Havia passado quatro meses do acidente, não tinha deixado muitas sequelas, Adam havia morrido após chegar ao hospital, Catherine quebrou um braço e deslocou o joelho e vários machucados pelo corpo, o motorista do outro carro não sobreviveu, ela estava fazendo terapia, pois viu seu amigo morrer. Ela havia contraído uma doença que ela ainda não sabia que tinha, andava muito cansada, sem apetite, febres que não deixavam sair da cama, enjôos intermináveis, achava que fosse por causa dos remédios que tomava. Ela já havia voltado a trabalhar fazia duas semanas, havia faltado alguns dias. Insistiu para Gil deixá-la voltar ao trabalho.

- Quando começou esses sintomas?

- Faz um tempo, só que eu achava que era dos remédios que o senhor me receitou, mas semana passada quando parei de tomá-los continuei com tudo isso... o que pode ser isso doutor?

- Bom... vou pedir um exame de sangue... vou falar de cientista pra cientista, você pode ter contraído HIV. Andou tendo relações sexuais sem proteção?

- Não... faz um bom tempo que não faço nada... como sabe, acabei de passar por um acidente de carro, tinha muito sangue lá, tenho a possibilidade de ter contraído HIV do meu amigo... Mas... já se passou muito tempo, será que...

- É... bom, não vamos fazer tempestade em copo d’aguá... se estiver com qualquer coisa, só me ligue.

- Ok... Obrigada. – ela sorri para ele e vai embora. Logo após sair, vai fazer o exame de sangue.

Passa-se dois dias e ela vai buscar o exame.

- Não queria abrir em casa... Lindsey ainda não sabe o motivo dos meus enjôos.

- Tudo bem... quer que eu abra? – ele estica a mão.

- Abre você! – ela entrega o envelope para o medico, mas logo o arranca da sua mão. – Não, deixa que eu abro. – ele ri, ela estava sem expressão no rosto, até que ela coloca uma mão na boca que estava aberta, olha para o médico, os olhos enchiam d’água, começou a escorrer lagrimas dos olhos.

- Catherine... – ele pega o envelope. – Te acalma... ainda temos tempo... você pode tomar coquetéis, você não vai morrer..

- Eu sei... – ela limpa as lagrimas. - Preciso ir buscar a Lindsey na escola, esta no quinto ano. – ela sorri. – Tchau... quando podemos começar com o tratamento?

- Marque um horário que nós vamos conversar...

- Ok... tchau.

Ela vai embora, busca Lindsey na escola, e volta pra casa. Eram sete e meia da noite quando ela acorda para ir trabalhar. Lindsey estava vendo TV.

- Lindsey, querida... onde esta a sua avó?

- No banheiro, já terminei a lição.

- Ok... já comeu alguma coisa?

- Não, você faz pra mim? – ela sorri.

- Claro o que você quer comer? – ela vai até Lindsey.

- Cereal.

- Então vamos fazer cereal. – ela faz o cereal pra Lindsey e vai se arrumar, após se arrumar vai direto para o laboratório.

- Boa noite Catherine.

- Boa noite Gil. – ela sorri.

- Você esta bem? – ele havia notado que na ultima semana ela andava pálida, e suas faltas no trabalho não eram comuns.

- Ótima, porque a pergunta?

- Verdade...

- Sim... temos algum caso?

- Ainda não, vou até a minha sala, acabei de chegar também.

- Ok... te encontro na sala de descanso.

- Ok. – ela vai até o vestiário, onde encontra Warrick, sentado no banco com a cabeça apoiada nas mãos.

- Warrick?

- Oi Cath... – sua voz era triste, ele a olha.

- O que aconteceu? – ela senta-se ao lado dele.

- Alguns problemas... – lagrimas começavam a escorrer pelo seu rosto, ela notou, e apenas o abraçou, ficam ali, Warrick chorava muito, ela não sabia o motivo ainda.

- Vai ficar tudo bem... – não era normal o ver chorando, e ainda daquela forma.

- Desculpe. – ele se afasta e limpa o rosto.

- Não precisa... quer conversar depois do turno? – ela da um sorriso amigo.

- Não precisa... – ele levanta e vai ao banheiro lavar o rosto.

- Te encontro na sala de descanso. – ela guarda a bolsa e sai. No caminho encontra Sara.

- Oi. – ela sorri para Cath.

- Oi. Como esta indo o seu caso?

- Esta tudo bem... só esperando o resultado da balística... daí prendemos nosso suspeito, e finalmente acabo o caso. – Cath sorri para ela, Sara vai para a Balística. Entrando na sala de descanso ela encontra Nick.

- Soube que só falta o resultado da balística e seu caso esta terminado.

- É... Sara foi pegar os resultados agora. – ele sorri. – Quer café?

- Não, obrigada. – ela senta-se na cadeira e começa a folhear uma revista.

Gil entra minutos depois.

- Catherine, temos dois corpos no Belagio, chame o Warrick, encontro vocês lá, parece que já tem larvas. Nos fundos do hotel.

- Ok... vou chamar Warrick e já estamos indo.

- Ok. – ele sai.

- Bom caso pra vocês. – Nick fala.

- Obrigada. – ela de repente sente uma tontura e se segura na porta.

- Cath você esta bem? – ele vai ajudá-la.

- Estou bem... só baixou a pressão. – ela aperta os olhos e sacode a cabeça para voltar à visão nítida. Sai dali e vai chamar Warrick. Eles vão para a cena. Havia sido homicídio seguido por suicídio, um casal. O caso foi resolvido rápido. No dia seguinte ela ia começar o tratamento.