Terra Das Sombras escrita por AkireBell, -thais-estrela-


Capítulo 4
Cotidiano de uma Yamanaka


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas é que não sou muito fão de digitar tudo o que está no papel. E uma notificação importante: o nome da fic provavelmente deixará de ser "Terra das sombras" por precauções. Sabem, há algumas fics com o mesmo nome e mesmo tema, postadas a bastante tempo e isso poderia trazer problemas para nós, correndo o risco de exclusão da FanFic, mas caso isto não ocorra, simplesmente ignorem a notificação. Boa leitura.
P.S.: Gostaram da capa? Mandem críticas, tá? Eu mudo se quiserem. Tudo por vocês, meus discípulos! zoa, xD
Por -thais-estrela-



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No capítulo anterior:

– Acho que é melhor mesmo - ele me olhou - Então eu já vou indo. Mais tarde nos vemos - e assim, sem dizer mais nada, ele sumiu, me deixando sozinha numa ala cheia de gente (mas gente morta). Olhei no relógio somente para ver que, para meu desespero, eu estava atrasada para chegar na faculdade. Tirei meu jaleco, tomei um banho super-rápido e liguei para Ino, minha motorista particular, torcendo fervorosamente que ela fosse caridosa e me levasse.

Mas nem em um milhão de anos eu esperava que ela estivesse tão estressada.

Cotidiano de uma Yamanaka

Ino pov's ~s2~

–Sim, sim, sim, eu te ajudo. E mesmo que não quisesse, seria obrigada, um mediador só pode se livrar de uma alma perdida ao descobrir o que a prende neste mundo ou após o óbito - falei bonito, não é?! Mas acho que ele nem ligou muito para mim ele era estranho... – Então, como se chama?

– Shino. – ele dizia indiferente.

– “Shino” de quê?

– Aburame Shino.

– Ah ta. E...Você morreu como, Aburame Shino?

– Parei de respirar.

– Hm...- que ótimo, eu tinha arranjado um cara maluco e parcialmente mudo, tinha cara de psicopata.-, mas por que isso aconteceu?

– Meus pulmões cessaram.- Claro! Ô bicho burro! Eu já estava ficando meio impaciente.

– E qual a causa?

– Acho que... Meu sangue parou de correr. – Eu queria a morte. Assim, talvez me livrasse daquela situação. Respirei bem fundo.

– E por acaso, você sabe o porquê disto?

– Meu coração parou – ele ainda estava indiferente, mas eu não. Com certeza não!

– Claro que ele parou! Isso é lógico. Agora me conta de uma vez por todas : por que, como, quando e mais uma vez, por que você morreu? – gritei.

– Não sei.

–Ah! É por que eu sou loira, é?! Já chega dessa brincadeira, para de bancar o morto-vivo e me fala logo que eu já estou atrasada.

– Hm...Falar o quê? – eu quase enfartei.

– AH! SEU VAGABUNDO BESTA, ACHA QUE EU TÔ BRINCANDO? ACHO QUE VOCÊ MORREU MESMO FOI DE BURRICE! VAMOS, EU NÃO TENHO O DIA TODO, ALIÁS, NEM O MINUTO TODO!

– Vamos? Pra onde?

Sabe, é nessas horas que me sinto muito inteligente, mas muito estressada.

–Ah, seu FDP! –Saíram todos os tipos de xingamentos possíveis da minha boca.

No telefone:

– Ino! Pelamordedeus vem me buscar aqui no estágio! Tô super atrasada e se você não vier voando eu não te dou o dever de Biologia! - falava Sakura ao telefone.

–Ah, que lindo! Tá legal, cadê as câmeras? Só pode ser pegadinha. - Sei ser muito sarcástica quando quero. - Já não basta esse fantasma esquizofrênico burro, tem que ter uma doida testuda pra e atazanar!

–Fantasma esquizofrênico? Você está bem Ino? Sério, vem logo! Eu tenho um seminário pra entregar hoje no primeiro horário e não posso me atrasar! Vem logo porquinha, e deixa pra namorar mais tarde.

–Fantasma? Que fantasma? Não tem fantasma nenhum aqui! Quem falou em fantasma? Tá, tô indo te buscar. Beijo, tchau.- desliguei na cara dela. Despedi-me do Aburame e fui pegar a rosada.

Chegamos super atrasadas, a sorte foi que o professor também não foi e assim, Sakura não perdeu o seminário. As aulas foram chatas como sempre... Mas eu sobrevivo. Acho.

Ao final da aula, levei a testuda para casa, em seguida passei na lavanderia, que fica bem pertinho da casa dela, recolhi meu jaleco do estágio e fui para meu minúsculo apartamento, ou melhor, meu quarto com banheiro. Aquele cubículo é bem a minha cara: bem bagunçado. Uma cama, uma pia, um fogão de duas bocas (se é que uma coisa dessas pode ser chamada de fogão), um pequenino frigobar azul- turquesa (quase vazio) com as laterais um pouco desgastadas por pequenos sinais de ferrugem, e, uma arara abarrotada de roupas. Não fico muito em casa, por isso não me preocupo em arrumá-la. Só nos domingos. Não tenho tido tempo ultimamente para nada. Meus dias começam com o estágio num laboratório químico local, seguem à escola e terminam, quase sempre, em festinhas e reuniões com amigos. Lê-se : Sai. Aos finais de semana, durmo.

Minha rotina nem é tão agitada assim, já vi garotas mais novas fazerem muito mais em um dia, mas o que me deixa assim tão exausta é algo que costumo chamar de dom (já que terei de conviver com isto a minha vida inteira, chamar de praga não ajuda muito).

Nome deste dom: Sensitividade. Sim, sou uma mediadora, e aos dezenove anos pude ter a felicidade de ver dezenas de almas libertarem-se. Mas mesmo com tanta experiência, ainda perco a cabeça algumas (muitas) vezes.

Graças a Kami-sama, desta vez, só tenho uma alma pendente neste momento. E rezo para que o caso Aburame não seja tão complicado. Mereço um descanso.

E o pior é que ninguém sabe. Aliás, ninguém pode saber, vão me chamar de anormal, mas não consigo conter minha grande boca, acho que Sakura começou a desconfiar.

Mais um dia havia se passado, dispensei o Sai. Não estava com disposição para beijos melosos e suas crises existenciais. Tomei um rápido banho, sem molhar os cabelos, porque eles dão muito trabalho. Pûs uma camisola que mais parecia uma camisa de força, soltei os cabelos, nem me preocupei em penteá-los. Despejei tudo o que havia em cima da cama no chão sem me importar com nada. Ajustei o despertador no telefone, certifiquei-me de que janelas e portas estavam fechadas (ou pelo menos era o que eu pensava) e desliguei as luzes. Meu corpo foi despejado na cama e os olhos fecharam.

Algumas horas depois acordei com frio e por isso estranhei, a janela estava aberta por inteira e batia na parede, fazendo um pequeno som que, aos poucos, se tornava maior pela repetição. A cortina branca flutuava com a forte corrente de ar que por ali passara, parecia ser mais leve que o ar. Levantei-me, arrumei a cortina, puxei o lado esquerdo da janela e ao repetir o ato com o lado direito, me assustei.

Em meio aquela escuridão, uma luz dourada muito forte irradiava, era uma energia ova, algo que estranhamente me atraía, seduzia-me. Algo que nunca em minha vida havia visto.

Corri na direção do interruptor, liguei a luz e ao acender, o brilho amarelado antes visto, desaparecera. Estranho? Muito. Mas achei melhor voltar para a cama, poderia ser apenas mais um de meus estranhos sonhos rotineiros.

Rolei e rolei mas não me vinha o sono. Talvez estivesse escondido atrás de meus pensamentos. Só conseguia pensar no mais diferente acontecimento daquela noite. Já tinha desistido da hipótese de que estava a sonhar, não tinha como estar dormindo. Comprovei isto com vários beliscões no antebraço. “Deve ser fome!”- foi o que pensei. Guiei-me por forma de “visão manual”, tateando as coisas no escuro, já que a preguiça me consumia, e por isso, ligar a lâmpada estava fora de cogitação. O caminho até a mini geladeira não foi tão grande assim.

Essa luz amarela eu conhecia. Recolhi um pedaço de pizza, que restara do meu (nosso, né Sai?) mizerento banquete da noite anterior. Escolhi ficar lá mesmo, em frente ao frigobar de porta aberta, com medo da sinistra escuridão. Comi com tanta pressa, uma fatia atrás da outra. Com tanto olho gordo, acabei me engasgando e pus para dentro qualquer líquido. Mas em vez de minha situação melhorar, piorou. Acabei me afogando com tamanho susto que ganhei ao ouvir aquela imponente voz:

–Como vós consegues permanecer de tal froma? – me veio de forma inesperada. Queria ver quem se pronunciava e por isso, me virei. E para minha supresa...


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Notas finais do capítulo

Achei que ficou meio pequeno, mas foi necessário. Gaa-kun, cadê você? *-*
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