Jogos Vorazes escrita por Lívia Andrade


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo foi baseado com PERMISSÃO nos fatos desse tumblr : fatos-odair .
Obrigada por escrever fatos Clato tão perfeitos e por permitir que eu me baseie neles.
Espero que vocês gostem desse capítulo. (:



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– Apenas acene para as pessoas – Diz Leonis respondendo a minha pergunta sobre o que fazer na apresentação dos tributos.

Nós passamos quase a tarde toda conversando, ele deu dicas para mim e para Clove sobre a arena e como se comportar nos dias de treinamento que virão.

Ele nos disse para andarmos com os carreiristas e não nos metermos em confusão durante o treinamento. ‘’ Terão ótimos motivos para brigas na arena, por isso guardem a raiva para quando estiverem lá dentro’’ lembro perfeitamente de suas palavras.

–Acho melhor vocês irem, já esta quase na hora da apresentação – Diz o mentor.

O estilista me apressa, em pouco tempo eu já estava pronto, estou usando uma armadura dourada e um capacete cujo tinha enormes asas em cima. Era muito reluzente, chamava muita atenção. O que era bom. Muito bom.

Subo em cima de uma carruagem preta puxada por cavalos que pareciam muito bem treinados para nos conduzir pelo caminho, e na minha frente estão os tributos do distrito 1. Uma garota loira, na qual era muito bonita com seus cabelos enrolados, e um garoto vestindo roupas bem extravagantes que demonstravam o luxo do seu distrito.

– Está pronto? – Diz Clove subindo ao meu lado na carruagem.

Percebo que ela está com a mesma roupa que eu, a maquiagem não tinha mudado-a nem um pouquinho. Conseguia até mesmo ver as sardas que delineavam seu nariz.

–Estou.

Pouco tempo depois de Clove subir na carruagem os cavalos começam a andar nos levando onde toda Panem estará nos vendo, torcendo e fazendo suas apostas para o futuro vencedor dos jogos

O Hino da capital começa a tocar, a multidão que está no estádio explode em aplausos. Eu e Clove estamos sorrindo e acenando como Leonis nos dissera.

A passagem é bem tranquila quando estamos quase no final escuto um ‘’oooooooooh’’ vindo da multidão que começa a aplaudir com mais força. Luto contra a minha curiosidade para não olhar para trás a procura do que tinha causado toda essa animação entre os espectadores, mas nem precisei. No telão exibia os tributos do distrito 12, literalmente em chamas. A Garota está até bonita, o que a capital não faz com os pobres esfomeados do distrito 12.

Suas roupas pareciam ter uma proteção e o fogo chamava tanta atenção que até me esqueci de acenar e sorrir. ‘’Isso é ridículo’’ pensei ficando muito irritado. Não bastava ter que perder a atenção, tinha que perder a atenção para uma garota. Do Distrito 12!

– E qual é o problema deles, afinal? Por que estão de mãos dadas? Isso são os Jogos Vorazes, não um concurso de beleza! – Diz Clove com raiva

Olho fixamente para as mãos de Clove imaginando se daria certo tentar.

– Nem pense nisso! – Brandiu ela pelos cantos da boca ainda acenando para a multidão.

A carruagem para e logo descemos com a multidão ainda aplaudindo.

– Foi ótimo! – exclama a Mulher azul.

– Não tão bom quanto o do distrito 12 – diz Clove com raiva.

– Deixa eles se sentirem um pouco, não estão acostumados com tanta atenção. Vai ser até divertido ver a falsa esperança deles! – Digo.

Todos voltaram para o centro de treinamento. Clove sai andando na frente parecendo irritada.

– Ei, me espera! – Grito correndo bem a tempo de entrar no elevador junto com Clove- O que aconteceu?

– Não fui boa o bastante no desfile. – Resmungou a garota - Vou morrer logo.

–Claro que ninguém olhou pra você. Olha para a garota do 1 e a do 12 – Brinquei

– Cala a boca, garoto, ou eu mostro porque eu me voluntariei para esses Jogos. – Diz Clove levantando a ponta do vestido e retirando a pequena faca que estava guardada em seu sapato.

–Larga a faca ou eu falo para os Idealizadores te arrumarem talheres de plástico.

–Nossa pena que eles não podem te arranjar um cérebro. – Brandiu ela assim que a porta do elevador se abriu, e ela saiu bruscamente me deixando sozinho.

–Clove espera, eu estava brincando. – Digo correndo atrás dela, mas quando a alcanço ela fecha a porta do quarto em minha cara. – Por favor, abre a porta.

– SAI DAQUI! – Gritou a garota e logo em seguida consegui enxerga a ponta de uma faca na porta.

Sabendo que a garota não ia mudar de ideia resolvi deixa-la sozinha por um tempo.

Não foi legal de minha parte brincar com ela daquele jeito, eu geralmente brinco com todo mundo e não me importo se eles ficam chateados, mas com Clove é diferente. Sinto vontade de protegê-la de tudo o que é ruim.

Vou para meu quarto e deito na cama confortável. Amanhã seria um dos primeiros dias de treinamento, onde veríamos os tributos e poderíamos ver suas habilidades.

Concentro-me em pensar no treinamento, aonde todos os tributos carreiristas iriam se juntar, mas quando me lembro de carreiristas volto a pensar em Clove. Ela já deve estar mais calma agora.

Corro para a porta do quarto dela e a chamo.

– Clove? – Não há nenhuma resposta então resolvo entrar mesmo sabendo que ela ia ficar furiosa.

Deparo-me com Clove na frente do espelho. Ela está usando um vestido azul, da cor do mar, não muito curto e não muito comprido, com um decote nas costas. Olhava para o espelho, tentando ver como estava.

–O QUE VOCÊ ESTA FAZENDO?- Grita a garota quando nota minha presença. – SAI DAQUI, AGORA!

Contrariando a garota eu sento em sua cama.

– Nossa Clove. Quem diria. Você está... – Começo.

–Feia? Ridícula? Pode falar, eu já sei. Nem sei por que pus essa roupa estúpida - Me interrompe Clove.

–É sério? Você está prestes a entrar numa luta até a morte e está tentando ficar bonita?

– Eu não estou tentando ficar bonita! – Diz clove entre dentes. -Eu só estava... Passando o tempo. Até, claro, que você invadiu minha privacidade.

–Nós vamos estar numa arena menos de uma semana, passando vinte e quatro horas por dia juntos e você vem me falar de privacidade?

Clove dá uma enorme gargalhada e olha pra mim com o rosto corado.

– Desculpe. Eu fui idiota.

–Mas isso não é ser idiota. Aliás, você conseguiu o que você queria. – Digo levantando e indo em direção à porta.

– Consegui o que? – Pergunta Clove fazendo uma cara de confusa.

–Ficar bonita! – Respondo batendo a porta atrás de mim. Não escuto nenhuma resposta mal criada ou vejo outra ponta de faca na porta. Acho que agora eu fiz algo certo com Clove, não me sinto mais tão mal assim.



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Notas finais do capítulo

Gostaram? Avise. isso deixa o autor mais motivado (:



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