Polícia - Erro De Comunicação escrita por judy harrison


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Essa é uma shortfic criada por mim Judy, e revisada por Roberto. Uma brincadeira que surgiu a partir de um fato engraçado que aconteceu em minha casa. Espero que gostem.



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Era meia noite.

Depois de um dia cansativo, Bruce dormia profundamente em seu quarto, num hotel, da cidade de Los Angeles, num bairro pobre.

De repente ele acordou com gritos estridentes, e ao se levantar às pressas escorregou na coberta enroscada em seu pé, inevitavelmente foi ao chão.

_ Ai... Droga de coberta! – disse gemendo.

Ele ainda ouvia os gritos que vinham do corredor do hotel, sabia que havia hospedes nos quartos.

Saindo pelo corredor ele viu mulheres seminuas correndo para o banheiro, então ele voltou e pegou sua arma.

_ Lá, está lá? – gritou a última mulher que corria na mesma direção das outras.

Apenas de calção e camisa ele saiu com a arma em punho e sonolento, não fazia ideia do que estava havendo, mas foi para o lugar onde a mulher de touca de banho e roupão apontou.

Ao chegar à porta de saída não viu nada, e os gritos voltaram agora onde todas elas estavam.

_ Já estou indo! – ele gritou afobado e com a arma apontada para frente entrou de uma vez no local aglomerado de mulheres nuas e histéricas.

Ao ver um homem armado no banheiro feminino elas gritaram ainda mais e ele gritou também, de susto...

_ Oque aconteceu! – ele perguntou desesperado.

As mulheres, sete ao todo, estavam apavoradas, e apontavam para cima, no muro que podia ser visto dali, da janela. E finalmente ele viu um vulto passando, uma sombra de algo muito grande.

Sem tempo para recuar da porta, Bruce foi atropelado por elas que saíram do banheiro mais rápido que puderam. Era como uma manada de rãs supercrescidas passando por ele e o empurrando para todos os lados.

Ele ficou em dúvidas quanto a quem merecia um belo tiro.

Recuperado do acidente, por fim ele encontrou o gerente.

_ Pelo amor de todos os santos, o que houve, Bruce? Você os pegou?

Ele se referia ao estado deplorável do rapaz, com seus cabelos iguais a um ninho de pássaro e a camisa de brim sem dois botões.

_ Não! Tem mais de um? – disse pasmado.

_ Sim, venha!

Ele o levou para os fundos do hotel. Bruce estava atento, ainda com sua arma. Era um beco que separava o hotel de um supermercado. O gerente disse:

_ Não vai pegá-los com isso, Bruce! Eu vou ver as meninas.

Receoso por se tratar de mais de uma pessoa, ou foi o que ele entendeu, ele foi à recepção e chamou pelo sargento da cidade.

_ Há suspeita de mais de um bandido. Peço reforço, sargento.

O reforço foi concedido. Bruce procurou pelo gerente que acalentava suas hóspedes. Quando ele apareceu uma delas gritou.

_ Cale a boca! – ele pediu baixo – fiquem todos aqui, eu pedi reforço e nós vamos pegá-los.

_ Você viu um deles? – uma jovem despida, mas com toalhas em seu corpo, perguntou.

Bruce queria bater nela, responsável pelo “pisão” que seu pé levou.

_ Eu não os vi ainda.

_ É horrível!

_ Vamos precisar de seu testemunh...

Ouviram então outros ruídos de caixas e latões caindo. A gritaria histérica reiniciou.

_ Silêncio! – Bruce disse sem sucesso e saiu correndo da porta temendo ser atropelado de novo, mas viu o barulho da sirene de viatura e voltou apontando a cabeça na beira da porta – Não saiam daqui... – ele olhou para o gerente que sorria para elas – Sem vergonha! – disse baixo e saiu.

O sargento chegou com mais três amigos.

_ Bruce, o que houve?

_ Lá no fundo, entre os muros, acho que estão escondidos.

Os homens foram cautelosos para lá, e acabaram ouvindo vários ruídos.

_ Saiam, estão cercados! – gritou Bruce, e avançou, como sempre sem medo.

E quando os outros fizeram o mesmo, saíram do beco cinco enormes ratazanas na direção dos policiais, que pularam para o lado, dando lhes passagem. Elas corriam desengonçadas pelo quintal, como se fossem capivaras indo passear com a turma. Enquanto isso os oficiais da lei as acompanhavam com o semblante surpreso.

Um deles apontou para o bicho retardatário, talvez para sentir um pouco de adrenalina, mas o sargento abaixou as mãos dele e olhou para Bruce, descrente. Bruce não sabia se ria ou se saia de lá bem depressa. Considerou que era melhor ficar onde estava devido ao disparate, e o olhar assassino de seu chefe.

Os pequenos animais foram para a rua, livres, e certamente estavam gargalhando, afinal saíram dando pulinhos.

De dentro do hotel o gerente viu a trilha passando e avisou as mulheres, que aliviadas e rindo umas para as outras foram para seus quartos.

O sargento ainda encarava Bruce, pronto para estrangulá-lo ou coisa parecida, e ele tentou se justificar.

_ Eu... Elas disseram... Eu não sabia. - suspirou rendido.

_ Calado você se defende melhor. – disse bufando, uma veia em sua testa sem cabelos parecia querer saltar, ele o fitou de cima abaixo – Vá colocar uma calça. Você está péssimo!

Eles foram embora e Bruce voltou para a cama.


FIM

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O DESTINO DOS PERSONAGENS:

A família de ratazanas foram encontrar seus parentes do outro lado da rua, num bueiro, e passam bem.

O gerente casou-se com a mulher de touca, eles criam rãs agora.

As meninas, que eram de um concurso de beleza, perderam suas faixas por estarem com olheiras.

Bruce nunca mais dormiu naquele hotel.

O sargento o prendeu por induzi-lo ao erro, e depois o soltou por que seus colegas riam muito quando ele contava a história e ninguém trabalhava.

E eu agradeci a você que leu essa história toda!!!!


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler.
Reviews?
Sei que é difícil devido a tanta bobagem, mas... diga o que achou.