City Of Evil escrita por a fool, GlauMsq


Capítulo 2
Outro Caminho


Notas iniciais do capítulo

Pra quem estava ansioso, aí vai o segundo capítulo. Hehe. Não me matem, a culpa não é minha. Enfim, obrigada por lerem!



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Decidi ligar a TV, sentar no sofá, respirar fundo. Assim que liguei a TV, uma reportagem chamou minha atenção.

“Vamos as principais notícias. A Empresa Medicinal Viral WW, uma das mais famosas empresas de nosso país, inventou um novo tipo de experimento há cinco dias. Faltavam apenas duas substâncias, e tudo estaria pronto. Mas um dos funcionários decidiu testar a fórmula quase pronta, e pelo que nós conseguimos descobrir, um acidente catastrófico aconteceu! Não conseguimos informações suficientes, mas o detetive Jack J. Royal está investigando o caso. A reportagem é de Miranda Smith.”

Desliguei a TV. Não aguentava mais aquela situação, o mundo estava se mergulhando em um caos. O que estava acontecendo? Decidi ligar para minha esposa. O celular estava fora de área. Revirei a casa, nenhum bilhete, nenhuma notícia foi dada. Esperei por cinco horas, mas Christie e as crianças não apareceram. Liguei a TV novamente, tentando me distrair com algo. O mesmo assunto da reportagem anterior, mais notícias.

“Pelo que sabemos o jovem Michael, funcionário da empresa, fez experimentos com o medicamento ainda não pronto. Dizem que viram Michael saindo muito estranho aquela noite.”

- Ele parecia assustado, como se tivesse feito alguma besteira. Ele vive fazendo coisas loucas por aí, e parece que dessa vez passou dos limites – disse um dos colegas de trabalho de Michael.

“Agora as coisas estão ficando fora de controle, e as pessoas infectadas com o novo vírus estão sendo classificadas por Jack Royal como ‘zumbis’.”

- Eles andam por aí, sem rumo, atrás de sangue, pelo que podemos perceber. Aqueles que foram infectados ou estavam na empresa e respiraram a substância, ou então foram mordidos pelos zumbis. – diz o detetive Royal.

“Agora a polícia está se dedicando ao máximo em relação a esse caso catastrófico, pois a cidade está correndo um risco que pode se tornar não apenas local e sim, global”.

Desliguei a TV, novamente. Ia começar o papo “geopolítico” com aqueles caras. Agora, sabia no que tinha me metido. Pelo menos, em parte, não havia cometido assassinato. Havia matado um zumbi, salvado minha própria vida de um destino cruel e inimaginável. Mas não podia me considerar sortudo, pois minha família tinha desaparecido. Onde estariam? Teriam sido contaminados?

Tentei nem pensar na ideia. O mundo inteiro viraria um caos, e isso era só uma questão de tempo. E eu não morreria sem lutar. Sem ver minha família pela última vez, pelo menos.

Vamos parar com as frases melancólicas, primeiro, pensei.

Peguei o carro, e saí pelas ruas. Os malditos passavam pelo meu carro, olhando cruéis e quase suplicantes por sangue. O que será que se passava pela cabeça deles? Não importava. Depois de horas andando, sem notícias, comecei a me entediar. Anoiteceu, decidi parar em uma lanchonete. Abri a porta, havia poucas pessoas lá. A maioria da população agora sentia horror em sair de casa, mas uns ainda arriscavam.

Sentei em uma mesa, próximo à janela, observei o pequeno movimento pela avenida. A garçonete logo veio me atender. Uma morena de seus 17 ou 18 anos.

- Senhor, o que deseja? – perguntou a moça, educada.

- Ah, um hambúrguer com batatas fritas, por favor. – eu lhe disse.

- Algo para beber?

- Qualquer refrigerante, obrigado.

Tudo estava natural, quando barulhos chamaram a atenção de todos na lanchonete. Um tiro, e muitos gritos. As pessoas começaram a correr, esconderam-se na mesa.

Nem comecei a comer ainda, pensei, irritado.

Muitos gritos, o desespero tomava conta da atmosfera. Um homem corpulento com roupas que pareciam de um daqueles caubóis entrou na lanchonete, armado.

- Alguém aí está infectado? RESPONDAM LOGO, OU VÃO TODOS LEVAR CHUMBO! – dizia ele, nervoso.

- Ei, cara! Porque não dá um tempo? Você está assustando as pessoas desse jeito! – eu disse a ele, começando a me aborrecer.

- EI, NÃO VENHA BANCAR O VALENTÃO COMIGO! Você não me conhece, cretino! – ele gritava cada vez mais alto.

Decidi não arriscar, ele estava com uma escopeta, apontando-a para a minha cabeça.

- Não tem ninguém infectado aqui, ok?

- Não custa nada checar. Estou afim de matar o primeiro cabeça de vento que eu ver pela frente!

- Ei, esfrie a cabeça. Como o mundo está ótimo agora, você vai encontrar cada vez mais. Todos nós vamos morrer.

- SERÁ QUE VOCÊS DOIS PODEM CALAR A BOCA? Vocês não estão vendo que estão assustando as pessoas? – disse uma mulher, chorosa.

- OLHA AQUI, SUA VADIA, EU NÃO ESTOU COM CABEÇA PRA...

- Esperem! – eu disse, alerta.

- O que foi?

Mas havia alguém mais conosco. Era o mesmo sussurro, o mesmo zumbido irritante nos nossos ouvidos. E não havia só um.

- Escondam-se!

- Mas o que está havendo?

Todos gritavam ao mesmo tempo, eu ficava cada vez mais alerta. O ignorante segurando a escopeta também havia percebido. Ele carregou a arma.

Todos ficaram em silêncio, e quando menos esperávamos, saíram dois zumbis. Então, todos se esconderam atrás das mesas, o desespero cada vez maior.

- Muito bem, afastem-se todos. – ele disse, calmamente.

Os dois zumbis saíram inesperadamente da cozinha, um atrás do outro, e o homem esperou. Parecia que conhecia muito daquilo, esperou a hora certa e deu um só tiro. O barulho nos assustou. Eu nunca tinha estado tão perto de uma arma. Porém, era melhor começar a me acostumar. Logo teria que aprender muita coisa, para sobreviver.

Uma única bala acertou os dois zumbis na cabeça, atravessou o primeiro, e então acertou em cheio o segundo.

- Tenho de admitir que fiquei impressionado. – eu disse, surpreso.

- Eu ficaria impressionado se você não ficasse. – ele retrucou, com uma lógica de gênio. – É o seguinte, logo a cidade vai virar o mundo de caras como esses. Eles vão dominar tudo, e eu não quero ficar aqui quando isso acontecer. Então, estou caindo fora. A questão é: alguém vem comigo?

Todos morriam de medo daquele cara, e era difícil não ter. Mas eu tenho que admitir, estava começando a gostar dele.

- Eu vou. – falei. As pessoas olharam diretamente para mim.

- Muito bem, então, é isso aí. – ele deu um leve sorriso. – Tenho munição suficiente para nós dois no carro, vamos dar o fora daqui.

Então, uma mulher alta e morena, bonita, se levantou do chão, e olhou em direção a nós dois, que estávamos indo em direção à porta. Ela pareceu preocupada e ao mesmo tempo pensativa.

- Escutem aí. Será que eu posso ir também? – ela perguntou, com uma expressão receosa.

- É claro, gracinha. Mas se ficar com choro e desespero típico de vocês, mulheres, eu te ponho para fora do carro! Ouviu? – o homem parecia do tipo que não tolerava muitas coisas.

- Deixa de ser machista, ok? Eu quero dar o fora daqui também, então vamos logo.

- Vamos. – eu disse, encerrando a briga.


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Notas finais do capítulo

Valeu mesmo por lerem! E olha, desculpem pela demora, eu postei sem a autorização da coautora! Mas acho que ficou bom... Obrigada!!!!



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