Do not leave me here escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 6
Run and save me


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas de meu coração, como estão?
Esse capitulo é da Hoppe, sim, eu sou uma vagal que deixa tudo pra bitch Hoppe porque eu gosto das cenas de ação dela, me julguem, eu só sei fazer drama u.u
Enfim, eu só queria dar um aviso que a gente sempre esquece, essa fic é uma short, ou seja, estamos na reta final já :(
Acho que é só mais um capitulo e um epilogo, ou algo do genero, não conversamos direito sobre isso, mas é algo assim.
Então, comentem e façam duas autoras felizes e saltitantes -q
Enjoy ♥



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A ausência do barulho do canhão me confortava, assim como me desesperava também.

Eu queria poder descer da árvore e correr, correr e salvá-lo de qualquer coisa que estivesse lhe colocando em perigo. Eu sentiria dor, com toda certeza, mas a dor de perdê-lo, certamente seria mil vezes pior. Eu só queria correr e salvá-lo.

Mas meus músculos estavam rígidos, paralisados, presos á promessa de Cato, presos á idéia de que se eu tentasse salvá-lo, seu sacrifício seria em vão. Eu era inútil naquele momento.

Um ganido mais ao longe foi ouvido, soou fazendo eco pela arena e chegou até mim como um anestésico. Arregalei os olhos, eu sentia minha respiração presa em minha garganta, o suor frio escorria pelo meu pescoço. Engoli a seco, minha têmpora esquerda começava a latejar.

Outro ganido ecoou pela noite escura, apertei com força alguma faca de dentro do bolso interno do meu casaco.

Correr e salvá-lo. Faça isso, Clove. Não seja uma fraca!

Com a respiração ofegante e as palavras gritando cada vez mais alto em minha mente, desamarrei a corda que me prendia contra a árvore e pulei, me agachando para amortecer a queda. Peguei uma das facas do meu bolso, tentando ocupar minhas mãos e fazê-las parar de tremer enquanto me virava lentamente para a direção que horas atrás, Cato seguira.

Minhas pernas pesavam mais que o normal, elas se recusavam á ir de encontro á morte, mas eu tinha de fazer isso. Arrastei-me pelo caminho, a corrida fora curta. Logo, eu já estava há 3 metros da grandiosa e dourada Cornucópia.

Sombras se moviam rapidamente sobre seu chifre, e ao redor dela também. Os rosnados estavam mais altos também, difíceis de serem ignorados e que aumentavam cada vez meu medo.

Como eu o salvaria?

Andei mais alguns passos, a grama úmida e escorregadia sob meus pés era uma armadilha para minhas pernas trêmulas. Semi-cerrei os olhos colocando os óculos de visão noturna e conseguindo distinguir a figura maior de Cato caído sobre o chifre da Cornucópia, o corpo inerte e pálido, seu peito subia e descia rapidamente.

Voltei a correr, tentando não ser vista pelas bestantes, seus rosnados eram tão altos que abafavam o estardalhaço que meus pés faziam contra a grama.

A maioria das bestantes se concentrava do lado esquerdo, tentavam pular e farejar. Escalei a Cornucópia o mais sinuosamente possível, escorreguei pela superfície lisa e voltei ao chão, o suor na palma das minhas mãos não ajudavam. Grunhi frustrada, olhando ao redor tentando não fazer nenhum barulho, recomeçando a escalar. Joguei minha perna sobre a superfície e apoiei o peso do meu corpo em minhas mãos, conseguindo subir aos poucos. Contudo, antes que eu pudesse subir meu corpo por completo, senti algo roçar em minha perna, seguido de um rosnado.

Sobressaltei-me, olhando para baixo. Os conhecidos olhos verdes me fitavam ferozes, os dentes á mostra e a coleira de diamantes com o “1” em seu centro reluzia em minha direção.

A bestante avançou, arranhando a parede da Cornucópia com suas garras, tentando me alcançar, me apressei, rolando para o lado fugindo de suas patas.

Ofegante, me levantei aos poucos mas fui parada ao sentir algo pontudo ser pressionado contra o meu pescoço. Engoli a seco, piscando os olhos, confusa e olhando para cima.

Os olhos cinzentos da Distrito 12 me fitavam com frieza, ela tinha o arco preparado, apontado diretamente para o meu pescoço. Em um momento, pude perceber Cato ao meu lado, deitado e ofegante, as mangas do seu casaco estavam rasgadas e sangue escorria pelos seus braços. Voltei a fitar a Distrito 12, ela pareceu firmar o aperto em seu arco ao ver meu movimento brusco, ofeguei levantando minhas facas em forma de rendição.

Pela primeira vez, eu sentia medo, ela estava em uma posição superior, ela tinha o controle. Minha vida estava na flecha presa ao arco, eu não tinha escolha.

Soltei as facas, elas caíram contra a parede oca da Cornucópia fazendo eco pelo local. Ela por um instante, vacilou o aperto do arco e no mesmo momento, prendi suas pernas contra as minhas, empurrando-a ao chão. Suas mãos soltaram-se do arco que escorregou para longe de seu alcance. Rapidamente, recuperei umas das minhas facas e apontei para ela, prendendo suas pernas contra o chão e imobilizando suas mãos. A cena do dia do banquete se repetia, e talvez, daquela vez, ninguém estaria ali para impedir que eu continuasse com aquilo.

Em um outro momento qualquer, eu talvez sorriria ironicamente e soltaria algo maldoso, mas tudo o que eu queria naquele momento era apenas matá-la e acabar com tudo aquilo. Pressionei a faca com mais força contra seu pescoço, cada vez mais forte, ela se debatia mas era inútil.

Afastei a faca de seu pescoço, girando-a entre os dedos procurando algum outro lugar mais letal para abrir o corte. Uma morte rápida e eminente.

– Largue a faca, Clove... – uma voz ressonou por trás de mim fazendo minhas mãos pararem no ar. Olhei para trás, assustada, o Lover Boy me apontava a flecha presa ao arco, exatamente como Katniss.

– Atire, Peeta... – murmurei, sorrindo ironicamente, virando meu tronco em sua direção mas mantendo Katniss imobilizada sob me corpo – Não tenho nada a perder, não é mesmo? – sussurrei, semi-cerrando os olhos em direção á ele.

– É claro que tem... – ele rebateu, a voz desprovida de qualquer emoção e seus olhos, por um instante, correram para Cato mas logo voltaram-se para mim.

Ofeguei, olhando para o corpo de Cato, ele respirava mais lentamente agora. Peeta virou a flecha para a direção dele mas seus olhos continuavam em mim.

– Atire... – sussurrei tentando não mostrar á ele que eu me importava – Atire... Mate-o como fez com garotinha do 4 – sorri ao ver seus músculos se enrijecerem - Eu sei que você não tem coragem... Poupe sua última flecha, Peeta...

Ele pareceu vacilar, mas para minha surpresa tornou a levantar o arco e soltar a flecha que correu na direção de Cato. Saltei de cima de Katniss, correndo em sua direção, colocando-me á sua frente. A flecha errara apenas 1 centímetro da lateral de seu corpo.

– Cato... – sussurrei, sacudindo-o. Era em vão, a letargia certamente já corria pelo seu corpo e seus sentidos falhavam.

Alcancei minhas facas, ocupando cada mão com uma, girando-a entre os dedos. A dor começava a se alastrar em minha têmpora, eu não tinha muito tempo.

– Não faça isso, garotinho da espada... – sussurrei segurando seu rosto morno entre minhas mãos.

Senti um frio roçar pelas minhas costas e outra flecha vir em minha direção, abaixei-me á tempo antes que ela me acertasse. Ofeguei, me levantando embora meu corpo relutasse aquilo.

Olhei para Katniss e Peeta, o arco nas mãos da Garota em Chamas, o Lover Boy parecia inclinado, a perna em que Cato acertara ainda não estava totalmente curada, alguém amarrara uma tala ali para estancar o sangue.

Atirei uma das facas em direção á Katniss que lançou a flecha no mesmo instante, mas me esquivei rapidamente, avançando em Peeta, empurrando-o para trás. Ele cambaleou e escorregou pela superfície lisa e metálica da Cornucópia.

– Peeta! – gritou Katniss olhando para seu parceiro de Distrito tentar se segurar em um dos chifres da Cornucópia, mas fora em vão, suas mãos se soltaram e ele caiu na grama. Os rosnados e ganidos das bestantes aumentaram, junto deles vieram gritos de horror e desespero.

Katniss voltou-se á mim, outra flecha já estava presa ao arco, sentia em seus olhos que dessa vez ela não erraria.




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