Bring Me To Life escrita por GabiCullenRock


Capítulo 4
Capítulo 3 - Por trás da máscara


Notas iniciais do capítulo

Pessoal estou tão feliz que ganhei tantos comentários! Continuem assim! Resolvi então presentear vcs com mais um cap. Eu n ia postar mais hj, mas mudei de idéia. Vcs merecem! Apreciem a leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/212083/chapter/4

Pov.Bella

        Depois que o primeiro período acabou eu convenci a Ângela a me deixar ir pra aula. Entramos e depois fomos para a sala de aula. Todos sussurravam coisas hostis para a gente. Só porque chegamos no segundo horário. Tudo o que eu menos queria era olhar para a cara do Edward, mas meus olhos automaticamente foram até ele. Ele não olhava pra mim, estava com uma expressão estranha. Parecia que estava com dor de barriga ou algo assim. Concentrado em algo que ninguém percebia na aula. Fui pro meu lugar que graças a Deus era bem longe do dele.

       Ângela se sentou atrás de mim que era o seu lugar e as aulas prosseguiram normalmente. Na medida do normal, é claro para duas “anormais” como eu e Ângela. Depois chegou o intervalo e esse era o horário do dia que eu menos gostava, pois era o momento em que mais implicavam conosco.

       Fomos para o refeitório e todos roubavam nossa fila. Fomos as últimas a comprar comida e é claro que ninguém deixou a gente sentar em nenhuma mesa. Tivemos que sentar no chão mesmo, era sempre assim. Eu estava de frente para Edward que estava na mesa à minha frente. Mas ele estava diferente. Não me olhava. Parecia que fazia força para me ignorar e não me olhar. Isso era estranho, pois ele sempre ficava me encarando, fazendo caretas e gritando xingamentos. Agora ele nem me fitava. De repente um dos amigos deles comentou alto:

       -Edward a Travesti não para de te encarar. Acho que ela ainda não aprendeu nada. Dê uma lição nela.

        O amigo de Edward pegou uma caixa de suco vazia e jogou em mim. Edward olhou pra mim e depois pro amigo.

       -Já fiz o que devia hoje. Se quer que algo aconteça faça você mesmo – ele respondeu secamente. Isso era ainda mais estranho, pois o Edward nunca dispensava oportunidade de me humilhar.

      -Acho que o Edward amoleceu – eu ouvi um dos amigos dele – acho que era James – sussurrar baixinho para si mesmo, mas é claro que Edward ouviu. Parei de olhá-los e tentei me concentrar no almoço. Só faltava Edward se irritar e me agredir de novo.

       Depois voltamos pra aula, agora seria Física. Eu não gostava de Física, mas era uma das melhores alunas e o professor nos entregou os testes da semana passada.

      -A maioria de vocês foi mal. Admito que estou decepcionado com a turma. Só uma aluna passou e foi com a nota máxima. Parabéns Srta. Swan – o professor me elogiou. Sorri radiante para ele. Eu gostava tanto de pessoas gentis como ele.

     -Obrigada professor.

     -Você merece querida. É a melhor aluna que já tive.

     De repente ouvi a voz aveludada e fria de Edward Cullen falando do fundo da aula:

     -Parece que a Etê só sabe tirar notas boas, mas no resto só faz porcaria. Olhem pros cabelos dela.

      Todos começaram a rir. Eu não entendi e passei as mãos pelos meus cabelos. Estavam grudentos e melequentos. Era doce de leite. Alguém passou isso no meu cabelo. Senti meus olhos novamente cheios de água.

      -Ora Sr. Cullen. Acho que não é só a Sra. Swan que precisa cuidar melhor dos cabelos – disse o professor apontando pro ninho de rato que era o cabelo de Edward. Vi o olhar do Cullen ficar azedo. – E diferente dela você precisa melhorar as notas, e muito. Tirou zero no teste. Mais uma dessas e vou ter que ligar para os seus pais. Eles precisam saber de suas péssimas notas.

       De repente Edward começou a ficar vermelho, parecia ao mesmo tempo sentir dor e ao mesmo tempo raiva. Ele se levantou e deu um soco na sua mesa.

      -Foda-se! Eles nem estão aqui! Não faz diferença o máximo que eu recebo é uma ligação hostil e um desconto de dinheiro. Pode ligar pra eles.

      Edward saiu da aula totalmente descontrolado e bravo. Eu vi que a ausência dos pais o machucava. Ele podia até fingir pra todos que não ligava pro amor dos pais. Todos podiam acreditar. Mas eu não. Eu sabia que ele sofria. E muito. Se escondia atrás dessa máscara de garoto rude e forte, mas na verdade era só um menino triste. Devo admitir que fiquei com pena dele. Nem me lembrava mais dos meus cabelos até o professor falar:

         -Acho melhor você ir pra casa Sra. Swan. Senão pode ficar difícil de limpar o cabelo.

         -Tem razão – falei pegando meu material e me despedindo de Ângela. Toda a aula se mantinha calada desde a explosão de Edward. Saí pelo portão dos fundos da escola e quando já estava na esquina ouvi um soluço alto. Depois espiei pro outro lado da rua e vi Edward dando socos na parede. Ele parecia com raiva e parecia estar sofrendo muito. Eu vi que ele chorava e ele meio que se segurava para não gritar.

      Eu sei que foi muito idiota da minha parte, mas eu me aproximei lentamente dele. Ele nem tinha percebido a minha presença e ainda socava a parede. Lentamente eu comecei a acariciar seus cabelos e segurei sua mão para que ele parasse de bater na parede. Ele se virou assustado e bravo na minha direção. Eu vi que suas mãos estavam muito vermelhas, algumas partes sangravam.

      -Você está bem, Edward? – perguntei, me sentindo preocupada por aquele idiota que não merecia minha preocupação. Ele se desvencilhou de mim bruscamente e se afastou com raiva.

     -Me deixe em paz, Swan! Vá embora!

     -Edward eu sei que você sente falta do seus pais. Mas se você só arranjar problemas eles nunca vão querer te ver. E se eles nunca quiseram te ver não merecem o seu amor. Então, não estrague a sua vida, seja bondoso com as pessoas. Só assim receberá amor de alguém – falei. Era tudo o que eu sempre quis dizer pra ele. Ele estava bravo comigo agora. Empurrou-me bruscamente para longe dele.

      -Cale a boca, Swan. Você não sabe de nada. Não vê que eu estou descontrolado? Sai daqui. Senão vou te machucar! – ele berrou. Ele tentava me ignorar, mas sabia que o que dizia era verdade. Eu ignorei suas palavras.

      Cheguei mais perto dele e envolvi seus ombros com meus braços. Ele me empurrava bravo. Mas eu não o soltei. Por um momento ele parou de me empurrar e descansou a cabeça no meu ombro. Ele tinha alguns espasmos por causa do choro, mas logo se acalmou. Depois se afastou de mim e me olhou com os olhos arregalados. Como se a recém tivesse percebido que eu estava ali. Percebido que a “Swan idiota” estava com ele o abraçando. Ele me empurrou um pouco bruscamente demais e eu cambaleei.

      -Vá embora Swan, agora! – ele berrou autoritário. Eu logo senti o medo me invadir. O velho Edward estava de volta e eu tinha medo desse Edward.

      -T-Tudo bem.

      Fui embora correndo enquanto ouvia-o gritando palavrões terríveis para mim. Entrei em casa e comecei a chorar. Que idiota eu fui. Pra quê tentei me aproximar do Edward? Agora ele não ia mais me deixar em paz. Teria raiva de mim eternamente por tê-lo visto chorando e por tê-lo abraçado.

       Entrei no banho e limpei meus cabelos. Foi difícil, mas consegui tirar todo o doce. Depois me meti debaixo das cobertas e adormeci, ainda chorando baixinho.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pronto, espero que tenham gostado. Agora espero muitos reviews para postar o próximo.
Bjssss =)