The Secret Of Changes escrita por V01D


Capítulo 2
When Kate Middleton Decides To Play Guitar In Lima


Notas iniciais do capítulo

Título original:
Qunado Kate Middleton resolve tocar guitarra em Lima. Não coube, tive que colocar em inglês pra caber. :/
Primeiramente, muito obrigada pela resposta positiva, pessoal. Eu estava detonando minhas unhas com a ansiedade, e fico feliz que tenham gostado. Vou tentar manter a média de dois capítulos por final de semana (sim, pra mim ainda é final de semana porque hoje aqui na minha cidade é feriado! hsaushaus)
Leiam as notasdo final, por favor, elas serão importantes!
Now, Enjoy It! o/



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2 – Quando Kate Middleton resolve tocar guitarra em Lima



O meu último sinal tocou, e eu acho que nunca fiquei tão feliz de ouvir o som irritante daquele sino. Saí do colégio e fui para o estacionamento, acenando de longe para Santana, que havia se tornado minha amiga, de uma forma muito estranha, Brittany, que sempre fora doce comigo, e Quinn, que finalmente ia conhecer a verdadeira Rachel Berry.

Santana apenas fez sinal para que eu olhasse meu celular, e indicou Puck com a cabeça. Eu apenas acenei positivamente e entrei em meu carro. Totalmente preto, os vidros também eram escuros, e as rodas de um tom bonito de grafite. Que foi? Eu podia ter feito m acordo com o idiota do Finn no inicio do colegial, mas isso não significava que eu ia apagar todos os traços da minha personalidade, oras! Até porque o carro não era algo que eu podia mostrar pra Deus e o mundo na escola, e mudar ao sair ou chegar em casa. E por falar no acordo... Eu ia ter que contar tudo para Quinn, o que por si só já me dava uma dor de cabeça desgraçada. O que ela ia dizer quando soubesse que eu fiz um monte de coisas só para protegê-la? Isso mesmo! Ela pensaria que eu era mais do que uma maluca anormal daquelas que só não atira pedra nos aviões porque Deus tem pena!

Eu sabia do que Santana estava falando, a mensagem que havia chego hoje cedo no meu celular, e que estava me importunando desde antes da minha primeira briga com Finn hoje, e fatalmente, antes da minha primeira aula. Santana também sabia, talvez por isso ela resolveu mostrar abertamente pro glee club que estava ali por mim, assim como eu estive por ela, por mais de uma vez, mesmo que o resto do clube ignorasse esse fato. Desbloqueei a tela do meu IPhone e a dita mensagem continuava a brilhar na tela.

'Talvez eu esteja mais perto e com mais saudades de você do que imagina, Rach. -xx, Kay.'

Eu respirei fundo, e encostei a cabeça no encosto do banco do carro. Ótimo, justamente agora que eu pretendia me acertar com a Quinn, meu passado vinha me assombrar! Ô sorte de revés essa minha, viu?! Se bem que se tratando da Katie não era bem uma assombração... Enfim! Eu tinha que ir para casa, as Cheerios tinham treino, e de alguma forma, Quinn estava envolvida de novo com Sue. Algo sobre ser co-capitã do time, tipo como uma auxiliar de Sue, que a treinadora precisava desesperadamente, já que Quinn se recusava a voltar a ser uma Cheerio.

Obviamente nenhuma delas era tão boa como Quinn, nem mesmo Santana, que a substituía agora, mas de alguma forma parecia que as novas calouras eram uma desgraça completa para o time. Okay, não vamos esquecer que estamos falando de Sue Sylvester, então as meninas deveriam ser capazes de ganhar o campeonato regional vendadas e com uma mão amarrada nas costas, mas óbvio que isso não soava bom o bastante para a Treinadora Sylvester.

Enfim, como Quinn estava ajudando no treino das novatas, eu teria tempo de ir até em casa tomar um banho, me trocar e me livrar dessas roupas horrorosas. Talvez eu as guardasse para usar no Halloween, ou doar para um asilo. Ou talvez Puck fosse gostar de queimá-las em nome de Jesus, porque só o fogo mesmo pra purificar aquelas coisas que era um atentado terrorista público a qualquer senso de moda. Sério.

E foi assim que eu me convenci a ligar o carro e ir para casa, depois de passar pelo menos 15 minutos ali, devaneando. Cheguei rápido em casa (porque faróis vermelhos quando não há ninguém por perto é para fracos, e isso Rachel Berry não é), me sentindo livre como não me sentia há muito tempo. Meus pais não estavam em casa, haviam conseguido férias de um mês em seus respectivos empregos, e como aquele ano era o ano em que eles completariam 25 anos que se conheciam, 20 de namoro e 15 de casamento, eles foram viajar. Sim, eles faziam questão de comemorar as três datas, e com a graça de Deus e um pouco de sorte, eles tiveram a decência de se casarem e começarem a namorar na mesma data em que se conheceram, durante esses anos. Não, isso não significava que eles não davam um jeito de comemorar as 3 no mesmo dia.

Balançando a cabeça para me livrar desses devaneios, eu subi para o meu quarto e fechei a porta. Meu quarto tinha isolamento acústico, o que eu agradecia aos céus naquele momento, porque eu precisava de música, alta, bem alta, e isso evitaria com que meus amáveis vizinhos jogassem meu nome que um dia vai brilhar – e muito, por sinal- na Broadway em uma roda de macumba, vodoo ou magia negra, daquelas que a gente aprende a fazer no google.

Tomei um banho rápido, e me troquei, totalmente diferente do 'estilo' (vulgo terrorismo visual) que eu fui obrigada a usar no colégio durante esses últimos anos. Eu usava uma calça legging jeans preta, com botas até o joelho, uma camisa branca de botão e uma jaqueta de couro também preta, comprida e que se ajustava bem ao corpo. Eu peguei meu celular e o óculos Ray Ban, estilo aviador, e sem pensar porque, peguei meu violão, por puro instinto. Chequei o relógio uma última vez e reparei feliz que estava adiantada para encontrar Quinn. Sem problemas por mim, eu iria esperá-la no estacionamento mesmo...


xXxXxXx


Rachel voltou a olhar o relógio pelo que deveria ser a milésima vez em cinco minutos, e saltou para fora do carro, que agora parecia estar sufocando-a. Ótimo, o treino das Cheerios havia acabado há oito minutos e 22, 23, 24, 25 segundos, então Quinn deveria aparecer a qualquer minuto. Mas e se Quinn desistisse de ir com ela? E se achasse que Rachel não valia a pena? Se decidisse sair de lá com uma cheerio caloura qualquer e deixar Rachel lá, esperando-a? Sim, porque Rachel tinha perfeita noção de que aquelas calouras pareciam ter desenvolvido um crush massivo e macabro pela sua (ou quase sua, que seja!) Quinn. De repente o celular de Rachel vibrou no bolso da jaqueta, e a foto de Quinn brilhou na tela. Como ela tinha uma foto de Quinn sorrindo para sua câmera? Bom, Santana havia feito esse favor. Um nó se formou na garganta de Rachel quando ela tocou na tela para abrir a mensagem. Era agora que Quinn dizia que Rachel deveria esperá-la ali, porque não valia a pena, enquanto Quinn ia para casa acompanhada de uma ou duas calouras da equipe? E no mesmo instante o riso se fez presente em seus lábios, quando leu a real mensagem.

'Já saí do treino das Cheerios, mas onde está você? Nem pense em me deixar esperando, Berry, porque senão eu vou pessoalmente atrás de você!- XX, Q.”

Os dedos da morena voaram por sobre a tela para responder.

'Pois saiba você, Fabray, que sou eu quem está te esperando! EU estou no estacionamento, o Cruze todo preto ao lado do Jeep de Satã. Vou te esperar do lado de fora. - xx Rach'

E como que por mágica, Quinn viu o carro, sem reparar na morena baixinha que saia de dentro dele e dava a volta no mesmo agora, por estar digitando qualquer coisa no celular. Quinn só reparou na morena à sua frente quando estava a pouco menos de dois metros do carro, e consequentemente de Rachel, que tinha as costas contra a lateral do carro e os braços cruzados. E quando Quinn reparou em Rachel... Bom, ela não foi exatamente discreta, o que fez Santana, que andava a seu lado, gargalhar. Tudo isso só porque Quinn parou, estática, assim que bateu os olhos em Rachel, e a olhou de cima à baixo, não uma, nem duas, mas três vezes, e só parou e fechou a boca quando Santana bateu de leve na parte de trás de sua cabeça e falou algo sobre moscas em bocas abertas, que Quinn estava longe demais para prestar atenção. Santana se adiantou , e beijou a bochecha da morena, e sussurrou algo em seu ouvido que fez as duas rirem. Rachel bateu um high-five com Santana, e a latina se despediu das duas entrando em seu jipe.

Quando Quinn continuou sem falar nada quando Santana já estava fora do estacionamento, Rachel franziu a testa.

–Quinn? - ela chamou.

–Hum?- A Fabray aérea respondeu.

–Você não sabia que é feio quebrar promessas e sair por aí comendo pessoas com os olhos? -Rachel falou em um falso tom de irritação, que fez com que Quinn desviasse o olhar para o asfalto, e corasse fortemente, murmurando algo sobre não estar comendo Rachel com os olhos. E murmurou apenas, porque ela sabia que era uma completa mentira. Rachel só podia sorrir diante da atitude absolutamente adorável da loira. De repente, Quinn levantou a cabeça do nada, como se tivesse acabado de ser iluminada com uma ideia divina.

–Mas que promessa que quebrei que eu não estou sabendo, Berry? - Ela perguntou em um tom quase que de desafio, que se perdeu no sorrisinho confiante que Rachel deu.

–Quinn, eu tenho certeza que você se lembra que hoje antes do almoço você me prometeu que não ia ficar me olhando exatamente como está agora quando eu chegasse aqui à tarde.

E o placar estava em 2 x 0 para Rachel, já que a loira voltou a corar fortemente com essa frase da morena. Rachel sentiu vontade de rir, mas se controlou, mordendo o canto do lábio inferior, mas não conseguiu segurar um sorriso quando viu Quinn suspirar ao vê-la fazer isto. Rachel sacudiu a cabeça de leve, e abriu a porta do carro para Quinn, falando sobre elas irem andando, e que esperava que Quinn gostasse do lugar tanto quanto ela. A ex-cheerio surpreendeu-se diante da atitude gentil da outra menina, e agradeceu ao entrar no carro. Rachel deu a volta e deu a partida no carro, e de repente jurou para si mesma que seu dia não podia estar melhor.


xXxXxXx


Ótimo, eu tinha certeza de que meu rosto deveria estar vermelho feito um pimentão, desde que Rachel me lembrou daquela promessa estupida. E eu não podia nem responder à quanto eu estar comendo-a com os olhos, porque isso soaria falso demais até para mim.

Mas eu não tenho culpa que aquela maldita calça deveria estar ajustada até a alma dela!

Certo, então, repassando o porque de toda essa injustiça do mundo para comigo:

Sue me pegou de novo com as Cherrios, e eu não reclamo. Eu amo ser líder de torcida, então eu não ia conseguir ficar muito tempo longe daquele negócio mesmo. Ainda mais com Santana e Brittany praticamente me implorando para voltar. E eu também precisava manter a forma, claro! Ninguém ganha a coroa de rainha do baile com banha saltando por aí! (Sem ofensas, mas não, a Lauren não conta. Ela intimida as pessoas para ganhar votos, só pode!)

Certo, vocês devem estar querendo me dar um soco agora por eu não desistir desas idiotice de coroa. Mas eu desisti, sério! É só que esse ano eu decidi que eu vou dobrar esse colégio a meus pés, como ele era quando eu era líder de torcida, e sorte de quem estiver do meu lado e azar de quem não sair da minha frente. Simples assim.

Enfim, eu saí do dito treino das Cheerios (e as novas calouras eram um desastre mesmo. Fora que eu perdi a conta de quantas delas tentaram me cantar de alguma forma durante o treino. Se as cantadas fossem um pouquinho melhores, eu acharia que Santana estava dando um curso particular para elas, mas como não eram, eu tinha Puck como principal suspeito.) e estava indo com Sant para o estacionamento. Eu mandei uma mensagem para Rachel, peguntando onde ela estava, o que pareceu ser desnecessário, já que eu ouvi Santana dando graças ao céus 'pelo hobbit finalmente voltar a usar suas roupas de gente'.

E foi aí que Rachel me respondeu, e eu finalmente reparei nela. Certo, talvez eu tivesse virando uma estátua no lugar, mas isso não era importante. O importante era que Rachel estava... diferente, pada dizer o mínimo. Okay, talvez eu queira dizer que ela estava mais do que sexy me olhando com aquele sorrisinho e vestida daquele jeito, e talvez por isso eu tivesse entrado no que parecia ser um estado de choque, sei lá. E depois Santana foi embora, Rachel me fez corar por duas vezes seguidas e conseguiu arrancar um suspiro de mim quando mordeu o lábio daquele jeito simplesmente... adorável. Essa menina vai ser meu fim ainda! E agora aqui estou eu, dentro do carro dela, indo para um suposto café desconhecido que deve ficar nos limites da cidade, já que Rachel estava pegando o que parecia ser uma estradinha não muito usada, cercada de árvores, o que dava um aspecto bem bonito ao lugar, com a luz da tarde. Ou bem macabro, à noite. E talvez Rachel não estivesse me levando para café nenhum, e sim estivesse indo se encontrar com Puck, e então os dois me matariam e desovariam meu lindo e jovem corpo em algum lugar daquela estrada! É, por isso que Rachel estava vestida assim, para não ser reconhecida depois! E o carro, não tem nem um pouco a cara dela! O Puck deve ter roubado, e então eles vão queimá-lo depois de me matar, e Santana vai vir buscá-los e eles vão para casa beber alegres por minha morte cruel! E eu que nunca esperei uma traição desse tamanho de Santana!

–Quinn, antes que você resolva se jogar do carro em movimento, eu devo dizer que estamos à mais de 120 km/h, já que eu estou com pressa, então você provavelmente vai se machucar, e muito se fizer isso. Então que tal se acalmar e me dizer o que diabos eu estou fazendo para te assustar tanto?-Rachel me tirou de meus devaneios, que a essa altura já eram sobre se eles usariam uma motosserra ou espadas para dividir meu corpo em pedaços, e se aquele violão no banco de trás era realmente um violão, ou a capa só escondia a arma que me levaria dessa pro além.

Então, quando Rachel me acordou,(ou quando eu finalmente percebi que estava me agarrando à porta do carro e me afundando no banco) no lugar de dar um chilique pela velocidade do carro e dizer que ela provavelmente nos mataria se continuasse daquele jeito, eu fiz a pergunta mais crucial de todas, claro!

–Por que você está vestida assim?- Isso Fabray! Porque é claro que as roupas são mais importantes do que a velocidade! Rachel correndo feito uma louca não é importante porque você não pode perfeitamente morrer se ela não diminuir AGORA! Claro! Parabéns, Miranda Priestly ficaria orgulhosa de você! Rachel riu da minha pergunta, e eu me perguntei há quanto tempo eu não a via bem humorada assim. Muito tempo, provavelmente, considerando que eu tinha tomado mais empenho ainda em fazer da vida dela um inferno recentemente. Mais uma vez a culpa me bateu com força, mas Rachel me distraiu ao responder.

–Isso sou só eu voltando ao meu estilo de sempre, Fabray. O idiota do Hudson que em fazia usar aquelas roupas macabras. Próxima pergunta?

–O carro...-Ah qual é? Era informação demais para mim essa Berry nova! Não que eu não gostasse, claro, mas eu merecia algum crédito! Eu estava lidando bem com isso, eu estava no carro, não estava? E claro que o carro não é roubado, Rachel não faria algo assim, faria?

–Totalmente meu Quinn, sem roubos nisso.-Rachel respondeu, mas não pareceu ofendida, como se toda a situação fosse apenas hilária. Ah, Merda. Eu disse a última parte em voz alta, não disse? Rachel me salvou de meu constrangimento, continuando sua história, porque ela era Rachel Berry e claro que ela não podia se contentar com apenas uma linha!

–Posso te mostrar uma coisa? -Ela perguntou, e eu só assenti. Não estava confiando muito no minha boca nesse momento. Rachel diminuiu a velocidade do carro, e virou em uma entradinha da estrada que eu não repararia se não soubesse que existia. Depois de pouco tempo, Rachel estacionou no que parecia ser o alto de uma colina, que parecia ser frequentada por ela, já que haviam uma mesa de madeira de piquenique sob uma árvore, e bancos de madeira ao seu redor. Rachel saiu do carro e abriu a porta para mim, e depois deu a volta no carro e encostou-se na frente dele, indicando o lugar a seu lado para que eu fizesse o mesmo. Ela voltou a falar, quando eu voltei a me focar totalmente em seu rosto.

– Essa daqui é só uma das propriedades do meu avô, mas é a mais próxima de Lima, então eu praticamente cresci aqui. Eu ia para o colégio de manhã, ele me buscava e nós passávamos o dia aqui, ele sempre me ensinando algo novo. - Ela apontou para o cenário à nossa frente, uma fazenda enorme, bonita, e com uma ou duas construções grandes e antigas - De noite meus pais vinham me buscar, e nós jantávamos aqui, porque meu avô não abriu mão dos jantares em família mesmo depois que minha avó morreu.

Quando meu pai contou para meu avô que era gay, meu avô o expulsou de casa. Meu pai foi para a faculdade, conheceu papai e aqui estou eu hoje. Eu fui o único motivo que fez meu avô voltar a falar com meu pai decentemente em 10 anos, mais ou menos. Meu avô tinha uma cabeça surpreendentemente aberta para alguém da idade dele.

Ele foi um militar, mas depois abriu uma empresa que está funcionando até hoje. E como a empresa dele é uma das mais tradicionais e melhor do ramo, ele queria que meu pai assumisse, mas aí ele disse que era gay e que queria ser médico, salvar pessoas. Meu avô o expulsou, não por preconceito exatamente, mas porque uma empresa como a dele não podia ter alguém como meu pai em seu comando. Isso foi há uns 20 anos atrás, e você vê como a cabeça das pessoas é até hoje.

Mas parece que ele quis se redimir disso antes de morrer, e colocou tudo, tipo tudo mesmo no meu nome, como se ter me criado praticamente não fosse o bastante. Então vamos dizer que eu não roubei esse carro, porque se eu quiser eu posso pagar um igual para todas as Cheerios e o pessoal do Glee club, trocar aquela lata velha do Schuester e dar um tanque de guerra para Sue Sylvester, para ver se ela destrói aquele inferno que eles chamam de escola e sai do meu pé, e depois dar uma festa na piscina de Santana. E isso quer dizer que você não vai pra cadeia por andar comigo nesse carro, Q.”


Eu não pude deixar de reparar em Rachel enquanto ela falava. A testa franzida, o canto da boca para baixo como sempre quando não gostava de algo. Eu percebi o quanto aquela história a incomodava, e que o final sobre Sue foi apenas para tentar disfarçar seu desconforto. E eu, claro, fiz a coisa mais estúpida que podia.


–Eu sinto muito.-Foi a minha brilhante e empolgante declaração. Talvez eu devesse mesmo me jogar do carro depois disso, eu pensei. Mas Rachel não parecia concordar.


–Pelo meu velho? Não sinta, ele teve uma vida boa. Eu sempre fui a única neta, então ele fez questão de me estragar totalmente, claro. Ele costumava dizer que sempre quis um neto homem, para assumir a empresa no lugar do meu pai, mas já que eu resolvi nascer uma menina era problema meu e dos meus pais, já que ele ainda me ensinaria tudo que uma delicada garotinha feito eu não deveria saber. E eu supostamente deveria ser um menino, segundo os exames da gravidez. Você imagina o choque dos meus pais e do meu avô quando eu nasci? Pelo menos isso não impediu meu avô de fazer tudo o que ele planejava comigo. Acho que tanto eu quanto ele agradecemos agora pelo meu pai ser médico, nós realmente demos muito trabalho.

E mais uma vez, eu poupei meu dicionário, e só ergui uma sobrancelha para Rachel, que de alguma forma parecia ainda mais bonita agora, no sol do fim da tarde. Ela sorriu abertamente antes de me responder.


–Bom, Quinn, digamos que eu aprendi a fazer um bocado de coisas que não devia. Ele me ensinou a pilotar qualquer coisa que tenha rodas, a cavalgar, a fazer os melhores aviõezinhos de papel, e eu posso atirar com praticamente qualquer coisa, desde arcos até armas. Ele ainda era um militar, afinal. Aprendi a brincar com facas também. Ou espadas, se for o caso. Ele tinha uma coleção enorme. Eu particularmente gosto do arco, mas só como diversão de vez em quando. Atirar é divertido. Ele me ensinou a esquiar, a como nadar melhor, e como pilotar um monte de coisas na água também. E eu aprendi com ele a segurar minha respiração por um longo tempo também. Você tinha que ver a cara dele quando eu consegui ficar mais de 3 minutos embaixo da água pela primeira vez. Parecia que eu tinha ganho um campeonato de alguma coisa. Ele me ensinou sobre as fazendas, sobre os negócios, e eu posso dirigir aquela empresa desde já se eu quiser, mas eu prefiro deixar como está por enquanto. Ele me ensinou como fazer os melhores estilingues, as melhores pipas e como soltá-las mais alto. Ele me ensinou sobre as grandes guerras, as grandes batalhas históricas, sobre o amor às plantas e animais, e isso pode parecer bobo, mas ele sempre fez tudo isso parecer importante. E toda noite, quando eu estava com ele, ele fazia duas canecas de café e chocolate quente, e me contava um monte de histórias, mas não essas baboseiras de 'o príncipe encontra a princesa no cavalo branco e são felizes pra sempre', porque como ele dizia 'essa merda não existe, e ninguém quer a porra de um cavalo branco hoje. Se alguém vier atrás de você, é melhor que esteja em um esportivo branco, com muitos cavalos no motor, e aí sim isso vai ser interessante.' Ele me contava sobre a vida dele, as artes, as diversões, as partes difíceis, e eram sempre as melhores histórias. Mas eu acho que o mais importante foi que ele me ensinou sobre valores, caráter, e orgulho. Ele fez de mim uma pessoa decente, Quinn, porque com meus pais sempre trabalhando, sem uma mãe e com a influência do inconsequente do Noah, eu poderia estar completamente perdida agora. Se bem que com o Noah eu tive a ajuda da Sam e da Katie. E eu sinto a falta dele, do meu avô. E ele também tinha o melhor colo e os melhores conselhos que uma pessoa pode dar.


Eu não pensei, e estendi minha mão e limpei uma lágrima que eu acho que Rachel nem percebia que tinha escapado, pela sua surpresa. Eu descruzei seus braços que estavam cruzados sobre seu peito e segurei sua mão, apertando-a de leve, porque se eu saísse com outro genial 'Eu sinto muito' eu me mataria, ali mesmo. Rachel me deu um sorriso gentil.

–Eu posso te levar para conhecer a casa da fazenda, um dia desses, se você quiser. Meu quarto de verdade fica aqui, porque como eu quase sempre ia pra casa só pra dormir, meu avô quis que eu tivesse um aqui também. Noah e Santana o adoraram, porque são dois viciados em videogames, mesmo que Satã não admita isso.


E isso me lembrava de outro ponto importante: Que raio de amizade era aquela com a minha latina? Rachel pareceu ler minha expressão, porque apertou minha mão de leve e sorriu.

–A minha história com Satanás é algo que eu só vou contar quando ela estiver por perto, porque se eu soltar um ou dois fatos sob a minha visão, 'Yo voy sentir la furia de Lima Heighs'. Isso quer dizer que se eu contar a parte emocionalmente bonitinha da história ela me bate. E isso me lembra que eu deveria estar te levando para um café agora, e é melhor nós irmos antes que escureça e você resolva saltar de vez do carro, porque eu tenho cara de ser uma assassina muito perigosa à noite, claro.

E aí estava uma cena que eu nunca imaginei na vida. Eu estava no carro de Rachel (ou em cima dele, que seja), segurando a mão dela e gargalhando por algo que ela disse.

Nós voltamos ao carro e Rachel dirigia mais devagar agora, para a saúde do meu coração. Cinco minutos depois ela estacionava finalmente na frente do tal café. Era um lugar grande, com uma parte ao ar livre e outra fechada, extremamente charmoso, com um estilo meio rústico. Mais uma vez ela abriu a porta para mim e eu me perguntei o quão romântico era o avô dela, se todo aquele cavalheirismo (porque não havia outra forma de descrever isso) fosse mesmo herança dele. Nós fomos nos sentar, e Rachel pediu um café gelado, e eu pedia um mocca quente. Mais uma vez eu me peguei olhando Rachel, que agora parecia distraída olhando as pessoas ao nosso redor. Por uma fração de segundo, eu achei que vi ela estreitando os olhos na direção de um carro, mas não tive certeza por causa dos óculos que ela ainda usava. De qualquer forma, minha suspeita se confirmou quando Rachel virou de costas para o café e o estacionamento, já que estávamos na parte descoberta do lugar. E essa era só mais uma das tantas coisas que eu queria perguntar para ela.


xXxXxXx


Quinn agradeceu seu café, trazido pelo garçom, enquanto Rachel tomava o seu, gelado. A loira abriu a boca para começar qualquer assunto, mas antes que pudesse, uma voz masculina que ela desconhecia exclamou alto:

–Rach?! Há quanto tempo menina! Que saudades de você!- E assim, um senhor simpático de meia idade se aproximou da mesa das duas meninas. Rachel abriu seu sorriso, tão simpático como o do senhor de cabelos grisalhos, e se levantou para cumprimentá-lo.

–Juan! Há quanto tempo mesmo! Eu estava com saudades desse lugar já!

O senhor, depois de abraçar Rachel, indicou Quinn rapidamente com os olhos, e ergueu uma sobrancelha para Rachel, coisa que a loira percebeu, principalmente pela diva ter corado no mesmo instante.

– Juan! Essa é minha amiga, Quinn Fabray. Quinn, esse é o senhor Diaz. Ele é dono desse café, e eu venho aqui desde pequena. Eu costumava vir aqui com Samantha, filha dele, e com... Com Kate.

Quinn estreitou os olhos de modo quase imperceptível. De novo Rachel falava naquela 'Kate', com a mesma hesitação, e a mesma tristeza no olhar.

–É um prazer conhecê-lo, senhor.-Quinn também se levantou, e apertou a mão do homem. Sem querer, uma garota ruiva acabou por chamar sua atenção. A menina de olhos verdes parecia fixada em Rachel. Juan também se virou quando Quinn permaneceu olhando por cima do seu ombro. O senhor mais uma vez voltou a sorrir abertamente. Era o tipo de homem que tinha o sorriso quente, acolhedor, e os olhos tão verdes quanto os da garota ruiva eram tão limpos que pareciam capaz de ver a alma de quem os olhasse com atenção.

–E falando no diabo!-Ele exclamou, e Rachel finalmente se virou também, e o queixo da cantora caiu por um segundo, enquanto a ruiva se aproximava, acompanhada, de braços dados, com ninguém mais, ninguém menos, do que Noah Puckerman.

–SAM!- A cantora exclamou, e praticamente pulou em cima da garota,recebendo um longo e apertado abraço.

–Rach! Que saudades de você, baixinha!

E as duas começaram a falar animadamente, até que Rachel pegou a mão de Quinn, que conversava com o senhor Juan, e a puxou.

–Sam, essa é a minha amiga Quinn Fabray. Quinn, essa é a Sam, nós praticamente crescemos juntas. Ela conviveu um bom tempo com meu avô também, assim como o Noah.

Quinn a cumprimentou com um sorriso, e sem querer admitir, uma pontada de inveja a atingiu, como se de repente, ela quisesse ter tido todo esse tempo com Rachel também. A cantora puxou de novo sua mão, e elas voltaram a se sentar, acompanhadas agora por Noah, que olhava Quinn com um pouco de desconfiança, e Samantha, que sorriu amigavelmente para a loira.

–Então...-A ruiva quis começar a puxar assunto- Você é a tão famosa Quinn Fabray. Um prazer te conhecer finalmente, depois da Rach falar tanto de você!

–Sam! - Rachel repreendeu a amiga, ruborizada, mas ainda sem soltar a mão da loira, que não poderia se importar menos com isso. Quinn arqueou uma sobrancelha em direção a Rachel quando respondeu:

–Ah, ela fala muito de mim?- E ela segurou um sorriso ao ver Rachel se afundando mais na cadeira, já sabendo a resposta da amiga.

–O tempo inteiro. Quinn isso, Quinn aquilo, Broadway, Quinn, Musical novo, Quinn cantou isso hoje, moto nova, Quinn--

–EU VOU PEGAR MAIS UM CAFÉ! - Rachel praticamente berrou ao saltar da mesa, o rosto tão vermelho quanto os cabelos da amiga.- Sammy, vem comigo!- Ela disse e já foi puxando a garota pelo braço.

–Mas eu estou conversando com a Quinn, Ray!

–Ela vai superar, não é, Quinn?- E sem esperar por nenhuma resposta, ela arrastou a amiga para dentro do café. Quinn observou as duas se afastarem, sem conseguir evitar o sorriso vitorioso em seu rosto. Então quer dizer que Rachel presta tanta atenção assim nela? Bom saber...


–Não que eu não ache isso uma coisa legal, Quinn, já estava na hora de você crescer e ser legal com a Rach, mas será que você pode ao menos tomar cuidado?- Noah tirou Quinn de seu mundo de pensamentos, seu tom aborrecido. Quinn o olhou confusa.

–Como?-Ela indagou.

–Olha pra ela, Quinn. Sabe há quanto tempo que eu não vejo a Rach feliz assim? Muito. Então Quinn, eu não vou me meter no que quer que seja que vocês tenham, mesmo que essa amizade seja mais do que estranha pra mim. Mas por favor Quinn, não ferra tudo dessa vez. Eu não quero ver nem você, nem minha princesinha machucadas de novo, certo?- O tom de Noah se amenizou. Quinn apenas assentiu, fazia todo o sentido o pedido do garoto, mas ela não queria mais machucar Rachel. Isso parecia trazer uma sensação ruim para ela.

Pouco tempo depois, as duas meninas voltaram, com dois copos e café cada uma. Quinn não evitou um sorriso ao ver Rachel, que retribuiu e estendeu mais um café para a loira.

xXxXxXx


–Então, há quanto tempo vocês estão saindo?- Samantha perguntou de repente, fazendo eu me engasgar, Quinn corar e Puck gargalhar.

–SAMANTHA!-Eu berrei assim que consegui voltar a respirar- Quinn é minha amiga!

–Claro, assim como Kate era, ou aquela ruiva que— Sam começou e eu tinha que pará-la, porque meu histórico não é lá dos melhores, e eu não estou exatamente ansiosa para Quinn descobrir isso.

–Jesus, Sam, será que você pode por favor calar a boca?–Eu a cortei, e ela me olhou, cética.

–Que foi? Vai dizer que a Quinn não sabe?Quem diabos não sabe em Lima que você já--

–Não!-Eu voltei a interrompê-la, e agora até Noah me olhou espantado. Grandes amigos, esses dois.

–Por que não?-Ele perguntou em choque.

–Porque não tem motivo nenhum pra falar disso agora! Cristo!-Foi tudo que minha mente brilhante conseguiu botar pra fora. Pareceu funcionar, já que os dois se calaram.

–Então eu posso me tornar um motivo, Ray?- Eu ouvi uma voz muito conhecida falar atrás de mim. É claro que para os dois patetas ficarem quietos tinha que ser algo assim, só pode! Então eu fechei os olhos e respirei fundo uma vez, antes de voltar a abri-los e me virar.

–Kate.-Foi tudo o que eu disse ao olhar naqueles olhos azuis que eu conhecia tão bem.

Ela sorriu e me cumprimentou.

–Oi Rach. Senti saudades.

Ah, merda. Eu estou tão ferrada.


–Kate!- Eu ouvi Sam exclamar alegre, e como estava de olhos fechados, apenas ouvi minha amiga se levantando depressa e provavelmente pulando em cima da minha ex-namorada/melhor amiga. Eu não tinha nem coragem de olhar pra Quinn, ela provavelmente ia fazer aquele negócio assustador com a sobrancelha e isso não ia ser legal. De repente, eu ouvi Quinn murmurar em confusão atrás de mim.

–Frannie?- E então eu abri os olhos. Porque só faltavam duas pessoas para completar aquele circo, e elas haviam acabado de chegar no jipe de satã. Agora, nos calcanhares da minha melhor amiga, estavam minha advogada, amiga, conselheira, e companheira de briga, Frannie Fabray, e Santana.

Eu vou morrer até o final de hoje, com certeza.


xXxXxXx


–Oh, Wow! Soem o sinal do apocalipse pessoal, Rachel Berry e Quinn Fabray estão juntas, e sem tentar matar uma a outra.- Isso foi Santana, enquanto eu ainda olhava pra minha irmã, que de alguma forma conseguia parecer ainda mais alegre do que aquela tal de Samantha ao ver Rachel. Não que isso fosse ruim, mas por que E como diabos Fran conhecia Rachel?

–Rach, a Sant me contou que você finalmente deu o que aquele moleque Hudson merecia! Verdade?- Minha irmã também conhecia Santana e Finn? Mas em que porra de planeta eu estive esse tempo todo?

–Foi um sonho se realizando!-Rachel riu.

–Eu quase senti vontade de ajudar- Santana e Puck comentaram.


–Rach, desse jeito até parece que você não sentiu minha falta, sabia?- Aquele demônio albino que chegou se arrastando pra cima da minha Rachel comentou fazendo biquinho. Ridículo.

Certo, talvez eu estivesse com um pouco de ciúmes, porque tipo, ela parecia a Kate Middleton. Só que com cabelos pretos e olhos azuis penetrantes. E, bom... Ela era linda, eu admito, e parecia que já teve algo com Rachel, por isso eu meio que me sentia em desvantagem, sabe?

Não que eu quisesse algo com a Rach, claro, mas aquele ainda era o começo de uma amizade, afinal nós só tínhamos nos aproximado de verdade nessas duas últimas semanas, e eu não queria nenhum projeto de princesa falsificada se atirando pra cima dela enquanto eu nem ao menos tinha a confiança dela. Mentindo até para si mesma, Fabray. Ótimo começarmos assim, não acha? Eu chacoalhei de leve minha cabeça e mandei minha consciência ou o que quer que fosse aquela voz chata calar a boca. Sim, eu discuto comigo mesma, e se você nunca fez isso não pode me julgar. Ponto. Voltei a prestar atenção no circo que aquele café virou.

Rachel, que tinha dado as costas para a imitação de Duquesa de Cambridge, se virou devagar para ela, e o tom aborrecido que ela usou hoje cedo estava de volta.

–Que porra, Katherine! Depois do que você fez você esperava o quê? Que eu comprasse flores e fosse te buscar no aeroporto e fizesse uma festa surpresa? Pro inferno que eu ia!

Rachel parecia estar tremendo, e pela voz dela eu não sabia se era de raiva ou se ela estava tentando conter o choro. Eu coloquei uma mão no ombro dela, e ela pareceu relaxar, mesmo que minimamente. Todos tinham finalmente resolvido fazer silêncio, e Katherine, com os braços cruzados ainda fitava Rachel como se não houvesse mais ninguém ali, exceto pelo fato de que o olhar dela corria da minha mão para os olhos de Rachel. Se dependesse do olhar dela, eu acho que minha mão estaria queimando agora. Ela descruzou os braços, e veio caminhando devagar na nossa direção, olhando Rachel nos olhos, depois me olhando nos olhos, como se pedisse permissão para algo, então eu deixei minha mão cair e ela abraçou Rachel.

Depois de alguns vários segundos, Rachel finalmente retribuiu o abraço,e a versão paraguaia de Kate Middleton disse algo em seu ouvido que fez com que Rachel se afastasse como se tivesse levado um choque, e Katherine rir.

–Katherine, o que diabos você está aprontando agora?- a ruiva perguntou por todos nós, e eu acho que estava começando a simpatizar com essa garota. A garota fez cara de inocência e respondeu:

–Que foi? Eu nem disse nada ainda sobre o serviço novo que a gente tem pra Rach! Eu só disse que ela tinha razão, a Quinn é bem bonita mesmo...


Rachel, que tinha escolhido esse momento bizarro para tomar um gole do seu café, se engasgou, ficando completamente vermelha. Rá! A vingança é doce, Berry! Samantha apenas sorriu como quem diz 'eu te disse...', e minha irmã, Satã, e Puck desataram a rir. Eu? Bom, eu meio que estava entretida demais observando as reações de Rachel para me preocupar em demonstrar algo. Mas acho que minha sobrancelha subiu, porque Rachel voltou a corar assim que me olhou. (2 X 2, Rachel!)


Bom, depois de Rachel se desengasgar pelo que deveria ser a terceira vez no dia, e decidir que encarar o chão era muito mais divertido do que me encarar, todos voltaram a se sentar, e aquilo já estava parecendo um daqueles almoços bregas de domingo, em família, tipo aqueles de filme, onde senta uma multidão de gente numa mesa e você acaba conversando apenas com dois ou três, porque o resto está muito longe. Depois de alguns minutos muito estranhos, em que Rachel conversava civilizadamente com Santana, e feliz até demais para o meu gosto, com a minha irmã, a versão paraguaia da Barbie morena voltou a abrir aquela matraca que ela chama de boca, olhando para Rachel e Frannie.


–Pessoal, que tal nós irmos hoje à noite lá no bar do Theo? Hoje é dia em que a gente pode tocar lá.


–Tá pensando a voltar pra guitarra, Kat? -Puck perguntou, com a cara de uma criança no natal. A falsa Barbie deu aquele sorrisinho besta pra tentar cegar o Puck com aqueles dentes clareados com Blondex, mas não funcionou, porque começava a escurecer.

–Claro, Puck!

E como se isso fosse mágica, todos na mesa concordaram com a ideia dela.

Era só o que me faltava! Agora até Kate Middleton acha que pode resolver tocar guitarra em Lima!



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Notas finais do capítulo

Hey everbody!
Agradeco a quem chegou até aqui, afinal, sei que foi um longo capítulo! shaushaushausha
Aliás, por favor, digam-me o que acharam desse caítúlo também. Sei que ficou um pouco confuso com todo esse povo aparecendo, mas vou explicar tudo, prometo. E vocês preferem que eu indique quem está falando em cada ponto de vista, ou assim dá pra entender?
No mais, peço desculpas a quem não gostou do primeiro capitúlo, e agradeço por ter criticado de uma forma nçao ofensiva. Diana Amndoa, vou tentar melhorar nesses pontos que você citou, obrigada.
E por fim, antes que essa nota fique maior do que o texto, a história do avô da Rachel é uma pequena homenagem minha a um tio meu que era bem assim comigo mesmo. Ele me estragou totalmente, mas sempre me ensinou muito sobre tudo, e eu o agradeço por ter sido um fator tão fundamental na miha formação como pessoa.
É, eu tambpem sei atirar com arcos... HUHSUAHSUAHSUASH
Obrigada!
Até a próxima!