O Coração de um Caçador escrita por Joanna


Capítulo 42
So Damn Clever


Notas iniciais do capítulo

Chegueeeeeeeeiiiiii! Demorei bastante, mas acho que não foi como antes. Espero que gostem desse cap (: A fic está chegando ao fiiiiiiiiiim )):
PS: O título do cap foi inspirado em uma música, So Damn Clever, The Plain White T's. A tradução me lembrou a Fox (:



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Foxface arquejou e abriu a boca em formato de “O” logo antes de cair. Seus olhos não tiveram o tempo de se fechar, como se ela tivesse morrido olhando para a arena, em busca de uma nova estratégia.

Cato virou a cabeça de um lado para o outro atrás de movimento. Ele provavelmente esperava ser caçado e, resolvera permanecer na Cornucópia. Talvez ele pensasse que seria o tributo a matar Finch – Katniss e Peeta não tem o perfil de assassinos em série com suas carícias e beijos.

O casal olha para os cantos e Katniss abraça Peeta. Muito forte. Ele fora esperto o bastante para esperar Katniss antes de comer as amoras e continua incrédulo, como se não soubesse o que está acontecendo. Após alguns instantes Katniss se solta dele e cambaleia, como se alguma coisa batesse em si com força. Ela olha em volta e não demora muito para que Peeta siga-a, e consequentemente, encontrem o corpo de Finch puxado pelo aerodeslizador.

- Suba na árvore. É melhor para mirar em Cato.

- Peeta, Cato não está aqui.

- E o som do canhão? Ele provavelmente está perto de nós agora.

- Peeta? - Ele se vira para ela. - Não foi ele quem a matou.

- Então o que foi que a matou?

Katniss abre as mãos e mostra as amoras. Peeta abre mais os olhos e olha para o céu. Enquanto Katniss dizia exatamente o que aconteceu, as câmeras focam Peeta. Ele mexe os lábios em direção ás nuvens, murmurando o que deve ser um pedido de perdão.

- Pergunto-me como ela nos encontrou. Minha culpa, eu acho, se eu estava tão barulhento como você diz.

Eles estavam tão fáceis de seguir quanto uma manada de elefantes, mas é claro que Katniss exerce sua face gentil.  

- E ela é esperta, Peeta. Bem, ela era. Até você superá-la.

- Não de propósito. Não parece justo de forma alguma. Quero dizer, nós estaríamos mortos, também, se ela não tivesse comido as amoras antes. - Ele se corrige. - Não, claro, não estaríamos. Você as reconheceria, não?

- Nós as chamamos de amoras-cadeado.

- Até o nome soa mortal - diz ele.

- Sinto muito, Katniss. Eu realmente pensei que elas pareciam as mesmas que você juntou.

- Não se desculpe. Isso significa que estamos um passo mais perto de casa, certo?

- E vamos acabar com o resto - Peeta diz. Ele recolhe uma folha de plástico azul, cuidadosamente colocando as amoras dentro, e vai jogá-las na floresta.

- Espera!

Katniss vasculha na bolsa até encontrar um saquinho de couro, que era do garoto do 1. Ela retira com cuidado as amoras e coloca dentro da bolsa até enchê-la por completo.

- Se elas enganaram Foxface, talvez possam enganar Cato também. Se ele estiver nos caçando ou algo assim, podemos agir como se acidentalmente derrubamos a bolsa, e se ele as comer.

- Então olá, Distrito Doze! - Diz Peeta.

- Isso, - Katniss responde, enquanto amarra o saquinho e prende no cato do cinto (onde ironicamente as armas deveriam ser presas).

- Ele vai saber onde estamos agora. Se ele estava em algum lugar por perto e viu o aerodeslizador, vai saber que nós a matamos e virá atrás de nós.

Essa pode ser a oportunidade que Cato esteve esperando. Mas mesmo se corressem agora, perderiam carne que há de ser cozinhada e talvez até a oportunidade de "perder" as amoras-cadeado, que Cato supostamente encontraria. Fugir como animais ameaçados não é uma opção. Além disso, o fogo da carne seria mais um sinal de sua localização.

- Vamos fazer fogo. Agora. - Ela diz enquanto se abaixa mexendo em gravetos, apalpando e puxando raízes secas.

- Você está pronta para encará-lo? - Peeta pergunta.

- Estou pronta para comer. Melhor cozinhar nossa comida enquanto temos chance. Se ele souber que estamos aqui, e ele sabe.- Ela faz uma pausa. - Ele também deve saber que há dois de nós e provavelmente assuma que estamos caçando Foxface. Isso significa que você se recuperou. E o fogo significa que não estamos nos escondendo, estamos convidando-o. Você se mostraria?

- Talvez não. - Peeta pega os galhos molhadose passa os dedos por eles. A madeira molhada faria ainda mais fumaça. Assim que ele pega folhas secas e tenta acender a fogueira as fagulhas marcam presença. Num piscar de olhos,  coelhos e esquilos estão torrando, as raízes, misturadas com folhas, cozinhando na brasa. Eles dividem seus turnos entre vigiar a comida e vigiar Cato, mas assim como previsto, ele aparece. Uma segunda tela mostra Cato olhando para a fumaça no céu e mordendo suas barrinhas. Talvez traçando uma estratégia, talvez cobiçando a comida.

Quando a comida está pronta, Katniss guarda a maior parte, deixando para a perna do coelho para comer enquanto caminham.

- Vamos. Aqui nessa parte da floresta as copas são densas e os troncos esguios, mesmo que Cato nos encontrasse não conseguiria subir. E de quebra, eu o acertaria em um instante - Ela diz, enquanto puxa Peeta por uma mão.

- Não posso subir como você, Katniss, especialmente com minha perna, e não acho que poderia dormir a quinze metros do chão. Talvez eu passasse a noite em claro, com medo de cair.

- Não é seguro para nós ficar em aberto, Peeta. Ainda mais considerando o que você disse: Cato gosta de caçar á noite. Seria fácil demais matar-nos enquanto estivéssemos dormindo.

- Não podemos voltar para a caverna? É perto da água e fácil para se defender.

Katniss suspira pesadamente e depois pondera. Toda a aura de romance que a caverna trouxera se esvaiu durante o dia. Katniss gritara com Peeta, ignorara, reclamou pela quantidade de barulho - Não sem motivo. - Mas ela no final assente com a cabeça. Depois de encostar seus lábios nos dele lentamente, ela volta a falar.

- Claro. Vamos voltar para a caverna.

Os dois caminham até a caverna vagarosamente, sem qualquer pressa. Caesar está comentando sobre os favoritos da edição - claro que Katniss e Peeta - e faz suposições para o que ele e Claudius chamam de "Confronto Final". Uma tela azul se estende e um gráfico se mostra. O gráfico mostra as habilidades de algo (que ninguém sabe o que é). Resistência, força, além dos comentários adicionais de Caesar e Claudius sobre pontos fortes e fracos. Mas antes da tela desligar-se, Claudius solta um comentário, que fica no ar:

- Já percebeu como a arena ficou tão quente, a ponto de faltar água?


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