A garota parecia amedrontada. Não tinha consciência de onde estava. Não sabia o motivo de estar ali. Não conhecia o porquê de haver tantas pessoas ao seu redor. Pareciam montar uma ficha completa da garota. Uma mulher olhou para a loira de expressão frágil.

     – Quantos anos você tem... Annabeth? – Pronunciou o nome após olhar para a suposta ficha da garota.

– Não sei. – Annabeth respondeu com descaso. Ela não sabia mesmo. Só sabia seu nome. E que, provavelmente, sua família estava morta.

     A mulher logo perdeu o interesse na garota. Continuou a preencher uma ficha enquanto dois homens a observavam. A garota encarou o teto rachado. Após alguns minutos a mesma mulher dirigiu os olhos para Annabeth novamente. A loira ficou nervosa.

     – Vou procurar algum médico que cuide de você, está bem? Não se preocupe querida, tudo vai ficar bem agora. Não tente nenhuma loucura, certo? Tudo está bem agora. – A mulher levantou-se cautelosamente. As palavras saiam tranquilamente de seus lábios vermelhos. Annabeth não acreditou em uma palavra do que ela disse.

     Exatamente trinta minutos depois a mulher de lábios vermelhos chega com um jovem atrás dela. Annabeth não daria a ele mais de 23 anos. Ele tinha os cabelos negros e os olhos mais bonitos do mundo. Um sorriso acolhedor no rosto.

     – Bem... Annabeth, certo? Sou o Dr. Jackson, ficarei com o seu caso... Não se preocupe tudo vai ficar bem. Seja bem vinda ao Hospital St. Hale’s. – Ele ofereceu a mão em um comprimento. A garota apertou a mão do médico.

     Conduziram-na a um pequeno quarto. Ela repassou todas as palavras que ele falou em sua mente. Por que insistiam em dizer que tudo ficaria bem? Annabeth aprendeu que na vida dela, nada fica bem.