Os Três Mal Amados escrita por Saville


Capítulo 2
O segundo mal amado – A


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelo review. Espero que possa gostar do capitulo, hehe...
No caso, a história não se passa no universo de Hetalia, e sim num alternativo, onde os personagens não representam países e são pessoas "normais".



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/213487/chapter/2

“Maria era a praia que eu frequentava todas as manhãs...”


          Para Antonio o destino guardava um presente amargo, sem graça, frio, mas óbvio, calcado na única certeza que se tem na vida. Mas o espanhol mantinha-se alheio a qualquer intenção daquilo que invisivelmente regia a vida das pessoas.

A vida era de certa forma, boa por si só. E recheado de pensamentos doces, ele corria a rua, parando na barraca de tomates, recolhendo três numa mão enquanto na outra contava o dinheiro necessário para pagar pelo produto.

E depois, conforme o relógio em seu pulso gritava, o rapaz se dirigia a um banco qualquer, do outro lado da rua. O ar quente do verão parecia não desanima-lo, e ele se entregava a sua tarefa mais amada, mais esperada, mais doce.

Subindo a rua vinha a moça de cabelos claros e olhos bonitos, muito bonitos. Antonio alegrava-se só em vê-la, alimentando o sentimento em seu coração. Com passos largos, leves ele punha-se ao lado da moça conforme ela o alcançava, e todos os dias travavam conversas divertidas.

Antonio deliciava-se em analisa-la quando se separavam na esquina, ela percorrendo outro caminho, ele ocupado em observa-la. A garota era a sua fonte, sua praia, seu doce exercício, a imagem que ele conhecia exata, humana.

Ele podia toca-la sem que ela se desmanchasse em pó, podia contar-lhe piadas ao pé do ouvido conforme andavam e ouvi-la rir, gentilmente enquanto seus olhos se encontravam. O coração batia acelerado de amor – por que não citar a palavra, se o sentimento é óbvio? – e satisfação.

Percorria o mesmo caminho todos os dias. Ver a garota belga – que ele insistia em chama-la com o nome de seu país de origem – era o seu objetivo, o motivo pelo qual ele percorria em passos contados as ruas da cidade que conhecia tão bem. 

Naquela manhã decidiu tomar um caminho diferente. O objetivo era alegrar a menina, visto que no dia anterior o rosto dela parecera pálido aos seus olhos. Talvez pela triste notícia que chegara aos ouvidos dele e dela sobre a morte de um amigo. 

Antonio sentia-se mal. O rapaz acabara com a própria vida, e era seu amigo. Mas a necessidade de alegrar a moça e alegrar a si mesmo era tão intensa quando a tristeza que abatia seu coração. Não parou na barraca de tomates, e sim na de flores. Comprou um cravo vermelho e virou-se para atravessar a rua, para esperar a moça passar.É agora.

Não viu o caminhão que passava ali em alta velocidade.

“... Era a lucidez, que, ela só, nos pode dar um modo novo e completo de ver uma flor, de ler um verso.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Novamente, obrigada por ler a fic. Espero que tenha gostado, do fundo do coração.
Próximo cap só semana que vem (se eu não tiver morrido aos poucos de tanto estudar)
Até mais.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Três Mal Amados" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.