Eu Nunca Te Esqueci Meu Amor escrita por Stéphanie Pereira


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Ultimo capitulo.



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- Graças a Deus acabamos... – ela se joga no sofá.

- É verdade. – ele senta-se ao seu lado. – Catherine... eu não me importo que você tenha AIDS... eu te amo... quer me dar uma chance? – ela o olha e o beija. O beijo vai ficando mais intenso, ela vai para cima dele e o deita no sofá, ele tenta tirar a blusa dela.

- Você tem certeza? – ela para.

- Tenho...

- Tem camisinha?

- Sim... é sempre bom andar com uma na carteira. – ele sorri.

- Mas você... – ela sorri e volta a beijá-lo. – Mas vamos para o quarto...

- Claro... – vão para o quarto, mal entram e já se beijavam novamente, ela fecha a porta com o pé. O joga na cama e o beija. Passa-se um tempo e já estavam de roupas intima, ela tinha varias marcar no corpo, mas ele não se importava, ela continuava ser perfeita para ele, não demorou muito e já estavam fazendo amor, ele fazia devagar, com carinho, com medo de machucá-la, ela parecia ser tão frágil, fizeram amor a noite toda. De manhã ele não estava mais na cama, tinha recebido um chamado, não quis acordá-la, mas tinha deixado um bilhete. Quando ela acorda encontra o bilhete no lugar dele.

“Meu amor... a noite foi maravilhosa, queria ter ficado com você, mas recebi uma ligação, dois corpos, já começaram o Natal dessa forma, aparecerei ai quando puder, a tarde ligo, talvez a noite eu consiga sair, porque ainda é Natal, então passarei ai, para ficar com você mais um pouco.

  Te amo, Gil Grissom.     ”

Ela sorri, e vai tomar um banho, o dia se passa, ele ligou à tarde, mas não conseguiu ir à noite, passam-se quatro dias, eles se encontraram mais duas vezes. Ela estava mal novamente, não conseguia sair da cama, havia pegado uma gripe numa cena de crime, Lindsey estava passando alguns dias na casa da avó, ela não queria que ela também ficasse doente, Gil tinha tirado uns dias de folga para cuidar dela.

- Preciso comprar comida, você vai ficar bem?

- Claro... – ela não estava bem, nem um pouco, nos últimos dias a alto-estima estava lá embaixo, não aguentava mais aquilo tudo, iria morrer, mas não por causa da doença, não se deixaria vencer por ela.

- Ok... te amo... – ele vai até ela e lhe dá um beijo na testa, mas ela o puxa e lhe da um abraço, muito forte, com muito amor.

- Eu te amo... ok? Eu te amo muito. Nunca se esquece disso... eu te amo...

- Também te amo, e você também nunca se esqueça disso.

Ele sai e ela liga para Lindsey.

- Oi meu amor, como esta ai na vovó? – ela chorava.

- Esta tudo bem mamãe, você esta chorando?

- Não...

- Você vai ficar melhor logo não é?

- Eu te amo minha filha... a mamãe te ama muito, ok? Nunca se esqueça disso, te amo muito meu amor, muito mesmo, não importa o que acontecer, eu te amo, e nada vai ser sua culpa ok? Eu te amo muito... muito...

- Também te amo muito mamãe...

- Onde esta a sua avó?

- Vendo TV, quer falar com ela?

- Sim...

- Oi filha...

- Mãe... eu te amo... muito... eu te amo mãe... mais que tudo... obrigada por me transformar nessa mulher que eu sou hoje, me desculpa por todas as nossas brigas, mas eu te amo, te amo muito, independente de qualquer coisa que acontecer, cuida da Linds e educa ela da mesma forma que me educou, muito bem... eu te amo... Preciso desligar agora...

- Ok.. Mas por que isso minha filha... eu também te amo.

- Tchau mãe. – ela desliga o telefone e começa a escrever o bilhete.

Nessa parte da fic, ouve essa música junto: http://www.youtube.com/watch?v=B4CRkpBGQzU

“Me desculpem, mas eu não aguentava mais, após essa minha gripe, seria certa a minha morte, não queria ter chegado a esse ponto, mas não estava mais suportável, queria continuar lutando, mas essa foi a gota d’água, vocês viram, eu tentei, tentei, mas simplesmente não deu certo, não consegui, sou uma mulher fraca. Quero dizer a todos vocês da equipe, que eu os amo muito, vocês foram uma família para mim, vocês foram tudo pra mim, eu não seria nada sem vocês. Gil, me desculpe, eu te amo, mas nunca poderíamos ficar juntos, as ultimas noites foram maravilhosas, você foi perfeito, não mudaria nada do que aconteceu, eu te amo muito, me desculpe. Lindsey meu amor, não se culpe por essa tragédia, você nunca teve e nunca terá culpa do que aconteceu comigo, foi culpa da mamãe.Eu te amo minha filha.

Pode ser egoísmo, mas foi a última saída que encontrei, não quero morrer numa cama de hospital.

Por favor, cuidem da investigação, mesmo sendo evidente que foi suicídio. Não quero ninguém olhando a minha casa. E por favor, Albert, cuide da minha autópsia, mesmo sendo difícil, finja que é outro corpo ali, não quero mais ninguém mexendo em mim além de você, porque sei que vou estar em ótimas mãos.

Bom... amo vocês e me desculpem novamente... espero sempre ficar no coração de vocês.

                                    Catherine Willows        ”

O bilhete tinha marcas de lagrimas, além das delas as de Gil, após terminar de ler ele corre para o quarto, e a encontra pendurada, corre para ajudá-la, ainda tinha pulso, mas muito fraco.

- Vamos Catherine! Lute... não desista assim. – ele chorava, fazia boca a boca. – Vamos Catherine... você tem que lutar... você consegue... você não é fraca, você é a mulher mais forte que existe.

Ela ainda ouvia a voz dele, estava triste, mas não conseguia mais.

- Vamos Catherine... – ele nota que não tinha mais o que fazer, a aperta contra o corpo, chorava muito. – Catherine, meu amor... eu te amo tanto... eu te desculpo sim...

Ela sentia a vida ir, ouvia as ultimas palavras do seu amado, ela o amava tanto, mas seria melhor assim.

- Porque senhor? Porque ela? – ele gritava. – Porque a escolheu? Ela não precisava disso? Ela não precisava de tanta dor...  – ele fica uma hora chorando, tentando entender o porquê disso, ele liga, avisa a todos, ninguém sabia o que fazer, eles estavam desorientados, quando Brass chega, Gil ainda estava abraçado a ela.

- Gil... Vamos... Albert já esta chegando... Deixe ela... – ele tentava conter as lagrimas, seus olhos cheios já estavam transbordando. – Vamos Gil. – ele vai ate Gil e o solta de Catherine, e o leva pra fora.

Albert chega em minutos, ele entra no quarto e sai em seguida.

- Não vou conseguir. – ele limpava os olhos marejados. – Vou pedir pro legista do dia... – Gil lhe entrega o bilhete e pede para ler as ultimas linhas. – Até nessas horas ela consegue ser assim... – ele limpa as lagrimas. – Eu vou tentar fazer... tentar fazer a vontade dela.

Logo chega o resto dos CSI’s, Sara após ver o corpo de Catherine, não aguenta, entra no carro e desata a chorar. Gil sentado na calçada, ainda chorava, não sabia o que fazer. Nick estava na calçada perdido nos pensamentos, Warrick tentava entrar no quarto, mas ao ver os pés dela, perdia a coragem, não queria ver a sua amiga daquela forma.

Todos lêem o bilhete, já a tinham levado ao necrotério, Sara não conseguia entrar na casa, todas as fotos nas estantes, era impossível tentar imaginar outra pessoa ali além de Catherine.

Passa-se uma semana, o corpo já tinha sido liberado para o enterro.

Estavam todos no enterro dela, Lily e Lindsey choravam tanto, Sam não sabia se chorava ou fingia ser forte, Eddie também estava lá, mesmo ele a traindo, ele a amava de alguma forma. O padre fala, e Gil decide dar algumas palavras.

- Catherine, foi uma mulher maravilhosa, incrível, nada nem ninguém conseguia deixá-la para baixo, mesmo essa doença lhe afetando, ela conseguia ser engraçada e transparecer felicidade, ela conseguia nos deixar feliz mesmo estando doente, mas nós temos que nos lembrar que ela não desistiu de primeira, ela lutou contra tudo isso, e ela não desistiu, ela apenas... – ele chorava. – Me desculpem... ela apenas não queria que nós nos lembrássemos dela num lugar triste, que é um hospital. Ela queria que nós nos lembrássemos daquela Catherine Willows... feliz, amiga, engraçada, orgulhosa, guerreira, forte, sincera, as vezes grossa, ela quer que nos lembremos dela desta forma, e por isso nós sempre lembraremos do incrível sorriso que ela tinha, que conseguia contagiar uma sala inteira, da incrível simpatia que ela transparecia com tanta facilidade. Quero dizer também, que nos últimos 15 anos ao lado dessa incrível mulher, eu fui um homem realizado, pois não tem pessoa melhor que ela no mundo, nada melhor do que a companhia dela, todos aqui sabem do que estou falando, sabem o quão bom era ficar ao lado de Catherine, quão maravilhoso era. Aprendi muitas coisas com ela, sempre foi meu braço direito, esquerdo, pernas, tudo. Sem ela eu não seria nada do que sou hoje. Por isso eu te agradeço por tudo Catherine, e que você continue alegrando as coisas ai em cima, continue com esse sorriso incrível que você tem, com tudo que você tem de bom... Descanse em paz meu amor.

Após as palavras dele, todos choravam. Foram vê-la pela ultima vez, estava linda, seu cabelo perfeito, olhos bem maquiados, boca bem desenhada, um vestido preto que ela gostava tanto. Tiveram que tirar Lily de dentro da igreja, ela se abraçou ao caixão e chorava muito, perguntava a Deus porque levar a filha dela. Após todos a verem pela última vez, foram enterrar, estava um lindo dia de sol, todos reunidos em volta do caixão quando começaram a descer. Lily jogou o primeiro punhado de terra. Após o enterro, só ficou ali o pessoal da equipe, Lily teve que ir para casa, não aguentava mais ficar, ela tinha tentado se matar duas vezes na semana, Lindsey foi cuidar da avó. Após um tempo só ficou Gil ali.

Cinco anos se passaram, Gil estava em um relacionamento com Sara. Após o turno ele foi ao cemitério, foi à lápide de Catherine onde dizia:

                                  Catherine Willows

                                        26-03-1963

                                        28-12-2005    

“Incrível pessoa, incrível mãe, incrível amiga, incrível profissional”

Ele com uma rosa na mão põe ao lado da lapide e diz:

- Eu nunca te esqueci meu amor.

                                                              FIM


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado..
Ouviram a música?
Choraram?
Comenta ali embaixo e me fala. :*
Bjinhos.. depois apareço com outra fic.