Um amor imperfeito escrita por Hachi182


Capítulo 12
Fuga - parte 2


Notas iniciais do capítulo

AI está galerinha lindadomeucoraçãodemelão !!!!
Obrigada por não me abandonarem nesse momento de dificuldades tecnológicas..(leia-se : estou proibida de usar o computador a semana toda, só 2 horas no sábado e no domingo)
Ninguem recomendou a fic TT~TT mas tudo bem.. boa leitura !!!!



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No capitulo anterior...


Depois que me ver livre dos guardas e finalmente consegui sair da confusão de corredores do subsolo, coloquei toda a roupa de Kouta dentro da minha mochila, até mesmo as botas, e sai correndo. Perdi tempo demais.

[...]

Meu tempo acabou, Kouta já está agindo.

........................

Cassandra narrando

Mais guardas iam para onde Kouta estava,pensei em agir, mas me lembrei do que ele dissera pouco antes “Não domine a água, se não, eles vão perceber que é uma fuga”.

Mas então, o que fazer ?? Correr e deixa-lo se virar ?? Juntei as mãos e fiz uma prece silenciosa pedindo ajuda ao espírito da Lua e ao espírito da Água

- Que ajudem o Kouta, por favor.. – sussurrei.

Estava pronta para começar a correr de novo, só poderia agir quando ele chegasse no portão leste, se ele chegasse...

Kouta narrando

Assim que ela saiu tive que ficar imóvel, já que se me mexesse, os cabelos de Cassandra que cobriam o loiro dos meus não poderia ser ajeitado por mais ninguém. Agora, imagine que você deve ficar parado por mais ou menos 10 minutos na mesma posição, sem se mexer e ainda ter que fingir que está dormindo ??

Pois é, a minha situação é uma beleza, tudo bem que eu poderia ter deixado mais coisas para ela fazer, mas.. a Cassandra é mais teimosa que uma mula, por mais que não queira admitir, vi claramente que ela ainda não se recuperou da luta com Osai, apesar dela dizer o contrário.

- Acorde garota !! ou não vai comer hoje a noite de novo !!! 

De novo ?!?!?! Ela estava sem comer a quanto tempo ?? E.. eu contei mal ou ele chegou mais cedo ??

- Anda !! Levante, sua puta !!!!

Depois dessa eu queria dar um chute bem dado do meio das pernas desse cara, mas eu ainda tinha que esperar ele chegar mais perto, e foi o que ele estupidamente fez.

Os passos pesados começaram a diminuir o ritmo, ele deve estar começando a perceber que não é ela que está aqui.. agora só mais um pouco : 3....2....1.....

Levantei com uma cambalhota para sempre e sim, eu consegui dar um chute do saco dele

- Espero que já tenho filhos, porque isso ai tá acabado – falei, com um ar satisfeito. Agora era só sair daqui e... epa! 

Guardas vinham do outro corredor, parece que iam trocar de turno, que merda, Fo o único detalhe que eu esqueci !!! E eu estava tão cheio de trapos que não tinha nem como me salvar dizendo ser o filho do general..

- Ei, o prisioneiro está escapando !!!! – disse um deles

- Não diga o óbvio, peguem-no !!! – disse a única mulher do grupo. Eu fui descuidado ao não perceber que eles estavam com pedras de pólvora, percebi tarde demais, quando já tinham jogado-as contra mim, os estrondos que fizeram lá dentro, em paredes tão estreitas, com certeza devem ter estourado o meu tímpano.

Quanto tempo fiquei no chão ? Dois minutos ??

Não importa, o que precisa agora é correr para o portão leste, assim que me levantei, vi 2 pequenas poças de sangue do chão. Uma delas vinha do braço que usei para amortecer a queda, o outro.. vinha do meu ouvido. Droga, eu realmente devo ter dado um jeito no tímpano. Fui da direção de onde os guardas estavam, alguns estavam no chão inconscientes, outros incapazes de se mexer, peguei um saquinho de pólvoras e um pano de alguém, rasguei-o e enfaixei o braço com uma parte, a outra coloquei na cabeça de modo a cobrir o meu ouvido. Nada de rastro de sangue.

Depois da explosão, eu não esperava nada mais nada menos do que os outros guardas estivessem em estado de alerta, e isso é um problema sério para mim, que ainda nem sai do subsolo.

A queda me confundiu todos os caminhos, esquecido se deveria ir para a esquerda ou para a direita, até que outro o eco das vozes que vinham pelo corredor da direita :

- A exploção veio daqui certo ? - disse um desconhecido

- Vamos!! Mexam-se bando de inúteis !!! - pai ?? Ah não, por favor que eu tenha confundido a voz dele por causa do eco...

Corri em direção as vozes, agora, por que correr em direção do perigo ?
Simples, porque cedo ou tarde eles iam me encontrar e, eles estavam vindo de cima, aquela direção era a correta para sair dali, mas não ia conseguir evitar um combate.

Assim que virei na segunda curva, encontre os soldados, eles demoraram um pouco mais para reagir com  susto de me ver, e isso me deu uma brexa perfeita para lançar umas pedras de pólvora e me proteger enquanto eles meio que fritavam.

Quando as explosões cessaram, corri rapidamente para fora e me joguei no mato ao ver que mais sombras se aproximavam do local de onde tinha saído.

Depois corri, mas ao olhar para trás tropecei no chão desnivelado e quase cai no chão, mas o movimento fez barulho suficiente para chamar atenção dos últimos sentinelas que entravam. Coloquei força nas pernas e corri a velocidade da luz, até que a armadura tem seus pontos fracos.. além das aberturas visíveis, o peso também era algo que atrapalhava bastante, e graças a ele isso me deu uma margem enorme para correr até cansar. Acho que acelerei demais.

As pernas gritavam e ameaçavam a me deixar na mão nos primeiros 3 passos que eu desse depois de ter parado de correr. Maldição!!! Não era pra parar de correr !!!

Ouvi os guardas atrás de mim e depois, algo gelado me puxou para trás dos arbustos e o meu corpo se chocou com algo macio, meu corpo não protestou, podia não parecer mas eu estava lutando e correndo faz uns 30 minutos e isso tirando o tempo que tive de esperar na sela. Senti braços rodearem meu peitoral, mas não com a intenção de me imobilizar, apenas de segurando com força, reconheci o toque de primeira :

- Cassandra..? - sussurrei

- Shii, não fale nada - ela sussurrou de volta, enquanto víamos os guardas passarem confusos a nossa frente, me procurando.

- Desculpe, eu atrasei o plano todo, não sabia que eles carregavam pólvora...

- Não se desculpe, só temos que esperar eles se acalmarem - ela começou a brincar com meus cabelos até sentir o tecido que cobria minha orelha - Kouta.. o que foi isso ?

- Você pode ver isso mais tarde - disse, levantando o braço machucado para impedi-la de ver o ferimento na orelha, mas isso só me deixou me uma situação pior

- Seu braço !! Meu Deus, você está todo machucado Kouta..

- Ja disse, você pode cuidar disso depois.. olhe, já podemos correr, o portão leste está a alguns metros - disse, apressado em mudar de assunto.

Vendo que eu não queria continuar com aquele assunto, ela assentiu e juntos, corremos na direção do portal leste, infelizmente eles colocaram uma ponte ali, para caso fossem invadidos, eles simplesmente destruiriam a ponta e fariam com que todos caíssem.

Mas eu acho que eles não vão desperdiçar uma das melhores defesas em nós, simples fugitivos, certo ?

Certo, mas eles não deixaram de nos cercar, de modo que tivemos que ficar um de costas para o outro, na posição inicial de cada tipo de dominação. Droga, a única coisa que eu não queria que acontecesse era envolver Cassandra em uma luta enquanto ela ainda estava se recuperando dos golpes de Osai.

O barulho das armaduras se mexendo para nos cercar cessou, um silencio abruptamente mortal. Até escutarmos correntes de água vindas de baixo

- Consegue ouvir ? - perguntou Cassandra, perto da minha orelha boa, eu assenti com um gesto positivo da cabeça - Você acha que.. tanta água...

- Nem pense numa coisa dessas.. - falei em um tom de advertência. Mesmo eu que não sei absolutamente nada sobre  dominação de água posso prever que manipular correntes aquáticas para outra direção deve ser absurdamente impossível para uma pessoa só - Não!!!!

Tarde demais, ela estava ofegante por causa do esforço, para os soldados aquilo era apenas movimentos aleatórios, mas ela estava tentando levantar a água ao nosso nível, um grande quantidade pelo visto.

Não estava conseguindo impedi-la e , mesmo que ela parasse de tentar agora, estaria muito cansada para dar qualquer tipo de golpe, de modo que tive que lutar por nós dois. Enquanto batia nos soldados com o maior prazer do mundo, os barulhos de água em movimentos eram ouvidos mesmo com o choque de dominações de fogo.

Até que ela finalmente conseguiu

Não foi o que eu esperava, quer dizer, na minha opinião ela levantaria dezenas de colunas de gelo pela ponte, mas não. Cassandra levantou uma quantidade suficiente para destruir a ponta no meio e ainda nos levar para baixo junto com a água. É isso mesmo, ela nos envolvei na correnteza, levanto junto os guardas despreparados e ainda assim quebrando a ponte !! Isso que eu chamo de uma saída triunfal.

Agarrei a cintura dela assim que vi a grande onda,enquanto nos andamos colados pelas correntezas do rio Kenta (claro, Cassandra ainda as estava domando, se não já estaríamos mortos a tempos atrás).

Afinal, nós não saímos pelo portão leste mas, conseguimos sair de alguma maneira. Depois de contar no mínimo 10 minutos embaixo d'água envoltos por uma bolha de ar para os dois, ela nos emergiu.

Só pra vocês terem uma idéia da velocidade da correnteza , em cerca de 10 minutos, nos afastamos do castelo de Osai e estávamos quase que completamente no final do povoado, á quilômetros do perigo.

Assim que o rio desaguou em um lago que, basicamente falando, parecia uma piscina natural fria. Voltamos enfim para  a superfície, a bolha de ar já estava ficando abafada.

- Ko..kouta !! - esse foi o único momento em que larguei Cassandra, e pelo que parece, ela não sabe nadar.... ahm?

Cassandra narrando 

- Ko..kouta!!! - gritei por ajuda, senti ele agarrado a mim durante todo trajeto em baixo d'água, mas justo no momento que preciso dele..

Além de não saber nadar, os músculos de todo o meu corpo pediam por um descanso, não foi tanto burrice assim nos manipular pela corrente de um dos rios mais violentos do país do você..ok, continua sendo imprudência depois de tudo.

Quando dei por mim, meus pés já tocavam o fundo do lago, Kouta me carregava nas costas. Parece que a bandana que cobria sua testa se foi com a água, e a do braço também.

- Pensei que sabia nadar - disse, enquanto os dois sentavam a margem, pelo menos a minha mochila ainda está aqui

- Desculpe te decepcionar, mas acho que as águas do polo norte não são muito adequadas para nadar - disse, com um sorriso sarcástico - Me deixei ver esse ferimento agora..

Já ia puxar seu braço para mim, quando ele o puxou rapidamente e se virou de costas

- Você está cansada demais

- Se eu deixar para mais tarde pode infeccionar e virar uma coisa pior !! Me deixe ver !! - eu já estava fisicamente esgotada, agora também emocionalmente, só de ele ter recusado minha ajuda eu já fiquei desesperada.

Vendo que não tinha jeito, ele me deixou olhar os braços, no esquerdo havia uma queimadura grave, já o direito era menos preocupante, só tinha queimaduras de 1º grau.

Ele ficou de frente para mim e, junto com a água límpida do rio, comecei a cura-lo, os dois braços ao mesmo tempo. Kouta soltou um leve gemido de dor ao toque da água curativa, mas depois aguentou sem reclamar. Logicamente, o braço esquerdo demorou um pouco mais. Depois de mais ou menos 20 minutos finalmente consegui curar totalmente o braço, mas por estar escuro, não consegui ver se a coloração de sua pele tinha voltado ao normal. A seguinte reação de Kouta foi deitar a cabeça no meu colo, o que não entendi de primeira mas, assim que pus meus olhos na orelha com sangue seco, me lembrei na bandana em sua cabeça

Então era isso que ele estava escondendo

A forma com que Kouta estava em meu colo era... provocante. Ele deitou de qualquer maneira, mas para que o ouvido esquerdo ficasse visível aos meus olhos, o rosto de Kouta estava quase encostando meu tórax.

- Vai doer, um pouco mais, por favor aguente firme - avisei, antes de fazer com que um filete de água entrasse em seu ouvido. Senti o rosto de Kouta afundar no meu colo, deve estar inflamado para doer tanto assim. Mas tinha que me concentrar na água ou acabaria ferindo-o mais ainda.

Fechei os olhos,uma mão era mais que suficiente para realizar os movimentos de vai e vem da água, a outra acariciava os cabelos dele.

Não me lembro exatamente quanto tempo passou, estava muito concentrada, porém assim que parei, percebi o quanto estava ofegante. Temia por machuca-lo, isso deve ter feito com que o nervosismo acelerasse a minha respiração involuntariamente. COm um movimento, retirei a água de nossos corpos molhados, pelo menos agora a sensação de fria era menor, estava tão cansada...

De repente, tudo ficou escuro, e o meu corpo tombou para o lado.

----------

Ao acordar no dia seguinte, senti alguma coisa em cima de mim, abri os olhos lentamente e reconheci o tecido vermelho da blusa de Kouta. Como ele consegue usar uma coisa tão desbotada ??

Parece que ele tinha acordado mais cedo e ajeitado uma posição melhor para mim, a única bolsa que tínhamos eu estava usando de travesseiro, embaixo de mim, um amontoado de folhas impedia que eu sentisse diretamente o chão duro e desnivelado.

Me espreguicei e olhei ao redor, nada de encontrar o Kouta, já ia me levantar para procura-lo quando me deparei com um bilhete de letras mal feitas no chão ao meu lado

- Fui ver algumas coisas na cidade, nãos e preocupe, essa parte não é tão ligada ao palácio, ainda temos mais algum tempo, descanse.
                                  Kouta

Sorri aliviada ao saber que ele estava bem, me levantei da cama improvisada, aquelas folhas estava me pinicando as costas. Só então deparei o meu estado físico : a pele ainda estava arranhada e eu tinha acabado de ganhar novos ferimentos da fuga de ontem. As roupas então ?? Um trapo, completamente rasgadas, o top ameaçada rasgar a qualquer balançar do meu busto, e a calça estava completamente surrada.

Olhei dentro da mochila, seria uma oportunidade perfeita para experimentar minhas antigas roupas, mas.. são roupas de mais ou menos 1 ano e meio atrás, será de ainda dão em mim ??

Abri a bolsa e catei as roupas, na verdade, eu tirei tudo de dentro dela, para ver se tinha alguma coisa danificada. Nada.

Pelo menos ali estava tudo certo. Troquei de roupa rapidamente, ainda tinha a possibilidade de Kouta chegar de surpresa, afinal, não sabia a quanto tempo ele estava fora, e pela posição do sol e o meu estômago roncando, já devem ser quase 12:00h.

O vestido da tribo da água do sul ficou muito justo. Me recusava vestir aquilo na presença de qualquer um. O busto ficou muito ressaltado e abunda parecia maior. Tirei o vestido, a calça legging azul escura ainda era usável, afinal.. é legging !!

A blusa de manga curta também foi fora, ela deixava o meu umbigo de fora. As botas de couro macio já não cabiam no meu pé e isso me deu um tremenda raiva, eu gostava daquelas botas !!!

As únicas peças que couberam, tirando a legging, foram as roupas de baixo, que mais pareciam um biquíni. Era um top tomara que cai com um short justinho mas não tão indecente que tinha um pedaço de tecido que pendia até a altura dos meus joelhos, cobrindo a minha intimidade e a minha bunda. Não que ela não estivessem cobertas, era só uma..proteção mais.

Rasguei um pedaço da blusa e amarei o cabelo antes de me desfazer dela e das outras roupas inúteis, eu sentia falta do pedaço de Kouta teve que cortar.

Entrei na água e me dei o luxo de ficar ali dentro até a altura do meu pescoço. Um formigamento veio em todo meu corpo assim que recostei em uma das pedras.

- Mas que diabos..? - assim que olhei para baixo, as coisas ficaram mais confusas ainda, eu estava usando o poder de cura involuntariamente no corpo todo, será que isso era possível ??

Senti pequenas ardências nos ferimentos que ainda estavam sendo fechados, mas quanto terminou, me recostei aliviada na pedra perto da margem, apenas me afastei o suficiente da margem. Pelo menos a água estava calma.

Quando sai da água, meus músculos protestaram e, assim que tirei a água do meu corpo, me deparei com o Kouta olhando para mim, meus olhos imediatamente foram ao seus braços, sorri ao ver que estavam em melhor aparencia

- Kouta.. para de ficar ai babando.. - falei, sem jeito

- Ahh,desculpa.. - disse, ele se virou e colocou tudo que conseguiu no chão - Temos que achar um jeito disso tudo entrar na sua mochila..ainda temos que seguir viagem para fora daqui

- Entendo...mas como conseguiu essas coisas ? Você tem dinheiro sobrando ?

Ele olhou para baixo com um olhar culpado.. logo entendi o que ele quis dizer e evitei o assunto resto do dia. Kouta trouxe roupas para mim e para ele e alguns alimentos para no mínimo 3 dias se comermos pequenas porções de tudo.

Nossa aventura estava prestes a começar... oficialmente falando.


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Notas finais do capítulo

Nossa querida cassandra em breve vai aprender a dominação de sangue, me aguardem v.v
Agora : o que vai acontecer com nossos protagonistas agora ? quem é amigo e quem é inimigo ? o que espera nossos herois ? o que aconteceu com Marilene e o pequeno Bon ? como Kizamuri e Osai vão reagir diante dessa fuga ?
Essa e outras perguntas serão respondidas..... ano que vem XDD
Não mentira, provavelmente no próxima cáp. , qualquer coisa que tenha ficado mal esclaredica, por favor, vocês deixem a pergunta nos reviews v.v Beijos !!!!



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