Good To You escrita por scottish


Capítulo 30
Heads will roll


Notas iniciais do capítulo

Esse é POV Miley, não gosto de fazer, mas foi realmente necessário x.x Espero que entendam, afinal, ela vai atrás da Demi com a Tay xxx :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/213638/chapter/30

 Miley's POV

Uma semana já tinha se passado, e nada de Demi. Eu e Taylor estávamos procurando por todo o lugar pelos amigos de Hanna, mas todos tinham sumido. Nossas esperanças estavam mínimas, pois ninguém tinha feito contato conosco. Nenhum sinal de Demi, e meu coração já estava apertado imaginando o pior. Todos os dias eu pensava em tudo de ruim que eu tinha feito a ela, e ela sempre tinha ficado ao meu lado. Eu me sentia no dever de recompensar a Demi, de salvar sua vida, eu precisava fazer isso. Demi sempre esteve lá por mim, nunca me deixou na mão em todos os momentos ruins que passei. Eu sempre soube que podia contar com ela, e o que eu fazia? Eu não valorizava isso. É óbvio que eu ficava grata, mas eu nunca fui de demonstrar muito meus sentimentos, sei lá, graças a meu ex namorado de colegial, Nick. Ele era rude comigo, não me dava carinho e Demi estava lá quando ele terminou comigo. Eu sofri na mão dele, e ela sabe o quanto.

[Flashback on]

– Miley, sua vadia. – Nick disse me empurrando. – Aquele cara estava dando em cima de você? Me diga, eu vou quebrar a sua cara. Você não tem que dar trela para outros caras, não vê que você é minha?

– Nick, pare com isso. – observava o rosto de Nick já vermelho de raiva. 

Tudo isso por causa de um jogo da escola contra um time de outra escola, quando eu e Demi estávamos no primeiro ano. Eu era líder de torcida, e meu dever era torcer, claro. Um jogador do outro time, veio falar comigo e eu não tive culpa, porém o dispensei rapidamente. Nick viu a cena e depois do jogo veio tirar satisfações no vestiário feminino que já estava vazio.

– Caralho Miley, você me paga. – levou uma de suas mãos pesadas até o meu rosto e me estapeou. Eu apenas caí no chão com o impacto e comecei a chorar, até que Demi apareceu.

– Nick, qual é a sua? Sai daqui, seu otário. – Demi falou empurrando Nick.

– Vai sobrar pra você também, não se mete. Isso aqui é entre nós dois, você não tem nada a ver. – Nick fechou um punho e eu continuava a chorar.

– Sai daqui, Nicholas. – Demi chutou a parte íntima de Nick, que caiu no chão gemendo de dor.

– Eu te mato, Lovato! Você me paga! – Nick se contorcia no chão, enquanto Demi foi até mim e me puxou pela mão, me tirando do vestiário. 

[Flashback off]

Se ela não tivesse feito isso, eu com certeza apanharia de Nick, como em uma vez graças aos ciumes dele, acabei ganhando um olho roxo e tive que falar para todos que bati com a cabeça em algum lugar. Foi humilhante ter que andar um óculos escuro por todos os lugares que eu passava. Suspirei enquanto pensava naquilo. Nick era um jogador metido, desejado por todas as garotas da escola, e eu como a garota mais popular, o tinha. Mas o que elas não sabiam, era que ele era violento. Era tão clichê, ainda bem que eu me livrei dele e depois de um tempo eu e Demi começamos a namorar. Foi a melhor coisa que eu tinha feito e eu deveria ter assumido para todos. Eu me lembro no dia em que ela me pediu em namoro, dizendo que não aguentava mais ser somente minha amiga e que iria entender se eu não sentisse o mesmo, mas eu sentia. Meu medo de admitir isso a mim mesma tinha ido embora pelo fato de que eu estava sonhando muito com Demi e sentia muita atração. Eu me sentia protegida ao seu lado, me sentia solta, eu poderia ser eu mesma. Não sabia como Demi conseguia gostar de mim mesmo eu menosprezando os outros, humilhando, e também quando eu a tratava com indiferença as vezes. Acho que o amor não escolhe quando amamos alguém, mas isso é só um detalhe.

Meus pais sempre foram o maior obstáculo de tudo. Bom, eles não ligavam pelo fato de eu ser festeira, e nem sabiam do que rolava na escola. Mas se eu falasse que ''gostava'' de garotas, eles surtariam e eu nem sei o porque. As vezes nem parece que eles se importam comigo, e eu sinto falta de pais afetuosos. Isso foi embora com a entrada da minha adolescência, talvez seja por isso que eu me tornei uma pessoa... ruim.  Mas eu tenho trabalhado nisso, acho que me tornei uma pessoa um pouco melhor, só que eu não aconselho alguém mexer com alguém que eu amo, e sim, eu amo Demi e isso nunca irá mudar, já que ela foi meu primeiro amor de verdade. Nick foi só uma paixonite que passou rápido, mas depois de todo esse tempo, meu amor por Demi ainda estava aqui, porém ela já estava em outra e eu não queria atrapalhar sua vida. O melhor que eu poderia fazer seria demonstrar ser uma boa amiga e ajudá-la.

Acordei dez horas da manhã de uma segunda-feira e não havia ninguém em casa, isso não era uma novidade. Era raro achar meus pais em casa, e como eu não tinha irmãos, me sentia sozinha a maior parte do tempo e somente meus amigos salvavam minha vida. Meu pai era um cantor country e sempre viajava. Minha mãe era diretora de uma revista famosa, ou seja, nada de tempo para a filha problemática, Miley Cyrus. Eu tinha me reaproximado de Taylor com todo esse problema e nós até que estávamos nos dando bem, ela era legal e era uma boa amiga para Demi, também para Selena que eu, ugh, tenho uma antipatia. Tomei banho e troquei de roupa; era mais um dia para procurar Demi. Liguei para Taylor perguntando se ela passaria na minha casa, ou eu na dela.

–  Taylor, você vem pra cá, ou eu vou praí? –  perguntei.

–  Passa aqui, Miley. Meu carro deu um problema... – ela falou.

–  Ok, vou passar aí em dez minutos. Esteja pronta. –  falei e desliguei.

Eu não sabia porque, mas tinha um pequeno pressentimento que talvez seria o dia em que Demi seria encontrada. Eu já estava cansada de não achar pelo menos uma pista. Lembrei de meu pai guardava uma arma em suas coisas, pois um dia vi ele mexendo nela. Era a arma de segurança, caso alguém assaltasse a casa ou algo do tipo. Fui até o quarto dos meus pais procurando por ela, e não demorei muito para achar –  estava na gaveta de cuecas do meu pai. Nada criativo. Guardei a arma em minha bolsa e chequei se estava com munição. Fui até a casa de Taylor, e ela já estava na frente me esperando.

– Demorou, Cyrus. – ela falou entrando no carro.

– Tive que procurar uma coisa. – falei.

–  Tudo bem então..

– Aonde vamos hoje? – perguntei.

–  Vamos novamente naquela boate que a Hanna frequentava bastante com a Demi. – ela falou.

–  De novo? – perguntei. Nós já tinhamos ido lá três vezes e nunca vimos ninguém, ainda mais de manhã, seria impossível.

–  É, vamos lá. Anda. 

Fiz o que Taylor mandou e fui até a boate. Não havia ninguém, ela estava fechada e a rua estava praticamente deserta. Ri da cara de Taylor por achar que acharia alguém por ali, e saí andando com o carro por outra rua perto da boate, até que reconheci um rapaz, aparentava ter 17 anos e já tinha visto ele com Hanna várias vezes. Ele andava com as mãos no bolso e fumava um cigarro. Comentei com Taylor e ela saiu gritando pelo cara e ele veio falar conosco, pois não nos reconheceu. 

– Oi, o que foi? – o cara falou, com um sotaque britânico pesado.

– Nós precisamos conversar com você. – Taylor falou saindo do carro e eu fiz o mesmo. O cara falou que tudo bem, e eu fiquei na frente dele e Taylor atrás.

– Você conhece Hanna Beth? – Taylor perguntou com naturalidade.

– Sim, a conheço. – ele falou tirando o cigarro dos lábios.

– Sabe aonde ela está? – perguntei mais firme. Quando se tratava de Hanna, eu era capaz de quebrar seu crânio apenas com as mãos.O rapaz olhou pra nós duas com um olhar confuso; olhava para mim e olhava para Taylor inúmeras vezes.

– Hein? – perguntei novamente.

– Quem são vocês? – ele perguntou.

– Nós somos amigas de Demi, garota que ela sequestrou. – dessa vez ele olhou para nós duas assustado. 

– Vou cair fora. – ele deu as costas para nós duas e antes que ele pudesse fugir, segurei sua jaqueta por trás e puxei ele pra frente de novo. Segurei a gola de sua camisa com força e consegui tirá-lo um pouco do chão, pelo fato do rapaz ser magrelo demais. – Você vai contar aonde essa vadia está, e vai contar agora. – falei já irritada. Joguei o cara no chão e ele ficou caído lá mesmo e nós duas começamos com o interrogatório. 

– Aonde ela está? – Taylor perguntou com os braços cruzados.

– Não sei. – ele balançava a cabeça negativamente várias vezes e era visível de que estava com medo.

– Se você não me disser aonde ela está, vou matar todos que você gosta e não, eu estou blefando. Eu sei tudo sobre a sua vida, e posso acabar com ela em segundos. – blefei. Poderia vencer um óscar, o cara tinha acreditado.

– Tudo bem... Ela está... – ele falou e eu fui decorando o local. – Pronto, eu te disse, mas por favor, me deixe em paz. – ele praticamente implorava.

– Claro. Você três segundos para sair daqui, e lembre-se, se for mentira, você estará morto. – falei e o rapaz saiu correndo com toda a velocidade que pode e quase tropeçava. Quando já tinhamos perdido ele de vista,

Taylor começou a rir histericamente.Bingo, nós conseguimos a informação que queríamos e ele tinha sido a pessoa certa, e ainda por cima, bunda mole. Não poderia ter sido melhor.

– Miley você realmente é uma boa atriz. Cara, eu me arrepiei aqui, você dá muito medo. – ela falou em meio de um riso.

– Valeu, loirinha. – pisquei para ela. 

Nós duas entramos no carro novamente, e dessa vez nosso destino seria encontrar Demi e enfrentar Hanna Beth. Eu estava animada com o que iria acontecer, animada para acabar com Hanna. Chegamos no local depois de alguns minutos, quase uma hora. Era um bairro feio, tinham pessoas mal encaradas nele e essa casa era totalmente impossível de se invadir. Tinha que haver um jeito. Desci do carro, já que eu estava com a arma e pedi para que Taylor escondesse ele na rua de trás e que quando eu acabasse, pediria para ela voltar com o carro e me ajudasse. Havia um interfone na casa, e obviamente, deveria haver algo filmando. Suspirei, aquilo seria dificil demais. Fiz a coisa mais clichê que alguém poderia fazer, e toquei o interfone várias vezes, com o objetivo de irritar Hanna para que ela atendesse logo e acabasse com isso. Depois de um tempo tocando, eu cansei e fui atendida por dois homens altos e fortes. 

– O que você quer aqui? – um falou com grosseria.

– Você compraria de comprar biscoitos? – perguntei, foi a primeira coisa que me passou pela cabeça e pensei que os dois não cairiam, afinal, eu não estava com uma caixa.

– Não, obrigado. – o mesmo falou rapidamente.

– Jake, eu quero biscoitos. – o outro falou.

Enquanto os dois discutiam sobre quererem ou não os biscoitos que nem existiam, peguei a arma que estava na minha bolsa e dei alguns passos para trás, apontando para os dois. Não queria fazer nenhuma chantagem, queria tirá-los do meu caminho mesmo, e como a arma já estava com um silenciador, antes que eles pudessem me impedir, dei dois disparos em cada um que caíram duros no chão. Aproveitei que a porta estava aberta, e a fechei, empurrando os corpos dos dois mais para dentro. Ninguém tinha visto, ninguém tinha provas. A casa era sinistra, e a medida que eu ia entrando eu me arrepiava. Não havia ninguém na sala sombria de Hanna Beth, apenas um pouco de sangue perto de uma cadeira com umas cordas no chão. A arma ainda estava nas minhas mãos e a cada passo que eu dava, eu apontava para um local com o propósito de atirar em qualquer outro capanga que aparecesse. Finalmente os jogos que eu jogava no xbox de tiro serviram para alguma coisa. Fui até a cozinha do local e havia um homem musculoso abrindo a geladeira, porém ele não me viu. Me virei e depois me abaixei e consegui atirar por baixo, atingindo o peito dele em cheio. Por precaução, dei um tiro na cabeça, já com o cara no chão. Recarreguei a arma e deixei-o jogado no mesmo lugar se juntando com uma poça de sangue. Fiz uma careta em resposta e subi as escadas do local, e ouvi uma conversa.

– Demi, eu estou me segurando para não te matar. – era a voz de Hanna. –  Eu vou te manter aqui para sempre.

Segurei-me para não entrar lá e disparar todos os tiros possíveis em Hanna, porém ela poderia fazer algo contra Demi. Esperei para a oportunidade perfeita para entrar no quarto quando Hanna saísse, e fiquei minutos esperando até que ela saiu do quarto. Meu medo foi que ela fosse na cozinha e visse o capanga morto, eu me ferraria e teria pouco tempo para salvar Demi, mas toda oportunidade era bem vinda. Entrei no quarto e observei como Demi estava e fiquei chocada. Demi estava mais magra do que o normal, sinal de que não se alimentava direito. Seu rosto estava com olheiras e ela estava com alguns cortes pelo corpo.

 – Meu Deus... mas que... – eu falei e Demi olhou para mim lentamente. Ela estava fraca, era visível, mas sorriu ao me ver. Corri para desamarrar Demi que estava amarrada na cama com várias cordas, e enquanto fazia isso, Hanna voltou no quarto.

– Ora, ora, se não é Miley Cyrus. – ela falou com uma faca na mão, sinal de que não sabia que eu estava com uma arma e que poderia meter uma bala no meio de sua cabeça, ou era muito burra. – Você acha que vai sair desse jeito? Você não pode simplesmente tirar minhamulher daqui sem a minha permissão, e olha, você não a terá. 

– Eu não me importo. Quer me matar? Vá em frente, eu não tenho medo de você. – pensei em Demi, ela já estava solta e aquilo era um modo de distrair Hanna.

Hanna rosnou entre os dentes e correu até mim com a faca, me atingindo em cheio na barriga. Eu ajoelhei no chão e observei o sangue escorrendo pela minha blusa e também Hanna se vangloriando. Fiquei caída no chão e puxei o pé de Hanna, até que ela caísse também. Hanna tentava me esfaquear novamente, e eu somente desviava dos lugares mais importantes, mas acabei levando um corte leve no braço e na bochecha. Olhei para o lado e Demi já estava na porta, porém Hanna não tinha percebido, já que estava destinada a acabar comigo. Com dificuldade, eu peguei a arma que tinha colocado na cintura e eu apontei para Hanna, que rapidamente começou a lutar comigo pela posse da arma e ela acabou disparando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews?