Um amor imperfeito escrita por Hachi182


Capítulo 22
Descobrindo Polo Sul


Notas iniciais do capítulo

Surprise bitches!!!!!!

Voltei mais cedo do que eu pensava o.O

—>Mandem reviews!!!! Escrever nao mata e nem faz cair a mão, vamos colaborar pessoal!!!!!



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No capítulo anterior...

– Senhor, ele está falando a verdade, por favo escute ! – tentou Pedro, por mais que sua voz saísse baixa naquele momento, mas me senti aliviado de que ao menos alguém ali não queria me ver ensanguentado.

– Papai ?

........................................

Cassandra narrando

– Lucas, e o meu pai ?

– Seu pai voltou a te procurar, desde que chegamos aqui e não te vimos, tanto eu como Pedro pensamos que você estivesse morta, mas ele uniu uma pequena expedição e foi ao Reino da Terra varias vezes procurar por você. Nas primeira vezes, nós dois o acompanhamos, mas eu desisti primeiro, e logo após, Pedro também. Seu pai disse que essa era a ultima vez, que ele não poderia se martirizar por tanto tempo e tinha uma nova família para dar atenção...

–Entendo.. Ele e Gabrielle estão bem então!

– Sim. Alias, você tem um meio irmão.

– Jura ?! Eu sempre quis ter irmãos !!! ... Será que posso conhece-lo antes de rever meu pai ?

– Creio que sim, Gabrielle não pode te impedir de nada. Vai ser uma surpresa para ela saber que você esta viva e bem aqui!!

Descemos da torre e seguimos a pé até o iglu de meu pai e sua nova família. Eu não o culpava de ter feito isso, me sentia até feliz por saber que ele estava satisfeito com a esposa fiel e amável que Gabrielle sempre foi, ou pelo menos para mim, aparentou ser.

Estávamos quase chegando, quando ouvimos um barulho muito alto parecia ser de uma das outras torres de vigia avisando a chegada de um barco. Vimos Gabrielle descer as pressas e logo em seguida, seu filho corria para alcança-la. Apenas um pensamento me ocorreu.

– Meu pai esta aqui

– Não se precipite – Lucas segurou meu braço para me impedir de correr como os outros – Vamos com calma, ele deve estar desolado pensado que você realmente foi perdida para o mundo. Deve agir devagar.

– Posso espera-lo dentro da casa dele!

– Invadir a privacidade de seu pai assim ? Você realmente está estranha..

Pouco me importava o que Lucas dizia, ele já tinha sido uma pessoa menos fria comigo e com a vida que o aguardava.

– Vou guardar com carinho as boas memórias que tive do seu eu menos arrogante. – e deu de costas, caminhando para o onde todos estavam indo.

Mesmo assim, ele teve a audácia de me seguir!! Entrei para todos os lados, estava ficando perdida e confusa. Após protelar por alguns minutos, ele finalmente se manifestou.

– Vendo o seu estado, voltar para a casa dele parece uma boa ideia.. Quer ajuda para acha-la ?

– ....Eu aceito

Estávamos prontos para subir de novo, quando ouvi um grito familiar cruzar meus ouvidos.

– Senhor! Cassandra esta aqui !! – disse meu loiro, a distancia reconheci sua voz.

Alguma coisa me alarmou, sabia que meu pai não estaria no melhor dia, então corri o mais rápido que as minhas pernas permitiam para a origem do som de murmúrios e um leve índice de briga.

E parece que cheguei na hora certa.

Giotto esta prestes a bater em Kouta muito feio, e este não fazia questão de se defender.

– Papai ? – quando me dei conta, minha voz tinha saído sem permissão evidente.

E ele se virou quase imediatamente, largando Kouta no chão e olhando fixamente na minha direção. Senti lágrimas involuntárias se formarem em meus olhos, e ao mesmo tempo, ouvi o urro espantado dos que estavam ao redor.

Ele continuava o mesmo, nem as marcas da idade podiam alterar sua estatura alta, a pele morena, e olhos de um azul tão intenso quando os mares do Polo Norte.

Ali estava, meu pai, o general mais severo de todo o Polo Sul, de acordo com Lucas, se controlando para não correr em minha direção. Mas não foi preciso, eu o fiz assim que ele abriu os braços.

Depois de 5 anos sem vê-lo, te-lo ali me segurando me fez derreter como manteiga, mesmo no frio do Polo, ainda senti aquele calor tão familiar.

Amor paterno.

Eram as coisas que eu mais sentia falta desde que saíra de casa. As pessoas ao nosso redor aplaudiam ruidosamente, enquanto ele acariciava minhas costas para ter certeza que a mudança de temperatura não havia mexido muito em seus neurônios e lhe criado uma ilusão.

Foram poucos minutos, mas eu sentia que consegui afogar ali toda a saudade que eu sentia dele ali, sem dizer uma palavra. Nos afastamos e ele acariciou meu rosto brevemente, enquanto me dava oportunidade de olhar suas feições, agora 5 anos mais velhas desde a ultima vez que as vira.

– Cassandra minha filha... Depoisd e tanto tempo.. E os Deus da Lua e do Mar a trouxeram de volta para mim!

– Ahm, na verdade, fui eu, senhor.. – manifestou-se Kouta.

Meu pai olhou para ele como um verdadeiro general olharia, e ele retribuiu o olhar a altura, afinal, ele já devia estar acostumado com o pai.

– E você é..?

– Sou Kouta, senhor, eu vim do Reino da Terra em um pedido de sua filha para traze-la até aqui.

Um momento de silencio. Achei que nesse meio tempo, papai fosse jogar Kouta em outro universo com um jato de água digno de sua força.

– Obrigado por traze-la em segurança, meu jovem, mas não espere mais que isso vindo de mim. – Ele já ia me puxar para seguimos em frente, quando eu me livrei de suas mãos e apoiei as minhas nos ombros de Kouta.

– Papai, por favor! Seja mais cortes com Kouta! Foi muito difícil para ele ter que me trazer até aqui, não podemos fazer algo mais por ele ?

Ele me olhou severo. Kouta, por outro lado, me olhou surpreso. Por fim, Giotto desistiu e fez sinal para que Kouta também nos acompanhasse. No caminho, pessoas cumprimentavam meu pai como se fosse meu salvador, quando na verdade, elas não sabiam que na verdade fora Kouta que me trouxera ate aqui. E explicar um por um seria muito cansativo para ele.

Ao chegarmos no iglu de meu pai, que era bem grande por sinal, nos sentamos ao redor da lareira para colocar os assuntos em dia, apenas Kouta, Lucas e Pedro, presentes na conversa.

Poucos minutos depois, Gabrielle entrou no local, trazendo consigo o pequeno no colo, e eu não me contive em imediatamente parar a conversa e ir em sua direção.

Depois de Gabrielle coloca-lo em meu colo, o garotinho abriu os olhos azuis e me olhou pela primeira vez, começando a rir atoa.

– Os olhos azuis escuros sempre foi um gene presente no seu pai, pelo visto- disse ela

– Sim, é verdade – respondi distraída, enquanto brincava com uma criança de 3 anos.

– O nome dele é Leonardo, mas ele prefere ser chamado de Leo.- disse o meu pai – Leo, ela também é filha do papai..

– Quer dizer que eu tenho uma irmazona?! – os olhinhos do pequeno brilharam para ele, e depois se voltaram para mim – Você é minha irmazona mesmo??

– Sou sim!!! – Disse rindo para o pequeno, não me contive e o abracei, imediatamente sendo retribuída por ele. Meu pai e Gabrielle estava com o misto de alegre e alivio pela nossa relação, aparentemente estavam preocupados como eu ia lidar com o fato de ter um meio-irmão.

Kouta narrando

Ao ver que Cassandra conseguiu se adaptar a nova família do pai rapidamente, ele ficou feliz por ela. Leo lhe lembrava muito a Bon, e a maneira que ela travava de seu irmãozinho também. Por um momento, Kouta começou a ter devaneios com sua mãe e seu irmão, desejando profundamente que eles estivessem bem junto a seu pai e Sophie.

Voltando ao assunto família, Kouta ficou imaginando por longos minutos como seria a mãe de Cassandra, já que apenas a cor dos olhos lhe remetia ao pai. Depois de mais algum tempo, ele pediu licença a todos e se retirou do iglu, dizendo que iria passear um pouco.

O local realmente era maravilhoso. Nunca em toda a sua vida, Kouta sentira tanto frio, e o casaco lhe proporcionava uma sensação maravilhosa de calor, de forma que ele não precisava usar seu ki para aquecer a si mesmo. O Polo Sul parecia estar em reforma de gelo, a todo momento, ele via colunas de água serem erguidas e congeladas, de uma forma perfeitamente moldada.

A todo redor ele via a dominação de água de uma forma maravilhosa, e de um jeito que ele nunca pensara que seria possível, já que Cassandra perto dele, apenas a usou para aperfeiçoar suas técnicas de luta. Ele apreciou uma briga de bolas de neve bem dinâmica, e quando um dos garotos caiu, uma mulher chegou perto dele e rapidamente o curou. E fora a própria arquitetura do local.

As ruas ainda estavam meio desestruturado, mas tinha seu charme.

E de repente, ele sente um empurrão que, por pouco, não o derrubou no chão. Ao virar para trás e ver quem o tinha feito, se deparou com Pedro.

– Ei Kouta !!!!! Eu sei que você ainda não se acostumou com o local mas... Quer surfar nos pinguins ??

– Ahm ???

– É um esporte daqui!! Não se preocupe, não os machucamos nem nada do tipo. Vai ser divertido!!!

E sem mais delongas, Pedro começou a puxar Kouta até o loiro aceitar fazer o tal esporte.

.

.

.

Kouta tinha que admitir. Para um garoto de 16 anos, Pedro era muito forte para sua idade. Mesmo depois de ter aceito ir por vontade própria, Pedro ainda assim continuou a puxa-lo colina acima, onde a neve fofa chegava na altura de seus tornozelos.

E então, nós pararam, ou melhor, Pedro parou de puxa-lo e o fez se abaixar, e quando fui lhe perguntar a situação, ele me pediu silêncio. Aos poucos, o moreno foi levantando a cabeça, e só então Kouta percebeu que eles estavam escondidos atrás de um pequeno muro de gelo.

Ao imitar o gesto dele, Kouta viu os pinguins bem calmos, pareciam estar esperando por algo.

– Esses são os machos. – respondeu Pedro instintivamente- Todo ano, os pinguins viajam para conseguir comida, e os machos sempre chegam mais cedo para esperar suas fêmeas, no mesmo ninho onde eles acasalaram pela primeira vez... É a oportunidade perfeita!! Enquanto eles esperam, eu digo. Porque quando as fêmeas chegam, esse esporte fica suspenso para que eles consigam acasalar e por os ovos.. Mas eles são rapidos em nos notar!! Por isso precisamos escolher o pinguim que queremos montar e sair em disparada atrás dele e ao mesmo tempo! Sempre escolha um pinguim que está olhando pra você, vai demorar mais tempo pra ele se virar e sair como os outros, ok ?

Sinalizei que sim com a cabeça e escolhi meu alvo, era um macho bem grande, talvez para o meu tamanho, fosse o ideal

– Esta olhando para cá ?

– Sim

– Ok, preparado ?? – mais um aceno positivo – Então vamos em 3,2,1...JA!!!!

O grito de Pedro foi mais eficiente que nossa presença para assusta-lo e faze-los se virarem para deslizar. Com a neve em meus calcanhares, estava sendo difícil correr sem cair, mas eu consegui pegar o pinguim a tempo de ele cair e me levar consigo.

AO olhar para trás, percebi que Pedro estava tendo grandes dificuldades para se segurar em seu pinguim, deve ter chegado um pouco tarde demais. Quando ele olhou para minha direção e me viu a olha-lo, ele gritou algo que não identifiquei. Vendo minha cara de confusão, ele tentou a mímica labial.

Curva"

Espera.. Curva ??

Olhei para frente novamente. O caminho a seguir foi terrível. Curvas e mais curvas dentro de um túnel de gelo. A única coisa mais coerente que vinha na minha cabeça era me agarrar ao pinguim e gritar.

Quando me dei conta, ele já estava em terreno plano, ainda seguindo sua “fuga” com a velocidade da descida. Mas ai, vi que ele seguia em direção a água gelada, assim como todos os outros, e me larguei imediatamente dele.

Rolei feito um condenado, achei que não fosse conseguir parar antes de chegar na água, mas alguém agarrou meu casaco e me fez parar.

Por um momento, achei que fosse Pedro, mas não havia sinal dele por perto. Quando ergui o olhar, vi Lucas segurando meu casaco.

– Ei!!! Você esta ai!!!!! Por um momento pensei que tinha caído no mar!!! – vinha Pedro correndo em nossa direção, completamente esbaforido de ter que descer aquilo tudo sozinho.

– Da próxima vez – disse Lucas, após me largar no chão- Fale pro garoto aqui como se faz direito.

– Eu esqueci desse detalhe.. já estamos muito acostumados.. Desculpe Kouta.

– Tudo bem, pelo menos eu não cai e isso que importa, certo pessoal ? – tentei animar

– Esse é o espírito!!! – falou Pedro

– Acho que já chega de esportes por hoje, certo ?.... Que tal irmos tomar alguma bebida quente ??

.

.

.

Depois de andar um pouco, descobri um prédio relativamente grande feito de gelo. Após entrarmos no local, que deu pra ver realmente do que se tratava

– Sirva-se, meu garoto! Vamos conversar!! Apenas nós, homens da tribo do Sul !...E convidado, claro – disse Lucas, se referindo a eles mesmos e a mim.

Logo arrumamos uma mesa e nos sentamos para pedir uma bebida tradicional do Sul : uma mistira de gelo, bananas,gengibre e um pouco de álcool

– Não tem problema para ele beber isso ? – disse me referindo a Pedro

– Sim, sou de menor, mas estou bebendo apenas gelo,gengibre banana, não se preocupe – respondeu Pedro – Pelo visto, você também cansou de ficar olhando a família perfeita, né Lucas ?

– Com certeza.. eles tem mais o que falar a sós. Creio que devem estar melhor agora..

– E os pais de vocês ? - Um momento de silencio. Só depois, me toquei da pergunta pessoal que lhes fizera. – Ohh!! Desculpem, não precisam falar se não quiserem ..

– É melhor assim... – Disse Lucas – Mas então Kouta, creio que você não vai se incomodar de responder isso para nós...

“Como você e a Cassandra se conheceram ??”


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Notas finais do capítulo

Prontos para as coisas ficarem tensas ??? mushashauhsauhsusa

Mas depois dessa, podem me esperar por mais 4 anos, ok ??
Bjão grande ;)



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