My Name Is Pipper escrita por Lolla


Capítulo 1
The audition


Notas iniciais do capítulo

Este é meu primeiro capítulo. Espero que gostem!



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Acordei com um sorriso gigante no rosto, ele demonstrava minha felicidade, mas também minha ansiedade e meu medo do que poderia acontecer esta noite. E se eu errar a letra da música? E se eu desafinar? E se me rejeitarem? E se eu esquecer as falas? Essas perguntas rondavam minha mente, me impedindo de ficar calma.

– O que tiver de ser, será! - Gritei para mim mesma, abafando meus temores.

Levantei da cama num súbito movimento. Tomei um longo banho frio, passei meu creme favorito, coloquei uma langerie verde-água e olhei para meu guarda roupa.

– O que se deve vestir para uma entrevista de emprego?

Bufei e revirei os olhos, desistindo de tentar encontrar uma resposta sem me mecher. Me direcionei ao notebook em cima da mesa de trabalho e coloquei Epic para tocar. Começei a dançar e cantar pelo quarto como uma idiota, me soltando e esquecendo por um momento dos problemas. Olhei novamente para meu armário e sorri.

– O melhor que eu tenho a fazer é ser eu mesma, se não gostarem do que visto é porque não gostaram de mim. Foda-se, vou como quero!

Coloquei um short jeans claro, uma regata branca, e um all star preto. Passei uma maquiagem bem básica, composta por base, pó, rímel e um gloss transparente levemente puxado para o rosa, sabor tutti-frutti.

Peguei minha bolsa jeans e sai as pressas, já estava um pouco atrasada. Iria a pé, pois o auditório era perto de minha casa e eu não tenho carro. O caminho todo fui ouvindo as musicas da minha lista favorita no iPod, nomeada James.

Quando cheguei, tirei os fones de ouvido e olhei para frente. O lugar era grande e bonito. Tentei dar um passo a frente mas não consegui. Estava nervosa. Depois de uns segundos, tomei coragem e voltei a andar. Logo avistei a recepção.

– Olá, sou Pipper Slater, vim para uma audição. - Falei sorrindo para a recepcionista sentada na minha frente.

– O senhor Fellows a aguarda. Siga neste corredor, é a terceira porta a esquerda. - Falou a mulher me entregando um cartão de visita.

Assim fiz. Segui naquele corredor até a terceira ramificação a esquerda. Olhei para porta e sem medo bati de leve três vezes.

– Entre. - Disse uma voz baixa, calma e grossa.

Girei a maçaneta e a puxei para mim, afastando meu corpo e a empurrando agora para o lado. Entrei calmamente puxando a mesma atrás de mim e girando novamente.

– Qual é o seu nome minha jovem? - Fellows possuía um inglês perfeito.

– Eu sou Pipper Slater.

– E o que você faz, em termos artísticos? - Congelei. Já começamos com uma pergunta complicada.

– Para ser sincera, senhor, não sei bem. Desde pequena desenvolvi um amor muito grande pela música. De um jeito que não consigo nem descrever em palavras. A música é quem sou. É uma extensão do meu corpo. É a minha língua, como eu falo quando palavras não são suficientes, ou quando eu não sei usa-las para desenvolver meus pensamentos e sentimentos. Me expresso através dela. Eu não existiria sem ela. Dança vem em segundo lugar, não tão forte quanto a música, mas a ideia ainda é a mesma. Atuar vem em terceiro. Mas não quer dizer que sou boa. Na verdade, qualquer coisa que eu faça na minha opinião é ruim. Existem pessoas que me elogiam bastante, mas não confio. Meus amigos vivem me incentivando a seguir o que amo, só que eu não consigo, porque não me vejo como alguém com potencial para ter sucesso. Eu só não sei nem acho que faço nada do que amo bem. - Disse nervosa, mexendo em minhas mãos incessantemente.

– É difícil para você falar sobre isso? - Perguntou ele.

Por quê? - Fiquei espantada com sua percepção.

– Porque a senhorita não para de mexer em suas mãos. - Comentou e eu suspirei.

– É difícil sim. É muito pessoal. Mas não tenho como fugir de falar isso para o senhor, meu futuro depende disso.

– Isso é bom, quero que confie em mim. Agora quero que pegue esse roteiro aqui e faça as falas da Carly, enquanto eu faço o Fred. Vamos ver do que você é capaz, mocinha.

Peguei um roteiro da série iCarly e o interpretei. Depois sentei e Fellows me encheu de perguntas de diversos tipos. Acabei contando a ele bastante sobre mim. No fim acabamos criando uma afinidade e nos distanciando um pouco do foco.

– E a senhorita... - O interrompi.

– Me chame apenas de Pipper, senhor. - Ele riu.

– Tudo bem, mas então me chame apenas de Scott. - Disse o homem sorrindo. Eu ri ao perceber a contradição no que havia dito.

– Vou tentar senh... Scott. - Nenhum dos dois aguentou e acabamos gargalhando alto.

– Mas voltando ao assunto, você canta, então?

– Bom, meus amigos dizem que eu canto bem até, mas eu me acho a pessoa mais desafinada do mundo. Mas como disse, eu amo cantar. Então acho que seria melhor eu lhe mostrar.

– É o seguinte, no começo a sua baixa autoestima me desestimulou com relação a você, já que a personagem que criei é bem confiante. Mas depois de conversarmos, percebi que nunca iria achar pessoa mais perfeita para o papel. Vou marcar uma segunda audição para a sua música, assim sobra tempo para preparar algo bom. Quero que tente me mostrar seu melhor com apenas uma canção, então ela tem de ser boa. A audição será daqui dois dias em Los Angeles.

– Em USA? Como assim? O que você quer dizer com Los Angeles? – Perguntei a beira de um ataque de nervos. Não fazia ideia de como iria para um lugar tão distante fazer apenas uma audição. Não poderia simplesmente ser ali?

– Quero dizer que cantando ou não, está contratada, Pipper. A partir de agora você faz parte da Nick.

Parei de respirar por um minuto. O homem magro, alto, de cabelos levemente grisalhos a minha frente estava me dizendo que iria realizar meu sonho desde que nasci? Era isso mesmo que estava sendo dito? Scott me observava, esperando algum tipo de sinal de que eu ainda me encontrava ali.

– E... E... Eu... Eu não... Tenho palavras para descrever o que estou sentindo... - Não consegui completar a frase pois as palavras ficaram entaladas em minha garganta. Eu não estava acreditando. O produtor abriu o largo sorriso.

– Fico feliz em ver seu interesse por esse trabalho. Não precisa dizer nada, apenas vá para casa e arrume suas coisas. 

Nos despedimos e fui direto para casa. Arrumei todas as minhas coisas e deixei-as do lado da porta. Avisei meu irmão do que aconteceu, ele iria me encontrar lá assim que possível. Comi algo e fui dormir.



Uma semana depois...



Estava vendo TV e tomando café, enquanto esperava. Até que a campainha toca.

– Está pronta? - Era Scott.

– Sim, minhas coisas já estão aqui. Coloco-as onde?

– Mandarei o motorista vir busca-las. Espere só um minuto. - Disse se virando, quando o parei.

– De maneira alguma, pode deixar que eu levo. Sou forte o bastante para levar minha própria bagagem para o carro. - O produtor riu.

– Se é assim, o carro está ali. - Apontou para uma Vera Cruz estacionada do lado da casa.

Coloquei tudo no carro e entrei no banco de traz. Cumprimentei o motorista que respondeu com um sorriso educado. Scott entrou na frente e começamos a seguir até o aeroporto.

– De qual série eu farei parte? - Perguntei curiosa.

– Big Time Rush. - Sorri. - Você já viu, não é?

– Eu costumava ser uma rusher.

– Sério? E o que aconteceu?

– Eu cresci. Me distanciei um pouco da banda, não sou mais uma fã viciada. Mas vez ou outra ouço as músicas. Ainda tenho as músicas em meu iPod. - Sorrimos.

O resto do trajeto foi silencioso. No aeroporto, fizemos check-in e logo entramos no avião. A viagem foi bem longa e tranquila. Dormi quase o tempo todo, meio desconfortavelmente, mas tudo bem.

Assim que chegamos, Scott me levou à um hotel, o qual também servia de moradia para os quatro meninos do Big Time Rush. Não sabia o quarto de nenhum deles, e para ser sincera, isso não me importava naquele momento. Eu queria apenas tentar descansar e me preparar para o dia seguinte, em que conheceria quatro das pessoas com as quais vou trabalhar a partir de agora. e que, a alguns anos atras, eu era viciada.




Continua...



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Notas finais do capítulo

Essa é a primeira fic que escrevo, e tenho medo de que ninguém leia. Então, por favor deixem reviews, para eu saber que alguém se interessou por esta história. Se tiver algum erro de ortografia, gramática ou digitação, podem me avisar, ficarei feliz. Comentários e críticas são bem-vindos.

Kisses.