Edward E A Lâmpada Mágica escrita por Evellyn e Clarissa


Capítulo 3
A Lâmpada


Notas iniciais do capítulo

Olá :D
O capitulo era pra sair segunda, mas já viu, semana de prova a coisa complica. Bem, não revisei o capitulo porque não queria deixar vocês esperando, já que comentaram bem no capitulo anterior *O*
Obrigada a todos pelos reviews!
Gasparzinhas e gasparzinhos, sejam camaradas e deem "oi"
Prometo recompensar com um capitulo ainda essa semana :D
E vamos à leitura, espero que gostem :)



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Autora p.d.v

– Eu não vou me casar e ponto final! – Tanya esbravejava saindo apressada do salão do palácio e indo para seu quarto.

– Menina malcriada! Isso que dá, meus pais mimaram ela tanto que deu nisso. – Emmett falou para Eleazar, o novo pretendente de Tanya, tentando ainda manter a compostura.

– Sua irmã é geniosa. Gosto disso. – Eleazar falou não se importando muito com a falta de modos de sua noiva.

– Geniosa? Ela é o demônio! – Emmett falou se exaltando, mas se arrependeu logo em seguida. –Quero dizer... é ela é um pouco...teimosa. Vai se acostumar, logo você a doma. – ele falou sorrindo amarelo, tentando diminuir a má impressão que causou ao Rei Eleazar com o comentário anterior.

– Não se preocupe, Emmett. Ela irá entrar na linha. – Eleazar falou rindo, já imaginando inúmeros modos de colocar a princesa Tanya aos seus pés.

– Assim espero. Se não se importa, vou ver como ela está. Talvez esteja mais calma e venho almoçar conosco. Com licença. – Emmett falou se retirando.

Caminhou calmamente até o portal de ouro maciço do salão, mas assim que teve certeza de que não era mais observado ele apressou o passo, até quase correr, parando somente à porta da princesa Tanya. Bateu levemente na porta e escutou um leve “entre” lá de dentro.

– Ah, é você. Achei que fosse a criada com o meu chai¹. – ela falou com desdém.

– Sua enviada das trevas, como me faz passar uma vergonha dessas? – Emmett falou nervoso, se aproximando de sua irmã que penteava calmamente seus cabelos dourados em frente ao espelho.

– O quê? Você me força a ficar noiva de um velho babão e feio e ainda quer que eu tenha modos?

– É o mínimo que alguém da sua posição deve ter! E ninguém mandou você recusar todos os outros pretendentes, agora vai casar com Eleazar por bem ou por mal.

– Você só me arranjou pretendentes feios, como quer que eu case com homens feios? Eu sou linda, mereço alguém à minha altura, por isso me recuso a casar com aquele velho!

– Você não tem que recusar nada! Esqueceu que é mulher? Eu que mando aqui! Um dia ficará velha e sua vaidade não valerá de nada, e quando essa hora chegar é bom que tenha alguém para te sustentar, porque eu não vou bancar mais nenhuma extravagância sua.

– Você não pode me obrigar a casar, eu é que decido! Se me forçar vou fazer questão de transformar a vida desse marajá velho em um inferno e fazê-lo me devolver a você. Pagará um dote em vão!

– Você não pode ser minha irmã, impossível! Deve ser filha de algum daitya² e foi largada no palácio para atormentar minha vida!

– Ora essa, todo mundo sabe que foi Lakshmi³ quem me fez! Sou uma benção divina em sua vida, sinta-se honrado por isso. – Tanya falou rindo e prendendo algumas joias em seus cabelos.

– Fala isso só por causa dessa palha dourada que você chama de cabelo! Está bem que nunca vi mulher alguma na Índia com esses cabelos, mas isso não quer dizer que foi feita por Lakshmi³. Um demônio pode muito bem ter te feito!

– Como ousa?! – Tanya falou ultrajada. – Meus cabelos não são uma palha!

– Pensa bem, você pode muito bem ser uma enviada das trevas mesmo. Um demônio te criou bonita para tentar os homens e ser um estorvo na vida de seu irmão. Você é um carma!

– Se for assim, sou um ótimo carma. Muitos homens dariam a vida para ter um carma como eu.

– É, mas não será necessário isso. O marajá Eleazar te quer como o carma dele pelo resto da vida, tenho certeza que você fará esse papel bem. Será uma ótima esposa para ele.

– Não vou me casar!

– Ah, você pode até ter passado nossos pais para trás, os convencendo a fazer tudo o que você queria. Mas comigo não endemoniada! Comigo as coisas serão diferentes.

– Vai se arrepender disso. – Tanya falou encarando seu irmão com ódio.

– Duvido! Eu vou me livrar de você, vou me arrepender por quê? Se casará em um mês, e seu casamento e o seu dote serão as ultimas coisas que eu irei pagar para você! Nunca mais vou ter que passar sufoco por não ter dinheiro suficiente para administrar essa cidade, nunca mais vou ficar sem dormir por que descobri que você fez mais uma extravagância e gastou todo o dinheiro dos impostos! – Emmett falou indo em direção à porta do quarto.

– Você reclama à toa! Eu nunca gastei com algo inútil, e quem se importa afinal? Se precisa de dinheiro, peça mais impostos!

– Ah, não?  Nunca gastou com algo inútil? Uma estátua de ouro sua é o quê? Utilidade pública? E pedir mais impostos para um povo que está quase miserável? Eu estou querendo diminuir os impostos e você me fala em aumentar... não vou colocar o meu povo na miséria por sua causa.

– Mas...

– Sem mas. Se casará com Eleazar. Se arrume, irá almoçar conosco e dará um belo sorriso para o seu noivo para mostrar que está feliz com a futura união. Se demorar mais de dez minutos para aparecer mandarei os guardas te levarem para o salão puxada pelos cabelos! – Emmett falou se retirando do quarto, deixando sua irmã atônita para trás.

– Maldito! – Tanya gritou jogando um espelho de mão na porta. – Não irei me casar. Não irei!

Tanya detestava a ideia dessa união. Não suportava saber que seria esposa de um homem que já estava com pé na cova. Não se casaria com ele, era demais para a sua vaidade. Tinha raiva de toda a situação, tinha raiva da falta de ambição de seu irmão. Por que ele simplesmente não aumentava os impostos? Teria ouro de sobra e não precisaria ouvir as reclamações dele sobre seus gastos. E daí que ela mandou fazer uma estátua de ouro? Ela precisava perpetuar sua beleza para as próximas gerações. Ela era linda, belíssima. Tinha pele clara, diferente das outras indianas, não tomava sol pois tinha medo de manchar a pele. Seus cabelos eram loiros, algo raro na Índia, diziam que seus cabelos foi um presente da deusa da beleza. Ela era a mais cobiçada em seu país, havia tido vários pretendentes, todos feios e nem um pouco à sua altura. Mas nenhum era como aquele velho! Argh! Sentia nojo, e agora estava encurralada, não via outra opção. Ela teria que tomar uma decisão drástica que estava evitando.

Foi até o baú de marfim, que ficava ao pé de sua cama, e de lá tirou uma vestimenta surrada, suja e em uma cor amarronzada estranha. Fez uma careta e logo depois soltou um longo suspiro. O plano ia funcionar, teria que funcionar. Tirou sua anarkali (4) de seda e fios de ouro e colocou a horrível salwar kameez (5) marrom. Saiu sorrateiramente do seu quarto e conseguiu chegar sem problemas até o pátio do palácio. O próximo passo seria difícil, teria que pular o muro. Mas faria sem pestanejar, tudo para conseguir o resultado de seu plano.

________________________________

Obs:

1. chai – Chá indiano

2. daitya – um dos demônios indianos mais perversos.

3. Lakshmi – deusa do amor, da sorte, da beleza, da prosperidade e do sucesso.

4. Anarkali – vestimenta indiana composta por um vestido curto com calças por baixo.

5. Salwar Kameez – vestimenta indiana composta por um longo vestido e uma calça por baixo.

Edward p.d.v

Eu estava por um fio para cair na loucura. Quando percebi que eu realmente estava no século III eu pensei na mesma hora que eu estava louco ou preso em algum sonho maluco. Fiquei tão desnorteado que eu senti que iria desmaiar. Voltei então para a caverna, ela continuava vazia. Fiquei lá, por horas, pensando e tentando entender o que havia acontecido. Me lembrei então da teoria de um amigo Físico, ele acreditava que no Planeta Terra havia vários buracos negros espalhados por aí que funcionavam como portais para outros mundos e tempos. Um deles estaria no Triângulo das Bermudas, ele era obcecado por lá. No ano passado ele finalmente resolveu ir até lá para provar sua teoria, ele nunca mais voltou. Foi dado como desaparecido depois de dois meses de busca.

Será que ele finalmente descobriu o portal? Será que ele foi sugado por ele? Será que eu fui sugado por um? Era tudo tão confuso, tão inexplicável. Me agarrei na teoria desse meu amigo, era melhor acreditar nisso do que me deixar cair na loucura. Mas e se fosse verdade? Como eu poderia voltar para casa? Jacob sabia sobre isso? Algo me dizia que sim. Filho de uma égua!

Só sai da caverna quando comecei a passar mal de fome e sede. Já anoitecia quando eu voltei à cidade. Encontrei o rapaz que me dera informações de manhã e pedi a sua ajuda. Ele disse que me ajudaria sim, se eu lhe contasse mais sobre onde eu vim. Arranjou pão e um jarro de água para mim. Estava com tanta fome que senti que estava fazendo um banquete.

Logo depois eu terminar de comer comecei a conversar com o rapaz. Descobri que seu nome era Jasper, era um ladrão pois foi abandonado quando criança e por causa disso ninguém nunca deu oportunidade para ele de um emprego. Se nem seus pais o queriam, porque os outros iriam querer? Ele morava em uma casa abandonada e em ruínas, vestia trapos e era apaixonado por um serva do marajá que trabalhava no castelo. Às vezes ele a via fazendo compras no mercado, mas nunca se atreveu a se aproximar. Não teria chances, era um ladrão e ela uma moça de respeito. Ele era um rapaz divertido e me contava sobre sua vida com certa empolgação. Acho que ele não teve muitos amigos ao longo desses anos.

Logo depois foi minha vez, contei minha história e vou te falar, deu trabalho pra o fazer entender tudo! Era um baita de um ignorante, não conseguia nem pronunciar meu nome por isso me chamava de Edy. Também né? Estávamos no século três, não podia exigir muito dele. Ele pensou no inicio que eu era louco, depois achou minha história empolgante e achava que eu havia sido mandado por algum Deus para lhe fazer companhia. Ah tá, até parece! Esse menino devia de ser muito solitário para ficar pensando uns absurdo desse! Ou viado, por que achar que outro macho lhe foi enviado como companhia era meio suspeito. Se for o ultimo caso eu acho bom ele não se empolgar muito porque se não eu quebrava a cara dele. Se bem que ele disse que é apaixonado, mas vai saber se nessa época já tinha gente que cortava dos dois lados.

O que importa é que no final ele aceitou em me ajudar a me adaptar aqui. Ele me ensinaria mais sobre sua língua e me ensinaria a roubar também, já que seria bem difícil eu arranjar algum emprego por ser alguém de fora. As pessoas eram desconfiadas aqui e não confiavam nos outros. Ele roubou algumas roupas para mim, afinal eu tinha que me misturar. Me avisou que quando roubasse eu não poderia ser pego, caso contrário os guardas cortariam a minha mão. Eu aceitei sua ajuda de bom grado, afinal eu teria que tentar sobreviver enquanto não arranjava um meio de voltar para a casa.

Os dias se passaram e eu acabei descobrindo que eu era um ótimo ladrão. Vou te falar, não tinha pra ninguém. Não que fosse algo para ter orgulho, mas eu tinha certeza que um dia eu iria rir disso tudo. Pelo menos eu esperava. As condições precárias em que eu e Jasper vivia até deu uma melhorada por minha causa. A gente deixou de ser miserável para ser pobre, era um bom avanço.

Fazia três semanas que eu já estava ali quando eu a vi. Suas vestes eram de um marrom horrível e ela parecia deslocada em meio à multidão. Fiquei curioso por nunca tê-la visto antes e fiquei observando-a, até que eu vi seu rosto. Era linda, os traços perfeitos, pele clara, algumas mechas loiras escapavam de seu véu e caiam sobre seu rosto. Loira! Algo que eu nunca tinha visto na Índia. Fiquei feito bobo a observando, resolvi então segui-la, descobrir onde morava. Eu acho que estava apaixonado! O que era curioso, afinal eu nunca havia me interessado por mulher algum, era só sexo e pronto. Essa parecia ser diferente, era muito bonita e eu me senti atraído no mesmo instante.

– Onde vai Edy? – Jasper perguntou.

– Não se preocupe, te encontro mais tarde. – falei indo atrás da moça que se afastava.

– Não vá perder a mão! – ele pronunciou a frase que sempre me dizia quando eu sumia de suas vistas.

– Tá, tá. – falei me afastando.

A segui ficando há alguns metros de distância dela. Ela parecia estar em alerta, sempre olhando para os lados como se fugisse de alguém. Mas ela não era muito boa em perceber as coisas, afinal ela não percebeu que eu a seguia e que dois guardas a cercavam. Opa, guardas, hora de disfarçar. Me virei em direção à uma banca fingindo estar interessado no peixe que eles vendiam enquanto eles passavam por mim e se aproximavam da moça. Ótimo, não estavam atrás de mim, menos mal.

– Me solte! – ela falou tentando fugir de um dos guardas que a seguravam.

– Princesa, seu irmão nos ordenou que a levasse de volta para o palácio.

– Não volto, agora me soltem. Isso é uma ordem!

– Desculpe-nos, mas cumprimos as ordens do marajá. Terá que nos acompanhar.

– Não, me largue seu verme! – ela falou se debatendo, tentando se soltar dos braços do guarda.

Mas eles não se importaram com suas vãs tentativas e a levaram para longe de mim. Fala sério, princesa? Não tinha como ser um amor mais impossível? Que droga! Ela era tão linda, parecia ser tão meiga e gentil. Por que fugia do palácio? Será que seu irmão era mal com ela? Eu queria ir atrás dela, mas um ladrão não seria bem vindo no palácio. Aliás, um pé rapado não seria bem vindo no palácio. Voltei para a minha “casa” e Jasper já fazia o “jantar”.

– Consegui dinheiro suficiente para comprar vários ingredientes e fazer um tanduri(6) – Jasper falou sorrindo quando me viu entrar.

– O cheiro parece bom. – falei me sentando ao chão e esperando o jantar ficar pronto.

– Parece triste e pensativo meu amigo, o que foi? – soltei um leve suspiro e lhe contei tudo o que havia acontecido meia hora atrás.

– A princesa? Está apaixonado por ela?

– Pois é.

– Melhor esquecer, esse amor é impossível.

– Ah, vá? Não tinha percebido! – falei sarcástico e Jasper me olhou confuso. Ele não entedia sarcasmos. – Deixa pra lá.

– É, melhor mesmo. Você só teria chance se fosse um príncipe ou marajá. Ou então fosse rico como um. Se ao menos aquela caverna fosse abarrotada de ouro como você viu a primeira vez.

– É. – falei desanimado. Foi então que algo surgiu em minha mente, por que não pensei nisso antes? – Cara, você é um gênio!

– Eu sou? – ele riu.

– Sim, eu já sei o que fazer.

– E o que é?

– Iremos à caverna esta noite.

– Fazer o que lá?

– Quando eu fui à caverna, era noite. Talvez o tesouro só apareça à noite. Talvez o portal só se ative à noite.

– Acredita mesmo nisso? Eu acho loucura.

– Por que não acreditaria? Eu sai do século XXI e fui parar no século III. Depois disso, acredito em tudo.

– Eu ainda acho que foi obra de algum Deus. Nossos Deuses são ardilosos, talvez tenham planos para você aqui.

– Sabe que eu não acredito nisso, né?

– Sei, sei. Você é um descrente. – ele falou rindo. – E então o que vai fazer?

– Assim que terminarmos o jantar se apronte, nós iremos voltar para a caverna.

.

.

.

Duas horas depois nós já estávamos no deserto. O frio me fazia bater os dentes, sorte que trouxemos algumas tochas para iluminar o caminho e não nos deixar congelar. Demorou um pouco, mas finalmente achamos a caverna. Sem querer ser convencido, mas minha memória é ótima e tenho um excelente senso de direção. Para quem trabalha ao ar livre e em lugares inóspitos isso era essencial algumas vezes.

– Achei que não chegaríamos nunca! – Jasper reclamou.

– Está duvidando das minhas habilidades?

– Sinceramente? Eu achei que tínhamos nos perdido, eu não fazia ideia de onde estávamos.

– Você tem que se guiar pelas estrelas para se localizar.

– Guiar pelas estrelas?

– Deixa pra lá, outra hora te ensino. – eu disse revirando os olhos.

– Ok, vamos entrar logo. Estou congelando. – ele falou e eu assenti.

Entramos na caverna e eu quase desmaiei de tanta decepção. A caverna estava vazia, não havia nada ali.

– É, não tem nada aqui.

– Percebi. – falei com raiva. – Não acredito que viemos até aqui para nada!

– Não acredito que viemos até aqui porque você está desesperado atrás de uma mulher.

– Isso, joga na cara que a minha ideia foi péssima.

– Não entendi, não é o que eu estou fazendo? – Jasper perguntou confuso.

– Esquece Jasper. Sabe, esse tesouro seria não só a minha salvação, seria a sua também.

– Seria?

– Claro que seria Jasper. Seria ouro o suficiente para eu conseguir me aproximar da princesa e para te transformar no homem mais rico daqui.

– Você faria isso por mim? Dividiria seu ouro comigo?

– Não seria meu ouro Jasper, seria nosso. – Jasper me olhou incrédulo e depois sorriu.

– Você é um grande amigo, é bom e generoso. Sabia que tinha sido enviado pelos Deuses.

– Que seja Jasper. – falei revirando os olhos.

– É, acho melhor irmos embora.

– É, vamos. – falei já caminhando em direção à saída.

Um pouco antes de sair, resolvi dar uma ultima olhada naquela caverna estranha. Quais segredos ela deveria guardar? Por que eu fui mandado para esse tempo? Eram respostas que eu não teria tão sedo, aliás, talvez eu nunca conseguisse as respostas.

Mas então eu vi algo lá no fundo reluzir. Algo estava refletindo e luz da tocha e era dourado! Meu Deus! Será que o ouro ainda estava por aqui?

– Espere um pouco Jasper, acho que vi algo. – falei indo em direção ao objeto.

Havia um pouco de areia o cobrindo, mas a ponta aparecia e eu podia afirmar que era um objeto de ouro. O retirei dali e vi que era uma lâmpada. A lâmpada que Jacob havia me mandado procurar. Quanta ironia! Ironia maldita! Eu quase joguei o objeto longe de tanta raiva por ela ter me trazido as lembranças mais frustrantes da minha vida, mas não o fiz. Era de ouro, devia valer alguma coisa.

– Uma lâmpada?

– Pois é. – falei desanimado.

– Não há mais nada aqui?

– Aparentemente não.

– Deve valer alguma coisa, vamos levar. – eu assenti e olhei mais atentamente para a lâmpada.

Ela estava muito suja e parecia ter algo inscrito ali. Curioso, resolvi limpar para tentar ler o que era. Mas assim que eu comecei a esfregar a lâmpada ela começou a ficar vermelha e a tremer. Eu a soltei no chão assustado e Jasper soltou um grito.

– UM DEMÔNIO, UM DEMÔNIO MORA NA LÂMPADA

– CALA A BOCA PORRA!

– Porra? – Jasper me perguntou. Isso lá era hora para ter dúvidas?

O brilho vermelho começou a intensificar e um pouco de fumaça azul saiu dali. Virgem santa! Tinha um seriado que eu assistia chamado “Supernatural” em que os demônios assumiam a forma de fumaça quando saiam de alguém ou algum lugar. Acho que o Jasper tem razão, tinha um demônio ali! Eu queria correr, queria gritar, mas eu estava assustado de mais para fazer alguma coisa.

PUTA QUE PARIU, EU TAVA MUITO FERRADO!

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Obs:

6. Tanduri - frango, carne ou peixe temperados com ervas aromáticas e assados em forno de barro.


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Notas finais do capítulo

E ai, reviews pessoal? Lembrando que a fic é Beward! Próximo capítulo: Bella da "oi" pra a nossa alegria :D