Jogos Vorazes escrita por Lívia Andrade


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo. Não esqueçam de me dizer o que acharam, ok? (:



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Pego tudo que Clove tinha jogado no chão e ponho de novo dentro de uma pequena cesta que estávamos carregando.

 Não a culpo por se sentir assim, mas será o melhor para os dois. Fico procurando mais algumas frutas. Todas parecem ter um formato estranho, deve ser um truque da capital para que nós não a reconhecêssemos. Quando estou colocando mais uma pequena amora, escuto passos.

 Pego minha espada que estava presa em meu sinto e fico imóvel.

- Cato, é você? – sussurra Glimmer.

- Ah, é você Glimmer. – Respondo.

 A garota aparece e sorri para mim.

- Clove disse que você queria minha ajuda.

 Eu não tinha dito aquilo. Não gostava muito de ficar perto de Glimmer, seus comentários ridículos ou sua forma de mexer no cabelo a procura de uma câmera. Estava sempre preocupada com a beleza e de ser apresentável.

- É, foi o que eu disse a ela. – Respondo

 Nós terminamos de pegar algumas frutas e voltamos para o acampamento. Quando chegamos lá a garota do distrito 4 está segurando um coelho morto e Clove tenta acender uma fogueira.

- A catapulta funcionou! – Diz a garota do distrito 4 sorrindo.

 Vou a encontro de Clove perto da fogueira e me ofereço para acendê-la, Clove assenti , sai sem dizer nenhuma palavra e senta ao lado de Marvel que está conversando com Peeta.

 Cozinhamos o coelho e comemos.  Descubro que fico bem mais feliz de barriga cheia.

 Resolvemos mudar nosso acampamento de lugar. Não é muito bom ficar parado, alguém já pode ter marcado nossa localização.

 Depois de certificar que todas as frutas que colhi são comestíveis, começo a comer e reparo que parecia ter mais delas, às vezes foi só impressão, que pessoa roubaria só um pouco das frutas ao invés de pegar tudo?

 Montamos nosso acampamento a sete quilômetros ao leste. Cai a noite, o hino da toca, e, no alto do céu vejo a foto da garota que encurralamos hoje de manhã, ela era do distrito 8. Hoje foi um dia ruim. Só uma morte, amanhã terei que compensar isso.

 Entro no saco de dormir, hoje ficou combinado que Marvel iria ficar de vigia. Fecho meus olhos, mas não consigo dormir, mesmo tendo ficado acordado a noite toda de ontem.

 Me viro e fito o céu, está estrelado e bem bonito. Lembro-me de quando eu olhava as estrelas no distrito 2. Não tinha muito tempo para isso já que treinava toda noite, mas quando voltava para casa sempre observava. Imagino se meus pais estão vendo os jogos. Acho que minha mãe deve estar, mas meu pai não. Sempre muito ocupado com o trabalho, ele só deve ver as reportagens de noite.

 Peeta já está roncando, Glimmer parece estar adormecida, mas Clove esta atirando sua faca pela terra e de vez em quando matando pequenos  répteis que passam por ali.

  Sempre tive esse problema em relação a dormir. Nunca consigo, mas tenho que tentar. Preciso ficar descansado aqui na arena. Fecho os olhos novamente e me obrigo a dormir.

  De manhã não somos acordados bruscamente. Me levanto antes de todos e digo para Marvel descansar, eu posso assumir daqui em diante.

 O sol está mais forte do que nos outros dias. Vejo um tordo em cima de um tronco baixo de uma árvore, ele está cantando. Que barulho irritante, deve ter sido isso que me acordou. Olho ao meu redor e percebo que nosso estoque de água está escasso, só paro de olhar para essa direção quando o tordo para de cantar. Procuro a árvore onde o tordo estava e ele não se encontra mais ali, mas á alguns metros do chão está um pássaro com uma faca encravada em sua barriga.

- Odeio esses pássaros. Bom dia – Diz Clove se levantando e pegando sua faca.

- Bom dia.

 Não tenho como evitar falar com Clove, todos estão dormindo.

- Temos que buscar água – Diz Clove - O lago da cornucópia não esta muito longe de nós.

 Tento pensar em algo para dizer, meu cérebro não trabalha. Só consigo dizer algo idiota como ‘’ãhan’’.

  Clove recolhe as garrafas e eu a ajudo.

- Eles não devem acordar antes de nós voltarmos, então não vão ficar preocupados – Diz Clove.

 Nós andamos por cerca de vinte minutos e já começo a ver a margem do lago. Nos escondemos entre as árvores e observamos se há alguém por perto. Como não vimos ninguém começamos a se aproximar do lago.

 Enquanto Clove abaixa para pegar água eu olho ao redor para fazer sua segurança e depois voltamos para a floresta.

 A caminho do acampamento eu pego o Iodo e coloco, três gotas como Clove me lembra, em cada garrafa de água para purifica-las. Andamos por mais uns treze minutos até chegarmos ao acampamento. Como a garota dissera, eles ainda estão dormindo. E então resolvo checar as catapultas.

 Fico animado quando vejo um esquilo preso nela. Um esquilo bem grande. Servira de um ótimo almoço. Retiro o esquilo com cuidado e levo para o acampamento. Agora sim todos estão acordados com exceção de Marvel.

 O dia se passou tranquilamente, nosso estoque de água estava cheio de novo, o esquilo nos caiu perfeitamente e todos estão satisfeitos, não escutamos nenhum tiro de canhão e quando anoitece e aparece à insígnia da capital temos certeza que não houve nenhuma morte hoje.

 A garota do distrito 4 vai ficar de vigia hoje,  mas ainda está cedo. Resolvo andar um pouco pelas árvores a procura de algum tributo para matar, um dia sem escutar um canhão me deixa aflito. Ando pela mata a luz da noite, mas só escuto o barulho de animais, irritado e cansado de não ter novidades resolvo voltar para o acampamento.

 Todos ainda estão acordados conversando, não tenho muita coisa para falar fico quieto observando Clove sorrindo para Marvel e sinto uma raiva do garoto.

- Clove, quero falar com você – Interrompo bruscamente a conversa deles.

 Ando mais para dentro para a floresta e ela me segue.

- Que é Cato? Precisa ir tão longe? – Resmunga Clove

- Fique longe de Marvel!

- O que?

- Fique longe dele!

- Nossa você pode ficar perto da Glimmer o tempo todo, mas eu não posso conversar com o Marvel? Fala sério, Cato.  Se for pra isso que você me chamou aqui é melhor eu ir andando.  – Dito isso ela sai e me deixa sozinho.

 Fico sentado pensando em tudo que aconteceu e poucos minutos depois Glimmer parece, ela adquiriu essa mania de querer me encontrar quando estou sozinho.

- O que você disse para Clove ficar daquele jeito? – pergunta a garota.

- Porque você sempre tem que vir atrás de mim? – Pergunto

- Eu fiz a pergunta primeiro.

- Eu não sou obrigado a responder.

 Ficamos em silencio por algum tempo, Glimmer suspira e começa:

- Então Cato você se lembra do que eu disse naquele dia no centro de treinamento?

- Não – Menti, eu me lembrava perfeitamente daquele dia.

- Porque você não me encontrou lá em baixo como eu tinha marcado com você?

- Eu não sei do que você esta falando – Digo tentando fugir do assunto.

- Talvez isso faça você lembrar – Disse ela se aproximando de mim.

- Glimmer, não! – advirto

- Cato às vezes eu acho que você não gosta de mulheres – Diz Glimmer dando uma risada.

 Eu sabia que ela estava me provocando, e não era pra eu cair naquilo, mas todos meus amigos estavam me assistindo e eu não aguento esse tipo de argumento.

- Aé?

 Chego mais perto de Glimmer seguro sua cintura, puxo ela para mais perto de mim e a beijo.  Ela prende suas pernas em minha cintura, sou forte o suficiente para segurar seu peso. A encosto em uma árvore e parecemos ficar ali se beijando por muito tempo.

- Cato, me desculpe. Não queria ter falado daquele jeito com... – Diz Clove ao longe e a garota para quando chega perto o suficiente para nos vê – Desculpe não sabia que estava atrapalhando.

  Solto Glimmer no exato momento e ela responde com um ‘’ eei’’ e corro atrás de Clove.

- Clove, não. Volta aqui.

- EU TE ODEIO! SE VOCÊ ACORDAR E ESTIVER SEM SEUS MEMBROS NÃO SE SURPREENDA!

- Desculpe – Digo segurando seu pulso.

- ME SOLTA!

- Me escuta!

- EU DISSE PRA ME SOLTAR!

- Eu achei que isso ia ser o melhor para nós!

- MELHOR? SÓ SE FOR PRA VOCÊ! 

- Para nós!

- PRA VOCÊ É FÁCIL FALAR ISSO. POR QUE NÃO É VOCÊ TEM QUE ATURAR ALGUEM DANDO EM CIMA DA PESSOA QUE VOCÊ...

 Clove não terminou. Ela arregalou os olhos e ficou muda. Olhei para trás a procura do que tinha causado isso e o que eu vi me surpreendeu. Uma enorme parede de fogo vinha em nossa direção.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? A opinião de vocês é muito importante e me inspira para o próximo capítulo.



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