Já eram 14hs do domingo e Érika ainda não tinha se levantado dá cama, sua mãe já havia batido em sua porta diversas vezes, mas ela só falava que queria ficar sozinha, sua mãe então teve a brilhante ideia de ligar para Agatha, pede para que ela venha falar com Érika, sua mãe sabia que Agatha conseguiria falar com sua filha e ajudá-la a sair do quarto. Agatha no mesmo instante fala para D. Míriam que logo logo estaria lá e realmente logo ela chegou, ela entrou e foi logo ao quarto de Érika.

- Keka, sou eu a Thina abre a porta!

Érika não diz nada, apenas se levanta, destranca a fechadura, grita que está aberto e se deita novamente, colocando seu travesseiro em cima da sua cabeça, na tentativa de se esconder.

- Keka, pará com isso, tira esse travesseiro, precisamos conversar.

- Não quero! - Fala com o som abafado, por ainda estar se escondendo.

Agatha, vai até a amiga tira o travisqueira dela, a faz se sentar na cama e senta ao lado dela.

- Sou eu, a Thina keka, vai diz o que aconteceu ontem. Eu não pude ficar, pois já estava tarde, você demorou muito para descer.

Érika faz uma careta, respira fundo, tenta controlar as lágrimas e começa a contar, tim tim por tim tim, todos os detalhes. Agatha ouve atentamente a amiga, com cara de espantos em algumas vezes. Então quando Érika termina ela espera a amiga dizer alguma coisa, mas Agatha fica sem palavras, ela pede para amiga por favor lhe dizer alguma coisa é quando Agatha consegue pronunciar algo.

- Keka eu não sei o que dizer.

- Thina, o que vai ser de mim agora?

- Keka, eu não sei como, mas você terá que superar e seguir em frente.

- Se você não sabe como imagina eu Thina. Eu fui uma burra, que raiva de mim .

- Ah isso você foi mesma. - Falou Agatha sem pensar.

- Thina?! - Repreendi Érika.

- A desculpa Keka, mas eu falei tantas vezes para você não cair na lábia dele, mas você não me deu atenção poxa.

- Eu sei Thina o pior é que eu sei, mas eu tinha certeza q...

- Que ele estava apaixonado. Tá isso eu já sei, mas agora o que me perturba é porquê ele fez isso? Vamos analisar os fatos. Ele poderia até ter ficado com você, mas porquê ele expôs você desse jeito? Ele nunca fez isso com nenhuma menina que ele ficou, isso parece até mais o jeito do Rony, que é meio besta, o Braian nunca se faria de bêbado só para se safar, todo mundo sempre soube que ele é galinha mesmo, com certeza sairia com a maior cara lavada do munfo, mas o tempo todo ele negou lembrar, até quando ele saiu do quarto, quando estava te esperando, ele falava para nós que não lembrava de nada! Isso é muito estranho.

- Verdade Thina, eu ainda não tinha pensando nisso, estava tão envolvida com a minha dor, que em nenhum momento questionei o porquê disso!

- Claro né Keka, eu sou a mente desse grupo. - Falou ela rindo e conseguindo tirar um leve sorriso da amiga. - Olha você sorriu.

- Ai Thina o que seria da minha vida sem você hein?

- Acho que nada! - Falou com a mão no queixo olhando para cima e depois abraçando a amiga. - Ai Keka, porque você não me ouviu hein?

- Porquê eu sou burra Thina, uma burra!

Elas ficam abraçadas mais um tempo, Érika continuou chorando e conversando com a amiga, Agatha conseguiu até tirar Érika do quarto, para alegria de sua mãe, elas almoçaram juntas, Agatha tira mais alguns sorrisos de Érika e depois avisa que precisava ir embora. Dá um abraço forte na amiga, se despede da mãe de Érika e vai embora. Assim que Agatha sai, Érika começa a subir as escadas.

- Onde você pensa que vai mocinha?

- Ah mãe vou para o quarto. - Fala sem graça.

- Nem pensar, pode se sentar no sofá precisamos conversar.

- Mãe tudo que eu tinha q...

- Tudo que você falou ontem eu não acreditei em nada, eu te conheço filha você nunca perdeu o controle, alguma coisa aconteceu e você pode começar a falar. - Sua mãe fala autoritária se sentando no sofá e aguardando a filha se sentar também.

Érika faz uma careta, e começa a descer as escadas, ela não quera falar com a mãe, não queria contar que caiu no seu próprio conto de fadas. Ela sempre foi muito amiga de sua mãe, mas desde a separação ela parou de contar as coisas para ela, na verdade ela ainda não entendia muito bem a separação, então a forma de descontar era não mais dividir sua vida e viver no seu mundinho. Ela se senta e fica calada na frente da sua mãe com os braços cruzados.

- Filha, eu sei que não conversamos há muito tempo, mas você precisa me dizer o que aconteceu, quem sabe eu possa te ajudar.

- Sem chances mãe, ninguém pode me ajudar.

- Filha. - Sua mãe pausa. - Você sabe que pode confiar em mim não sabe?

Érika observa sua mãe, ela na verdade não sabia, até queria muito, mas não sabia. Então ela continua imóvel. Sua mãe a olhava com amor, ela sempre foi muito amorosa.

- Filha os pais de Sendy se sentiram humilhados, com os cometários de seus familiares e dos amiguinhos de Sendy e eu também, eu nunca fui chamada nem na escola, claro nas reuniões sempre reclamavam do seu fone de ouvido, mas isso nunca foi motivo para me chamarem e, ontem eu fui chamada para buscar a minha filha porque ela tinha transado com um cara na festa, o minimo que eu mereço é saber a verdade não acha?

- Mãe eu não transei com um cara, eu transei com o Braian você conhece ele.

- E isso muda em que?

Érika vira o rosto e começa a chorar, não mudava nada e ela sabia disso, antes fosse um cara qualquer, pelo menos aquela dor em seu peito não existiria. Sua mãe se levanta e vai para o lado de Érika a abraça forte, passando toda a confiança possível e amor. Ela se afasta olha para filha e diz:

- Eu não vou te forçar nada, porque estou vendo o quanto você está sofrendo, mas isso não significa que eu não vá querer saber depois, está certo?

Érika assente com a cabeça, leva suas mãos ao seu rosto na tentativa de secar suas lágrimas, mas era uma tentativa inútil, ela não parariam com tanta facilidade. Ela se levanta do sofá e corre para seu quarto, tranca a porta e cai em sua cama de novo. Como doia seu coração, ela sentia uma dor tão forte que ela não conseguia saber o que fazer, por mais que chorasse para ver se aliviava a dor só aumentava. Enquanto Agatha estava lá conseguiu melhorar um pouco, mas sozinha de novo ela não aguentava, doia muito, uma dor sem fim.

Sua mãe na sala ficava pensativa,ela tinha certeza que já tinha ouvido o nome desse menino antes, lógico ela sabia de suas amizades, mas ela lembrava desse nome de forma diferente, como se sua filha tivesse dito algo importante refente a esse menino. Então em meio as suas lembranças ela levanta, ela lembrou que quando sua Érika tinha uns nove anos falou que gostava desse Braian, mas ela não deu muita atenção, pois tinha certeza que era uma paixão de criança. Agora uma angustia a afrigiu.

“Será que depois de tanto tempo minha filha não o esqueceu? Será que ela ainda gosta desse garoto mesmo depois de tanto tempo? Se for isso coitada da minha filha.”

Ela olhou para a escada na direção do quarto de Érika e colocou sua mão em seu peito, ela sabia o quanto doia sofrer de amor mais que ninguém e esperava do fundo do coração que Érika não passasse por isso