Meu Bônus Infernal escrita por Mandy-Jam


Capítulo 24
Nós três


Notas iniciais do capítulo

Riam muito nesse capítulo. É tudo que eu espero que vocês façam. HAHAH!

Boa leitura!



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POV Apolo

- Ela quer sexo á três. – Pensei. Olhei para Ainda com meus olhos arregalados, olhei para Ares, e refleti sobre a questão – Uhm... Não estou certo disso...

 POV Ares

- Sexo á três. Mas como o Apolo?! – Pensei. Olhei para ele, e notei que olhava para mim com os olhos arregalados – Não. Tinha que ser com ele? Nem pensar. Mas se ela quisesse chamar alguma amiga dela... Aquela tal de Jess, ela é gostosa. Ou a prima dela. Nossa... A prima dela. Mas que prima...

POV Alice

Os dois ficaram se encarando e me encarando. Senti uma imensa vontade de retirar o que tinha dito e voltar á dormir no chão do quarto, mas estava com medo demais do escuro para enfrentar o corredor inteiro.

Embora eu quase não visse nada, podia notar a malícia tomando conta da cabeça dos dois. Eles levaram alguns minutos me encarando, quase que sem palavras de excitação.

Apolo, então, esticou o braço e jogou Ares para fora da cama antes que ele pudesse dizer algo. O Deus do Sol deu uns tapinhas no colchão e olhou para mim.

- Claro que pode! Vem para o meu ladinho, Alice. – Falou com uma voz maldosa – Eu vou te esquentar.

Ares se levantou e puxou o lençol com tanta força que Apolo rolou para fora da cama também. O Deus da guerra rosnou para ele, mas logo sorriu para mim.

- Agora sim. Vem, benzinho. Temos a cama só para nós dois. – Falou me chamando com o dedo indicador. Passei a mão pela testa sem acreditar no quanto eles podiam ser pervertidos.

- Eu não vim aqui para isso. – Falei com vergonha ao ouvir aqueles comentários. Apolo colocou-se de pé e lançou um travesseiro no rosto de Ares.

- É, seu burro. Você acha que ela ia para você, podendo ter á mim? – Reclamou – Saí você da cama.

- Saí você da cama. A garota é minha! – Rebateu.

- Ela sempre foi minha. – Retrucou.

- Eu só quero um lugar para dormir! – Exclamei mais alto que eles, mas não o suficiente para que alguém da família do Will ouvisse e acordasse. Eles olharam para mim – Eu não posso dormir no chão do quarto. Ele está cheio de poeira.

Ares cruzou os braços e levou alguns minutos para pensar.

- Espera. Quer dizer que você não quer sexo? – Perguntou confuso. Meu rosto não poderia ruborizar mais do que aquilo. Nem um pimentão era mais vermelho.

- Não, Ares. Eu não quero sexo. – Repeti com vergonha, mas tentando escondê-la.

- Aaah! – Reclamou e se jogou na cama – Então se manda daqui. Boa noite.

- Vai mandar a garota dormir no chão? – Perguntou Apolo chocado – Ele pode morrer.

- Então chuta a bunda do pai dela. Quem mandou ele pegar a cama? – Rebateu se ajeitando para dormir. Apolo ia reclamar, mas eu acabei falando antes.

- Você realmente não liga se eu morrer? – Perguntei profundamente irritada. Por mais que nós dois nos odiássemos, achava que já tínhamos superado a fase de “quero que você morra”.

Ares se colocou sentado e coçou a cabeça, um tanto sem jeito. Notara o quanto eu tinha me incomodado com aquilo.

- Não... Não é como se você fosse morrer. Você só vai espirrar um pouco e... Sei lá. – Ele encolheu os ombros – Você não pode espirrar?

- Não se desencadear uma crise e eu não conseguir respirar ar o suficiente. – Falei de um modo grosso e irritado. Ares inclinou-se para a frente.

- Tá. Eu só tenho mais uma pergunta. – Falou calmamente – Por que você está segurando uma lanterna?

Olhei para a lanterna na minha mão e escondi atrás de mim.

- Eu... – Queria deixar para falar aquilo no dia seguinte, mas acabei tendo que responder á Ares – Eu fui lá fora para respirar um pouco. E estava escuro, então...

- Espera. – Ares me interrompeu. Ele estava prendendo o riso – Você está com medo do escuro. – Eu fiquei em silêncio e ele riu – É por isso que você não quer ir para o seu quarto? Está com medo dos fantasmas puxarem seu pé no corredor?

Apolo prendeu o riso, mas Ares riu descaradamente.

- Então isso de “posso dormir com vocês?” foi tipo um “mamãe, papai, posso dormir com vocês?”? – Perguntou Apolo quase rindo.

- Vocês vão ficar rindo da minha cara ou vão me dar um espaço na cama? – Perguntei com vergonha e irritada. Ares parou de rir e Apolo também. Eles fingiram estar pensando – Ah, qual é? Eu sou menor que vocês. Não vão nem notar que eu estou aí.

- Tá bom. – Respondeu Ares. Eu suspirei aliviada – Mas só se dormir nua. Vai tirando a roupa. – Liguei a lanterna e apontei para a cara dele. Ele se debateu momentaneamente cego e começou a resmungar – Tá bom! Esquece!

Fui para o meio da cama e me deitei. Ares e Apolo se deitaram cada um do meu lado. Achava, inocentemente, que não teria problema nenhum com a divisão de espaço. Mas é claro... Eu estava errada.

Notei que o espaço estava cada vez mais apertado. Apolo estava grudado contra meu corpo na minha esquerda, enquanto Ares me abraçava por trás pela direita. Tentei me ajeitar, mas cada um deles grudava novamente seu corpo ao meu.

Coloquei-me sentada.

- Vocês só podem estar tirando uma com a minha cara. – Reclamei, mas ele se fizeram de ingênuos – Tinha um Rio Nilo entre vocês, mas agora que eu deitei vocês resolveram ficar juntinhos? Cheguem para lá!

- O espaço é pequeno. A culpa não é minha. – Comentou Apolo deitando-se de novo. Ares olhou para mim enquanto eu me deitava.

- Ainda está com medinho do escuro? – Perguntou com um sorriso maldoso – Não vou implicar com você, se estiver, Kelly. Na verdade, vou deixar você á vontade para colar em mim se sentir necessidade.

Ele deitou-se novamente. Resolvi ignorar o que ele tinha dito. Em minha mente, eu podia imaginar milhares de cenas apavorantes. Imaginei mãos desmembradas andando sozinhas, e me puxando. Imaginei zumbis retorcidos me dando sustos.

Por que Ares tinha que abrir a porcaria da boca?

Permaneci imóvel por longos minutos, literalmente fingindo de morta caso algum monstro quisesse me atacar. Podia sentir que o rosto de Apolo estava bem próximo do meu, mas não ousei tocá-lo nem me mexer. O medo estava tomando conta dos meu corpo, da minha respiração.

Senti um sopro frio em minha nuca. Gelei. Resolvi ignorar. Achava que era só o Ares, até sentir algo agarrar meu pé com firmeza. Eu soltei um grito alto e dei um pulo na cama, colocando-me sentada.

Ares começou a rir. Levei alguns minutos para entender que ele que tinha feito aquilo para me assustar. Com o coração quase saindo pela boca, fiz o que seria mais racional: comecei a espancá-lo com socos e chutes.

- Seu filho da puta! – Não era de xingar, mas estava morrendo de raiva – Cretino! Imbecil! Idiota! Babaca! Você achou isso engraçado?! Vai para o inferno, Ares, seu besta!

- Ei, ei! – Chamou Apolo agarrando-me por trás e me puxando para longe de Ares. Ele se defendia facilmente de meus socos, e não conseguia parar de rir.

- Você é mesmo uma garotinha assustada, Kelly! – Riu ele sem se controlar – Ficou com medinho, foi? Quer colar em mim agora?

- Eu quero é te chutar no meio das pernas, seu animal! – Reclamei me debatendo, tentando me soltar de Apolo.

- Calma! – Falou Apolo me abraçando – Sh! Passou. Chega.

Me soltei dele e controlei minha raiva. Ares ainda ria, mas tentou parar ao notar que eu o encarava. Ele abriu os braços com um sorriso malicioso no rosto.

- Vem cá. – Pediu. Neguei com a cabeça e tentei me afastar o máximo dele – Não fuja de mim, Kelly. Vem cá.

- Não. – Falei com raiva. Ele me abraçou apertado e deu um beijo com um estalo na minha bochecha. Ele sempre fazia isso para me irritar, pois era a maneira perfeita de fingir “carinho” e ao mesmo tempo me deixar surda – Não toca em mim.

Desvencilhei-me de seus braços e me joguei na cama com raiva. Ares riu e deitou-se novamente. Apolo fez o mesmo só depois de alguns minutos ao notar que eu não tentaria espancar Ares de novo.

Nós caímos no sono logo depois.

Abri os olhos bem devagar. Estava de barriga para cima, e a primeira coisa que enxerguei foi o teto. Meus olhos se acostumarem lentamente com a claridade. O Sol estava nascendo.

Olhei para Ares e para a Apolo, e senti meu rosto corar. Eles estavam dormindo, mas cada um tinha uma mão em um seio meu. Meu rosto ardeu em vermelho. Levantei suas mãos devagar para eles não acordarem, e deslizei para sair da cama.

Ao sentirem suas mãos tocarem o colchão reto, eles – ainda dormindo – foram chegando mais para o lado e tateando, tentando me encontrar.

Ares tocou o quadril de Apolo, que por sua vez tocou a cintura de Ares. Eles sorriram inconscientes, e eu desejei com todas as minhas forças ter uma filmadora em mãos.

POV Ares

Estava no meio de um sonho em que eu estava trocando de roupa depois de um longo dia de guerra, quando Alice abria a porta do quarto só de toalha. Ela sorria para mim, e fechava a porta atrás de si.

- Eu estava esperando você. – Falava de um jeito sedutor. Ela desabotoava a minha camisa lentamente, enquanto eu a fitava com um sorriso torto no rosto.

- Mesmo, é? – Perguntei soltando uma risada maldosa, e deixando minhas mãos deslizarem de sua cintura até seu quadril. Ela mordia o lábio de modo sedutor, e assentia com a cabeça.

Suas mãos iam para a minha cintura e paravam ali. Seu toque era quente, e firme, e não sutil como geralmente era. Franzi o cenho estranhando isso, mas ignorei ao ver o modo como ela sorria para mim.

- No que está pensando, Kelly? – Perguntou erguendo uma sobrancelha.

- Oh, Ares... – Disse em um tom maravilhado depois de olhar para mim por inteiro. Alice sentou-se no meu colo ficando de frente para mim. Suas mãos foram de novo para a minha cintura e permaneceram lá – Me beija. Por favor. Eu preciso de você.

Abri um sorriso com todos os dentes. Segurei o queixo dela e aproximei meu rosto aos poucos.

POV Apolo

- Você está ótima. – Disse ao ver Alice de biquine segurando um chapéu de praia. Suas pernas eram tão bem definidas e perfeitas que era difícil tirar os olhos delas. A filha de Hermes girou e colocou-se de frente para mim.

- Tem certeza? – Perguntou passando a mão pelo cabelo de modo sedutor.

Eu a chamei com o dedo indicador, e pisquei para ela. Alice sorriu para mim e andou até mim com um rebolado que tiraria qualquer um do sério. Sorri ao sentir suas mãos me puxarem contra si.

Alice tocou meu quadril puxando-o contra o dela e mordeu o lábio de modo sensual. Seu toque era firme e malicioso, o que estranhei um pouco.

- Você sempre sabe o que falar, não é? – Perguntou beijando meu abdômen. Suas mãos não se mexeram, mas me puxavam cada vez mais para si. Segurei-a na cintura e sorri torto para ela.

- É melhor quando não dizemos nada. – Comentei. Ela riu um pouco.

- Então me faz parar de falar. – Disse em um sussurro.

- Agora mesmo.

Segurei seu rosto com as minhas mãos, e senti que ela fez o mesmo comigo. Não achava que era o meu rosto que ela devia segurar – talvez devesse segurar minha nuca -, mas ignorei isso e cheguei mais perto dela.

Senti sua respiração mais quente que o normal. Seus lábios estavam entreabertos, e senti seu hálito. Diferente da realidade, ele era pesado. Franzi o cenho e abri os olhos estranhando a situação.

- Alice...? – Minha voz estava falhada. Pisquei os olhos ao ver tudo ficar preto, e quando os abri novamente... Congelei.

Eu segurava o rosto de Ares, e ele o meu. Seus bafo desagradável chocava-se contra o meu rosto. Ele abriu os olhos aos poucos e assim que notou que era eu, e eu notei que era ele, nós dois gritamos de susto.

- Ah! – Berramos jogando-nos para lados opostos. Eu fiz uma careta, e ele começou a cuspir no chão. Olhou para os lados em choque – O que?!

- Cadê ela?! – Berrei assustado. Nenhum sinal da Alice. Olhei para Ares – Mas que droga você achou que estava fazendo?!

- Eu?! – Berrou de volta para mim – Você achou o que para me agarrar?!

- Achei que era ela! – Exclamei irritado.

- Eu também achei que era ela! – Bufou – E espera aí! Você andou fantasiando com a minha garota da guerra?!

- Cala essa boca! – Exclamei jogando uma almofada nele – Seu podre! Acha que eu ia fantasiar com quem? Com você?!

Ares rosnou com raiva e abriu a janela. A claridade irritou meus olhos e os dele, mas ele não demorou em colocar a cabeça para fora da janela e olhar em volta.

- Ah, ali está! – Reclamou apontando para fora. Cheguei mais perto e nós dois vimos Alice. Ela estava se aquecendo, até que começou a correr. Um corrida matinal, como sempre – Ela vai ouvir muito...

- Alice me paga por isso. – Reclamei saindo do quarto com Ares.

Nós dois descemos as escadas e saímos de casa. Nenhum dos parentes dela tinha acordado ainda. Apressamos o passo para acompanhá-la, e quando finalmente conseguimos...

- Você é uma peste, sua fedelha miserável! – Queixou-se Ares. Alice olhou para ele um tanto surpresa de ouvir aquilo logo de manhã.

- Ahm... Bom dia. – Respondeu franzindo o cenho.

- Bom dia?! – Repeti e depois ri com raiva – Escuta aqui. Não me interessa se você tem esse fetiche esquisito em ver nós dois nos pegando, mas isso não é legal e nem vai acontecer, entendeu?!

- Do que vocês estão falando? – Perguntou sem parar de correr.

- Você foi embora e deixou nós dois grudados um no outro?! – Reclamou Ares irritado. Ele estava quase cansando – Pare de correr, droga! Não dá para falar assim!

Ela parou e se virou para nós.

- Eu saí de lá e deixei vocês dormirem. O que aconteceu? – Perguntou confusa.

- Acha que eu ia gostar de acordar sentindo o bafo dele no meu rosto? – Perguntei com irritação. Alice franziu o cenho, mas logo arregalou os olhos. Seu queixo caiu e ela olhou para nós dois lentamente.

- Ah... Ah meu Deus... – Ela cobriu a boca – Ah meu Deus, vocês se beijaram?!

- Não! – Respondemos apressados. Embora nós dois tenhamos nos separado antes de um possível beijo, Alice não acreditou naquilo. Ela riu um pouco e balançou a cabeça incrédula.

- Certo. – Disse sem acreditar, e então voltou a correr.

- Volta aqui! – Berramos – Não teve beijo!

- Claro! – Exclamou ela rindo e correndo.


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Notas finais do capítulo

Exijo reviews. Não sei se isso agradou ás pessoas que queriam capítulos "picantes", mas é o máximo que eu posso fazer em uma fic com essa classificação etária.

E com humor, óbvio. Sempre tem que ter humor.

Espero pelos reviews, e vou tentar responder á todos como fiz no último capítulo. Vocês têm alguma pergunta á me fazer?

Beijos!