The Heart Never Lies escrita por Lizzy Styles


Capítulo 4
Cap. 3- Jones, Fletcher, Poynter e Judd




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Quando voltei para casa não consegui parar de pensar naqueles quatro garotos, eles eram fora do comum, muito engraçados e simpáticos, eu não culpava a Ash por ter atravessado a cidade para ver o Danny, ele era realmente um amor de pessoa.

Decidi parar de pensar nele, afinal eu só o veria se fosse pra o outro lado da cidade e era melhor eu esquecer isso.

No posto de gasolina, na hora do jantar eles conversavam à mesa e eu era a pauta da conversa:

- Vocês também acharam ela boa demais pra ser verdade?- Tom começou no instante em que sentou. – Quer dizer, se nós quatro não a tivéssemos visto, eu diria que cheirei gasolina demais!

Dougie e Harry concordaram, mas Danny apenas brincava com a comida:

-Danny? – Dougie tentou chamar sua atenção, em vão. – Ih, o Danny ta pensando, não é boa coisa.

-Danny? – Tom também chamou. – Ei tem alguém aí?

Danny enfim o olhou:

- Oi? Falaram comigo?

- Claro, em que você estava pensando? – Harry perguntou sorrindo.

- Eu? Em nada!

- Ah, tah e esse “nada” veste jeans, camiseta e dirige um jipe preto! – Tom falou em tom de sarcasmo.

- Ela mora do outro lado da cidade.

- Ah, olha aí, ele tava mesmo pensando na Lizzy!- Harry tirou onda.

Danny começou a refletir realmente depois que eu havia saído do posto ele não conseguia parar de pensar em mim, o que estava acontecendo? Quem era aquela garota que o estava tirando do sério? E como ela podia ser tão diferente?

No dia seguinte, eu pensei em ir ao posto, mas minha mãe me mandou ir fazer compras com a Ster, a governanta da casa do Stadman, eu fiquei chateada, mas decidi ir sem reclamar.

Quando entramos no supermercado, nos dividimos, a Ster pegava as coisas importantes para a casa e eu pegava as tranqueiras, enquanto eu passava por um dos corredores, escutei uma risada linda, não, não podia ser a risada do Danny, era coisa da minha cabeça, afastei alguns pacotes de farinha para olhar quem sorria no corredor ao lado e quase derrubei tudo na prateleira, era mesmo o Danny, ele e Dougie estavam ali, no corredor ao lado:

-Danny você é péssimo!- Dougie falou sorrindo.

-Shh, você quer que ele te escute e me mate?

Eu fiquei escondida atrás da prateleira só observando:

- Você deveria ter pensado nisso quando disse pra ele que sabia do que ele estava falando!

- Eu sabia Dougie, é que esqueci.

Dougie começou a rir alto:

-Ah, eu sabia! – eu vi na hora que o Tom se aproximou deles empurrando um carrinho de compras. – Eu sabia que você nem ao menos tinha escutado o que eu disse Danny!

- Escutar escutei, eu só não lembro!

Comecei a rir da carinha fofa do Danny, antes que eu pudesse reagir, um monte de pacotes de farinha de trigo caíram em cima de mim e eu acabei caindo de costas no corredor:

- O que tá acontecendo?- eu vi na hora que os três se aproximaram de mim.

- Oi gente. – eu falei ainda deitada no chão, cheia de farinha pelo corpo inteiro.

Dougie, Danny e Tom começaram a rir, assim como um monte de gente que estava ao redor:

-Lizzy?- Tom falou me estendendo a mão, eu a segurei e fiquei de pé. – O que você tá fazendo aqui?

-Toda suja de farinha? – Dougie falou sorrindo.

-Engraçadinho. – eu falei dando tapas na minha roupa para tirar um pouco de toda aquela farinha.

-Menina Elisabeth, o que aconteceu?- Ster se aproximou preocupada.

-Erro de cálculo, Ster, não liga não, eu to acostumada a fazer isso, sou um desastre ambulante.

- Ok, se você acha que está tudo certo, vou voltar para as compras.

-Pode voltar Ster, eu só vou cuspir mais um pouco de farinha e estarei novinha em folha!

- Achei que só havia uma pessoa dessa maneira no mundo. – Tom começou ainda rindo.

-Ah, vocês não me conhecem, sou Rei Midas ao contrário, tudo o que eu toco vira lixo!

- O Danny é assim também! – Dougie falou e Danny lhe deu um pisão no pé.

- É bom saber que não estou sozinha no mundo... – eu falei e eles sorriram. – Então gente, foi ótimo ver vocês, mas eu tenho mesmo que ir agora.

- Ei Lizzy! – Tom falou antes que eu saísse.

-Oi?

- Quer ir almoçar com a gente hoje, lá em casa? Sou eu quem vai cozinhar!

- Eu?

-Tem mais alguma Lizzy aqui? – Dougie falou olhando ao redor.

- Está bem, eu topo! Que horas?

- Uma e meia tá bom pra você?- Tom perguntou.

-Uma e meia? Feito!

Saí do supermercado mais animada do que nunca, eu só tinha que inventar uma mentira para a minha mãe e tudo estaria certo, mas o que eu inventaria?

Quando cheguei em casa estavam todos se arrumando para o almoço, subi direto pro meu quarto, tomei um banho e desci:

- Onde você pensa que vai, mocinha? – minha mãe perguntou no instante em que pisei na sala de jantar.

-Bem, eu preciso ir à escola, preciso levar umas coisas lá.

- Que tipo de coisas?

- Documentos mamãe, documentos, volto depois.

Saí sem dizer mais nada, era errado mentir para ela, mas com certeza, a verdade seria bem pior.

No posto dos garotos, só o Harry cuidava a atendia os clientes, os outros três tentavam dar um jeito na bagunça da casa, Tom foi direto pra cozinha pra fazer o almoço, Danny e Dougie foram limpar a casa, ou apenas esconder a sujeira debaixo dos tapetes, esconderam as roupas sujas, pegaram as revistas e as outras coisas que estavam espalhadas pela casa, quando o Tom acabou de fazer o almoço eles foram ajudá-lo a limpar a bagunça da cozinha.

- Agora é só esperar por ela e pedir pro Harry fechar o posto por algum tempo, já tomei banho, é a vez de vocês tomarem também! – Tom falou para Danny e Dougie que estavam largados no tapete da sala, visivelmente cansados. – Vamos logo, vocês estão sujando o tapete!

Danny e Dougie se entreolharam, levantaram rápido e saíram correndo para o banheiro, mas Dougie chegou primeiro e se trancou lá dentro.

- FALA SÉRIO DOUGIE!- Danny repetia batendo na porta. – EU TO MORRENDO AQUI, TÁ MUITO QUENTE

- EU SEI CARA, OU VOCÊ ACHA QUE EU TAMBÉM NÃO ESTOU SENTINDO?- Dougie gritou de dentro do banheiro. - E VOCÊ SEMPRE DEMORA QUANDO ENTRA AQUI!

-DOUGIE CARA!

-DANNY, QUANDO EU TERMINAR VOCÊ VEM, EU NÃO VOU DEMORAR, POR QUE VOCÊ NÃO VAI PROCURAR SUAS ROUPAS E QUANDO VOCÊ TERMINAR EU JÁ VOU TER ACABADO!

Danny decidiu não discutir, subiu para o seu quarto e começou a procurar a roupa que vestiria trabalho que durou mais do que duraria para uma pessoa “normal”, pois ele acabava se distraindo com tudo, fosse um besouro batendo contra o vidro de sua janela, ou uma sujeira no escudo de sua guitarra. Quando ele enfim terminou a procura pelas roupas e saiu do quarto, Tom esbarrou com ele no corredor:

-Você ainda tá assim? Anda Danny, a Lizzy chega a qualquer momento, cara!

-Tá, tá já to indo!

Eu cheguei mais ou menos uma e quarenta, parei de frente ao posto que estava fechado, desci do carro e comecei a olhar ao redor, legal, onde era a casa deles?

-Tá perdida?- Eu escutei uma voz e virei para olhar, era o Dougie, ele estava de pé em frente ao posto, escorado em uma parede me olhando e sorrindo.

-Na verdade achava que tava.

-Vem você tá atrasada! – Dougie se aproximou e segurou minha mão me arrastando para uma rua ao lado do posto.

Seguimos por essa rua estreita até chegar à rua de trás do posto, lá havia uma casa de andar, branca com o portão preto, Dougie empurrou o portão e nós entramos.

Eu continuei seguindo o Dougie por um corredor estreito, onde havia algumas portas e algumas janelas do lado esquerdo, ele me arrastou para dentro de uma das portas, quando dei por mim, estávamos na cozinha, mas não tinha ninguém lá.

A cozinha da casa deles era muito agradável, pequena, mas charmosa, os móveis eram brancos, havia uma mesa bem ao centro, a pia, o fogão, a geladeira e o restante das coisas, ficavam encostados nas paredes, era muito fofa mesmo.

Ao fundo da cozinha havia uma espécie de arco dando acesso ao outro cômodo da casa, a sala. Lá estavam Tom e Harry sentados em um sofá muito espaçoso, os dois jogavam almofadas um no outro, a sala era bem grande, com uma estante de madeira com uma televisão, videogame e mais algumas coisas, incluindo um home theater, no chão, havia um grande tapete bege claro, nas paredes cortinas brancas que se ocultavam pelo brilho do sol nas paredes da mesma cor, era realmente um ambiente muito bonito.


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