No capítulo anterior..

– Quer que eu te empreste alguma coisa ? – ofereceu Marilene, só então voltei a realidade, o cabelo dela já esta lindamente trançado, ela estava para começar a se maquiar – Ainda tenho uns vestidos de quando tinha a sua idade, na verdade só dois, se você gostar de um deles e conseguir lavar a tempo, pode usar, eu não me importo

– Sério ?!?!?!?!? – reagi sem pensar, logo depois voltei a postura de sempre, mas as palavras já tinham saído da minha boca, ela me olhou com um sorriso vitorioso

– São os últimos dois vestidos no canto direito do armário – ela se voltou ao espelho e começou a maquiagem.

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Kouta narrando

Hoje meu pai acordou elétrico, literalmente. Já que hoje seria comemorado os aniversários dos filhos de generais desse mês. O meu era junto com outros 2 filhos de grandes generais, e eu tinha que causar uma boa impressão e blá blá bla...

Na verdade, só tinha aquilo, no dia oficial do meu aniversário, só recebia parabéns da minha mãe, meu pai só festeja junto aos outros e a Sophie nem se importa. Ele vem me dado aula de etiquetas desda semana passada, paramos com o treinamento pesado, nem o básico tenho feito.

Kizamuri reassumiu sua posição de general, com as tradicionais armaduras, e tive que começar a me arrumar, e tô detestando... são muitas roupas !!! Tem a camiseta, a camisa que vai aparecer um pouquinho e uma capa ou sei à o que é aquilo !! Pelo menos a calça é só uma, e ainda tem um colete de ferro por cima de tudo,faz muito calor debaixo disso tudo. Pelo menos ele aliviou a minha nuca, me fazendo prender o cabelo com um simbolo da nação do fogo.

Ficou meio boiola,mas fazer o que né.. afinal é um simbolo de respeito. E a Cassandra... ela voltou a usar vestidos, a minha mãe arrumou uns bem bonitos pra ela, simples, mas bem bonitos. Nada de tão cheio ou muito arrochado, o cabelo preso e um sorriso no rosto, depois de ver todas as expressões de dor possíveis que ela podia criar, ver seu sorriso de novo era um alivio,admito que os meus olhos criaram uma espécie de imã pra ela.

– AAAAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIIII !!!!!!!!!!!!!!!! Caralho !!!! Não precisa jogar as coisas em cima de mim, especialmente as malhar de ferro.. - reclamei com meu pai, depois dele praticar tiro ao alvo com multiplas chances de uma vez em mim com as roupas que iria usar hoje anoite

– Cala boca, se veste logo seu palito ambulante !!! Você tem que comer mais, pra eu ter algumas gorduras pra transformar em músculos

– Eu só tenho 13 anos !!!

– Terá 14 a partir de agora

– Você nem sabe quando é o meu aniversário, pensa que é hoje, junto com os outros

– É o que eu quero que os outros acreditem, ande rápido, temos que descer antes da sua mãe me encher a paciência pra ajuda-la com os vestidos

– Por que ela pediria isso pra você se ela tem a opinião da Sophie e da Cassandra ??

– Ela vai pedir, conheço a sua mãe desde que me lembro por gente, e eu tenho que descer juto de você, então não me atrase – disse, abrindo a porta violentamente, ele a fecharia com força, se Cassandra não estivesse entrando no quarto, ele seguiu caminho enquanto ela fechava a porta delicadamente

– Nossa.. não sente calor embaixo dessa roupa toda ?? - disse, me olhando aflita

– Você não faz ideia.. já até me esqueci por onde começa – recrutei, passando a mão no cabelo, sem graça, e depois colocando a única peça de roupa que eu sabia ser a primeira a se vestir. Ela balançou a cabeça em reprovação e me deu a peça seguinte - Obrigado..

– Você é muito atolado,garoto - ela me deu um fraco soco no ombro enquanto colocava a malha de ferro e abotoava tudo pra mim

– Deve ser porque pessoas fazem tudo pra mim

–Seu pai está irritado demais, ele pode explodir com você a qualquer momento

– Você se importa comigo ? - Ela apertou as tiras da malha for te demais - AAHH !!!!

– Me importo comigo mesma,já conheço seu pai, qualquer coisa cai pra cima de mim - ela alargou as tiras e eu me mexi um pouco,pra me acostumar com aquilo tudo

– Tá,mas.. você não vai né ?? - disse enquanto prendia meu cabelo

– Seria muito inconveniente uma empregada ir a festa dos filhos dos altos generais

– Que pena, queria te ver com um vestido de festa, tenho que ir - sai do quarto com um sorriso do rosto, enquanto ela ia ajudar a minha mãe a se vestir,meu pai continuava me esperando impacientemente

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Já era um pouco mais das 7 da noite quando enfim, as mulheres começaram a descer, uma por uma, algumas com maquiagens bem escandalosas, outras mais discreta. Os homens aqui em baixo começaram a sussurrar comentários como "Que gata" ou "Como tá gostosa" e etc.. eu não os culpo, faria o mesmo se tivesse o mesmo interesse deles. Fui pegar uma bebida, não ia ficar admirando elas descerem a escadaria se sentindo as poderosas..

Tinha acabado de beber o líquido do copo e estava me preparando pra encher de novo, quando alguém cutuca minha nuca, fazendo meus pelos se arrepiarem levemente, me viro pra ver a pessoa, e adivinha quem era ???

–Ohh amor, desculpa,mas é um dos unicos pontos visíveis dessa coisa de ferro que se tá usando !!! - disse minha mãe, linda como sempre, eu podia nascer assim lindão tambem, se ela não escolhesse o meu pai como... bem, o meu pai né...

– Tudo bem mãe, conseguiu disfarçar a barriga né ??

– Sim !! A Cassandra tem um gosto ótimo para vestidos, ahh, falando nisso, ela tambem veio

– O QUE ??? - admito que com esse pequeno grito, atrai alguns olhares - D..desculpe, mas, cade ela ? - disse com um tom mais normal

– Sabia que você ia gostar dela ter aparecido !! Me agradeça por convence-la, mas se vira para procura-la , sabia que ela ia sumir

– Poxa mãe... você podia pelo menos..

– Nananina não - me interrompeu ela - Sem discussão, já fiz minha parte - ela pegou meu rosto, deu um beijo na minha testa e foi falar com as amigas, típico.

Claro que eu não poderia sair por ai gritando o nome dela, então eu simplesmente procurei com os olhos, bem atento, pra falar comigo tinha que me chamar pelo menos 3 vezes até eu me ligar.

As horas passaram até que, por volta das 9 da noite, reconheci a pele morena do outro lado da sala, quando ela se virou para mim, tive certeza de que era Cassandra,ela deve ter percebido que eu a vi, porque fez um sinal para que a seguisse.

Assim eu fiz, encontrei-a na varanda, era bem mas calmo por ali...

– Então, era aqui que você estava escondida ? - ainda avaliava seu vestido e o cabelo solto, esta deslumbrante - Obrigado por ter vindo

– Ficou me procurando a festa toda, você é uma graça, não pensei que sentiria tanto a minha falta - e mais uma vez ela me mostrou um lindo sorriso, uma tremenda vontade de abraça-la me veio a cabeça, mas ainda lhe devo respeito,depois de tudo que ela aturou do meu pai por mim lá nos treinos

– Você está muito bonita, não, você tá linda, maravilhosa - ela meio que virou o rosto pro lado, e a maquiagem não escondeu seu rubor

– Mas.. é só uma maquiagem básica e...

– E um vestido deslumbrante junto com seus cabelos soltos embaixo dessa lua cheia perfeita - ela apoiou as mãos da sacada, coloquei minha mão em seu queixo e o virei delicadamente para que ela me olhasse,os olhos azuis pareciam brilhar ainda mais

– Não fique se achando só porque está prestes a fazer 14 anos

– Então ela te contou ??

– Sua mãe não me esconde muita coisa, 3 dias certo ??

– Certo, e de você eu vou querer um presente - disse, colocando as mãos em sua cintura e a puxando para mim, estava prestes a beija-la quando.. espera, na verdade , se ela não coloca-se a mão na frente da boca, eu teria conseguido

– 3 dias, ainda não é seu aniversário, mas mesmo assim te trouxe um presente - ela tirou uma corrente prateada razoavelmente longa, no final dela estava preso um pinguente azul claro bem trabalhado - De onde eu venho é um simbolo de boa sorte, agora pensa em uma pessoa especial a quem você gostaria de proteger pra sempre

– Pra sempre ??

– É, tipo a sua mãe ou o seu futuro irmãozinho - ela deu de ombros e colocou o colar em mim, teve que ficar na ponta dos pés, porque eu sou um poco mais alto que ela - Feliz quase aniversário, agora vamos que a festa lhe chama - ela olhou para dentro e eu segui seu olhar, parece que eles iam cantar os parabéns, fazer o que né.