The Daughter Of The Regicides escrita por Reira


Capítulo 1
Capítulo 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/215000/chapter/1

                - Quem vem lá? – perguntou um dos guardas.

Porto Real, pensou Elinys Lannister. A moça nunca gostara da capital do Reino, desde pequena sempre achou as ruas tumultuadas e os barulhos insuportáveis, e lá estava ela, parada aos portões esperando para entrar no seu lugar menos favorito em todo o reino.

                - Sou apenas uma viajante, Sor. Apenas quero um lugar para passar a noite e um pouco de comida para forrar os estomago. – um grosso manto lhe caia sobre os ombros e o capuz lhe escondia a face .

                - Tem uma montaria muito boa para um pobre viajante, onde a conseguiu?

                - Foi tudo o que meu pai me deixou antes de partir, Sor. Era um cavaleiro de Ponta Tempestade.

                Ela não mentira completamente, o cavalo realmente tinha sido um presente do pai, mas este definitivamente não está morto. Foi trotando em ritmo lento para dentro dos portões de Porto Real, em direção a uma taberna que ela conheceu alguns anos antes, na sua ultima visita.

                Antes mesmo de dobrar a viela que levava ao Cinco Coroas, o som das risadas e da musica a atingiu, e logo depois o cheiro de carne assada, involuntariamente seu estomago roncou, estava faminta. O lugar era exatamente como lembrava, um casebre pulguento, com algumas prostitutas e homens de todas as idades e classes, de diversas partes do reino com apenas algo incomum: a bebida. No Cinco Coroas, não importava quem você era, apenas o quanto você podia beber.

                Poucos repararam nela ao entrar, Elinys caminhou para uma das mesas, a única com um espaço para sentar e lhe foi servido vinho da Arvore, e pão duro com uma sopa de legumes acompanhado por alguns pedaços de carne, ela devorou tudo rapidamente, e repetiu. Enquanto comia ouvia as conversas ao seu redor.

                -...uma mulher, pelo Sete Infernos, é por isso que os Sete Reinos não irão durar, nunca uma mulher esteve a frente do Trono de Ferro, já parou para pensar nisso? E sabe por quê? Porque elas são fracas, essa Mãe de Dragões precisa é de um Rei para governar enquanto ela da de mamar as crias demoníacas dela, ainda vejo o dia em que esses malditos Dragões botarão fogo na Baixada das Pulgas e em todo resto. – gritava o homem, para quem quisesse ouvir, mal se aguentava de tão bêbado, e ria e inflava como um porco, todo vermelho e suado.

                - E quem seria esse Rei, Barnabas? Você?

                - Sim, e porque não? Se uma mulher pode governar os Sete Reinos um criador de porcos também pode.

O salão encheu-se de gargalhadas, a Donzela e o Urso era cantada a todo os pulmões, então a porta abriu-se abruptamente, e vários guardas da Rainha entraram, uma dúzia, talvez mais, Logo atrás deles vinha Lorde Varys, o Mestre dos Sussurros, agora o eunuca já tinha idade avançada, andava encurvado e apoiado em uma bengala, mas sem nunca perder aquele sorriso de falsa simpatia e os olhos de quem sabe um segredo.

                - Ora, ora, se não é Lorde Varys, minha cara Aranha, - disse ainda sentada junto à mesa, Droga, eles me acharam mais rápido do que eu previa. – O que faz aqui no Cinco Coroas?

                - Sempre achei esse um nome apropriado, apesar de terem sido seis pessoas a lutarem pela coroa. – Sorriu debilmente – E quanto ao que faço aqui, é claro que vim lhe buscar, Lady Elinys, Sua Graça a espera, e nunca se pode deixar uma Rainha esperando.

                O salão que antes estava animado, agora se mantinha em completo silencio, as pessoas os encaravam sem entender o que estava acontecendo.

                - Ora essa, e se eu não quiser ir? – disse afastando o manto em pondo as mão nas espadas, eram duas.

                - Esperava que me desse esta resposta, por isso trouxe guardas comigo.

                - Vejo. Uma dúzia, devo acreditar que o senhor me teme, Lorde Varys, para trazer tantos homens?

                - A Senhora é uma Cria de Regicidas afinal, seria tolo se não a temesse.

Cria de Regicidas, era assim que a chamavam desde que podia se lembrar, por mais que não fosse inteiramente verdade, o pai realmente havia matado um Rei, já a mãe apenas foi acusada de matar outro. A essa altura as pessoas começavam a compreender quem ela era.

                - Cria de Regicidas ele disse?  - murmurou uma das prostitutas.

                - Então essa é a filha de Jaime Lannister e da mulher de Tarth, a que matou Lorde Renly... – sussurrou outro.

                Elinys baixou o capuz, deixando a mostra os olhos de um azul profundo e os cabelos loiros, quase brancos de tão claro caírem por sobre os ombros e encarou profundamente a Aranha por alguns segundos, uma troca de ameaças silenciosas.

                - Como o Senhor mesmo disse, não se pode deixar uma Rainha esperando.

Colocou um Dragão de ouro sobre a mesa como pagamento e saiu andando, escoltada pelos guardas, indo à pessoa que poderia decidir sua vida, ou acabar com ela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!