One-Shot: As Duas Garotas Normais escrita por Alberto Tavares


Capítulo 1
As duas garotas normais


Notas iniciais do capítulo

Apenas um conto de apenas um capítulo



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No meio do dia daquela noite, duas garotas normais acordaram e tiveram a idéia de ir até o centro do mundo com suas pernas de aço e asas de morcego, matando seus inimigos com suas grandes presas venenosas de víboras.

Quando finalmente chegaram ao centro do mundo, as duas garotas normais puderam, finalmente, se conhecer. Elas brincaram de bonecas, espetando-as com alfinetes afiados. No fim da tarde daquela madrugada as duas garotas normais de pernas de aço, asas de morcego e presas venenosas de víbora começaram a lutar numa luta justa e limpa.

A batalha durou mil dias e mil noites. A garota do leste, que era dita como Rosemary, arrancou um dos olhos da garota do oeste, que era dita como Marylin. E Marylin abriu o corpo de Rosemary e retirou todas as suas vísceras com suas garras de bronze.

Quando o sol se pôs e a lua clareou todo o céu com sua luz forte da milésima primeira manhã, todas as vísceras de Rosemary tinham escorregado por entre a cratera que era sua barriga, seus rins tinham saltado para fora e estourado.

Marylin tinha um dos olhos na cara e o outro, coberto de sangue gorduroso e podre, na mão, segurando-o pelas veias de sangue seco. Uma parte de sua cabeça estava aberta – como quando se arranca a parte superior de uma abóbora – exibindo um cérebro que pulsava intensamente, já se jogando para fora do crânio.

As duas garotas normais tiraram do bolso suas espadas sem fio, porém extremamente afiadas, e apertaram o botão do gatilho. As balas em forma de fitas vermelhas iam e vinham num fogo cruzado.

Quando a lâmina afiada das espadas atirou as balas de fitas vermelhas, as duas garotas normais param de voar debaixo d’água e caíram no céu estrelado da cidade grande.

No alto da mais baixa montanha, o gnomo gigante de uma perna só correu com as duas mãos no chão. Desceu as escadas para o céu estrelado e encontrou com as duas garotas normais em seu leito de morte.

O gnomo gigante de uma perna só agarrou Rosemary com a perna direita e Marylin com a perna esquerda, subiu as escadas para o alto da montanha mais baixa, fez um talho profundo de meio centímetro nas duas garotas normais e ejetou um veneno que as curaria de qualquer ferida. E as colocou dentro de um taque de água fervente a vinte graus abaixo de zero.

Rosemary e Marylin acordaram seis mil seiscentos e sessenta e seis noites depois, numa tarde escaldante de inverno. Acordaram no mesmo momento, Marylin foi a primeira e Rosemary foi depois. De mãos dadas puseram-se a lutar, agora com todos os ferimentos antigos curados.

A luta demorou seiscentos e sessenta e seis mil anos, e só pararam quando todos os seres humanos foram extintos, inclusive o gnomo gigante de uma perna só.

As garotas normais lutaram e lutara, e quando pararam suas pernas de aço, asas de morcego e presas de víbora tinham sumido. As espadas afiadas sem fio que atiravam balas em forma de fitas vermelhas tinha se desintegrado e então se se puseram a dormir novamente.

Rosemary e Marylin deitaram numa cama de grama. Adormeceram num sono profundo, e só acordariam quando tudo o que elas destruíram fosse reconstruído

E então elas dormiram para sempre.


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Notas finais do capítulo

o que acharam? mereço reviews?



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