- Filhaa! Vamos logo, você tem que ir trabalhar no castelo! –Gritou a mãe de Mônica.

Ela desceu as escadas usando uma roupa de serviçal, com sapatos de couro que foi ganho de presente do rei.

- Obrigada minha mãe, já vou indo, porque se eu me atrasar, o castelo pega fogo! –Mônica falou com calma, mas teve que parar, porque sua mãe a fitou com desespero.

- Oh meu santo Deus! Você sabe que dia é hoje filha? –Ela segurou os braços de sua filha com certa força.

- Hoje é o dia em que os meus braços vão ficar roxos? –Ela perguntou, mas sua mãe não a largou. –Me solta, preciso ir para o castelo.

- Filha, hoje é o dia em que você vai poder conhecer a ala em que o príncipe vive! –Ela disse, a soltando finalmente.

- E qual é o problema com isso? Eu não quero conhecer um príncipe metido a Cebola! –Ela gritou, fazendo uma careta.

- Cuidado com as sua palavras, as paredes tem ouvido.

- Aham, e eu tenho que ir. –Mônica falou, correndo até a porta. –Bom dia para a senhora mãe.

Mônica abriu a porta da casa velha e desarrumada. Passaram-se anos e ela finalmente iria conhecer a ala onde as pessoas do reino moravam. Não gostaria que sua mãe soubesse do nervosismo, não queria ajuda, queria poder fazer as coisas sozinha. Sem ajuda de ninguém!

- Bom dia guardas. Bom dia Xaveco.

- Bom dia Mônica. –Disse o amigo dela.

- Então, o que eu devo fazer hoje? –Perguntou a mesma, olhando com o cenho franzido.

- Hoje você deve cuidar do príncipe.

- Ah nãoo, eu vou ter que cuidar do Plíncipe? Porquê ele não se cuida sozinho?

- Esse vai ser o próximo Rei, então precisamos colocar ele na linha, e você vai ajuda-lo.

Mônica bufou.

- Onde o príncipe do papai tá?

- Na ala onde os nobres dormem.

- Está bom, vou lá.

Ela disse. Subindo as escadas e olhando para Xaveco, que sussurrou “boa solte”. Enquanto ela subia as escadas. Um príncipe estava olhando a janela de seu quarto, sabia que hoje teria uma nova “ajuda”.

Narrador Cebola

Tomales que não seja a Magali. Ela é muito chata. E essa pessoa que não chega?! Eu quelo o meu café!

Ele escutou passos por trás da porta. A pessoa pegou algo da mesinha e bateu na porta.

- Pode entlar.

A pessoa abriu a porta e ele a olhou dos pés a cabeça. Ela não tinha curvas nem era bonita.

- Bom dia realeza. Trouxe o seu café.

- Está atrasada!

- Me desculpe, eu estava... –Ele a interrompeu.

- Não quelo explicações fajutas! Você tem que chegar na hola!

- Me desculpa, eu prometo que... –Ele a interrompeu de novo.

- Não pleciso das suas desculpas! Me dá aqui esse café.

- É o seu preferido. –Ela disse, sorridente.

- Devo admitir, a cozinheira se superou hoje. Pensei que ela tivesse um dia sem trabalho... Eu vou tomar um banho, saia daqui! Menos se quiser ver o príncipe nu.

Ela ficou vermelha, e depois pegou a bandeja. Fez cara feia quando lembrou que ela fez o café.

Narradora Mônica

Sai do quarto rápido. Não quero ver ele nem em um milhão de anos. Suspirou fundo e desci as escadas, ela entrou na cozinha e olhou as tarefas dele.

- Hm, vejamos, hoje ele tem: Boa maneiras, treinamento de espada?

- É, meu irmão tem boas maneiras hoje, boa sorte.

Eu pulei e depois coloquei minha mão no coração. Magali, a segunda herdeira do trono, e a minha atual melhor amiga.

- Está querendo me matar Maga?!

- Me desculpe, mas que foi engraçado foi. Boa sorte com o meu irmão. Ele é um osso duro de roer.

- Eu sei, eu o vi no quarto. Ele disse que era pra mim parabenizar a cozinheira pelo café.

- Mas a cozinheira não está aqui, foi você que fez o café.

- É, mas parece que ele pensa que ela está aqui.

- Então, eu vou chama-lo para a aula.

- Por que você não desiste? –Magali gritou enquanto eu subia as escadas.

- Porque ele é que vai governar! E eu acho que ninguém aqui quer um incompetente no comando.

Quando ela abrir a porta do quarto do príncipe, o mesmo abriu no mesmo instante e os olhares se cruzaram. Ela viu que ele estava com a roupa de luta de espadas.

- Hoje você tem primeiro boas maneiras.

- Mas eu quero primeiro as espadas. E QUEM vai me impedir? –Ele disse, desafiador.

- Eu vou, ou você se troca, ou eu conto que você estava com uma garota do reino ontem, quando deveria se “guardar” para a princesa de outro reino. –Ela disse, com um sorriso vencedor.

- Você até que é esperta, se não fosse tão feia assim. –Ele disse, a olhando dos cabelos ao pés.

- Eu não sou feia, seus olhos estão ruim. E quem é você para me julgar? Vamos pra sua introdução de boas maneiras!

- Que coisa! Tudo bem, vamos pra aula!

**

Depois de andarmos muito, finalmente encontramos o jardim. Era lá que todas as reuniões importantes acontecem. O menino folgado começou a correr e se sentou na ultima cadeira. Depois de observar ele um tempo, o “professor” chegou. Ele é alto, magro e se vestia muito bem, parecia que era bem famoso nesta região.

- Bom dia príncipe. Bom dia.. eh, senhorita? –O professor franziu o cenho quando me viu.

- Pode me chamar de... –Eu tentei falar, mas fui cortada no meio da minha fala (de novo!).

- Tudo bem? Vamos começar? –Ele falou, batendo duas palmas e fazendo O príncipe se levantar.

- Anote tudo pra mim ok? E quero que você tenha uma boa caligrafia! – O Cebola me falou, jogando uma folha e uma pena com tinta.

- Mas, mas eu não sei escrever! Como se faz isso? –Ela perguntou, com a voz firme.

- Sem perguntas! Anda! –Ela bufou e o seguiu.

.:.:.:.:Continua:.:.:.:.: