprimido, tomei no outro dia...

E ele ficou quieto por um momento.

Seu silêncio me deixou um pouco nervosa, seus dedos ainda mexiam com meu cabelo.

– E-eu encontrei com Mina-chan naquela manhã, e... e-ela disse que eu precisava tomar aquele comprimido urgente...

Dessa vez ele suspirou alto.

E se fez silêncio.

O que houve com ele?

– Talvez fosse melhor... de qualquer forma... – sua voz soou baixinha, mas consegui ouvir mesmo assim.

Dessa vez senti-o se levantar um pouquinho de cima das minhas pernas. Sentou-se do outro lado do chão, encostando-se no sofá.

Aliviada por me sentir livre, virei-me e me sentei, puxando minhas pernas para frente.

Fitei seu rosto bonito, e ele parecia ainda perdido em seus pensamentos.

Ficamos em silêncio por alguns minutos.

O que havia acontecido?

Ele parecia chateado?

Ou aliviado?

Quero um dia poder entender o que se passa na cabeça de Mamo.

– Não era para tomar o remédio? – minha voz soou fraca até, mas realmente não sei se eu estava com medo de perguntar ou mesmo se era certo perguntar isso.

Ele piscou algumas vezes e se voltou para mim, um pouco perdido, como se estivesse num lugar longe dali.

– Não, não é isso. E sim, foi bom você ter tomado, você só tem 16 anos e muita coisa para fazer ainda... – e ficou em silêncio novamente. Seus dedos afastaram o cabelo de sua vista.

Seus pensamentos o levavam para um lugar desconhecido.

Para um lugar que eu não podia alcançar.

Ele...

O que se passava na sua cabeça?

Ele por acaso...

Ele pensara em ter um filho comigo?

Uah!

Corei só com o pensamento.

Ele parecia chateado, mas ao mesmo tempo não tanto assim.

Por isso ele perguntou se eu estava me sentindo enjoada, ele achou que eu poderia estar grávida?

Kami-sama... Só de pensar nisso, e minhas pernas tremem...

E se eu não tivesse tomado aquele comprimido?

E falasse para ele que estava, sim, enjoada?

Sua atitude teria sido diferente?

Mordi meus lábios, não conseguindo entender o que esse quebra-cabeças de Mamoru estava tentando dizer com suas palavras.

Eu queria perguntar... “Você queria ter um filho comigo?

Mas talvez fosse idiota demais da minha parte.

Ah... estamos há apenas algumas semanas juntos, e já estou pensando em ter um filho com ele?

Sério, como posso ser tão estúpida assim?

Eu quero ir devagar nesse caminho, temos muitas coisas para aprender ainda, e temos que nos conhecermos melhor...

Mas só a ideia de Mamoru querer ter um filho comigo já me balança por inteiro.

Ah... o que estou pensando?

Ele nem falou nada... e minha mente já fica aqui, pensando coisas absurdas.

Controle-se, Usagi!

Calmamente saí da minha posição e engatinhei até ficar ao seu lado, também me encostando no sofá. Nossas pernas estavam flexionadas à nossa frente, e eu bati meu joelho contra o dele.

Ele suspirou com seus olhos quentes em mim.

– O que houve? – minha voz saiu num sussurro, enquanto eu me afogava pouco a pouco em seus olhos azuis profundos.

Mamoru abriu a boca para falar algo, mas logo a fechou novamente, como se pensasse melhor no que estava para dizer.

Seus lábios se partiram.

Você me faz pensar em tantas coisas ao mesmo tempo... – sussurrou, batendo agora seu joelho no meu.

Uahh...

Sua voz me trouxe arrepios.

– Co-coisas? – perguntei, não sabendo ainda direito no que focalizar, se em seus olhos ou seus lábios.

Ele assentiu e partiu seus lábios mais uma vez.

No passado... – ele se encostou um pouco mais em mim, e senti calor emanando do seu corpo. – ..presente...– seu braço parecia estar queimando contra o meu. – E no futuro.

Ah, nossa...

Mamoru tinha isso nele.

Essa pele quente, que parecia queimar ainda mais quando nos encostávamos.

Ele parecia o próprio fogo.

Ficamos em silêncio novamente, observando um ao outro.

Até as suas palavras pareceram me esquentar...

Mas espere...

Ele disse..

...futuro?

Mamoru pensa num futuro... entre a gente?

Com o pensamento minhas bochechas se aqueceram novamente.

Meu peito subia e descia, e sinceramente eu não queria nem mais saber sobre meus estudos, que fossem esquecidos ali no tapete.

Só ele me importava agora.

– Sabe, Mamo-baka... – disse baixinho, mas o suficiente para ele me ouvir. – Um dia gostaria de ouvir sobre isso...

Ele piscou lentamente e fechou seus lábios com um pequeno sorriso.

E ficamos ali, olhando um para o outro, ouvindo nossas respirações.

Kami-sama...

Mamoru me esquenta apenas com esse olhar.

Ele mexe tanto com a minha cabeça e com o meu corpo que muitas vezes não sei o que quero fazer primeiro.

Mas olhando para seus lábios, tudo que eu quero nesse exato momento é
beijá-lo.

Kami-sama...

Quero beijá-lo muito...

Fitei seus lábios e voltei para seus olhos.

– Estou aqui, Usako... – disse ele, como se ouvisse meus pensamentos. – Só venha...

Sorri. Sempre desse jeito, Mamo-baka... E, como se estivesse hipnotizada, levantei-me um pouquinho para me aproximar.

Beijei sua boca sem fechar meus olhos, provando-o por um breve momento.

E com um só beijo me afastei, voltando a sentar.

Mamoru ficou com os lábios partidos, seus olhos cerrados nos meus.

– É isso que você chama de beijo? – sussurrou, abaixando-se e ficando no meu nível, nossas testas quase se tocando.

– É o melhor que tenho por hoje... – sorri com as faces quentes. – Eu estou mal-humorada, lembra?

– Não... – franziu rapidamente seu cenho ainda com um sorriso. Ele se virou um pouquinho mais para mim e tocou meu cabelo, colocando-o atrás da minha orelha. - Isso não foi o suficiente... – sua boca se abriu e tomou a minha.

Fechei meus olhos.

Nossas bocas pareciam se misturar de um jeito apaixonado, com pequenas mordidas e beijos ardentes.

Se fosse possível ficar assim com ele o dia inteiro....

Ah... Kami-sama...

Eu ficaria...

O meu mau humor sumiu nesse exato momento...

E talvez o que Mamoru dissera, fosse realmente certo...

Precisava só de um tempinho para isso.

Hmmm... para somente isso...

– ESTOU DE VOL-Opa! – a voz de Taru-chan soou na sala, e com vergonha afastei-me de Mamoru, mordendo meu lábio e bochechas quentes. – Gomen, não achei que...

– Argh, Hotaru... – a voz de Mamoru soou brava enquanto ele se virava para ela. – Vai para seu quarto e volte só quando eu te chamar...

– Me obrigue! – Taru-chan tinha as mãos na cintura e olhava feio para Mamoru.

Segurei meu sorriso pela discussão dos dois e me afastei dele.

– Aonde você pensa que vai? – sua voz intensa soou para mim, mas eu o ignorei, tentando recobrar minha sanidade.

Ah... droga...

Ele realmente era pior que chocolate para mim...

Quando estou no chocolate, chega um momento que comi demais e minha mente me alerta que já é o suficiente e que preciso parar de comer, pois já me sinto satisfeita. E olha que chocolate é minha fraqueza...

Mas quando temos Mamoru em toda minha pele, e sua boca contra a minha...

Parece que nunca consigo me satisfazer por inteiro...

Eu sempre quero mais e mais...

Ah, Kami-sama...

Estou me tornando uma hentai que jamais pensei em ser...

E droga...

O que era para eu fazer, mesmo??

Taru-chan está aqui... e...

Eu tinha que... fazer alguma coisa com ela...

AH! Livros! Livros!

Química... estudo!

Argh!

Engatinhei até o tapete fofo, pegando meus livros. Levei meus olhos para Taru, mas sem querer bati com os de Mamo me fitando intensamente, e quase me perdi de novo.

– Ta-Taru-chan... ainda bem que você chegou... – sorri, tentando segurar as batidas do meu coração.

– Como assim “ainda bem que ela chegou?” – ele falou novamente, mas o ignorei, olhando para minha salvadora.

– Ajude-me!!!- ergui meu livro com lágrimas nos olhos.

Taru-chan deu uma risadinha.

– Hai!!! Eu vim correndo para isso!! – ela riu fofa e começou a me chamar com a mão. - Vamos para meu quarto, Mamoru só vai atrapalhar se ficarmos por aqui.

– Hai! – peguei meus livros, começando a me levantar.

Mamoru não disse nada enquanto eu me afastava, mas eu o fitei, seus olhos cerrados em mim.

– Depois eu volto, Ma-Mamoru... – apertei os livros contra o peito, indo em direção à porta, mas ele não disse nada, ainda me fitando como se quisesse me engolir por inteiro.

Minhas pernas chegaram a tremer um pouco.

– Venha, Usagi-chan! – Hotaru apertou minha mão assim que me encontrei com ela e começou a me puxar.

Espera um pouco... – a voz de Mamoru nos fez parar, e eu o fitei quando se levantou do chão e caminhou em nossa direção com toda aquela altura e seu perfume delicioso. – Antes de vocês irem...

Ao chegar suficientemente na minha frente, levantei meus olhos para alcançar os seus; tinha um ponto de interrogação em meu olhar.

Ele ergueu uma mão e tocou na face da Hotaru, tampando seus olhos.

– EI! – Taru gritou alto e largou a minha mão para tentar tirar a de Mamo de sua visão. – MAMORU!!

Antes que eu pudesse entender, os lábios de Mamoru já estavam em minha bochecha, num beijo bem quente.

O cheiro dele me fez arrepiar mais uma vez.

Vou ter que sair, mas eu volto... – sua voz estava somente em meu ouvido, enquanto Hotaru brigava com a mão dele. – Espere por mim, que vou te levar para casa... – e beijou o lóbulo de minha orelha.

Uah...

Afastou-se, e observei sua mandíbula, sua boca e seus olhos.

Ele me olhava daquela mesma forma, e eu apenas assenti, trêmula.

Ele sorriu de lado e afrouxou sua mão sobre o rosto de Hotaru.

Taru tinha o rosto vermelho e arrancou a mão de Mamoru da sua vista.

– VOCÊ NÃO TEM NEM UM POUCO DE RESPEITO PELA SUA PRÓPRIA IRMÃ??? – disse furiosa com os olhos em chamas. Ela respirava fogo enquanto olhava para Mamoru como se quisesse matá-lo.

Mas Mamo apenas sorriu de lado, afastando-se.

– DA PRÓXIMA VEZ ME FALA PARA FECHAR OS OLHOS EM VEZ DE AGIR DESSA MANEIRA!!! – ela realmente estava furiosa, e apesar de estar surpresa com a sua fúria, apenas sorri.

Notando meu sorriso, Taru pareceu ter recebido um balde de água fria em sua cabeça e se recompôs rapidinho.

Fez um barulho com a garganta e pegou minha mão novamente.

– Desculpe... – disse com as faces vermelhas. – Vamos..

Sorri mais uma vez.

Esses dois...

Eram tão fofos juntos...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Obrigada por chegar até aqui!!!
Até o próximo caps!!!!! Se você quiser pode deixar uma mensagem para agradar eu e a Ana-chan =^_^= hi hi
kissus!!

A imagem pertence á cockpit



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