Gabriel escrita por Sindri Eldon


Capítulo 2
"Eu te amo de verdade!"




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Acordei no exato momento em que um raio solar entrava por uma fresta da cortina, incidindo diretamente em meus olhos. Levantei um pouco atordoado, com a impressão de ter acordado de um sonho bom; olhei ao redor e constatei surpreso que não havia sido um sonho, Gabriel estava ali, dormindo tranquilamente ao meu lado, e tudo o que havia acontecido retornou-me a mente. Resolvi continuar ali, e debruçado, observei seu lindo rosto, tão inocente, tão senero, tão...perfeito! Era incrível que ele pudesse ter agido daquela forma, tudo não havia sido em vão, a pergunta que por tantas vezes eu havia formulado fora respondida: ele também me amava! Eu só podia agradecer a Deus, pelo presente maravilhoso que ele me dera. Não há no mundo algo que se compare a amar e ser amado. Como um dia eu imaginaria que um dia ele dormiria serenamente ao meu lado?

Gabriel passou a noite comigo. Naquele momento, esta afirmação fez um verdadeiro sentido. E se meus pais passaram esta madrugada em meu quarto e constataram tal cena, o que eles pensariam? Levantei-me imediatamente da cama, temendo acordá-lo, perguntando-me que horas seriam? Eram seis e meia , todos ainda dormiam, eu precisava chamá-lo e faze-lo deitar-se na cama de baixo.

–Gabriel! - sussurrei em seu ouvido, sentindo o perfumado cheiro de sua pele - Gabriel!

Ele abriu os olhos, bem devargazinho, dirigindo-se primeiramente ao seu lado, onde eu estivera anteriormente, para depois encontrar-me o observando.

–O que foi, Bruno? - as sombrancelhas levantadas, tornando sua expressão divertida.

–Você precisa descer. Fique nesta cama. Se alguém ver onde dormiu esta noite acharão no mínimo estranho, não concorda?!

Ele acenou rapidamente a cabeça, sorrindo, e esticou os braços para mim.

–Me ajuda a levantar! - disse.

Gabriel me abraçou e o puxei levemente para fora da cama, mas ele recusou-se a colocar as pernas no chão, rodeando-as ao meu corpo, os braços em meu pescoço. Naquele momento cômico, eu estava com Gabriel no colo, como um bebê que possuía quase o meu tamanho.

Coloquei-o delicadamente na cama inferior, mas meu desejo era estar assim, bem juntinho com ele para sempre, dei um beijo em seu rosto, e disse:

–Vou preparar um café pra gente, me espere, ok?!

–Bruno...

–O que foi?

–Eu te amo. Muito mesmo. Eu te amo de verdade!

Olhei para seu rosto surpreso, e só pude sorrir.

–Eu também, querido, eu também te amo muito - me aproximei da cama e novamente nos beijamos.

Então alguém abriu a porta e disse em um tom nada amigável:

Que tipo de coisa está acontecendo aqui?

Era meu pai.



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Notas finais do capítulo

É gente, eu não resisti, e resolvi continuar história! Espero que vocês acompanhem e e nunca deixem de comentar, ok?!