Estes sentimentos dos quais não posso mais me livrar

Esses sentimentos estão saindo pela porta

Eu posso senti-los caírem

E eu não vou voltar atrás

Estes sentimentos que eu não aguento mais

Esse vazio no fundo da gaveta

Está ficando difícil de fingir

E eu não vou voltar atrás de novo

(Avril Lavigne - Remember When)

Scorpius Malfoy colocou as mãos sobre o rosto derrotado.

Ele não acreditava que aquilo estava acontecendo. “Amar é destruir”, seu pai o havia alertado quando era pequeno.

O garoto lembrava até hoje do dia em que sua mãe, Astoria, foi embora e nunca mais voltou. Draco Malfoy havia se tornado um homem frio. Às vezes Scorpius se perguntava se ele ainda tinha um coração. Mas será que as pessoas poderiam perder o próprio coração e continuar vivendo?

Talvez o coração Draco Malfoy estivesse apenas congelado e provavelmente ele nunca iria descongelar.

Scorpius se jogou em sua cama e percebeu que tinha algo o incomodando. Colocou uma das mãos em baixo das costas e sentiu algo leve, parecia ser algo delicado. Ele puxou o objeto e era uma corrente de prata com um pingente de um gatinho.

Ela havia contado que aquele colar sua mãe havia lhe dado quando o gato da família morreu de velhice.

Agora quando via esse colar, Scorpius se lembrava de tudo que eles haviam passado juntos. Ele se lembrava de todos os detalhes dela, lembrava de seus cabelos ruivos, tão chamativos que podiam ser vistos de longe, lembrava do riso contagiante e do constante revirar de olhos. O jovem Malfoy sorriu com esse pensamento.

Scorpius se lembrava de como ela o fizera se sentir tão bem. O garoto queria odiá-la, ele tentava, mas nunca havia conseguido realizar tal feito.

— Maldita Weasley! –exclamou ele. Scorpius Malfoy estava definitivamente apaixonado. Por mais que tentasse fugir desse sentimento, reprimi-lo numa caixa selada com todos os feitiços possíveis, ele ainda estava apaixonado por Rose Weasley e a frase do seu pai, “Amar é destruir”, fazia cada vez mais sentido em sua vida.