Saint Seiya Oh My God! escrita por Chiisana Hana


Capítulo 3
Capítulo 3




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Os personagens de Saint Seiya e Saint Seiya Omega pertencem ao preguiçoso do tio Kurumada e é ele quem leva a grana.

Saint Seiya OH MY GOD!

Chiisana Hana

Beta-Reader: Nina Neviani


Capítulo 3

Chegou o dia de mais um episódio de Saint Seiya Ômega e Seiya, Shun, Hyoga e Ban organizaram nova reuniãozinha para assistir o anime. Shun era de longe o mais entusiasmado com o desenho e, ninguém sabia, mas ele já tinha até um pôster do Kouga na parede do quarto.

– Sério que você tá achando que esse vilão é o Saga? – Hyoga perguntou a Seiya assim que todos se acomodam na sala.

– Sei lá... Mas ele é doido, né? De doido a gente espera tudo.

– Mãe ele não tinha morrido? – Shun indagou.

– Tinha – Seiya respondeu. – Mas se todo mundo ressuscita, por que ele não?

– Bom, isso é verdade – concordou Shun.

– Fiquei pensando nisso a semana inteira – Seiya disse. – Acho que é possível que seja ele.

Hyoga levantou outra possibilidade:

– Se formos levar em conta os doidos, também pode ser o Máscara da Morte, porque ninguém com o juízo perfeito coleciona cabeças humanas.

– Ugh – enojou-se Shun. – Só de lembrar aquela casa FE-DI-DA E HOR-RO-RO-SA eu me arrepio todo.

Ikki chegou sem ser chamado, para a surpresa de todos.

– Ikkiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! – Shun berrou. – Dessa vez nem precisei chamar!

– Pois é, me adiantei porque não queria ser jogado aqui de supetão. Além do mais, quero ver se essa bagaça evolui satisfatoriamente.

Mais um visitante chegou à mansão, bem na hora em que começava a abertura.

– Dá licença, dá licença – disse o visitante, tentando se espremer no sofá.

– Geki! – Seiya cumprimentou-o com um aperto de mão. – O que você tá fazendo aqui, cara?

– Como o quê? Vim ver o tal do Ômega. Vocês não estão sabendo? Eu vou aparecer! Virei professor na escola de cavaleiros!

Seiya caiu na gargalhada.

– Hahaha! Conta outra! Você é só um cavaleiro de bronze menor, imagine se iam considerar colocá-lo no anime novo...

– Pois é! – concordou Hyoga. – Como você vira professor no negócio e eu supostamente fico congelado o anime todo?

– Esperem pra ver, pato e pocotó – ele disse, desistindo do sofá lotado e indo acomodar-se numa poltrona. – Esperem pra ver.

Depois da abertura, que sempre deixava Shunzinho com os olhinhos brilhando, o episódio finalmente começou.

– Shhhhhhhh! – ele disse. – Agora silêncio que tá começando!

– Ei, por que essa maluca tá com saia de Sailor Moon e fazendo exercícios de ginástica artística? – Seiya pergunta.

– Ain, eu achei a roupa dela tão bonitinha... – Shun disse. "Eu usaria essa sainha numa boa...", ele pensou. "Usei aquela armadura rosa com peitinhos, por que não uma sainha?"

– E o negocinho estúpido que ela usa na cabeça? – Hyoga continuou.

Ikki deu um sorriso debochado e disparou:

– Achei meio parecido com aquelas asinhas que você usava Hyoga.

– Não tem nada a ver com as minhas lindas asas de cisne!

Ikki não se deu por vencido:

– Eu acho tudo a mesma porra.

– Não são a mesma coisa! – Hyoga prosseguiu, indignado. – Minha tiara era feita de metal, não de luvas hospitalares cheias de ar.

– Que seja. De qualquer forma, não tô nem aí pra isso porque isso é coisa de viado. O importante é que ela é gostosinha, usa saia curta e ainda fica de cabeça pra baixo.

– Ikki, ela é menor de idade... – Geki censurou.

– E daí? Eu espero ela crescer um pouco.

Geki apareceu na tela, para espanto dos demais presentes.

– Ih! Ó lá o Geki mesmo... – Seiya disse, estupefato.

– Eu não disse? – Geki indagou, envaidecido com sua participação. – Sinceramente, fiquei lindo nesse novo traço, não fiquei? Bem melhor que no antigo.

– É, tenho que admitir que ficou bem apessoado – Ban concordou.

– Mas que merda é essa de escola? – revoltou-se Ikki. – Enquanto a gente se fudeu no meio do mundo, passando frio e fome, apanhando mais que burro de carga, neguinho agora brinca de escolinha?

– Pois é – concordou Hyoga. – Parece até Harry Potter no castelo de Hogwarts, né não? Palhaçada!

– Ain, eu quero ser da Lufa-Lufa! – Shun grasnou, todo empolgado com a menção dos personagens de J.K. Rowling, sua autora favorita depois de Stephenie Meyer. – É tão fofinho esse nome. Lufa-lufa, Lufa-lufa, Lufa-Lufa. Sabe, o Chapéu Seletor mandaria o Ikki para a Sonserina, com certeza. O Hyoga seria da Corvinal e o Seiya... bom, o Seiya eu não sei, não apostaria em nada. Acho que o Chapéu demoraria bastante nele. Será que vai ter um Dumbledore ? Será que vai ter jogo de quadribol? A-DO-RO o pomo de ouro! É tão meiguinho! Eu tenho uma réplica, sabiam?

Todos olham para ele perplexos

– Que é? O que tem? Eu adoro Harry Potter!

– Shun – Geki começou a dizer –, acho melhor sair do armário de uma vez por todas.

– Eu não sou gay!

– Tá difícil de acreditar nisso.

– Parem com isso, gente! – Seiya disse. – Vocês ficam aí discutindo e não percebem que o Geki já falou mais nesse anime do que no nosso inteiro!

– Finalmente temos importância, meu amigo – Ban disse, orgulhoso, dando tapinhas nas costas de Geki. – Um Leão Menor é do grupo de protagonistas e você é professor da Palaestra. Deus existe, cara!

– É – ele retribuiu os tapinhas. – Ele existe.

– Olha, eles têm que prestar respeito à estátua de Athena – admirou-se Hyoga.

– Tenho que concordar com o moleque cabeçudo – Ikki disse. – Que besteira ficar levando a mão ao peito sempre que passar pela estátua. Já pensou se nós tivéssemos que fazer isso toda vez que passássemos pela Saori?

– Aê, Seiya – Hyoga disse. – O quarto do moleque de Leão Menor é mais bagunçado q o seu.

– Meu quarto não é bagunçado ele só tem um excesso de coisas...

– Tradução: o Seiya é maluco e não consegue jogar nada no lixo – Ban disse.

– Deve ter uma porção de ratos ali no meio daquela tralha toda – Hyoga completou. Seiya se justificou:

– São apenas recordações, gente. Não tem nada de errado nisso. E parem de falar de mim! A comida deles tá bonita, hein?

– Eu passava fome naquela porra de Ilha da Rainha da Morte – Ikki soltou –, enquanto os moleques boiolinhas comem bem...

– É, Ikki – Hyoga disse. – Mas eu quero ver se na hora do pega pra capar esses guris vão aguentar o tranco. Tá tudo muito fácil para eles!

– Não é? Pra que escola? Os moleques tem que aprender a dar porrada e a ser menos baitolas, não ficar circulando com esse uniforme escroto pelo castelo de Hogwarts, levando as mãozinhas ao peito.

– Bom, lembre-se que não é sofrimento que desemboiola – disse Ban –, afinal nem todos os anos de treinamento sofrido tiraram a viadagem do seu irmão.

– E o que é que tem se meu irmão for viado? Não é da sua conta!

– Ain, gente, já falei que não sou gay – manifestou-se Shun, exagerando nos trejeitos.

Quando Souma mencionou que os outros alunos da Palaestra estavam de férias, gerou revolta no pessoal:

– Que afronta! – Hyoga bradou. – Eles têm férias! Nós nunca tivemos!

– Pois é – concordou Ikki, – estou falando, é muita moleza para esses moleques.

– Devíamos fazer uma greve! – Seiya incitou.

– Greve de quê, anta? – Ikki zombou. – Não lutamos mais.

– O mundo está paz, lembra? – Hyoga prosseguiu. – Não vai ter guerra pelos próximos duzentos anos, no mínimo.

Seiya não se convenceu.

– Mas e o Marte e os marcianos?

– Ai, Seiya, deixa de ser burro! – impacientou-se Ikki. – Isso é só um anime inventado para encher o bolso do Kurumada de dinheiro, porra!

– Ahn...

Então começou a cena sobre a dúvida de Yuna em respeitar ou não a lei que proíbe as amazonas de mostrarem o rosto...

– E eu apareci de novo! – Geki comemorou. – Que maravilha! Me fizeram muito lindo mesmo! Estou me amando. E para vocês não ficarem com ciúmes eu até me lembrei de vocês, os supostos cavaleiros de bronze maiores.

– Suposto sua mãe – Seiya disse. – Nós somos os caras.

– Eram os caras – Geki corrigiu. – Eram.

– Nós viramos dourados! – Seiya continuou argumentando e, com uma risadinha marota, continuou: – Bom, nem todos, né Ikki?

– Não me lembre disso, seu nanico broxado com TOC.

Shun põe um fim na discussão:

– Calem a boca! – ele gritou. – Eu quero ver se a menina Sailor Moon vai ter mesmo coragem de tirar a máscara!

– Mano, ela deu uma chave de perna que mostrou tudo, o que é que tem mostrar o rosto?

Depois da luta de Yuna, o episódio chegou ao fim.

– Ótimo – comemorou Ikki. – Vou mudar pro Ultimate Fighting. Aquilo ali é que é porrada pra macho.

– ESPERA! – Shun berrou, saltando sobre o controle remoto. – Deixa eu ver a propagandinha do próximo episódio!

– Tá, tá.

– Ih, olha lá o filho do Shiryu! – Shun disse. – Ele vai aparecer na semana que vem!

– É mesmo! – concordou Seiya. – Vou ligar agora mesmo para ele.

Seiya correu até o telefone e discou o número de Shiryu. Prontamente ele atendeu.

– Shiryuuuuuuuuu! Você tem que vir pra cá na semana que vem para assistir o anime novo conosco!

– E para quê, Seiya? Já passei da idade para ver desenho.

– É que seu filho vai aparecer no anime novo!

– Filho? Qual deles?

– Não seus filhos de verdade, tonto. O filho que inventaram pra você no desenho novo, pô!

– Ah, é? Eu tenho um filho no desenho?

– Tem! Se chama Ryuhou.

Shiryu deu uma gargalhada de satisfação.

– Finalmente a justiça foi feita! Passei a porra do anime todo querendo pegar a Shunrei e não pude porque estava escrito no contrato que "as demonstrações de afeto ficam terminantemente proibidas, uma vez que o mestre Kurumada é avesso à troca de fluidos corporais, seja através ou do beijo, seja através do sexo. Permitir-se-ão no máximo toques discretos e abraços pouco calorosos".

– Tinha isso no contrato?

– Tinha. Cláusula 678. Você não leu?

– Eu não, pô. Um monte de letra de miudinha. Mas muito obrigado por me informar! – respondeu Seiya, pensativo. "Graças ao Shiryu já sei o que vou dizer para o Ikki quando ele vier com aquele papo de que eu não comi ninguém!"

Continua...


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