Resident Evil: Undead Nightmare escrita por Goldfield


Capítulo 2
Cenas VI a XV




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Cena VI

 

Voltamos ao R.P.D., e vemos Leon e Marvin cruzando uma porta de madeira dupla, vistos de frente. Porém, ao olharem na direção da câmera, param bruscamente, como se intimidados pelo espectador. A imagem começa a abrir e descobrimos a razão: de costas e de lado para a câmera, cercando os dois recém-chegados, vemos sete policiais lhes apontando pistolas e espingardas.

 

MARVIN – Por que não me chamaram para a festa?

 

A imagem mostra um dos policiais deixando de apontar sua arma, uma espingarda calibre 12, dizendo:

 

POLICIAL – Não há perigo, homens!

 

Os demais também param de mirar. Esse é o TENENTE DAVID FORD, que está vestido igual a Marvin, assim como os outros policiais. O ambiente é praticamente idêntico à sala de instruções da delegacia presente nos jogos “Resident Evil 2” e “Resident Evil 3: Nemesis”: há várias carteiras de braço enfileiradas diante de uma bancada com um microfone, esta de frente para uma lousa. Há também uma pequena sala anexa nos fundos.

 

LEON – Senhor, o que está havendo?

 

FORD – O R.P.D. foi invadido! Com a maioria dos policiais nas ruas, estamos perdendo terreno rapidamente!

 

MARVIN – Cadê o Irons quando se precisa dele?

 

FORD – Provavelmente trancado em sua sala... Aquele covarde! (ao fundo, vemos que alguns policiais fazem uma barricada na frente da porta com as carteiras). Bem, estamos montando um posto provisório aqui, guardando as munições ao redor da lareira lá atrás!

 

A câmera mostra então a barricada, terminando de ser erguida por três policiais. Um deles pergunta:

 

POLICIAL – Está OK, senhor?

 

FORD – Sim, assim estaremos mais seguros!

 

Vemos em seguida Leon e Marvin de costas, caminhando na direção da salinha dos fundos. Podemos perceber que na lousa atrás da bancada está desenhada uma planta do R.P.D.

 

Depois a câmera mostra os dois policiais entrando na sala, de frente para uma lareira. Em seguida, como se fosse a visão de um dos dois, a imagem percorre o ambiente, mostrando várias armas e caixas de munição pelo chão.

 

MARVIN – É melhor pegarmos alguma coisa, vamos precisar!

 

Leon se abaixa e apanha uma espingarda calibre 12. Já Marvin se arma com uma submetralhadora H&K.

 

MARVIN – Prontos para a guerra!

 

LEON – E realmente há uma guerra lá fora...

 

Cena VII

 

A imagem mostra Harper, ao longe, caminhando pelas escuras e desoladoras ruas de Raccoon, inicialmente de costas para o espectador. Vemos carros batidos e com os vidros quebrados, placas amassadas, focos de incêndio...

 

Em seguida a câmera mostra novamente Harper, agora de frente e mais próximo, armado com a submetralhadora. Logo ele pára, na frente de uma placa. A imagem mostra o que está escrito nela: “R.P.D. a 500 metros”, e há uma seta para a direita.

 

Depois vemos a face de Douglas fitando a placa, que se vira rapidamente para trás quando ouvimos o som de um gemido. A imagem mostra vários zumbis saindo das sombras da rua, cambaleando. A câmera focaliza o rosto de alguns deles. Primeiro uma mulher, sem parte de uma das orelhas. Em seguida um homem de cabelos grisalhos, cheio de escoriações pelo rosto. Por último vemos o rosto de um adolescente com piercing e brinco numa das orelhas, cujos olhos são apenas dois globos brancos.

 

No final da cena vemos Harper correndo pela rua, de costas para a câmera, fugindo dos mortos-vivos.

 

Cena VIII

 

Uma estrada escura, cercada por árvores. A vemos de frente, a aos poucos um farol se aproxima. Logo vemos que é uma moto, e a imagem começa a mostrar o veículo de lado. Quem a dirige parece ser uma mulher, de jaqueta vermelha. A câmera gira e vemos que nas costas dessa jaqueta há o desenho de um anjo e a inscrição “Made in Heaven”.

 

Depois a câmera focaliza o rosto da mulher, que usa capacete branco, cabelo castanho preso num rabo de cavalo e óculos escuros. Essa é CLAIRE REDFIELD.

 

A imagem então se amplia, mostrando a parte de trás da moto, enquanto ela breca no início da ponte Raven’s Gate. Em frente há um grande portão negro com o símbolo da Umbrella no centro, que foi visto em “Resident Evil 2: Apocalipse”, fechando o caminho.

 

Logo que a moto pára, a câmera focaliza o rosto de Claire, enquanto ela tira o capacete e os óculos escuros, revelando seu belo e jovem rosto. Ela ainda é uma adolescente, dezessete anos.

 

A câmera então se transforma na visão de Claire, que olha para cima do portão. Vemos dois combatentes do U.B.C.S. lá em cima, armados com metralhadoras, vigiando o local.

 

O rosto de Claire volta a ser o centro da imagem, e ela grita:

 

CLAIRE – Hei, vocês!

 

Um dos soldados da Umbrella olha para a irmã de Chris. A câmera se alterna entre o rosto dele e o de Claire.

 

SOLDADO – O que você quer, garota? A cidade está fechada!

 

CLAIRE – O que houve?

 

SOLDADO – Não sabemos direito. Algum tipo de epidemia.

 

CLAIRE – Mas e as pessoas que ficaram lá dentro? Eu estou procurando meu irmão, creio que ele ainda esteja em Raccoon!

 

SOLDADO – Sinto muito, mas não posso fazer nada! Temos ordens precisas: ninguém entra ou sai da cidade!

 

O rosto de Claire é tomado pela insatisfação, enquanto a câmera, como se estivesse em cima do portão, mostra a jovem descendo da moto.

 

Cena IX

 

A sala de instruções do R.P.D., e de frente para a tela estão Leon e Marvin, sentados sobre uma mesa de metal ao lado da bancada de frente para a lousa. Em seguida a imagem mostra a mão de Marvin pegando algo embaixo de uma pilha de pastas, parece ser um cartão ou coisa parecida.

 

MARVIN – Hei, olhe isto!

 

A câmera mostra o rosto de Leon virando-se e em seguida o artefato encontrado por Marvin, focalizando-o em suas mãos. É realmente um cartão, azul e branco, com o nome “Jill Valentine”, o símbolo do S.T.A.R.S., a inscrição “Alpha Team” e uma foto da policial.

 

MARVIN – É mesmo uma gatinha, não? Eu daria tudo para domar essa fera...

 

A câmera começa a se alternar entre os rostos dos dois policiais.

 

LEON – Diga-me, quais acusações ela e os outros S.T.A.R.S. fizeram contra a Umbrella, afinal?

 

MARVIN – Há alguns meses, estranhos crimes começaram a ocorrer nos arredores da cidade. Mutilações, canibalismo. O Bravo Team do S.T.A.R.S. foi investigar nas montanhas Arklay, e desapareceu.

 

LEON – O que aconteceu então?

 

MARVIN – Irons mandou o Alpha Team para procurar os tiras desaparecidos. Faziam parte dele Jill Valentine, Chris Redfield, Barry Burton, Peyton Wells, Brad Vickers, Joseph Frost, e o capitão, Albert Wesker. Eles logo de cara foram atacados por estranhas criaturas, e Frost foi trucidado. (A câmera mostra a face de Leon brevemente, envolvido com a história). Eles correram para dentro de uma mansão, mas ela não era segura. Estava cheia de mortos-vivos, como esses que tomaram a cidade!

 

LEON – Mortos-vivos... Isso parece mais um filme de terror “B”!

 

MARVIN – Eles logo descobriram que esses monstros eram resultado da infecção de seres vivos pelo chamado “T-Virus”, uma arma biológica, criada pela todo-poderosa Umbrella. Na verdade, a mansão ocultava um laboratório secreto da corporação em seu subsolo. Houve um acidente, humanos e animais foram contaminados...

 

LEON – E os mutantes escaparam, sendo responsáveis pela onda de assassinatos...

 

MARVIN – Exato. Mas Wesker, líder da equipe, era um traidor, infiltrado no S.T.A.R.S. para salvar o que pudesse das pesquisas que eram realizadas no lugar. Acabou morto pelas próprias criações da Umbrella...

 

A câmera mostra por um instante o tenente Ford, face preocupada e braços cruzados, enquanto os outros policiais circulam pela sala.

 

LEON – Mas, e os outros integrantes da equipe?

 

MARVIN – Apenas Valentine, Redfield, Burton e Wells sobreviveram, além de Vickers, o piloto. Eles tentaram incriminar a Umbrella, mas não tinham provas. A mansão havia explodido com todas elas. Por isso foram ridicularizados e afastados do S.T.A.R.S., injustamente. Redfield e Burton foram para a Europa. Valentine, Wells e Vickers ficaram na cidade.

 

LEON – Se vocês tivessem acreditado neles a tempo...

 

MARVIN – Talvez isso tudo não estivesse acontecendo!

 

Cena X

 

Súbito, alguém começa a bater à porta da sala desesperadamente, fazendo com que dois policiais removam a barricada de carteiras. A pessoa que quer entrar na sala grita do outro lado:

 

INDIVÍDUO – Socorro! Abram logo essa porta!

 

As últimas carteiras são removidas e a porta se abre. Entra um rapaz suado, ofegante e trêmulo, vestindo uniforme do S.T.A.R.S., caindo no chão. Os mesmos dois policiais se encarregam de fechar a porta e reerguer a barricada, enquanto ouvimos gemidos e tiros vindos lá de fora.

 

A câmera mostra então Ford caminhando até o recém-chegado, ajudando-o a levantar. Ele é BRAD VICKERS, piloto do Alpha Team do S.T.A.R.S., completo covarde apelidado como “Coração de Galinha”.

 

FORD – Você está bem, Vickers?

 

A imagem focaliza o rosto de Brad, que parece mais uma pintura de Edward Munch. Ele responde freneticamente, quase enlouquecido:

 

BRAD – Um pesadelo! Isso tudo é um pesadelo! Onde estão Valentine e Wells?

 

FORD – Nós perdemos contato com eles! Agora, procure se acalmar!

 

A câmera assume a visão de Vickers, percorrendo a sala, sendo que todos os presentes o olham com surpresa e ao mesmo tempo reprovação.

 

FORD – Você foi mordido?

 

A imagem volta a mostrar o rosto de Brad.

 

BRAD – Não, por sorte!

 

A câmera volta para Leon e Marvin.

 

MARVIN, levantando-se – Ora, se não é Brad “Coração de Galinha” Vickers!

 

BRAD – Cale a boca, Branagh!

 

LEON – Não é mesmo um bom momento para piadas, Marvin...

 

Marvin resmunga algo, enquanto a câmera focaliza o rosto de Ford, que pergunta:

 

FORD – Qual a situação lá fora?

 

BRAD – Crítica! Eles tomaram o prédio! Creio que não sairemos vivos daqui!

 

Todos trocam olhares sem esperança e Ford morde os lábios.

 

FORD – OK, nós não podemos perder as esperanças agora! Uma opção seria tentar escapar pela garagem, ainda há vários veículos lá que poderíamos usar para nos deslocar pela cidade! Talvez assim pudéssemos encontrar um lugar seguro!

 

BRAD – Não existe lugar seguro, tenente!

 

A câmera mostra um dos policiais na sala, que exclama:

 

POLICIAL – Cale a boca, Vickers!

 

Os presentes novamente trocam olhares, sendo que a imagem se alterna entre suas faces, finalizando no rosto de Ford.

 

FORD – E então, temos um plano?

 

Cena XI

 

Uma música de ação entra de repente. A imagem se transfere para um dos corredores do R.P.D., com Leon e Marvin de frente para a tela, junto com um outro policial, atirando. A câmera mostra então um grupo de cinco zumbis, roupas rasgadas e pele em frangalhos, tombando conforme são atingidos pelos disparos, aos gemidos.

 

A câmera muda para o rosto do tenente Ford, que grita:

 

FORD – Avançar!

 

O grupo de policiais, formado pelos mesmos oficiais que estavam dentro da sala de instruções, avança pelo corredor. Brad é o último, sempre com medo, enquanto segura uma pistola Beretta 9mm.

 

Cena XII

 

Novamente a imagem toma a forma de um visor de câmera de vigilância. Porém, essa nós já conhecemos: a câmera mostra o laboratório de Birkin no subsolo do Raccoon Hospital, com os corpos dos dois invasores, mortos por William. Na parte inferior, lemos “Raccoon Hospital – Segundo Subsolo, Câmera 7C”.

 

A imagem muda, voltando ao normal, e vemos alguém de costas sentado de frente para o monitor de um computador, sendo que na tela há a visão da câmera de segurança. Em seguida vemos o rosto do indivíduo, já conhecido do filme “Resident Evil 2: Apocalipse”. Esse é MAJOR CAIN, um homem cruel e sem escrúpulos. Como no segundo filme da série, ele usa terno, gravata e um fone na cabeça.

 

CAIN – Então o bom e velho Birkin não quer cooperar... Veremos se sairá bem dessa!

 

A câmera percorre a mesa sobre a qual está o monitor do computador, e vemos, da esquerda para a direita, alguns papéis, um porta-retratos com uma foto onde Birkin e Cain estão usando jaleco e sorrindo como bons amigos, e uma caneca com o emblema da Umbrella Corporation, que é apanhada por uma das mãos do major. A imagem volta para ele.

 

CAIN, bebendo café – Cheque-mate, William!

 

A câmera mostra novamente o monitor do computador, se aproximando aos poucos. Música de suspense. Na tela surgem informações sem parar, em cascata, como se algo estivesse sendo ligado, enquanto na parte inferior do monitor vemos uma inscrição piscar sem parar em vermelho, onde se lê “Projeto T-00 Ativado”.

 

Cena XIII

 

Voltamos à ponte Raven’s Gate. A câmera mostra inicialmente os dois soldados da Umbrella caminhando sobre o portão. Depois vemos Claire Redfield sentada sobre o capô de um jipe da Umbrella parado na frente do bloqueio. A impaciência pode ser notada em seu rosto.

 

A câmera passa então para o soldado que conversara anteriormente com Claire. Como se fosse sua visão de cima do portão, a imagem mostra a motoqueira sentada sobre o jipe, pensativa, braços cruzados.

 

Vemos novamente o rosto do soldado, que é tomado por inesperada compaixão. Ele exclama:

 

SOLDADO – Você disse que seu irmão ainda está na cidade?

 

A imagem se alterna entre os rostos dos dois.

 

CLAIRE – Sim!

 

SOLDADO – Bem, minha irmã também está em Raccoon... Não sei se conseguiu escapar!

 

CLAIRE – Eu sinto muito...

 

O soldado fica cabisbaixo por um instante e diz:

 

SOLDADO – Vou deixar você entrar!

 

OUTRO SOLDADO – Não, é loucura! Nós seremos punidos por isso!

 

SOLDADO – Eu assumo toda a responsabilidade, OK? Já não faço mais parte do joguinho da Umbrella!

 

A câmera mostra Claire sorrindo e em seguida voltando para sua moto. A imagem passa a focalizar o veículo por trás, enquanto o portão negro se abre diante do espectador. Entra uma música de ação e vemos a moto cruzar o portão em alta velocidade. A câmera vai subindo e podemos ver Claire seguindo em frente pela ponte, desaparecendo na escuridão.

 

Cena XIV

 

Uma ruela de Raccoon City. Vemos Douglas Harper de frente, atrás de si apenas escuridão e névoa. Mas, enquanto ele caminha, vemos vultos surgirem dessa névoa... São zumbis, cerca de dez, cambaleando e gemendo.

 

A imagem mostra Harper caminhando mais rapidamente, até que vemos surgir em sua frente mais zumbis, uma dúzia. O segurança está cercado! A câmera mostra Douglas olhando desesperado para os lados. Até que a imagem focaliza uma porta de madeira ao lado de um grande vidro num dos lados da ruela. Em seguida Harper olha para cima e a câmera mostra um letreiro sobre a porta: “Loja de Armas Kendo”.

 

Na seqüência, o segurança abre violentamente a porta, já com os zumbis bem próximos. Após entrar, de frente para a câmera, Harper fecha a porta rapidamente. Porém, numa cena semelhante à VI, não segue em frente e fica olhando na direção do espectador, assustado.

 

Ao invés da imagem abrir, ela mostra, atrás de um balcão, um homem de camisa bege e suspensórios vermelhos, além de calça jeans. Há um curativo em um de seus braços, manchado de sangue assim como sua camisa. Esse é TONY KENDO, dono da loja de armas, que aponta uma espingarda calibre 12 para Harper, engatilhando-a. Atrás dele vemos prateleiras com os vidros quebrados, revelando que o estabelecimento fora saqueado.

 

A imagem volta para Douglas, que grita:

 

HARPER – Não atire, sou humano!

 

A câmera, centralizada novamente em Tony, mostra-o deixando de apontar a arma, dizendo, enquanto salta por cima do balcão:

 

KENDO – Desculpe, amigo! Pensei que você fosse um deles!

 

Kendo se aproxima do segurança, caminhando na direção da porta. A câmera mostra-o pegando uma chave num dos bolsos da calça e trancando a porta. A música de fundo é horripilante.

 

KENDO – Creio que agora estamos seguros...

 

A câmera, como se fosse a visão de Harper, focaliza o curativo ensangüentado no braço de Tony.

 

HARPER – Você foi mordido?

 

Vemos novamente o rosto de Kendo, e sua expressão amigável muda para uma preocupada.

 

KENDO – Sim, fui... Que azar, não?

 

A imagem mostra Tony caminhando alguns passos, parando na frente do vidro que vimos antes do lado de fora.

 

KENDO – Isso tudo é loucura... De repente a cidade é tomada por mortos-vivos!

 

HARPER – Mas há alguém por trás de tudo isso, e suspeito quem seja...

 

De repente, a câmera assume a visão de alguém que está do lado de fora, olhando através do vidro. A música de fundo fica ainda mais assustadora. A imagem volta para dentro da loja, mostrando Tony de frente para o vidro.

 

KENDO – Eu perdi tudo! Como você pode ver, saquearam minha loja!

 

Tony aponta para as prateleiras quebradas e vazias atrás do balcão, que são mostradas mais uma vez pela câmera. Depois a imagem volta para o comerciante.

 

KENDO – Talvez eu queira morrer neste lugar!

 

Súbito, o vidro da loja se quebra. Quatro zumbis entram velozmente e derrubam Tony no chão. Ouvimos os gritos desesperados e angustiantes de Kendo, enquanto os mortos-vivos se jogam sobre ele, devorando-o.

 

Depois a câmera mostra Harper, ainda com Kendo dando seus últimos gritos. O segurança salta rapidamente sobre o balcão, enquanto mais zumbis entram pela janela quebrada. A câmera revela uma outra porta, de metal, que leva para os fundos. Douglas a cruza.

 

Harper sai num beco, correndo na direção da câmera, enquanto alguns zumbis também passam pela porta aberta.

 

Cena XV

 

Uma sala escura com uma mesa cheia de papéis e uma luminária acesa, além de uma placa que em seguida é focalizada pela câmera. Nela lemos “Brian Irons”.

 

Atrás da mesa há uma cadeira virada para trás. Subitamente ela se volta para o espectador, revelando um homem de fartos bigodes, vestindo blusa branca sob um colete cinza e gravata vermelha. Ele é BRIAN IRONS, chefe de polícia de Raccoon City, e tem em mãos uma pistola Desert Eagle.

 

Irons também tem algo na outra mão. Colocando a pistola sobre a mesa, ele segura o que parece ser um pedaço de papel retangular com as duas mãos, sob a luz da luminária.

 

Como se a câmera fosse a lâmpada da luminária, ela focaliza o pedaço de papel nas mãos de Brian, na verdade um cheque. O valor é de cem mil dólares, e podemos claramente ler o nome “William Birkin”.

 

A imagem mostra Irons novamente de frente, ainda com o cheque em mãos. Ele vira a cabeça para a direita e, como se fosse sua visão, a câmera mostra várias cabeças de animais empalhadas numa parede.

 

IRONS – E taxidermia costumava ser meu hobby...

 

Vemos o chefe de polícia guardar o cheque e apanhar novamente a Desert Eagle, engatilhando-a. Em seguida desliga a luminária, escurecendo totalmente a tela.

 

Continua...


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