A Herdeira escrita por becks


Capítulo 6
Recomeço do recomeço.


Notas iniciais do capítulo

então gente linda, olha quem resolveu dar o ar da graça *-* falo com vocês no final u.u



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POV Edward

Não fazia ideia de onde começar a procurar a garota, afinal, devo repetir que a conheço a menos de um dia? De repente meu celular tocou, era minha mãe.

-Edward, onde vocês estão? - perguntou minha mãe preocupada. - Alice falou que vocês foram na mansão Swan, mas já pegamos as coisas da Isabella.

-Mãe, é uma longa história - pensei por um segundo. - Mãe, me deixe falar com o irmão da patricinha. - pedi.

-Edward, não fale assim dela. - minha mãe ia começar a me dar um sermão, mas a interrompi.

-Esme, por favor, eu realmente preciso falar com o irmão dela, por favor - pedi mais uma vez então a ouvi chamando o tal Emmett.

-Emmett Swan - falou ele.

- Emmett, aqui é o Edward, preciso de sua ajuda, vim com Isabella até a antiga casa de vocês pegar algumas coisas dela, então ela teve uma crise nervosa e saiu correndo, não faço idéia de onde ela esteja, você sabe de algum lugar onde ela costuma ir quando está triste? - falei tudo de uma vez.

-Cara, agora não me vem nenhum lugar na cabeça, me deixa pensar. - pausou um segundo, provavelmente pensando.

10 minutos depois...

- Já sei aonde ela pode ter ido, vou lá atrás dela.

-NÃO! - gritei - me diga onde é, deixa que eu vou atrás dela. - queria ser eu a encontra-la, só não me pergunte o porquê.

-Mas eu sou o irmão dela, ela precisa de mim.

-Emmett, por favor, deixe que eu vá atrás dela. - pedi.

-Tudo bem então, quando Isa está triste, tem dois lugares aonde ela sempre vai, e como não temos mais dinheiro, ela não está no shopping, ela só pode estar num parque próximo a nossa antiga casa, tem uns balanços numa parte mais afastada, ela gosta desse lugar. – Emmett disse, não esperei mais nada, desliguei o telefone e fui atrás da garota-problema.

De longe avistei a garota, sentada num balanço, ela se balançava levemente, observando as crianças a sua volta.

Aproximei-me devagar, sentei ao seu lado e fiquei algum tempo em silêncio, também observando as crianças, até que ela se pronunciou.

-Como se sentiu quando seu pai morreu? – perguntou num murmúrio.

-Já faz tanto tempo, acho que nem lembro direito, eu tinha 10 anos, mas já compreendia o mundo a minha volta, ele morreu de leucemia, consigo lembrar um pouco a dor que senti, parecia que o mundo se abria debaixo dos meus pés, só que tive que ser forte, naquele momento eu me tornara o homem da casa, Alice só tinha cinco anos e minha mãe estava inconsolável, eu precisava cuidar delas duas, então não tinha tempo pra sofrer, meu pai não gostaria disso, dias antes de morrer ele havia conversado comigo, disse-me para ser forte e eu fui, até hoje sou. – respondi mais até do que ela me perguntara, me deixei levar pela emoção.

-E como se sentiria se Esme também tivesse morrido?

Confesso que essa pergunta me pegou de surpresa, não gosto nem de pensar na possibilidade de um dia perder minha mãe.

-Não haveria porque eu permanecer vivo, minha mãe é uma das pessoas mais importantes da minha vida, sem ela, Alice ou Rosalie, minha vida não teria mais sentido. – dito isso comecei a me balançar mais rapidamente e ela me acompanhou.

Silêncio novamente, até que ela parou o balanço, parecendo cansada.

-Vamos pra casa – falei levantando-me, ela me ignorou.

-Você acha que eu só sou uma patricinha mimada, não é? – perguntou, dando um sorriso torto.

-E não é? – perguntou, sentando-se novamente. – Desde que nos conhecemos tudo o que fez foi me tratar como seu empregado e agir como se fosse a dona do mundo. Entendo sua dor, sei pelo que está passando, mas agora está na hora de mudar, crescer. Seus pais não estão mais aqui, você não é mais uma socialite cuja vida se resume a compras e festas - mais uma vez falei mais do que deveria. - Me desculpe Isabella, eu não tinha o direito de falar isso.

-Não, tudo bem, eu entendo, o que você disse é verdade e fico feliz que tenha me dito. Pra você saber, eu não sou tão ruim quanto pareço, só estou meio deslocada ainda, a ficha não caiu. Eu quero crescer, sei que minha vida não é mais perfeita como antes e quero aprender a lidar com isso, mas preciso de ajuda. Sinto muito, eu e você começamos com o pé errado. Vamos tentar mais uma vez. Muito prazer, sou Isabella Marie Swan, tenho 23 anos, não sei fazer nada da vida, adoro ler, fazer compras e comer pudim com sorvete de chocolate. – a garota sorriu o sorriso mais lindo que já vi.

- Prazer Isabella, eu me chamo Edward Anthony Cullen, tenho 28 anos, sou médico, também adoro ler e comer brigadeiro de colher e estou aqui pra te ajudar a superar isso pelo que você está passando, me desculpe também por tratar você como hoje mais cedo e por falar sobre coisas que não sei. – sorri, estendendo-lhe a mão, ela a segurou e levantou.

-Vamos pra casa. – ela disse. Levantei e fomos andando de mãos dadas, era estranha a ligação repentina que surgiu entre mim e essa garota, não havia malícia no fato de estarmos andando de mãos dadas, era algo inocente, como se fossemos irmãos ou algo além disso.

 -*-*-*-*-

- Não faço ideia de como vamos fazer para irmos para casa.

- Eu acho, só acho que você devia ter um carro. – disse ela brincalhona totalmente diferente da garota que conheci pela manhã.

-Simplesmente não tem espaço pra você na garoupa, sinto muito, você vai de ônibus. – ela arregalou os olhos.

-Pelo amor de Deus, prefiro ir andando a pegar ônibus, não tenho ideia de como fazer isso. – disse assustada.

-Tudo bem, eu vou com você, mas aprende direitinho, afinal essa é sua nova vida então tem que aprender a andar de ônibus. – sorri e desamarrei as coisas dela da minha moto e entreguei a caixinha rosa pra ela e segurei sua mala.

- Certo, vou prestar bastante atenção. – ela me acompanhou em silêncio até o ponto de ônibus.

Chegando lá ela me encheu de perguntas, sobre qual era o ônibus, se ele passava em todos os lugares, o que ela fazia quando entrasse no ônibus e várias outras perguntas. Respondi todas tranquilamente, ela parecia mesmo empenhada em aprender.

Não sei por que, mas pressentia que esse “passeio” de ônibus traria muita confusão.


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Notas finais do capítulo

poisé, tava meio deprê, aconteceram umas coisas aí .. mas agora to começando de novo, como diz o capítulo, to recomeçando, inclusive esse capítulo escrevi ontem, aqui em Belém nas minhas férias ( sou de Manaus) . Então, é isso, e não esqueçam de dizer se gostaram ok?



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