Wrong Theories escrita por Jereffer


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Eu escrevi isso a séculos, eu tinha esquecido de postar. Apenas uma contribuição para a diversidade do site(leia-se, só tem NaLu nessa m#)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/212980/chapter/1

Natsu estava acocorado em um dos bancos do bar em uma certa manhã, estando apenas acompanhado por Happy. Seus olhos voltavam-se o tempo todo para a porta de entrada da guilda, a espera de alguém. Happy também estava olhando para a porta esperando alguém... ou melhor, uma Exceed.


Na verdade, para os padrões da guilda, ambos haviam chegado muito cedo, pois nem mesmo Mira havia chegado, e a não ser por meia dúzia de magos, a guilda estava vazia. A expressão de espera de ambos era muito semelhante e totalmente hilária, ao ponto de Reedus, que tomava café ali perto, resolver pintar a cena.


A semelhança no momento entre a situação de Natsu e Happy é que Natsu estava esperando uma maga de cabelos branco, enquanto Happy esperava uma Exceed de pelos brancos.


Ele estava esperando ela.


Sua melhor amiga quando e ele era pequeno, e uma inexpugnável pitada de tristeza em sua mente durante a sua aparente morte. E agora ela estava de volta, só que por algum motivo, distante. Natsu odiava aquilo. Quando eles eram crianças, eles passavam o tempo todo juntos fingindo serem os país de Happy. Porque agora ela havia se afastado dele?


Natsu desviou os olhos da porta para o chão, pensativo. Nem mesmo notou a entrada de uma Lucy anormalmente radiante.


– Bom dia Natsu e Happy - disse ela se sentado junto ao balcão também.


Natsu respondeu apenas com um aceno de cabeça e recolocou os olhos na porta, enquanto Happy respondeu com um “Aye!” animado, antes de ele também voltar a encarar a porta.


Lucy ficou surpresa devido à ausência de resposta de Natsu - Você está bem?- Perguntou ela ao Dragon Slayer.


– Sim - confirmou ele com a cabeça - Lucy, o que você acha da Lisanna?


A súbita mudança de assunto deixou a loira para lá de surpresa, mas ela achou que era mais fácil responder do que perguntar.


– Ela é legal - disse a maga de espíritos estelares, e percebeu que Natsu nem ao menos prestara atenção na resposta - Por quê?


– Nada de importante - respondeu ele em um tom pouco convincente.


– Você está estranho hoje, vamos lá, me conte. Está com problemas com ela?


Natsu nem mesmo pensou em negar novamente, ele precisava de conselhos e Lucy era uma boa amiga.


– Sim - disse ele com uma expressão emburrada, como uma criança que teve seu doce roubado - Desde que ela voltou de Edolas ela parece fazer questão de não conversar comigo!


Lucy sorriu para o amigo, reconhecendo o sentimento que impulsionava o problema, mas resolveu confirmar.


– E você sente falta dela? - antes que ela recebesse uma óbvia resposta afirmativa, ela completou - Não apenas falta da sua amiga, mas falta de algo com aquilo? - disse ela apontando discretamente para uma outra mesa, onde Gajeel e Levy conversavam realmente muito próximos um do outro.


Natsu soltou um grunhido semelhante a um rosnado, o rosto começando a arder e adquirir uma coloração vermelha, o que fez Lucy rir um pouco da reação do mago, mas tentou se controlar para na ofender Natsu - Tente se reaproximar lentamente, e boa sorte, esse é o melhor conselho possível - garantiu ela dando um tapinha encorajador na cabeça do mago e indo em busca do seu café da manhã.


Sendo sincera, ela andava sentindo falta de um certo espírito....



Natsu tomou mais um gole de seu suco, pensando nas palavras da loira. Ele precisava de algo um pouco mais especifico.


– Happy - chamou Natsu.


– Aye? - respondeu o gato ainda sem tirar os olhos da porta.


– Porque você acha que a sua mãe está me evitando? - perguntou ele, mas não recebendo resposta do gato. Ele sabia que o Exceed havia entendido, pois ele já havia contado a ele sobre a sua encubação, só estava distraído demais.


– Natsu, o que você acha da Charle? - perguntou Happy sem notar que estava imitando exatamente o modo de Natsu falar.


Natsu suspirou irritado.


– Não seja malvado, não me ignore! - disse o gato alado em seu tom dramático, antes da sua voz se iluminar - Olha, a Charle está vindo! - disse ele ativando sua magia Aera e voando até lá.


Deixando Natsu sozinho e pensativo.


Ele viu quase todos os times da Fairy Tail chegarem antes do que o que ele esperava: Raijinshû, Shadow Gear, Mega-Death... até que finalmente, Take Over Siblings!


Ele tentou não ficar encarando como um cachorro olhando para a máquina de frangos quando Lisanna se dirigiu até um dos bancos do balcão.


Ela não pareceu notar o Dragon Slayer, que subitamente havia se esquecido de como se falar, o coração brincando de pugilismo com os ossos do peito.


– Bom dia, Lisanna - disse ele, a voz saindo estranha devido a hesitação que precedeu a frase, mas dando um de seus largos sorrisos draconicos.


– ‘Dia, Natsu - respondeu ela acenando com a cabeça e rapidamente desviando os olhos de volta para o seu café.


Natsu manteve o olhar fixo sem saber mais o que falar, até que a situação se tornou desconfortável demais, fazendo-a perguntar:


– O que foi? - disse ela dando-lhe um sorriso encabulado.


Natsu respirou fundo antes de responder, ele tinha que aproveitar aquela brecha na muralha de cortesias distantes.


– Eu queria saber, você não quer fazer alguma coisa? Um trabalho, um passeio... algo? - disse ele um tanto mais depressa que o necessário em um fôlego só.


Aquilo pareceu deixa - lá genuinamente surpresa.


– Bom, hoje eu não pretendia fazer nada, mas... - disse Lisanna parecendo incerta por algum motivo - Você geralmente não faz isso com eles? - ela perguntou apontando com a cabeça para onde estavam Gray, Erza e Lucy.


– Bem, eu queria fazer isso com você - disse Natsu enquanto arrastava o banco um pouco para perto dela - Faz tempo que não conversamos!


A mão dele serpenteava pelo balcão se aproximando da dela, mas ela reposicionou elas em seu colo, surpresa com a atitude do mago de fogo.


– Bem...como está o seu relacionamento com a Lucy? - disse ela para puxar assunto, fazendo Natsu engasgar com o gole de suco e tomava, parte da substancia voando pelo nariz.


Depois de muito tossir para limpar os pulmões, Natsu conseguiu dizer - O-o quê? - disse ele com a voz esganiçada.


– Ah, vamos lá, você acha que eu não notei isso? Você gosta dela, não é? - disse ela dando um sorriso um tanto forçado para Natsu.


Confusa. Assim podia ser descrita a cara de Natsu no momento.


Natsu sentiu-se um tanto mal por Lisanna pensar aquilo, ele não só entendia o motivo. Durante o desaparecimento de Lisanna ele havia conhecido e se tornado amigo de Lucy, mas o que era estranho naquilo? Ele achou que Lisanna o entenderia um pouco melhor.


Lisanna também não se sentia muito bem por detrás do forçado sorriso amigável que ela matinha no rosto a todo custo. Ela sentiu-se triste quando voltou de Edolas e viu o quão próximo Natsu estava de Lucy. Pareceu para ela que Natsu foi capaz de esquecê-la e substituir o que ela representava com a Lucy. Ela se sentia triste por Natsu não ser mais paciente.


– Você... - disse Natsu não conseguindo se articular. Ele não podia acreditar que ela pensava aquilo.


– Hum? - perguntou ela enquanto Natsu se levantava e acenava para ela o segui-lo, e eles acabaram indo parar na varanda, longe da indiscreta platéia que ser formava lá dentro.


Ela ficou muitíssimo surpresa quando Natsu lhe perguntou em um tom sério, depois de um silêncio constrangedor.


– Você acha que eu amo a Lucy? - perguntou ele, os olhos tristes traziam uma réstia de irritação.


Lisanna tentou controlar algumas emoções conflitantes e manter o sorriso, mesmo que a sua visão já começasse a ficar turva nas laterais - Como assim “acho”?


– Você acha que enquanto estava em Edolas... eu a substitui você usando a Lucy? - indagou Natsu em um tom perigoso, mas Lisanna jamais teria medo dele por qualquer motivo.


Agora seus olhos lacrimejavam abertamente - Quando eu cheguei de Edolas, eu resolvi tentar preencher esses dois anos de ausência com informações perguntando a todos - disse ela em voz baixa - Todos dizem que você parece estar com a Lucy. Você até dorme na casa dela, certo? Ontem eu visitei a nossa casa com Happy, e quando eu perguntei ao Happy onde você estava, ele disse que você estava na casa dela...


– Não - murmurou Natsu, ela estava entendendo aquilo errado.


Lisanna sorriu, sem tentar conter mais o fluxo de lágrimas - Não se preocupe, não a nada errado em seguir em frente - disse ela - Eu fiquei realmente feliz quando ele me chamou de “Mãe”.


– Lisanna - Natsu começou, enquanto via os ombros da maga tremerem devido ao choro, mas ela o impediu.


– Eu entendo, Natsu, e quero que você seja feliz, de verdade. Mas eu só quero que você saiba que eu ainda gosto muito de você, por isso não agüento ficar perto de você... - ela parecia ainda ter mais a dizer, mas foi impedida pelo pedaço de tecido do colete de Natsu que ficava na altura do peito quando ele a abraçou.


– Eu nunca ouvi tanta besteira em tão pouco tempo - disse ele encaixando a cabeça na curva do pescoço dela, o hálito quente arrepiando a sua pele - Eu ainda gosto de você da mesma maneira que sempre gostei, não ignore por causa de uma teoria.


– M-mas você e a Lucy... -começou ela confusa e ainda fungando, enquanto ele acariciava os cabelos dela gentilmente.


– É uma grande amiga - disse ele completando a frase dela - Mas foi você que foi me buscar na chuva com aquele guarda-chuva vermelho, e estava disposta em acreditar em minhas histórias sobre o Igneel! E era você que estava lá quando o Happy nasceu!


Ela não sabia o que falar, mas foi poupada disso enquanto sentiu ser levantada no ar.


– Você ainda duvida do que eu disse - disse Natsu pela primeira vez conseguindo ler a emoção de alguém - Então eu acho que você precisa ver com mais atenção.



_______________________________________________________________________



Lisanna descobriu o quão rápido corre um Dragon Slayer quando em poucos minutos eles estavam na floresta Leste, mais especificamente em frente a cabana de palha onde eles chocaram o Happy.


O sol estava alto e iluminava o local onde uma lápide um tanto rústica se erguia, a que ela descobriu através de Happy que fora construída por Natsu para ela.


Natsu a colocou gentilmente na posição vertical, e murmurou “Leia” apontando para a lápide.


Ali estava escrito “Que sobre esse por-do-sol descanse Lisanna Strauss, Querida Irmã, Mãe Gentil e Amada Esposa” as duas últimas sentenças estava escritas com as letras tortas e incertas de Happy e Natsu.


Aquilo trouxe lagrima de felicidade aos seus olhos.


– Eu te amo, Lis-chan - murmurou ele abraçando ela, deixando ela apoiar a cabeça em seu queixo.


Ela sabia que só faria sons sem sentido se tentasse responder, então lembrou de Natsu uma de suas memoráveis frases de infância.


– Não seja tão precoce - disse ela rindo entre as lágrimas - As pessoas devem enrolar para dizer esse tipo de coisa.


– Eu não consigo ganhar de você nem nos argumentos - retrucou ele rindo enquanto ela envolvia seu pescoço com os braços.




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentários?(nem vou sugerir patadas, se não...)