Mesmo com a turbulência inesperada, eles finalmente haviam chegado. Alguns momentos depois, o jato pousa na praia. Não demorou muito para que todos saíssem e o jato desaparecer no céu voltando ao Brasil.

Pedro – Chegamos... E agora?

Bruna – Agora nós vamos onde nossos pais estão.

Magali – Pra que lado Mô?

Mônica verificou o GPS que havia ganhado de Franja. Ela conseguiu descobrir a direção e a distancia que teriam que andar, provavelmente teriam que passar a noite na floresta.

Julio – E ai? Pra que lado?

Mônica – Vamos seguir em frente por aqui, a gente vai ter que andar uns cinco quilômetros.

Cascão – Cinco quilômetros?! Robô miserável, nem pra deixar a gente mais perto!

Cebola – O único lugar mais seguro que ele pudesse pousar era aqui Cascão...

Diana – Ta bom, chega de papo, vamos antes que comece a escurecer.

Todos concordaram com o que Diana disse e começaram a entrar na floresta. Enquanto caminhavam, Cebola e Julio ficaram atentos e preparados pra qualquer coisa que tentasse ataca-los. Passaram uma hora e meia em silencio, apenas admirando as arvores, plantas e flores que no ponto de vista deles era uma novidade, parecia que estavam em outro mundo. Todos sabem que os humanos não são de ferro, e a fome e o cansaço já havia chegado.

Cascão – Ai... Que fome cara.

Bruna – Não da pra a gente parar pra descansar um pouco não?

Magali – Não é má idéia...

Mônica – Ta bem, vamos aparar aqui e...

(Véi... A criatura nem terminou a frase e todo mundo caiu no chão mortos de cansaço).

Diana – Ai, que alivio!

Pedro – Não tava agüentando mais ficar em pé.

Julio – Nossa que fome! Maga, você tem alguma coisa na...

Julio olhou pra cima e inesperadamente achou um pé de manga. Aquilo seria ótimo pra comerem no momento.

Julio – Ei! Olhem!

Ele apontou para as frutas no alto da arvore e todos viram.

Pedro – Oba! Comida!

Magali – Mas elas estão bem lá no alto, como vamos pega-las?

Cascão – Caham... Acho que se esqueceram das minhas habilidades...

Diana – Que habilidades?

Cascão – Parkour, agora esperem aqui que eu já volto.

Cebola – Eu vou com você.

Cascão – Consegue me acompanhar?

Cebola – Claro.

Os dois começaram a subir na arvore, logo eles conseguiram chegar até as frutas.

Cascão – Oba! Ta tudo maduro!

Cebola – É eu sei, agora para de comer e começa a colocar as frutas no saco e...

Cascão – Calma careca, eu também to com fome!

Cebola – Cascão...

Cascão – Que foi?

Cebola – Olha isso...

Um pouco mais a frente tinha uma familiar de lêmures, eles também estavam comendo.

Cascão – Que doido!

Cebola – É eu sei e... Seu doido! O que você vai fazer?

Cascão chegou mais perto dos animais.

Cascão – Nada só vou olhar mais de perto.

Cebola – Isso aqui não é um zoológico Cascão! Volta já aqui!

Cascão nem deu ouvidos, foi chegando cada vez mais perto dos lêmures. Quando estava a mais ou menos um metro deles, Cascão parou e começou a observá-los. Os animais não ficaram com medo, apenas ficaram olhando pra Cascão um pouco espantados. Cascão pegou uma manga e começou a comer. Os lêmures que estavam ali se mexeram e começaram a pular entre os galhos das arvores até desaparecerem. Cascão meio decepcionado voltou.

Cascão – Poxa...

Cebola – O que foi?

Cascão – Espantei eles sem querer.

Cebola – Eles são animais selvagens Cascão, claro que iam fugir.

Cascão – É...

Cebola – Tira essa cara de desanimo e me ajudar e pegar essas...

De repente Cebola parou, ficou com uma cara espantada o que assustou um pouco Cascão.

Cascão – Cara... Que foi?

Cebola – Cascão... Seus amiguinhos voltaram e com reforços...

Cascão – Ahn?

Cascão olhou pra trás e viu vários, não, dezenas de lêmures que não pareciam muito felizes com os dois que estavam ali.

Cascão – Vish!

Os lêmures foram pra cima deles que no mesmo momento começaram a correr nos galhos.

Mônica – Cadê esses dois?

Os outros já estavam meio impacientes, eles estavam demorando.

Pedro – Minha barriga já ta roncando...

Julio – Novidade...

??? – Ahhhhh!

Bruna – O que foi isso?

Diana – Não sei, mas parecia...

??? – Corre careca!

Quando eles olharam pra cima viram Cascão e Cebola correndo de um bando de lêmures furiosos.

Mônica – É só o que me faltava...

Nas arvores... Cebola e Cascão corriam que nem dois desesperados.

Cebola – Cascão! Acho que invadimos o território deles! Eles querem as frutas!

Cascão – Devolver? Nem morto!

Cebola – Olha aqui a gente ta meio sem opção! De volve logo as frutas e... Ahhh!

Cebola acabou pisando em um galho não muito seguro e caiu, mas em outro galho. Infelizmente os lêmures o alcançaram.

Cebola – Tô flito!

Cascão continuava a correr, mas acabou caindo também, e foi parar no chão.

Cascão – Ai... Mas o que.

Os lêmures estavam na sua frente, furiosos.

Cascão – Vish! Agora eu...

Magali – Cascão!

Cascão olhou pro lado e viu sua turma.

Cascão – Galera! Finalmente! Da uma força aqui?

Eles ajudaram Cascão a se levantar.

Cascão – Valeu.

Pedro – Ahn... Gente? Temos um grande problema aqui...

Os lêmures ainda estavam ali, mas o estranho é que não estavam olharam pra eles mas sim para um saco que Cascão tinha nas mãos, e Mônica percebeu isso.

Mônica – O que tem ai Cascão?

Cascão – Nada só as frutas que eu peguei.

Mônica pegou o saco e jogou pra mais perto dos animais. Eles pegaram as frutas e foram embora.

Diana – Era por isso?

Cascão – É... Acho que eu e o Cebola invadimos o território deles e eles queriam as frutas.

Julio – Por falar nisso... Onde ta o Cebola?

Cascão – Sei lá, da última vez ele tava atrás de mim.

Bruna – Vamos nos dividir pra procurar ele.

E foi isso mesmo que eles fizeram, eles se separaram. Mônica andou por uns cinco minutos até que ouviu um barulho.

Mônica – Mas o que...

Ela o achou, Cebola estava pendurado, enrolado e amordaçado por cipós no galho de uma arvore, Mônica riu um pouco antes de chegar perto dele e tirar o cipó que estava em sua boca.

Mônica – Hahaha... O que houve?

Cebola – Eu cai e os lêmures me prenderam aqui.

Mônica – Hahaha!

Cebola – Da pra parar de rir e me soltar?

Mônica – Não.

Cebola – O que?