Nightmares Tormentors escrita por Chapolitana


Capítulo 20
Goodbye


Notas iniciais do capítulo

Gomen pela demora =s



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             Narração do Corey:
     
       Após chegar em casa, vou direto ao meu quarto arrumar minhas malas para partir ao Brasil no dia seguinte. Termino de arrumar as malas, deito na cama, mecho no cabelo e fico pesando na Caitlin.
         Como ela pensa que não a amo mais? Passo vários minutos naqueles pensamentos até a minha mãe chamar para o almoço. Acho que peguei num sono de tanto ficar pensando. Já eram 15h, vou à cozinha, me junto a família e devoro todo o prato de filé com spaghetti. Shelby sai da cozinha e volta com o seu caderno de redação. 
         - Por que trouxe esse caderno, irmanzinha? - Pergunto curioso.
         - Para fazer uma redação sobre o regime político de antigamente. Preciso de ajuda, será que vocês podem me ajudar? - Perguntou ela sentando na mesa com o lápis e o caderno já aberto. Debby ficou hipnotizada pelos pensamentos, mas logo se testemunhou para explicar.
          
                   Na época do regime político, eu tinha apenas 17 anos, a sua idade, Corey.  
          As pessoas eram obrigadas a votar num candidato como hoje em dia, porém o sistema era diferente. O candidato vencido, não poderia ser um bom político. Ele devia usar o dinheiro da cidade para coisas fúteis invés de ajudar as pessoas. A única coisa que o político poderia ajudar na cidade, era os seus problemas financeiros. Porém eles deveriam utilizar o dinheiro das pessoas para fazer isso. Caso o político desobedecesse esse sistema, seria imediatamente expulso do seu cargo e até mesmo morto. Caso você não esteja entendendo, vou esclarecer. Esse sistema existia, pois o país ainda era dependente do Carpem Dion. Nós devíamos a cada semana dar uma pequena quantia de dinheiro. Caso alguém não tivesse, o governo cobraria até a hora que não sobrasse mais nenhum dinheiro. E aí eles faziam uma proposta, como, se alguém tivesse filhos, esses deveriam ir para a adoção se tivesse algum talento. Vou dar um exemplo. Tem uma família de três filhas que já passou por essa situação. Uma das crianças nasceu com o talento de dançar e foi para a adoção. Essa família faliu. Pode ser destino, mas essa família, é a família de uma colega sua, Corey. E ainda é da sua turma.

        - Quem é essa colega? - Pergunto curioso.
        - A família da sua antiga namorada.
        - Caitlin? - Me espanto.
        - Sim. Ela tem uma irmã perdida, mas não conte a ninguém, principalmente a ela.
        - Eu prometo. - Minha mãe prosseguiu com a história.
      
           O regime político durou cerca de 20 anos. O período só terminou quando o novo presidente do Carpem Dion, anulou essa lei e declarou a independência. Foi um ano de muitas comemorações. 
          Após esse período, o pai de vocês foi viajar, na época em que vocês ainda eram crianças. 
         Se lembram que ele voltava direto? Na sua última viagem, o pai de vocês nunca mais voltou. coloquei investigadores e depois de três anos, soube da notícia. Ele teria vindo nas viagens para essa casa para investigar um mistério. Talvez esse mistério seja da coisa. O pai de vocês foi encontrado todo esquartejado no porão dessa mansão.

       - E é por isso que jamais contei nada sobre o pai de vocês. - Não sei dizer as minhas reações daquele momento, apenas me levantei da mesa.
    - Perdi o apetite. - E fui ao meu quarto. Mando várias mensagens para a Caitlin dizendo Me perdoe. Sou um bobo. Eu te amo e acredite. O que posso fazer para provar isso?
Desculpa. O dia se passa num borrão e nada da Caitlin responder.
    Será que aquilo era um sinal de que devo seguir em frente? Penso.
  A pergunta não me calaria tão cedo, decido ir no meio da noite a casa das irmãs Vallenty. Chegando lá, quem me atende é a Frie.
     - Preciso falar com a Caitlin.
     - Ela está dormindo, Corey.
     - Se eu não falar com ela hoje, não falarei mais nunca. - Ela me da passagem para passar. Vou até o quarto da Caitlin e a vejo debruçada na cama, segurando algo. Me aproximo dela e vejo que é uma foto. Seu rosto estava úmido, ela deve ter acabado de se afogar em lágrimas. Pego a foto da sua mão e vejo o nosso primeiro beijo. Quem tirou aquela foto? Aquele não era o momento para perguntas.
  Uma certeza se passou pela minha cabeça, a Caitlin ainda me amava, assim como eu ainda a amava. Deixo ela dormir, me viro e me deparo com uma lixeira com vários papéis amassados. Aproximo da lixeira, pego um deles, desamasso e começo a ler. Aquilo era uma carta de despedida para a sua irmã. Termino de ler e quando vou amassar o papel novamente, a Caitlin acorda. Ela boceja, eleva o corpo e me olha. Porém o quarto estava todo escuro. Ela pergunta num tom sonolento:
     - Quem está aí? - Será que eu deveria responder? Não arrisco e saio do quarto depressa. Volto pra mansão e durmo no meu quarto.
    
      - Socorro!! Por favor, não me mate!! 
      
     Acordo do pesadelo assustado. Por quê aquele sonho? A Coisa já está morta, essa histôria já deveria ter acabado. Vou ao quarto da Shelby e ela ainda está lá. As vozes do meu pesadelo pareciam ser da minha irmã. Volto pra cama e durmo. Porém, outro pesadelo vem me atormentar e nessa vez dura mais tempo.

    - Idiota! Eu te odeio! 
   - Me desculpe, Corey! A culpa não foi minha!
    - Eu confiei em você para cuidar da Shelby! 
     - Eu sinto muito! 
     - Seu monstro! Você...
      
     Debby me acorda e dar um copo d'água para mim. Ela senta ao meu lado na cama.
     - Filho, o que aconteceu? Você está pálido e... Soando muito! 
     - Eu não sei, mãe. Tive um pesadelo.  
     - Mas... A coisa já está morta. Como você pôde ter mais um pesadelo? 
    - Também não estou entendendo. Na verdade, não sei quais são as regras desse jogo.
      Desse jogo. As palavras ecoavam na minha mente e no instante senti que nada havia terminado. Os pesadelos continuavam a emergir, as pessoas próximas a mim estavam em perigo e a Caitlin... Ela estava segura longe de mim. Pelo menos por enquanto. E se a Caitlin re-assumisse o seu amor por mim depois que eu voltasse da viagem?
Todos estariam em perigo novamente. Como sempre a culpa seria minha.
    Debby sai do quarto. Me arrumo, tomo um café da manhã, me despesso da minha irmã, pego as malas e parto com minha mãe para o aeroporto.
    A Frie chega de táxi e atrás dela está... A Caitlin?
    - Caitlin? - Sussurro. Ela corre para os meus braços e me aperta forte.
     - Corey... Eu sou uma idiota, uma tola, uma estüpida, eu...
     Sem deixá-la completar a frase, dou-lhe um beijo demorado.
      
     ~ Narração da Caitlin: ~

    Aquele momento se pareceu com filmes americanos. Só enxerguei eu e ele e o sabor de menta dos seus lábios no meu. Nos afastamos e o Corey começa a falar com um tom suave:
     - Pare de se xingar, você não é nada disso. Você é o amor da minha vida.
     - Então não me deixe. 
     - Nunca. - Ele me dar o último beijo de despedida e completa: - Assim que eu voltar, ficaremos juntos para sempre.
      - Vou estar te esperando.
      - Nessa vez, nada vai nos separar, eu prometo. - Depois todos entraram no avião e partiram. O Corey prometera algo impossível. Assim que ele soubesse da morte da Shelby, ele me odiaria para sempre e era esse o meu medo de ter corrido atrás dele.  
    Vou a mansão da família Lights e fico cuidando da Shelby. Preparo as refeições, ajudo a se banhar, ensino nos deveres de casa e faço companhia para ela na parte do lazer. Uma semana se passa e já era o baile de formatura. Deixei de ir para cuidar da irmã do Corey.
    Naquela semana, a Shelby se comportara estranho. Ela não quis minha companhia e sempre ficava falando sozinha. 


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Notas finais do capítulo

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