Greggory Field: Desvendando O Passado escrita por L Chandler


Capítulo 17
Capítulo 17 - Doida Bipolar


Notas iniciais do capítulo

Eu gostei bastante desde capitulo, e por aqui a ação só COMEÇA! Vai ter MUITO mais muahahah >:)



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Aos poucos, o sono fora embalando Greggory e Dylan, e ambos acabaram dormindo.


Eles acordaram, trocaram de roupa, sem dizer uma palavra. Será que Dylan estava chateado com Greg?


- Cara, o que você tem? – perguntou Greggory.


- Nada, e você? – respondeu Dylan, sarcástico.


- Ah, para com isso! Nós somos amigos. – disse Greg, parando de dobrar seu pijama, e sentando-se na cama de Dylan, prestando total atenção no garoto, que estava em pé, botando o pijama dentro da cômoda do dormitório.


Dylan deu um sorriso amarelo.


- Não é nada, serio. Eu estou bem. – falou, num tom pouco convincente. Greggory achou que por ora, já estava bom bater na mesma tecla.


Eles saíram do dormitório, conversando agora sobre futebol. Sabrina saiu de seu dormitório, mas não era como ela sempre fazia: Ela ficava longe de Dylan e Greg até Jason aparecer, mas, hoje, ela fora direto aos meninos.


- Bom dia, gente. – ela disse, mas na verdade estava olhando mais para Greggory.


- BOM DIA. – responderam eles dois, em uníssono. Um minuto depois, chegaram Jason e Peter, conversando sobre suas imponentes aventuras. Greg se perguntava onde será que elas tinham ocorrido...


-... E tinha muita lava lá. O búfalo-mutante estava quase me empurrando para o vulcão, que poderia entrar em erupção a qualquer momento, e mesmo há uns 10 metros de distância, dava para sentir a quentura. Concentrei-me ao máximo em pensar em coisas geladas. Gelo, polo-norte, neve... E ai, quando me dei conta, já estava sendo arremessado para dentro do vulcão. A queda foi pequena. – Contava Jason.


- E então, o que aconteceu depois? – perguntou Peter, curioso.


- Quando minha pele encontrou a lava, ela estava gelada. EU TINHA CONGELADO LAVA. Acho que nunca mais vou fazer uma proeza como essa.


- E o búfalo?


- Ah, ele estava bebendo água na margem de um riacho, e estava quase todo molhado. Como disse, tentei congelar o rio, para matar o bicho de primeira, mas ele fora mais rápido; Quando percebi, ele já estava correndo em minha direção. Depois que sai do “vulcão”, foi só congelá-lo. Tinha uma cidade ali perto daquele vulcão, que se eu não tivesse congelado, não ia durar muito tempo.


- Caramba! Então, alem de você salvar a sua pele você salvou a pequena cidade do vulcão que podia entrar em erupção e salvou a cidade também do búfalo, que poderia muito bem matar cada habitante! – exclamou Peter.


- É... basicamente. Ah, oi galerinha. – disse Jason, como se só tivesse notado a presença deles agora.


- Oi. – falaram os três Aprendizes, desanimados.


- Nossa, que empolgação. – comentou Peter.


- Já estão sabendo do futuro da A.A.H? – perguntou Sabrina.


- Que pode correr o risco de ser fechada, ano que vem? – perguntou Jason.


- É, isso também. Tem mais uma coisinha. – disse Sabrina, e contou a historia toda que eles ouviram do Sr. Buguins, Payne, e da Srta. Sanders aos sussurros, para que ninguém além deles ouvisse.


- Poxa, mas que horror. – falou Peter, agora desanimado.


- Terrível. – disse Jason.


- Crianças, acho que está na hora de irem para a escola, não é? – disse uma voz feminina. Malina estava vindo.


- Acho que esta na hora de cuidar da sua vida, não é? – sussurrou Greggory de modo que só Dylan, Peter, Sabrina e Jason pudessem ouvir. Todos riram.


- Algo engraçado? – perguntou, ríspida.


Todos balançaram a cabeça negativamente, apesar de estarem segurando os risos.


Depois de uma rápida caminhada com uma leve brisa agradável fazendo o cabelo de Sabrina se esvoaçar, eles chegaram. Conversaram pouco, falaram mais sobre a obra, que estava tendo na calçada do St. Burguins, por isso, tinha montinhos de pedras, cimento, e várias outras coisas - apesar da obra ser na calçada, os materiais ficavam dentro do terreno do colégio-.


Quando finalmente chegaram ao corredor das salas, Greg e Sabrina dispersaram-se para uma sala, e Dylan, para outra. Ele já estava decidido que ele iria mudar de turma no próximo bimestre.


A aula fora chata; Artes plásticas. Praticamente ninguém naquela turma levava jeito com aquilo, mas a professora sempre os encorajava dizendo-lhes para fazer pinturas abstratas.


Greggory e Sabrina foram os últimos a sair, com a exceção de Kevin, que parecia estar à espera dos dois.


- Ei, aonde você vai, cara-de-iguana? – perguntou o Brutamonte, bloqueando a passagem da porta.


- Vou para a Sala de Teatro. Por quê? – Greg respondeu, sem medo. Um barulho esganiçado, como um soluço ecoou na sala. Sabrina olhou para Greggory, que olhou para Kevin. Todos pensaram que foi o outro que emitiu esse som. Estranho. Mas Kevin não deixou o soluço interromper sua intimidadora abordagem.


- Então, eu quero uma revanche. Vamos lá, corpo a corpo, sem usar suas habilidadezinhas idiotas. – falou o valentão, levantando os punhos. – Ah, qual é cara, vai amarelar? Só tem eu, você e a sua namoradinha ai. Greg esperou Sabrina intervir, mas a garota ainda estava tentando descobrir de onde o som viera para se preocupar com a insinuação de Kevin.


 - Eu não tenho culpa se você perdeu. Eu lutei honestamente e ganhei honestamente. Não vou lutar de novo por causa dessa sua dor de cotovelo idiota, Kevin. – declarou Greggory, que já estava esperando ganhar um pelo soco pela resposta. Quando o Brutamonte ia fazê-lo, Sabrina gritou:


- Ei, vocês dois, parem com isso e venham até aqui! Ah, meu Deus! – ela exclamou, nervosa. Sabrina estava no final da sala, Greg não tinha visto-a se movimentar, e não sabia como ela havia parado lá. Ele se encaminhava para o local onde ela se situava, agachada, observando algo realmente assustador. Quando andava, Kevin o segurou pela gola de sua blusa e disse:


- Você não vai a lugar nenhum!


E de repente, um berro irrompeu na sala, e cadeiras voaram para tudo o que é lado. Oculta entre as carteiras estava Sabrina, e uma garota, com os olhos muito pretos, borrados de uma espessa camada de lápis de olho. Suas mãos sangravam bastante, e sua roupa estava empapada de sangue. Seus cabelos eram quase tão negros quanto seus olhos, e sua roupa era bem chamativa, pelos diferentes tons de preto contidos nela. Greggory a conhecia, de algum lugar.


- Quem é você? – foi a primeira coisa que passou em sua cabeça, sem a permissão de seu sistema nervoso para falar.


- Eu? – perguntou a garota, apontando para si mesma. Greg assentiu. – Me chamo Mary. Mary Grace. – ela disse, tentando, inutilmente, levantar-se do chão.


- O que houve com você, Mary? – perguntou Sabrina. – Porque você esta nesse estado? Desde quando você está aqui?


- Essa Mary idiota salvou você, Field, mas saiba que da próxima vez eu... – ia dizendo Kevin, quando foi interrompido.


- VOCE ME CHAMOU DE QUE? – perguntou Mary, perigosamente.


- De I-D-I-O-T-A. Quer que eu desenhe? – ele respondeu, falando bem devagar para que a garota pudesse entender cada letra.


- AAAAAAAAAAAAAAh! – Ela urrou de raiva, e todos os alfinetes que estavam no mural de recados da turma levitaram e iam em direção a Kevin, se Sabrina não tivesse parado-os. O valentão saiu correndo pelo corredor a fora.


- Você não respondeu minhas perguntas. – falou Sabrina, como se nada estivesse acontecendo.


- Como você...? Você é igual a mim? Digo... Diferente?


Sabrina assentiu. O olhar de Mary ficou iluminado, por alguns segundos, mas, logo em seguida, ela tornou a fechar a cara.


- Porque você age como se não ligasse? Ninguém quer ficar perto de mim porque coisas estranhas acontecem. Quando eu fico com raiva, eu faço coisas ruins acontecerem com aqueles que me enfureceram. Não sei como. Mas não quero que você finja que não se importa de eu ser desse jeito. – anunciou a menina, com as lagrimas enchendo seus olhos.


- Mas o que aconteceu com você? – insistiu Sabrina.


- Eu estava aqui ontem à tarde, fazendo detenção, quando o professor me fez uma pergunta que eu não sabia responder. As coisas aqui no castigo são piores do que na classe. Ele me botou um chapéu de burra e toda a turma riu de mim. Virei todos de suas carteiras, e ia quebrar a perna de todos, mas percebi que isso ia gerar alguma suspeita. Então, depois de fazer isso corri para o banheiro, e todos foram atrás de mim. Voltei para a sala, arrumei tudo, sentei-me aqui nessa parede e comecei a chorar. Passei a noite aqui. Ninguém deu falta de mim, porque ninguém precisa de mim. Minha madrasta não me ligou, porque ela quer que eu morra. Ela vive me pedindo para fazer tarefas horríveis em casa, como por exemplo, limpar seu faqueiro inox. Ai ela diz que precisa amolar as facas, e nós não temos amolador. Então, ela usa meu braço, quando está de bom humor. Quando não está, usa minha nuca. Teve um dia que eu sangrei tanto que sujei o lençol de cetim dela, que eu tinha acabado de lavar. Ela ficou com raiva, e estendeu o corte. – Mary levantou os cabelos, para mostrar um feio corte que ainda com casca, cicatrizava.


- Mary, só porque você tem um temperamento especial, não quer dizer que ninguém te ame. Eu passei por isso, acredite. – disse Greggory, agachando-se também.


- E você tem alguém que te ame? – ela perguntou. – alguém que seja a razão de continuar vivendo?


- Tenho sim. Meus pais. – Greg respondeu. – mesmo mortos, sei que eles me amavam, e, ainda me amam. Por eles, eu continuo vivendo. E também, pelos meus amigos.


- EU. NÃO. TENHO. AMIGOS. – ela disse, e começou a chorar, novamente.


- Mas você já teve pais um dia, não é? – Sabrina perguntou. – Eles te amaram, em algum momento, eu tenho certeza. Você pode fazer amigos sim, Mary, só que você mesma se isola dos outros.


- Tive pais sim, mas eles me deram para a adoção quando eu quebrei a costela de um menino, no jardim de infância, com as minhas mãos. Desde esse tempo eu tinha um temperamento explosivo. – disse Mary.


Greggory e Sabrina trocaram olhares e fizeram a pergunta mais apropriada na hora:


- Quantos anos você tem? – perguntaram, em uníssono.


- Dezesseis. Por quê? - Greg e Sabrina arregalaram os olhos. – Eu repeti o 9º ano duas vezes. – ela complementou, vendo a cara dos dois.


Greggory lembrou porque o rosto dela era familiar. Greg tinha visto-a no primeiro dia de aula, mas ela estava totalmente diferente. Usava roupas coloridas, em tons alegres e tinha sempre um sorriso estampado no rosto.


- Hey, Greggory, Sabrina! – disse uma voz conhecida. Dylan. – Cadê vocês? – ele chamava, procurando-os pelo corredor.


- Vocês não podem dizer a ele que me conheceram. – disse Mary, e sumiu. Simplesmente desapareceu.


- Ah, ai estão vocês. O que é que houve que vocês demoraram tanto? – perguntou Dylan, confuso.


- Kevin queria revanche por ontem. – Greg falou. Foi a melhor desculpa que conseguiu pensar... E era meio-verdade, porque o atraso não foi culpa integral do Brutamonte.  


- Certo. Ele é chato mesmo, hein? – comentou Dylan, e Sabrina e Greggory assentiram e se entreolharam, nervosos. – Porque vocês estão assim? Aconteceu alg... – o próprio Dylan interrompera sua frase e arregalou os olhos. Ele fechou a cara, e saiu da sala em disparada, pisando forte. Ele ainda não tinha saído quando Sabrina perguntou:


- O que deu nele?


Greg sussurrou bem perto do ouvido de da garota:


- Será que ele sabe que estamos escondendo algo? – feito isso, Dylan ficou mais irritado, afinal só estava alguns passos à frente. Resolveu mudar o jogo. Acelerou ainda mais, quase correu. Greggory ia atrás dele, mas Sabrina colocou seu braço na frente dele para impedir disse:


- Deixe, deixe-o ir.


Alguns minutos depois, ouviram um grito. Era como se a pessoa que se manifestou estivesse sentindo uma dor excruciante. Sabrina e Greg só pensaram em uma coisa para dizer:


- DYLAN! – e saíram correndo. Quando chegaram ao local onde o garoto se situava, a cena era horrível. A menina que eles acabaram de conhecer, Mary, estava diferente agora: Seu rosto estava muito pálido, e seus olhos estavam completamente pretos, sem íris. Era algo como um globo negro, era como se ela não pudesse ver o que estava fazendo, mas o fazia, mesmo assim. Ela estava ao lado do montinho de pedras da obra da calçada, com Dylan ajoelhado, berrando de dor. Mary fazia uma pedra levitar, e enterrar-se, cada vez mais fundo, no braço dele.


- ELES TE FALARAM DE MIM, NÃO É? – ela gritava. – RESPONDE!


- E-Eles quem? – perguntava Dylan, e a pedra afundava, cada vez mais. – Do que você está falando? – ele gritou a ultima palavra.


- VOU FAZER VOCE ENTENDER! – berrou Mary. Levitou mais uma pedra, e desta vez, ia fazê-la penetrar no peito de Dylan, para matá-lo de vez. Depois de alguns minutos, paralisada, Sabrina resolveu interferir. As pedras levitaram de volta para sua pilha, e Mary, sem entender, procurou o ou a responsável pela ação.


- FOI VOCÊ, SUA VADIAZINHA!  - exclamou Mary, agora vindo na toda em direção a Sabrina. – VOCES! VOCES FALARAM PARA ELE! PORQUE EU CONFIEI EM VOCES?


- Ei, se acalma, Mary! – pediu Greggory, sem sucesso. – Escute Mary, ninguém falou nada sobre você para Dylan! Relaxa! – ele disse.


Sabrina ia tentar ajudar Dylan a se levantar, mas Mary percebeu:


- SE VOCE DER UM PASSO EU JURO QUE TE MATO, E, COMO SOBREMESA, MATO SEU AMIGUINHO PERFURADO! – ela berrou, fora de si.


- VOCE NÃO VAI ME MATAR! – disse Sabrina, fazendo uma corda da obra levitar e enrolando Mary nela. Sabrina realmente estava concentrada. Mary queria de todos os jeitos livrar-se da corda, mas Sabrina tinha mais experiência, portanto, venceu, fazendo Mary desistir.


Sabrina dirigiu-se a Dylan, ajudando-o a levantar. Ele fazia uma careta de dor, e seu braço estava muito ferido.


- Você está bem, Dylan? – Sabrina perguntou, pegando o braço bom dele e botando-o em volta de seu pescoço. – Greg, me ajude com isso, por favor! – pediu, e o garoto foi para o outro lado, dar apoio.


- Estou melhor agora. – ele disse, com uma voz baixa, e deu um sorriso fraco em direção a Sabrina, que começou a corar. Ela ainda estava ofegante e nervosa, com o que tinha acabado de acontecer.


- Desculpe, gente. – disse Mary, depois de um tempo. Ela agora tinha feições normais e parecia mais calma. – é por isso que eu não tenho amigos.


- É claro que você não tem amigos, porque você iria querer ser amiga de uma vadiazinha? – retrucou Sabrina, com amargura.


- Não queria machucar ninguém, eu só achei que vocês tinham me traído... Tinham contado a Dylan sobre mim. E, sabe, eu não aguento mais ser julgada...  – ela respondeu, com a voz embargada de lagrimas, e caiu. Ela simplesmente desabou no chão.


Sabrina e Greggory recolheram Dylan, que, agora, estava quase inconsciente com a quantidade de sangue que perdera. Parece que alguém ia ter de ficar na enfermaria por uns tempos.


Depois de arrastar Dylan e Mary para a A.A.H, ai a duvida obteve uma resposta. Mary era uma Heroína, caso contrario, de que outro jeito ela poderia entrar na A.A.H? Ainda amarrada, e apagada, Mary fora encaminhada para a enfermaria.


O que será que tem de errado com Mary? Porque será que eles não registraram a garota como Heroína no inicio do ano, assim como a grande maioria na Associação? Estranho, muito estranho.


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Notas finais do capítulo

Legal né? Ficou meio ENORME sauhsai' Enfim, o próximo capitulo será menorzinho do que vocês estão acostumados a ler, mas creio eu que não é tanta diferença. Ele se chamará...
Capitulo 18 - A chegada de um primo
See u guys o/



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