Hidden Desires escrita por Nyssa


Capítulo 1
-Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

N/A: Olá gente!

Então, essa idéia me veio quando estava no YouTube e vi alguns videos Klaus/Elena, me apaixonei de primeira. Eu sempre tive um fascinio por casais diferentes, inovadores e quando essa história me veio a mente uma noite dessas, eu não podia deixar passar, ué!

Yeah, eu assisto o seriado e sei que não tem possibilidade de acontecer, mas isso é ficção mesmo, rs

Sou nova nesse ramo, não sei se me sai bem, então, preciso que vocês me digam se fui bem ou não.

Espero que gostem! ^.~



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Hidden Desires







Por Nyssa




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Ela quase poderia sentir os olhos dele, seguindo-a enquanto ela descia pela longa escada de sua mansão para a grande festa que estava acontecendo mais abaixo.

Hoje era o aniversário de Klaus, e é claro que ele fizera questão de convidar a maioria dos cidadãos da pequena cidade de Mystic Falls, bem como de outros lugares. Elena notou como eles riam, bebiam champanhe, conversavam e se divertiam ao som da banda, completamente alheios aos vampiros em sua volta.

Pareciam ser de todo o mundo os vampiros convidados dos originais. Vislumbrou alguns belos e aristocráticos rostos, falando em outras línguas como: francês e espanhol...

Por um momento, ela ponderou dar meia volta e fugir para o seu quarto cedido por Klaus na mansão dos Mikaelson _ como agora era conhecida a família original. Mas, pensou duas vezes. Durarahoras para se produzir e ficar linda para aquela noite, e Klaus havia lhe dado um ultimato hoje mais cedo, caso ela não aparecesse. Ele ameaçou arrasta-la pelo braço do quarto até a recepção.

Melhor não arriscar. Pensou. Elena sabia que ele seria muito bem capaz disso.

E a noite só estava começando.

Olhares se voltaram para ela quando já estava no quinto degrau. Elena não pôde deixar de se sentir nervosa e meio lisonjeada com os olhares contemplativos dos homens, e até mesmo,invejosos das mulheres.

O vestido vermelho profundo moldado ao seu corpo, abraçava suas curvas como uma segunda pele, seus lábios pintados em vermelho constatavam com os cabelos quase negros; soltos em cachos ao lado. Certamente, não havia sido a toa toda a produção.

Estava sentindo-se mais exposta que nunca com o decote que deixava suas costas amostra. Era uma peça escolhida a dedo por Klaus, segundo ele, acentuaria tudo o que ela tem de melhor. Bem como o colar de diamante em seu pescoço, fazendo par com os brincos que pesavam nas orelhas e o anel preso em seu dedo como se ela fosse noiva.

Tudo aquilo a fazia sentir-se o que não era; alguém superficial que valorizava coisas materiais. Com o vestido exclusivo luxuoso, era como se Elena Gilbert estivesse encarnando Katherine Pierce, sua sósia vampira. E isso a fazia se sentir pior.

Bem no fundo Elena sabia das suas intenções.

Ele queria mostra-la como um objeto de raro e inestimável valor, alguém que pertencia a ele, e a ninguém mais. Uma boneca de porcelana perfeita, que Klaus podia sempre tocar ou fazer o que bem intendesse e quem fosse tolo o bastante para tocar ou tirar sua preciosa cópia, pagaria com sua vida. Alguém que se podia admirar, mas nunca ter. Afinal, ela era o seu banco de sangue pessoal mais valioso.Única até que daqui a muitos séculos surgisse uma nova para lhe pertencer da mesma forma que ela. Querendo ou não, era triste o destino das Doppelgänger Petrova.

O que Katherine pensava ser uma vida de liberdade, Elena achava que era uma vida de fuga eterna, enquanto Klaus existisse. Ambas jamais seriam realmente livres.

A diferença era que, enquanto a vampira vivia lá fora sem regras e impedimentos, Elena estava presa numa redoma de vidro invisível cedendo ao inimigo seu sangue. Ela quase desejava ter toda a impetuosidade de Katherine para fazer o que bem entendesse de sua vida, mas Elena não era assim, e também foi preciso muita coragem para escolher o que ela tinha escolhido. Era tudo para protegê-los. As pessoas que ela amava.

Elijah a aguardava ao pé da escada, um sorriso sempre educado nos lábios.

_ Elena _ Cumprimentou-a.

Ela deixou que ele pegasse sua mão e a beijasse. Elena sentiu as bochechas esquentarem com o gesto. Elijah: Sempre tão cavalheiro.

_Você está linda. _ele disse.

_ Obrigada. _ A voz não demonstrou o nervosismo que ela sentia. _ Você também está muito elegante.

Tomou um gole do champanhe que Elijah ofereceu. De todos daquela família, ele era o único que Elena sentia-se confortável ao redor. Elijah a compreendia era um amigo e a apoiou quando ela procurou Klaus com a negociação. Desde que Elena havia mudado para a mansão dele, a solidão pareceu mais suportável tendo Elijah por perto.

Seis meses tendo de suportar tudo.

Foi quando Elena se deparou com aqueles olhos. Malditos olhos. O hibrido a olhava como se ela pertencesse a ele, e mesmo com tantas pessoas separando ambos naquele salão, o olhar dele enviava arrepios de medo, e outro sentimento que ela não sabia identificar. Klaus pareceu aprovar sua aparência sofisticada, percebendo um pequeno sorriso nos seus lábios, e ele erguer a taça na sua direção como se brindando a Elena.

Inconscientemente, ela também ergueu sua taça, com a mão trêmula. Elijah pareceu notar a troca.

_ Meu irmão parece de muito bom humor hoje. _ Ele comentou displicente.

Elena virou-se para ele. _ É mesmo? _ parecia só uma maneira de começar uma conversa informal, mas Elena sabia melhor. Elijah sempre foi muito tátil, o vampiro original era muito observador para o seu gosto.

_ Sim. Na verdade, ele tem andado estranho nos últimos dias.Nem parece o mesmo Klaus que conhecíamos...
Ela engoliu em seco.

Claro, Elijah a estava sondando para saber se ela sabia de alguma coisacomo não conseguiu fazer o seu irmão falar. Elena ficou calada. O que poderia dizer? Talvez ela não fosse exatamente à razão para as mudanças de humor de Klaus. Ele era alguém conhecido pelas suas mudanças de humor por todos naquela casa, em um momento poderia estar rindo com alegria perversa, e outra gritando enraivecido. A própria Elena já havia testemunhado vários de seus ataques de personalidade, e ainda podia sair surpreendida.

Sem querer, ela se lembrou daquela noite de chuva. O grande quarto escuro, lá fora os trovões não a deixavam dormir, quando ele surgiu pela porta parecendo mais confuso do que nunca. Elena o tinha visto... Ela se lembra de Klaus ter se aproximado e... O resto era tudo em branco. Ela tinha certeza que algo havia acontecido naquela noite, mas não se lembra de que foi. É muito provável que Klaus a fez esquecer.

Maldita compulsão!

A verbena ainda fazia tanta falta!Mas o mínimo que ele -o hibrido- lhe tinha permitido para que se sentisse pelo menos um pouco segura, foi um medalhão, cujo pingente se abria com a erva dentro. Fora um presente do próprio Klaus: uma antiguidade que ele alegou ter pertencido a uma princesa. Foi discreto. Era realmente lindo, mas Elena temia em pensar como ele havia adquirido a joia, quando ela o perguntou simplesmente respondeu que ela não iria gostar de saber, então ela deixou o assunto por encerrado. Klaus lhe tirou o medalhão, Elena tem certeza, e então, a compeliu a esquecer de o que quer que tenha acontecido.

Ela viu quando seus amigos entraram pelas grandes portas da mansão, seus rostos não demostravam nada, mas Elena podia ver que tinham se preparado para entrar na cova dos leões. Suas posturas rígidas prontas para qualquer eventualidade. Era para ela estar ali no meio deles. Agora ela se sentia tão fora do lugar como nunca antes. Seu acompanhante pareceu notar seu desconforto e a tocou delicadamente no antebraço.

_ Está tudo bem Elena _ Elijah tranquilizou-a. _ É uma noite de comemoração apenas, Niklaus não esconde nada na manga hoje. Espero que nem eles.

E ele pareceu tão confiante que Elena se esforçou para acreditar.

Alguns minutos mais tarde a festa não parecia mais tão divertida. Ou era o humor de Elena que não estava para a festa. Foi apresentada aos amigos vampiros conhecidos pelo original.Todos a trataram naturalmente bem, mas havia lá a hesitação que tinham ao falar com ela. De repente, Elena não se sentia tão intimidada. Quando Elijah se afastou dela, Damon logo se aproximou, querendo discutir mais algum possível plano que poderia matar Klaus.

_ Damon, por favor, chega disso! _ Elena falou em voz baixa _ ,é inútil, você sabe que eles vão acabar com qualquer plano que você tenha contra eles.
_ Como você pode saber? Nem mesmo quer ouvir o que eu tenho a dizer...

_ Ouça _ ela interrompeu. _ Não quero ser desmancha prazeres, mas, nas últimas vezes que viemos com um plano maravilhoso para matar o Klaus, acabamos falhando e fomos quase mortos. Não quero vê-los passando por isso outra vez. Esqueça!

Ela viu a indignação no rosto de Damon e quase desejou ter escutado o que ele queria dizer. Mas Elena estava cansada... Cansada dos planos infrutíferos que só acabavam com alguém se machucando ou morrendo por causa dela. Sim, porque, mesmo que indiretamente, a culpa era dela se seus amigos se envolviam em situações arriscadas para salvá-la ou livra-la de algum perigo. Elena não queria mais ter que suportar a culpa e as decepções, conformar-se com o que tinha agora parecia à opção mais fácil. E ela que nunca achou que fosse terminar daquela forma. Além do mais, a barganha com Klaus não deixou espaço para segundas opções. Ele deixou bem claro, que se ela fizesse um complô com seus amigos, eles pagariam com suas vidas, e desta vez ele faria acontecer.

Ela manteria sua parte na barganha.

_ Eu lamento Damon._ Elena disse, olhando dentro de seus olhos.

Fez um movimento para distanciar-se dele, mas Damon agarrou seu braço e a puxou de volta.

_ Damon...

_ Será que ele fez uma lavagem cerebral em você? _ Ele perguntou, furiosamente. _ Ou você gosta de brincar de ser o peão do Klaus?!

Elena arregalou os olhos com suas palavras. Ela sabia como Damon poderia ficar quando estava com raiva, mas certamente não esperava aquelas palavras vindas dele.

E era tão injusto!

Será que ele não via que tudo o que ela estava se submetendo era por ele e pelos outros? Que ela não estava mais feliz do que ele com toda a situação?

_ Você não sabe o que está dizendo! _ contrapôs. _ Agora largue o meu braço, por favor.

_ Não até você...

_ Eu acho que Elena foi bem clara, Salvatore.

Ah, era só o que faltava! Pensou.

Kol caminhava na direção deles, a expressão em seu rosto deixava revelar seu descontentamento em relação a Damon. O original tinha a postura de quem estava prestes a arrancar cabeças, como Elena bem sabia que ele era capaz. Ela também sabia que Kol não havia se esquecido do episódio passado com Damon. Precisava evitar que houvesse uma discussão.

Entrou em cena.

_ Não tem problema Kol _ Ela tratou de dizer. _ Damon aqui só esta um pouco nervoso.

E olhando significamente para Damon: _ O que me faz lembrar, que ele me deve uma dança!

Elena conseguiu puxa-lo até a pista de dança, onde outros casais dançavam uma música mais animada.

_ Você precisa ter mais cuidado com o que diz dentro da casa deles, Damon! _ ela alertou, com voz urgente. _ Não é o lugar mais apropriado pra esse tipo de coisa!

Ele apenas deu uma risada irônica.

Eles jogaram conversa a fora, falaram sobre Stefan e sua luta pelo controle do sangue, sobre Bonnie que ainda parecia odiá-lo,também o acordo que Elena fez com o original pelas suas vidas e Caroline que ainda não desistira de Tyler. Elena tinha visto Caroline certas vezes na mansão junto de Klaus. A cena havia incomodado a morena bem mais do que ela gostaria. O estranho fascínio que o hibrido parecia ter pela amiga parecia tão obsessivo quanto o dele por Elena. A garota temia que Caroline não resistisse. Em suma, nenhum deles ainda deu o braço a torcer completamente. Pelas palavras de Damon, ficou claro que ainda tinham esperança. Ela esperava conseguir saber mais sobre isso depois.

O momento não durou muito.

Klaus veio e reivindicou Elena para uma dança, bem mais lenta e romântica. Ela se lembrou que tremeu quando ele pegou sua mão e circundou o braço em torno de sua cintura. O gesto deveria tê-la feito sentir repulsa, mas ao invés disso enviou arrepios na sua espinha. Ela queria protestar quando ele encostou sua bochecha contra a dela e aproximou seus corpos, mas foi incapaz de fazer qualquer som. Klaus era um perfeito dançarino, guiou ambos lentamente e com habilidade. Ela nunca dançou com ele antes. Não tão perto como agora.

_ Está tremendo Elena _ disse Klaus baixinho, seus lábios roçando no seu ouvido fez com que o coração saltasse uma batida. _ Eu não mordo sabe... Bem, pelo menos, não você minha Doppelgänger linda.

Elena sentia seus lábios formarem um sorriso sarcástico. A mão dele pareceu apertar ainda mais sua cintura como se fosse um lembrete. O gesto era bem conhecido por ela, é claro. Posse e dominação, tão típicos de Klaus. Enterrando fundo todo o medo Elena contra atacou.

_ De você eu espero qualquer coisa, Klaus.


E não deu outra. Ela ouviu sua risada rouca ao pé do ouvido,sua respiração suave naquela região sensível, tinha o efeito de uma caricia. Ele sabia disso também. Parecia conhecê-la por inteira depois de tantos meses de convívio. Elena odiava a maneira com que Klaus podia ter esse controle sobre ela. Ela sentia a temperatura do corpo dele, quente contra o seu corpo, bem como a maciez de sua pele. Tudo isso acompanhado da melodia ao fundo.

Tudo aquilo estava indo longe demais. Elena nunca planejou que uma barganha com o hibrido original pudesse se tornar algo tão... Íntimo. E ela não devia se deixar levar neste jogo no qual ele a enredara. Se ela foi capaz de resistir Damon durante tanto tempo, porque parecia um esforço imenso não se render ao charme de Klaus? Era absurdamente impossível que ela possa sentir-se tentada pelo homem que matou Jenna, que a matou em um sacrifício, e egoistamente pôs em perigo as pessoas que ela ama!

Com Klaus tudo sempre era sobre ele ter o que queria sem medir as consequências.

Tão diferente dela. Ou não?

_ Devo dizer: você está deslumbrante esta noite, minha querida.

Ela bufou.

_ O vestido e as joias são lindos, obrigada.

_ Você fica bonita de qualquer jeito.

Foi a vez dela rir. Klaus jogando seu charme era um episódio já velho.

_ Você sabe o que diz. Mas eu não sou tão idiota a ponto de acreditar que me dá esses presentes, nem que está sendo gentil por verdadeiro afeto. Quer ver se me compra.

_ Acredite no que quiser acreditar, amor. De qualquer jeito, as razões não interessam, não é? Você sempre faz o que eu mando, tão obediente.

Elena rangeu os dentes com aquelas palavras, e detestava admitir que em um ponto ele estava certo. Mas ela não concordaria em voz alta. Nunca.

_Eu não sou seu bichinho de estimação, Klaus! _ replicou irritada.

_ Hum... _ a boca dele roçou em sua bochecha, sensualmente. _ Tem certeza disso?

Foi demais. Elena tentou se afastar de Klaus, mostrar a ele que estava errado, talvez armar um escândalo no meio da festa para envergonha-lo na frente de todas aquelas pessoas. Mas como ela previa foi impossível. Como se tivesse lido seus pensamentos, Klaus apertou seu controle sobre ela, fazendo suas costelas protestassem doloridas pela força imposta. Elena deixou escapar uma exclamação de protesto.

_ Eu não faria isso querida _ à voz dele penetrou em seus ouvidos, o tom de aviso e ameaça. Tudo alertando perigo.

Frustrada, Elena deixou estar, nada ganharia se pusesse em pratica um escândalo de qualquer maneira.

Estava tão cansada...

Deitou sua cabeça no ombro dele, se permitindo relaxar pela primeira vez. O perfume natural masculino penetrou suas narinas quando ela suspirou.

_ Eu prefiro muito mais desse jeito, quando você se permite confiar em mim em torno. _ ele sussurrou.

Elena sentiu os dedos dele acariciarem suas costas nuas. O arrepio foi espontâneo e Klaus riu. Ele parecia quase feliz. Mas ela estava sendo levada pela música, o modo com que Klaus a guiava na pista de dança, onde todos os outros parecem ter desaparecido e houvesse somente eles dois, ela deixou a sonolência tomar conta dela e se sentir segura nos braços daquele que lhe tinha arruinado.

E quando a queima de fogos começou, causando um espetáculo no céu noturno, ele a levou até uma varanda com a melhor vista, onde brindaram o seu aniversário.

Klaus roubou dela o melhor dos presentes.

O beijo do hibrido.

~

Fim




 

 

 

 

 

 

 





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Notas finais do capítulo

Então? Reviews? Elogios? Criticas?

Me digam o que acharam, por favor!

Beijos:*)



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