“Então eu fui um idiota

Eu fui idiota pra caramba

Porque eu vim aqui tão violento

Porque eu vim por aqui tão violento

Eu disse sim, eu fui um idiota

Eu fui idiota pra caramba

Porque eu fiz você pensar isso

Porque eu vim por aqui pra pensar isso

E cantar isso

É uma vida maravilhosa

Nunca me senti tão vivo

Nunca me senti tão vivo

É uma vida maravilhosa

Nunca me senti tão vivo

Nunca me senti tão vivo

Meu amor, meu amor, por onde você anda?

Meu amor, meu amor, onde você foi?

Meu amor, meu amor, o que você vê?

Meu amor, você é tão idiota

Como um idiota

Eu corro por aí como uma galinha com a cabeça cortada

Como um idiota

Eu corro por aí como uma galinha com a cabeça cortada

Como um idiota

Eu corro por aí como uma galinha com a cabeça cortada

Como um idiota

Eu fui um idiota

Eu caí como um grande idiota

Porque eu vim aqui para trazê-los pra baixo

Eu vim aqui para brigar e derrotá-los

Eu disse sim, eu me senti um idiota

Eu fui muito idiota

Cante isso”

Idiot – Coldplay

Capítulo 5 – Briga idiota, viagem, sem ela. (Parte 2, POV de Edward)

Como deixei uma briga idiota nos separar?! Como sou idiota! Eu fiquei me xingando de todos os nomes existentes e de todas as línguas conhecidas e desconhecidas!

Dei um tempo para ela pensar, esclarecer os seus pensamentos, ver se ainda quer ser minha amiga pelo menos...

Por que fui falar todas aquelas coisas?!

Depois de dois dias que se passaram foram os piores da minha existência! Já era difícil viver - se é que eu estou vivo... - sem ela por algumas horas, sem ela por DOIS DIAS foi sufocante.

No terceiro dia não agüentei. Liguei para ela. Falava que o telefone estava fora de área.

Pedi para Alice ter uma visão com ela, só que suas visões estavam desfocadas. Ela estava com alguém que fazia suas visões ficarem turvas.

Fui com o meu carro para sua casa aos 170 km por hora. Chegando lá bati na porta e Charlie atendeu:

-Edward? O que você está fazend...

-A Bella está?!- o cortei.

-Não, ela está no Texas para visitar a avó. Ela não te contou?-perguntou ele.

COMO ASSIM A BELLA ESTÁ NO TEXAS?! VOCÊ SÓ PODE ESTAR DE BRINCADEIRA COM A MINHA PESSOA! Ai lembrei que Bella tinha falado que queria visitar a avó. Eu ofereci para ajudá-la em questão financeira e ela recusou de todas as formas possíveis com a desculpar de não querer que eu gaste dinheiro com ela! Bella boba! Mas era a minha Bella boba!

-Ela tinha me dito que queria, mas não me disse que iria... -eu disse muito chateado por ela não ter me falado nada!

-Bem ela volta daqui um mês quando as aulas começarem. -ele diz

-Tudo bem chefe Swam, muito obrigado. Se ela ligar pode pedir para ela me ligar?-pergunto com a esperança de poder ouvir aquela linda voz que ela possuía mais rápido do que eu achava.

-Claro!

-Então é isso! Obrigado novamente. Tchau. -digo a ele.

-Tchau Edward. -diz ele fechando a porta.

Um mar de decepção se apoderou de meu corpo e alma – se é que eu tinha uma. Os dias que se passaram eu ficava no meu quarto lembrando tudo o que fizemos desde que nós nos conhecemos, como ela ficavam linda envergonhada, como ela se importava com os outros, como ela me defendeu outro dia... Resumo: como ela era maravilhosamente perfeita!

31...

30...

29...

28...

27...

26...

25...

24...

23...

22...

21...

20...

19...

18...

17...

16...

15...

14...

13...

12...

11...

10...

9...

8...

7...

6...

5...

4...

3...

2...

1...

E finalmente chega o dia em que ela volta para Forks! Eu estava morrendo de saudade.

Na hora do almoço fui para casa dela quase a 200 km por hora – é eu não me importo de levar milhões de multas por ela!

Eu estava super animado para saber como havia sido sua viagem, com quem ela se encontrou, se avó dela está bem, e o mais importante... Se ela me perdoava...

Chegando a casa dela bati na porta com um sorriso de orelha a orelha. Charlie abriu novamente a porta com uma cara angustiada.

-Charlie a Bella já chegou?-perguntei ainda sorrindo, a cara dele estava séria e um pouco triste. Meu sorriso se afrouxou sabendo que o que estava por vir não seria coisa boa...

-Eu não consigo encontrar ela! Ligo para seu telefone e está desligado! Ligo para minha mãe que deveria estar com ela e ela não me atende! Eu estou angustiado! Não sei o que fazer! Vai saber o que pode acontecer com ela no TEXAS! Ela pode ter sido seqüestrada... Roubada... Ou até... -ele não conseguiu continuar. Fechei os olhos com força como se fosse possível ele parar de falar e meu anjo estar ao meu lado novamente...

BELLA NÃO PODE TER MORRIDO!!! NÃO A MINHA BELLA!!! MEU ANJO!!! A RAZÃO PARA A MINHA EXISTENCIA!!! MEU AR!!! MEU TUDO!!!

 -Não ela deve estar bem! Ela sabe se cuidar muito bem... -eu disse, mais para mim do que para ele.

-Vamos ver... Se ela ligar eu te aviso, tudo bem?-pergunta ele.

-Com certeza! Se você souber qualquer coisa sobre ela, mesmo se for ruim me avise pelo o amor de Deus, Charlie!

-Te aviso sim Edward! Obrigada por cuidar dela nos momentos que eu não pude. Obrigado por tudo que você faz para ela até agora!

-Ela é minha vida agora. -digo. Se eu fosse humano com certeza estaria chorando.

-Eu sei. E você a dela. -ele diz me surpreendendo. - Agora vai para casa descansar. Qualquer coisa eu te ligo.

-Obrigado. Tchau.

-Tchau. -diz ele fechando a porta.

Os dias foram se arrastando levando um pedaço meu com eles. Eles foram se transformando em semanas e mais tarde em meses. E mais meses...

Eu não vivia mais. Eu era um zumbi. Tentei inúmeras vezes ir para Volterra para eles acabarem com a dor do meu peito, mas minha família me segurava. E eu sabia que eles recusariam o meu pedido por causa de meu poder. Nem morrer eu podia morrer em paz. Eu nem sentia mais raiva, de tristeza, nem sede, nem nada.

Não falava com a minha família. Nem com ninguém.

Eu tinha faltado duas semanas na escola, até que Alice literalmente chutou minha bunda da cama e me arrastou para a escola.

Havia olhares preocupados, boatos de que Bella tinha passado essas semanas comigo e aquelas bobagens de quem não tem o que fazer... Mas eu não ligava para elas. Correção: eu não ligava para mais nada...

Meses e messes se passaram e hoje faz seis meses que não vejo aqueles cabelos castanhos que me atraiam; aqueles olhos de chocolate profundo que me prendia a eles e me fazia vivo novamente; aquela voz que me derretia e encantava; aquele vaco quando eu tentava ler sua mente me fazendo ficar em paz...

Fazia seis meses que eu havia desistido de lutar para alguma coisa...

Fazia seis meses que eu parei de viver...