Os Três Mal Amados escrita por Saville
Notas iniciais do capítulo
Obrigada pelo review. Espero que possa gostar do capitulo, hehe...
No caso, a história não se passa no universo de Hetalia, e sim num alternativo, onde os personagens não representam países e são pessoas "normais".
“Maria era a praia que eu frequentava todas as manhãs...”
Para Antonio o destino guardava um presente amargo, sem graça, frio, mas óbvio, calcado na única certeza que se tem na vida. Mas o espanhol mantinha-se alheio a qualquer intenção daquilo que invisivelmente regia a vida das pessoas.
A vida era de certa forma, boa por si só. E recheado de pensamentos doces, ele corria a rua, parando na barraca de tomates, recolhendo três numa mão enquanto na outra contava o dinheiro necessário para pagar pelo produto.
E depois, conforme o relógio em seu pulso gritava, o rapaz se dirigia a um banco qualquer, do outro lado da rua. O ar quente do verão parecia não desanima-lo, e ele se entregava a sua tarefa mais amada, mais esperada, mais doce.
Subindo a rua vinha a moça de cabelos claros e olhos bonitos, muito bonitos. Antonio alegrava-se só em vê-la, alimentando o sentimento em seu coração. Com passos largos, leves ele punha-se ao lado da moça conforme ela o alcançava, e todos os dias travavam conversas divertidas.
Antonio deliciava-se em analisa-la quando se separavam na esquina, ela percorrendo outro caminho, ele ocupado em observa-la. A garota era a sua fonte, sua praia, seu doce exercício, a imagem que ele conhecia exata, humana.
Ele podia toca-la sem que ela se desmanchasse em pó, podia contar-lhe piadas ao pé do ouvido conforme andavam e ouvi-la rir, gentilmente enquanto seus olhos se encontravam. O coração batia acelerado de amor – por que não citar a palavra, se o sentimento é óbvio? – e satisfação.
Percorria o mesmo caminho todos os dias. Ver a garota belga – que ele insistia em chama-la com o nome de seu país de origem – era o seu objetivo, o motivo pelo qual ele percorria em passos contados as ruas da cidade que conhecia tão bem.
Naquela manhã decidiu tomar um caminho diferente. O objetivo era alegrar a menina, visto que no dia anterior o rosto dela parecera pálido aos seus olhos. Talvez pela triste notícia que chegara aos ouvidos dele e dela sobre a morte de um amigo.
Antonio sentia-se mal. O rapaz acabara com a própria vida, e era seu amigo. Mas a necessidade de alegrar a moça e alegrar a si mesmo era tão intensa quando a tristeza que abatia seu coração. Não parou na barraca de tomates, e sim na de flores. Comprou um cravo vermelho e virou-se para atravessar a rua, para esperar a moça passar.É agora.
Não viu o caminhão que passava ali em alta velocidade.
“... Era a lucidez, que, ela só, nos pode dar um modo novo e completo de ver uma flor, de ler um verso.”
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Novamente, obrigada por ler a fic. Espero que tenha gostado, do fundo do coração.
Próximo cap só semana que vem (se eu não tiver morrido aos poucos de tanto estudar)
Até mais.