Uma Vida, Por Outra Vida escrita por Niina Cullen


Capítulo 14
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Estou triste por só ter recebido duas Reviews... Mas tudo bem, agradeço mais uma vez a 'angeles cullen' e a 'jeh'... Vocês duas são fofas nos comentários... Obg mesmo meninas (: Vocês são a alegria de uma autora. E não estou desmerecendo as outras, só quero que compareçam mais... Mas agradeço a cada uma de vocês também...
Hoje o capítulo também termina no Clímax... Mas acho que vocês vão gostar da surprise. Espero mais Reviews, assim fará com que as ideias aflorem (:



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As lembranças continuavam a flutuar, e agora elas tinham sons...

Eu amo você. A primeira vez que ouvi isso de Edward.

O nosso primeiro beijo, que eu ainda sentia o gosto inebriante.

O nosso casamento, a forma como ele me pediu que eu me juntasse a ele de todas as formas humanamente possíveis... Tudo, cada momento, cada palavra, era o que eu tinha para saber que eu fui feliz, que eu o fiz feliz, mas que agora, talvez, ele não fosse mais...

Quando fiquei sabendo que eu morreria, eu estava decidida a não lutar, pois não tinha como lutar. Mas saber que eu não vi o rostinho da minha pequena Isa, doía muito – até mesmo aqui, na escuridão, onde era aconchegante e calmo. E ter visto Edward, daquela maneira, sofrendo, por minha causa. Minha culpa.

Não tinha como eu lutar, contra uma sensação boa – que me deixava avulsa a dor – mas agora, eu tinha que lutar, para sentir a dor de novo. Pois só assim, para eu voltar. Voltar para aqueles que eu deixei; para aqueles que eu amo.

Eu tinha deixado a vida por Isa, mas agora, eu tinha que voltar a viver, por duas pessoas. Duas pessoas, sem as quais, eu não suportaria perder.

Eu tinha que voltar. Tinha... Para que Edward me prometesse que cuidaria de nossa filha, mas dessa vez, comigo ao seu lado.

Não haveria aconchego, sem os braços de Edward a minha volta; não haveria calma, nem tranquilidade, se eu não tivesse Isa nos meus braços. Nada faria sentido, nesse outro lado da vida, sem as duas pessoas, que eu mais amava nesse mundo, as duas pessoas, que eu não cogitaria duas vezes em morrer por eles.

Quando não se tem por quem lutar, você se entrega, sem forças para reverter o pior, mas eu tinha por quem lutar, eu tinha por quem viver. A escuridão poderia até ser forte, mas o meu amor, por pessoas que eu havia deixado, era mil vezes maior. Não havia comparação. Era a força que eu precisava.

As tentativas de tentar me ressuscitar continuavam. Eu sabia disso, porque os barulhos – que ainda conseguia distinguir – de maquinas, e a pressão que fazia meu corpo se erguer me dizia isso.

Eu ainda não estava morta. Pois ainda sentia o outro lado, o lado que me permitiria voltar à vida.

Agora eu sentia. Sentia a dor – pior ainda do que a causada por não ter visto o rosto de minha filha – queimando entre minhas veias, e se eu não soubesse que estava imóvel – a não ser pela pressão causada por alguma máquina –, estaria gritando, e me contorcendo. Mas algo me prendia a ficar parada, algo me prendia a escuridão, e eu não queria mais isso, não queria o aconchego, se não fosse aos braços de Edward; não queria mais a tranquilidade, se não fosse estar com a minha família. Não queria mais nada, se não fosse estar presente em cada momento de Isa; não queria mais nada, se não fosse estar ao lado do amor da minha vida. A pessoa que alegrou meus dias, desde o momento que entrou na minha vida – e da lá, ele jamais sairia.

Eu já havia pensado na possibilidade de ter morrido, e consequentemente, na possibilidade, de Edward prosseguir com a vida dele – com outra. Mas para mim, seria o mesmo que estar viva – só que longe – e vê-lo com outra, sorrir para outra – que não fosse eu –, era torturante... O mesmo que ter arrancado o meu coração. Pois só assim, para eu saber, que não o teria mais.

Eu não podia deixá-lo ir embora, e para isso, eu não tinha que ir embora. Eu precisava ficar. E não estava sendo motivada pela ideia de perdê-lo para outra, pois ele já teria me perdido, mas sim, pela ideia, dele ir embora, dele simplesmente, deixar a vida – não absolutamente. E deixando a vida, ele deixaria a nossa Isa... E nós dois estaríamos vivendo, vivendo para ela – para nossa filha –, um, vivendo pelo outro.

E essa vida, eu não deixaria. E foi pensando nisso – de que eu não deixaria a vida – que consegui ouvir o biii, mas agora era um biii, calmo – o mesmo quando vemos em filmes, quando uma pessoa permanece viva.


E eu estava...



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Notas finais do capítulo

E ai? ...
Entenderam o que eu quis dizer?
Mais informações? Só no próximo capítulo (:
Não falei que ela lutaria... Só o que eu digo, lá-lá-lá-lá...
Conto com cada uma de vocês... Bji!!!