De Volta Ao Passado escrita por Laís Sykes


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Aquela parte que está entre os "**" é um flashback, ok? haha
Reviews para alegrar essa autora tão dedicada? kkkk -n.
Obrigada!



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- Não acho que seja uma boa idéia, Bruh... – Falei choramingando.

- Como não acha? Como assim Helena? Vocês estão há 1 ano que não se falam! Por favor, né...

- Por favor, digo eu! Sem pressão Bruna. Eu sei que prometemos sermos amigos depois do namoro, mas é difícil pra mim. Sei lá, timidez...

- É, pode ser timidez... – Ela falou pensativa. Mesmo assim Helenaaaaa! Tenho certeza que vai ser ótimo e sem contar que vai ser lindo ver o brilhinho nos seus olhos ao ver ele, awn. – Ela suspirou. Tinha razão, iria ser ótimo... Não. Precisava de mais tempo.

- Não! N, a, o, tio. NÃO!

- Helena Vitali. Ou você diz sim, ou diz sim.

- Prefiro o ou.

- Então pode ser que sim?

- Pode ser que não também.

- Mas pode ser que sim. – Aff, cala boca Bruna.

- Olha, vou terminar as atividades que o professor passou pra depois tomar um banho e ir pra facul, fechou? Tchau.

- ESPERA! – Revirei os olhos. Ela me bateria se fizesse isso na sua frente, ela odeia! – Eu sei que você revirou os olhos... Pensa bem viu? Quero você aqui nesse sábado.

- Pena que querer não é poder...

- Que foi?

- Nada não, beijos, tchau! – Desliguei antes que ela pudesse continuar com essa história. Eu queria ir, mas ao mesmo tempo, não. Enquanto fechava os livros em cima da cama, meus olhos correram rapidamente pelo quarto e pararam em cima de uma pilha de roupas dobradas na minha poltrona. E lá avistei uma saia de babados.

**

- Eu amo garota de saia. Fica linda. Principalmente se é você. – Ele me deu um beijo na testa e apenas suspirei. Ele estava ali, eu estava ali e nada poderia acabar com aquele momento. Sentados no banco daquela pracinha, num domingo com pouco vento.

- Eu to achando você muito assanhado viu? – Dei uma gargalhada e ele levantou uma das sobrancelhas. Ele ficava divinamente lindo fazendo isso!

- Ué, sempre fui.

- Nossa. Perdeu sérios pontos comigo depois dessa. – Escutei aquela gargalhada que fazia meu coração se derreter. Vi aquelas suas linhas de expressão de quando sorri que faziam seu rosto ficar ainda mais perfeito do que já era.

**

Respirei fundo, levantei da cama, fui até a pilha de roupas e peguei a saia. Analisei seus babados, sua cintura, seu tecido. Experimentei, rodei, andei, pulei, dancei com ela no quarto enquanto tocava no computador Everest do Fernando e Sorocaba e eu cantava junto.

Quando finalmente decidi tirá-la e for tomar banho faltava 30min pras 21h. Não demorei muito no banho e logo já saía de casa em direção à garagem. Luan ficaria surpreso em saber que hoje eu dirijo...

Por que meu pensamento sempre vai direto pro Luan? Isso não é justo com o meu coração...

Coloquei um CD que havia colocado músicas de ritmos aleatórios e começou a tocar “Mais Uma Vez” na voz do Renato Russo. Como sempre, acabava que eu chorava mais do que devia.

Quando cheguei à faculdade, encontrei com Renata e Bia. E pra não perder o costume, sentamos uma ao lado da outra na sala de aula, depois que acabou fomos a uma pizzaria. Rindo, conversando, zuando, pensando no Luan. Era assim que minha noite estava.

Por quê? Por que isso acontecia?

Chegar em casa, deitar e pensar em como tudo poderia ser diferente, já era rotina. Colocar pra tocar “Sufoco” no iPod e dormir escutando ela, escutando a voz do Luan, também era...

- HELENA! Café da manhã tá pronto! – Levantei minha cabeça e ergui uma sobrancelha ao ver que horas eram.

- Mãe... São 8h15min da manhã. Desde quando eu acordo 8h15min da manhã de um sábado pra tomar café?

- Desde o dia que o Luan voltou de viagem e o Seu Amarildo convidou a nossa família pra ir!

- E o que eu tenho a ver com isso? – Falei me sentando na cama e esfregando meus olhos.

- Eu disse NOSSA FAMÍLIA. Você acha que é o que? Um ET passando as férias aqui em casa? Bora levantar dessa cama, lavar esse rosto, tomar um banho e tomar café. As 11h estamos saindo. – Ela disse puxando meu edredom, enquanto eu me jogava em cima dele impedindo que ela o tirasse de cima da cama. Quando saiu do quarto apenas cobri meu rosto com o edredom, resmunguei um “Por que eu?” e bati os pés. Levantei sem uma mínima vontade e fui ao banheiro.

- Meu Deus! Graças ao Senhor ninguém além da minha mãe pode me ver assim. Cruzes. – Disse me olhando no espelho e arrumando meus cabelos. Tomei um banho rápido e desci as escadas. Imaginar que morávamos numa casa pequena e agora estávamos ali, naquele casarão do outro lado do condomínio onde a ficava a casa do Luan. Digamos que umas 6 quadras de distância.

- Hohoho. – Meu irmão disse surpreso.

- Ora, o espírito natalino ainda vive em você Pedro?

- Haha, sem graça.

- E você é o desgraça. Só falta a “de graça” pra completar o trio.

- Chega vocês dois. Ainda é muito cedo para estarem brigando...

- Fora ainda ser muito cedo pra ter acordado num sábado. Fora também ser muito cedo por Senhor Pedro Vitali, agora casado, estar na casa da mamãe e fora também ser...

- Para de reclamar Helena! Vai ser ótimo esse churrasco.

 - Não sei pra quem... Churrasco só serve pra engordar e acabar com o meu sábado.

- Todo mundo já entendeu que você não quer ir filha, agora coma seu sanduíche que todos nós sabemos que você demora milênios pra se arrumar. – Meu pai disse enquanto lia o jornal.

- Se todo mundo sabe que eu não quero ir, por que estão me arrastando pra lá. – Disse choramingando.

- A gente não estar te arrastando. – Minha mãe colocou o bule de café em cima da mesa e se sentou.

- Então posso ficar em casa? – Perguntei esperançosa.

- Não! – Papai e mamãe responderam em coro sem esboçar qualquer outra reação. Sabia que seria impossível continuar com isso, o único jeito era mesmo ir nesse churrasco e torcer para que agora a casa deles seja enorme o bastante para eu e Luan não nos encontrarmos.

- Se ferrou. – Pedro sussurrou e deu uma gargalhada baixa.

- Cala boca. – Serrei os dentes.

- Parem vocês dois. Não acham que estão grandinhos o bastante para estarem brigando.

- Mas foi ele quem começou!

- Você parece ter 13 anos Helena, toma seu café de uma vez.

- Aaaaargh. – Eu tinha 21 anos. Por que ainda estava morando com papai e mamãe? Aé, esqueci. Meu salário não paga nem aluguel de apartamento de um quarto.

“Seja mais adulta Helena. Você está parecendo mesmo uma menina de 13 anos. Encare esse dia como uma chance de amadurecimento sentimental”, repetia a mim mesma, olhando-me no espelho, com aquela saia de babados preta, aquele camisete folgado branco e aquela sapatilha na cor bronze. Meu cabelo estava preso num coque, com algumas mechas soltas propositalmente. Minha make estava básica, uma sombra rosa bebê passada de leve. Base para esconder algumas imperfeições pequenas... Gloss rosinha também onde só aparecia seu brilho.

- Ser mulher é difícil, mas ficar linda não é nada impossível! – Disse orgulhosa do meu bom gosto para looks.

- Pronta filha? Tá na hora!

- To bem assim? Não acha que e deveria mudar o sapato? Um salto ficaria melhor né?

- Você está perfeita! E o salto estragaria o look.

- Acha mesmo? – Disse fazendo uma cara indecisa.

- Tenho certeza! Agora vamos que seu pai não aguenta mais esperar!!! – Revirei os olhos, peguei minha bolsa de mão e desci rapidamente as escadas.

Chegar lá e ser notada por todos, escutá-los cochichando o quanto estava linda, não foi a parte pior. Eu era tímida e odiava ser o centro das atenções. Mas creio que a pior, ou melhor, não sei dizer ao certo, foi quando percebi que Luan também estava fazendo isso.


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Notas finais do capítulo

Daora... O que mais coloco aqui?
cri cri cri
Estão gostando? kkkkk



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