O Incrível Super Arackne-Man escrita por The Amazing Spider Green


Capítulo 2
Incríveis supermudanças




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/212280/chapter/2

Em um local diferente de onde Timmy estava, podíamos ver Norman Jackson, pai de AJ e dono da Oscorp, andando em círculos. Motivo: ele ainda tinha que criar o exoesqueleto que o exército exigia para ontem, e ele ainda não sabia como fazê-lo.

- Como? Como? Como? Como? - Ele se perguntava, desesperado, colocando as mãos em sua careca, e caindo de joelhos.

- Olá, Norman. - Disse uma voz por de trás dele, fazendo-o se virar, e dar de cara com duas criaturas flutuantes, trajando uniformes sociais, e chapéis pontudo no topo das cabeças, um tinha óculos de grau, e o outro óculos escuros. - Nós não pudemos deixar de ouvir seu monólogo mental, e podemos lhe ajudar com seu pequeno problema.

- E quem seriam vocês? - Norman perguntou, desconfiado daqueles seres que flutuavam alguns centímetros acima do chão, à sua frente.

- Oh, mas que grosseria. Eu sou HP, e este ao meu lado é meu parceiro, Anderson. - Apresentou-se o ser flutuante, apontando para si e para a outra criatura ao seu lado. - Nós dois somos Duendes.

- Duendes? - Norman zombou, rindo. - Isso não existe.

- Ah, tanto existimos, que estamos aqui, à sua frente. - Rebateu HP, sorrindo desafiadoramente, fazendo Norman ficar com um olhar irritado, afinal, ninguém havia lhe enfrentado antes. - Mas, se não quiser, não o ajudaremos. Pode continuar com sua tola pesquisa, e continuar gastando o dinheiro dos fundos da faculdade de seu filho, e das despesas de sua casa.

Norman arregalou os olhos, afinal, eles tinham razão, ele estava investindo na pesquisa do exoesqueleto com o dinheiro que ele usaria para pagar os fundos da faculdade de seu filho, e das despesas de sua casa também.

Eles se viraram já indo sair.

- Que tipo de ajuda? - Norman perguntou curioso. Ele estava desesperado por ajuda.

Os Duendes sorriram, e se viraram, com Anderson dizendo:

- Nós podemos fazer seu exoesqueleto.

- Vocês podem? - Norman perguntou feliz com a possibilidade de os gastos de suas despesas não serem em vão, mas então, ele tomou uma face desconfiada, e perguntou. - A que preço?

- Ah, nada, só faremos isso por nossa boa-vontade. - Respondeu HP, sorrindo inocentemente, mas por dentro, sorrindo maliciosa e maldosamente.

- Que ótimo! - Norman exclamou. - E quando vocês começam?

- Agora. - HP respondeu, retirando um celular de seu bolso, assim como Anderson, e eles teclavam algo neles, e, logo depois, apareceu, ao lado deles, uma armadura cinza, com orelhas longas, semelhantes às de um Duende, com vários detalhes, e com terríveis olhos amarelos, enquanto ela tinha túnicas roxas em algumas partes. - Aqui está seu exoesqueleto.

- Por que ele tem essa forma? - Ele perguntou confuso, vendo como era a forma da armadura.

- Em nossa homenagem. Em homenagem aos Duendes! - HP e Anderson exclamaram, vitoriosamente, enquanto levantavam os braços.

Norman andou na direção deles, e se pôs no exoesqueleto.

- Também adicionamos um meio de transporte para você, chamamos de "Planador". - Informou Anderson, com um sorriso.

- Perfeito. - Norman disse, ao checar todas as funções da armadura e do Planador. - Níveis de força, velocidade, agilidade e inteligência elevados à níveis alarmantes, bombas dentro do Planador, mecanismos defensores, tanto na armadura, quanto no Planador. Incrível.

- E isso é só o começo. Hahahahahahahahah! - Riam HP e Anderson sadicamente.

______________________________________________________________________________

Timmy abria seus olhos, desesperado. Tivera um terrível pesadelo, e ele realmente não achava que iria querer ter de novo.

Ao ver-se no chão, lembrou-se da noite anterior, e logo depois ele se levantou, sentindo-se... Leve... Ele sentia-se leve e sentia seus músculos estando mais flexíveis do que o normal, mas ele deixou aquilo de lado, e pegou suas roupas no chão, colocando-as. Ele andou até seu aquário, e viu seus Padrinhos dormindo tranquilamente. Ele sorriu, e pegou sua mochila cinza-claro de só uma alça, partindo em direção ao seu colégio.

No caminho, ele notou uma linda garota que aparentava sua idade, de cabelos loiros e olhos azuis, enquanto vestia uma camiseta branca, que se colava ao seu corpo, por cima uma jaqueta de couro e uma saia jeans preta, que mostrava suas belas pernas. Ela tinha uma bolsa no braço, e parecia ir na direção de seu colégio.

- Ei! - Timmy exclamou, correndo até a garota, que se virou, confusa, mas ao ver Timmy, sorriu.

- Oi, gatinho. - Ela saudou com um sorriso malicioso.

Timmy hesitou com aquilo, mas deixou de lado. Começou a andar ao seu lado, e perguntou:

- Você estuda no Dimmsdale High?

Dimmsdale High era um colégio mais longe da escola onde estudara quando tinha dez anos, mas que era perto. Era um colégio para os alunos que entraram no colegial, e desde que Timmy havia adquirido quatorze anos de vida, ele estudava lá.

- Sim. Sou aluna nova, e não sei as minhas aulas. - Ela respondeu, aparentando desamparo.

- Não se preocupe, eu estudo lá, deixe que eu seja seu guia. - Timmy tranquilizou-a, com um ar esnobe, estufando o peito, fazendo-a suspirar, parecendo... Sedutora? Não, não era possível, ele tinha um corpo de palito. - Mas qual é o seu nome? - Timmy perguntou curioso.

- Felícia. Felícia Hardy. - Apresentou-se, oferecendo a mão, a qual ele aceitou, com um sorriso. - E o seu?

- Timmy. Timmy Turner. - Apresentou-se, ainda sorrindo. - É um prazer te conhecer, Felícia.

- Igualmente. - Disse ela, sorrindo brilhantemente.

- De onde você é? - Ele perguntou novamente, curioso.

- Eu sou de Nova York. - Ela respondeu, com um sorriso. -E você? É daqui?

- Sou. - Ele respondeu, sorrindo. - Moro aqui desde que nasci, eu conheço essa cidade como a palma da minha mão. Na verdade, sou conhecido como o "Amigão da Vizinhança", por aqui.

- Mesmo? - Ela perguntou, sorrindo como se olhasse uma celebridade.

- Não. - Respondeu ele, lamentando, abaixando a parte superior de seu corpo, fungando. - Eu sou o menos conhecido por aqui.

- Sinto muito. - Ela disse, esfregando suas costas, revirando os olhos, com um sorriso.

- Tudo bem. - Timmy sorriu, mas então, uma coisa lhe passou pela cabeça. Um zumbido na sua cabeça que lhe avisava para se afastar, como se houvesse algum perigo por ali, e aquilo elevava seus sentidos em níveis anormais, sua visão estava mil vezes melhor do que antes, sua audição poderia ouvir o som de um pino batendo na rua há sete metros de si, seu olfato cheirava o cheiro de fumaça proveniente dos veículos na rua e nas fábricas, fazendo-o olhar na direção do local que sentia ser o perigo, para ver um caminhão caminhando na sua direção e na de Felícia. - CUIDADO!

Ele agarrou a cintura de Felícia e saltou do chão, surpreendentemente pousando na calçada, sendo que eles estavam no meio da rua, o que era impressionante. Nem mesmo um ginasta alcançaria aquele comprimento.

- Você... Você salvou minha vida. Obrigada. Você pratica muita ginástica, não é mesmo? - Ela perguntou de olhos arregalados, bufando por ar, por quase poder ter morrido atropelada, mas então, um sorriso malicioso invadiu seu rosto. - Aposto que você fica muito gostoso vestindo aquela roupa colante.

- Na verdade... - Timmy começou, corando pelo comentário. - Eu não pratico ginástica.

- Nossa, então você deve realmente ter bons reflexos. - Ela elogiou, surpresa.

- Obrigado. - Timmy agradeceu, corado, arranhando a parte de trás de seu pescoço. Ele nem fazia ideia de como havia feito aquilo. Em um momento ele sentiu o zumbido na sua cabeça, e no outro ele estava com Felícia nos braços, já na calçada, com um caminhão passando no lugar onde eles estiveram há um segundo.

- Vamos logo pro colégio. - Felícia disse, correndo pela calçada.

- Ei, não vale. Eu tava distraído! - Queixou ele, correndo atrás da garota, que ria às suas custas.

Timmy, surpreendentemente, havia alcançado o colégio primeiro, e Felícia, que parou ao seu lado, respirava pesadamente, enquanto abaixava a parte superior de seu corpo, e colocava a mão em seu peito esquerdo, implorando por ar.

- Você é o Superman por acaso? - Ela perguntou surpresa, ao retomar o fôlego. - Como consegue ter tanto fôlego?

- Só sorte, eu acho. - Timmy respondeu, sorrindo timidamente, arranhando a parte de trás de sua cabeça. Apesar de ter corrido tanto, ele não sentia cansaço, nem um pouquinho de cansaço.

Como ainda faltavam cinco minutos para as aulas cameçarem, Timmy mostrava tudo à Felícia, que sorria feliz por parecer que o colégio era um bom lugar para se estudar.

- E aqui é a... - Timmy havia sido interrompido, ao sentir um empurrão em suas costas, fazendo-o virar-se, para ver Flash Thompson colocando um braço em volta dos ombros de Felícia, com um sorriso sedutor.

- E aí, gatinha, tá fazendo o que com esse mané? Fique comigo e não precisará se preocupar com mais nada. - Cortejou ele com uma voz rouca, fazendo seu melhor amigo, Kenny "King" Kong, rir.

- Ei, deixa ela em paz. - Timmy disse, irritado.

- Ou o quê, Turner? - Flash desafiou zombeteiramente.

- Ou isso. - Timmy rosnou, pegando Flash pelo colarinho da camisa, e jogando-o nos armários, com o braço em seu pescoço.

- Me larga. - Ele se debatia no braço de Timmy, enquanto ele apenas continuava o encarando com um olhar assassino.

- Timmy, pare! - Felícia exclamou, agarrando seu braço. - Tá tudo bem.

Timmy de repente arregalou os olhos, e soltou Flash, que tossia, com o ar voltando aos seus pulmões.

- Meu Deus... - Timmy sussurrou, surpreso pelo que acabara de fazer. Como ele havia feito aquilo? Ele nunca foi agressivo, e muito menos forte.

- Você tá bem? - Felícia perguntou, preocupada com o jovem garoto dentuço.

- Ei, e eu?! Eu fui o maltratado! - Flash exclamou, indignado, enquando respirava pesadamente.

- Porque você o provocou. - Felícia rebateu, irritada, enquanto puxava Timmy pelo braço. - Vamos, gatinho. Ainda temos muito o que ver. E, quem sabe, podemos ter um momento a sós.

Timmy, ruborizado, seguiu Felícia, envergonhado, tanto por ter feito aquilo com Flash, quanto por ouvir Felícia ter dito aquelas coisas... Impróprias para menores.

______________________________________________________________________________

Timmy escrevia preguiçosamente o que o Prof. Denzel Crocker escrevia no quadro negro, o homem de meia-idade também parecendo estar desatento a tudo o que fazia. Timmy não podia culpá-lo, ele também odiava estar na escola. E sem falar que com o seu transtorno do déficit de atenção, era difícil permanecer sentado em uma cadeira por muito tempo.

TRIM

Ele murmurou um agradecimento a Deus ao ouvir o som do sinal que dizia que agora era a hora do lanche. Ele correu para fora da sala mais rápido do que todos que ali estavam e corria desesperado para ser o primeiro da fila, mas então, ele sentiu vários pés em seu peito, enquanto ele estava caído no chão.

Quando todos os alunos saíram de seu corpo, era visto uma versão esmagada de Timmy, uma versão que parecia uma panqueca. Seus olhos rodavam em formato de redemoinhos e sua língua estava fora da boca.

- Timmy! Oh, meu Deus, você está bem?! - Felícia perguntou, enquanto se agachava para poder ver melhor o rosto de Timmy.

- Estou... Estou bem. - Tranquilizou-a fracamente enquanto se levantava, e para sua surpresa ele não sentira nenhuma dor. Ele tentou encontrar algum hematoma em seu corpo, mas não encontrava nada. Ele arregalou os olhos, mas escondeu a surpresa de Felícia. - Vamos?

- Claro. - Eles correram até a lanchonete, seguindo os outros alunos.

Ao chegar no refeitório, Timmy notou seus amigos sentados em uma das mesas, então ele virou-se para Felícia e disse:

- Deixe que eu pego o seu lanche. O que vai querer?

- Não precisa. Eu trouxe meu almoço de casa.

- O.k. - Timmy já ia sair, mas então lembrou-se de uma coisa muito importante e disse: - Ah, entes que me esqueça, os meus amigos estão ali. - Apontou para a mesa onde seus amigos estavam. - Me espere lá.

- O.k. - E Felícia foi até a mesa.

Timmy imaginou em como seus amigos reagiriam ao ver que uma beldade daquelas estaria indo até a mesa deles. Ele riu com o pensamento de um AJ babando, de um Chester gritando e fugindo, por ser "alérgico a meninas", como ele diz, de um Sanjay limpando os óculos com a camisa para ver se realmente estava vendo o que via, e de um Elmer de olhos arregalados, enquanto sua pereba, Bob, flertava com Felícia.

- Bem, vamos lá.

E foi até a fila. Ele esperou muito, e quando era a sua vez ele já ia pedir, mas Flash o empurrou, dizendo:

- Hunf, agora é a minha vez, Turner.

Timmy, devido ao empurrão, estava de barriga no chão, fazendo todos, exceto seus amigos, gargalharem intensamente. Um rosnado saiu dos lábios de Timmy, enquanto ele franzia a testa e fechava os olhos.

- Hahahah!, que perdedor. - Flash ria, mas ele parou quando levou uma rasteira que o fez cair de bunda no chão, fazendo o refeitório ficar em um silêncio mortal.

Timmy virou-se, para ficar sentado no chão, e chutou o rosto de Flash com um dos pés, e depois usou o outro para chutar uma de suas costelas, e depois ele usou a cara do adolescente como um apoio, empurrando-o com os pés, enquanto usava as mãos para se levantar, plantando uma bananeira perfeita, e ele ficou novamente de pé.

- Turner, seu desgraçado. - Flash se levantou, segurando o rosto e quando ia socar a face de Timmy, este se abaixou e socou o estômago dele, fazendo-o abaixar a parte superior de seu corpo, enquanto gemia e segurava sua barriga.

- Para alguém com o apelido Flash, você não é muito rápido. - Timmy comentou, dando um sorriso maroto, enquanto as pessoas o fitavam, assustadas. Timmy, no interior, também surpreendeu-se com sua ousadia. Ele nunca foi de contar vantagem, ainda mais vantagem humorística.

- Você tá ferrado, Turner. - Flash murmurou, irritado, enquanto se levantava. Ele ia dar um soco no peito de Timmy, mas ele deu um back-flip, chutando o queixo de Flash, que caiu no chão.

- Sim, sim, sim. Eu tô ferrado e vou pagar por isso. Cara, você não tem um vocabulário melhor? Eu já vi estas frases em mais de mil filmes. - Timmy comentou, desinteressado.

- Grrrrrrrrrrrr. - Flash rosnou, mas sua face entrou em contato com a sola do sapato de Timmy, fazendo-o desmaiar.

- É, pelo visto você não é tudo isso que diz. - Timmy virou-se novamente para a merendeira e pediu: - Por favor, me dê qualquer coisa. Perdi a fome.

A merendeira colocou um pouco de carne misteriosa no prato de Timmy, fazendo com que a cor de sua pele ficasse estranhamente verde. Ele pegou o prato e jogou o que tinha dentro no lixo. Que falta Cosmo, Wanda e Poof faziam naquele momento.

Ele rumou até a mesa de seus amigos, que estavam fitando-o de olhos arregalados, enquanto Felícia o fitava com um sorriso chocado.

- Então... Como vocês estão? - Timmy perguntou, rindo nervosamente.

______________________________________________________________________________

Timmy saía da escola, entediado.

- Ei, Turner.

Ele se virou e viu Flash com Tad e Chad fitando-o como se ele fosse uma carne podre.

- O que você quer, Flash? Veio apanhar mais? - Timmy perguntou, sorrindo arrogantemente.

- Aquilo foi sorte. Quero ver você me derrotar agora. - Ele disse, entrando em uma posição de luta de rua.

- Ah. - Timmy suspirou, enquanto se virava e dizia: - Eu não vou lutar com você. Não quero humilhá-lo ainda mais.

E foi indo.

Timmy, de repente, sentiu a mesma sensação que havia sentido na rua, quando ele e Felícia estavam prestes a se transformar em panquecas pelo caminhão. Ele abaixou-se, e viu o punho de alguém acima de sua cabeça, então ele agarrou o braço da pessoa e a jogou por cima do ombro, para ver um Flash voador batendo contra um poste.

Ele ouvia todos rindo e incentivando a luta, fazendo-o suspirar.

- Flash, eu não vou lutar com você. - Ele, logo após dizer isso, se viu esquivando de mais um dos socos de Flash. - Eu não quero lutar com você!

- Que pena, porque eu quero.

Timmy deu uma rasteira no rapaz, e enquanto ele caía na direção do chão, ele, ainda agachado, chutou a bochecha de Flash, que caiu no chão, desmaiado.

- Pois não devia. - Timmy disse, fitando-o sério. Ele não sabia de onde vinha toda aquela confiança, mas ele sentia que poderia derrotar Flash quantas vezes quisesse.

Ele notou que todos o olhavam como se ele fosse uma aberração, exceto seus amigos e Felícia, que o fitavam impressionados.

Ele sentiu-se uma aberração. Ele sentia-se novamente rejeitado por todos, só que daquela vez mil vezes mais forte. Ele sentiu os olhos arderem, sinalizando lágrimas que sairiam a qualquer momento, então ele saiu correndo.

- TIMMY! - Gritavam seus amigos, mas ele não ouviu.

Timmy continuava correndo pela calçada, desesperado. Ele não podia acreditar que quando ele havia se sentido melhor que alguém pela primeira vez na vida, aquilo acontece.

Ele caminhava pela rua, sem notar o semáforo no sinal verde, enquanto ainda estava de cabeça baixa, o capuz azul de seu casaco cobrindo sua cabeça, assim como seu boné rosa.

De repente, Timmy sentiu o zumbido na parte de trás de sua cabeça, falando que um perigo estava próximo. Ele se virou, para ver que um caminhão ia atropelá-lo.

- Mas o que diabos é isso? O Dia Internacional do Atropelamento aos Garotos Dentuços? - Pensou ele, novamente surpreendendo-se com seu novo senso de humor, mas ele ignorou e levantou o braço na direção de um prédio, apertando seus dedos médio e anular, e de seu pulso saiu um fio branco de seda pegajoso, que se prendeu em um dos lados do edifício.

Timmy, inconscientemente, puxou o fio, fazendo-o ser lançado na direção do edifício, e ele pousou na parede do prédio. Ele notou que, surpreendentemente, estava preso no edifício pelas pontas dos dedos e pelos joelhos.

- O que é isso? - Timmy questionou-se, surpreso. Ele olhou sua palma, para ver que várias patinhas microscópicas de aranha saíam em sua pele, fazendo-o arregalar os olhos. - Mas o que...

De repente, uma ideia o invadiu. Ele virou seu corpo, ficando de costas para a parede, e fitou seu pulso, vendo que um corte microscópico estava nele, então, hesitante, ele apertou os dedos médio e anular, fazendo com que outro fio branco saísse e, depois de três tentativas, ele acertou um guindaste ali perto, e então soltou-se do prédio, gritando como o Tarzan, até que ele se viu com o corpo preso, literalmente, na parede. Ele estava dentro de um buraco de seu tamanho, que ele mesmo fez (Eu: Estilo Gorge: o rei da floresta).

- Acho que é melhor eu começar a treinar mais. - Ele pensou, tirando a cabeça do buraco, com os olhos rodopiando, e com dois tijolos dentro de sua boca.

______________________________________________________________________________

Depois de um dia intenso de treinamento com seus poderes recém-descobertos, Timmy descobrira que não podia apenar soltar teias e escalar paredes, mas que também tinha força, velocidade e agilidade superiores. Ele também descobriu que sua pele era mais resistente.

Timmy era encontrado em cima de um prédio, de cócoras na borda dele, fitando o Pôr-do-Sol com um sorriso no rosto. A visão ali era muito melhor do que em sua casa.

Ao notar que já havia anoitecido, Timmy ficou de pé e pulou da borda do prédio, soltando um fio de teia de seu pulso e voando pelo ar, gargalhando incontrolavelmente. Ele não podia resistir à gargalhada, era uma sensação muito boa.

Ao notar sua casa, ele pousou em frente a porta dela e virou a maçaneta, entrando na sala de sua casa, vendo que havia um bilhete aos seus pés, no tapete. Ele o pegou e leu em voz alta.

Timmy, sua mãe e eu tivemos que sair para uma reunião de negócios. Tem bolo de carne na geladeira.

- Hunf, claro. Reunião de negócios. Eles acham que eu ainda tenho oito anos? - Ele pensou, revirando os olhos. Ele sabia que seus pais provavelmente estavam se divertindo, sem se preocupar com ele. A única coisa boa era que agora ele não tinha mais Vicky como babá, pois desde que entrou para o ensino médio, seus pais o deixavam sozinho em casa.

- Ei, Cosmo, Wanda, Poof. Vocês estão aí? - Timmy subia as escadas com um sorriso energético. Mesmo que ele soubesse que deveria sentir cansaço, ele não sentia nem mesmo um pingo, como se agora ele fosse himune ao cansaço.

- Estamos aqui, Campeão. - Wanda disse do seu quarto.

Ao adentrar a porta, ele viu que suas Fadas estavam sentadas no ar, jogando pôquer. Poof estava os observando, sorrindo.

Poof havia mudado muito desde que era um bebê. Agora, com cinco anos, ele nem tinha mais o corpo com a forma de uma bola. Ele usava uma camiseta lilás com uma estrela amarela no centro do peitoral, e um short branco. Seus pés eram cobertos por sapatos brancos com detalhes lilás. Ele usava um boné igual ao de Timmy, porém era um boné lilás, e não rosa.

- Ei, gente. Adivinhem as boas novas. - Timmy comentou, enquanto tirava o casaco e a camiseta, revelando seu corpo.

- O que, Timmy? - Wanda perguntou, ainda concentrada no jogo de pôquer com Cosmo.

- Eu derrotei o cara mais popular do colégio sozinho, e em apenas poucos segundos. - Timmy respondeu, aumentando ainda mais o sorriso, sentando-se na sua cama, e colocando os braços como um travesseiro embaixo de sua cabeça.

- Que bom, querido. - Wanda comentou, ainda sem prestar atenção em Timmy.

- Que bom? É nessas horas que você diz: "Meu Deus, Timmy! Você nunca deve fazer isso!" - Timmy comentou, rindo.

- Timmy, o que aconteceu com você? - Poof perguntou, de olhos arregalados.

Timmy arqueou uma sobrancelha, confuso.

- Como assim, Poof? - Timmy perguntou, não entendendo.

- O seu corpo. - Poof respondeu.

- Huh? - Timmy caminhou até seu espelho, e ao se ver, ele quase teve um ataque cardíaco. - Jesus, Maria, José!

- O que f... Meu Deus, Timmy! - Cosmo exclamou, de olhos arregalados.

Timmy, ao invés de estar com seu corpo magrelo e frágil, estava com um peitoral maciço, uma barriga de tanquinho e uma maça muscular nos braços que daria inveja a qualquer modelo de cueca. Seu corpo era igual ao corpo que ele desejou para entrar na montanha-russa mais perigosa do mundo, exceto pelo cabelo e pelos fios de barba.

- Timmy, explique-me sobre o seu dia. - Wanda decretou, no seu melhor tom de mãe.

Timmy suspirou e sabia que teria uma longa noite.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Incrível Super Arackne-Man" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.