Oliver P.O.V.

Dirigia com a maior velocidade que o carro aguentava. Dirigir era quase terapeutico. Fazia curvas perigosas sem me importar com o que fazia. A Adrenalina não impedia que Arya invadisse minha mente algumas milhares de vezes, assim como Amanda.
Amanda, aquela mulher que havia desgraçado com a minha vida. A mulher que eu peguei na cama com outro cara. Amanda, a mulher que amei. A vadia.
Bebia enquanto dirigia. Não pensava no perigo, não pensava em nada. Na verdade, sabia que se morresse naquela noite, não faria falta.
Queria ir atrás de Arya. Dizer que estava apaixonado por ela, mas o medo de me machucar impedia.
- Ainda dizem que homens não sentem, suas vagabundas - Gritei para o ar, tentando discontar todo mal que passava pelas minhas veias.
Parei em um bar qualquer. Minha cerveja havia acabado. Percebi as prostitutas e quanto mais bebia, menos me importava com a minha própria vida. Via Arya em todos os cantos. Londres era amaldiçoada. Com as piores pessoas do mundo. Todas juntas em uma só cidade.
Acredito que tenha chorado apenas uma lagrima antes de agarrar qualquer puta que passasse na minha frente. Ela me levou para um quarto qualquer e eu nem estava mais me fudendo para o meu coração. Via Arya no rosto daquela prostituta. Estava apaixonado.
Acordei na manha seguinte com uma puta ressaca. Joguei tres notas de cem libras na cama, ao lado da prostituta e sai bebendo mais uma vez dirigindo rápido. Fechei os olhos em uma curva e deixei o carro saltar pelo abismo. "Se sobreviver a isso, vou saber o quanto deus me odeia." Pensei, mas rapidamente tudo se apagou.

Arya P.O.V.

Estava olhando para a chuva da janela quando senti algo abalar meu coração. Não sabia ao certo o que era, mas ainda assim fez que meus olhos escurecessem por alguns segundos. Era um pressentimento. Parecia que me mataria se não o escutasse. Sai andando pela chuva. Não sabia o que havia acontecido, mas sabia que tinha acontecido. E no fundo sabia com quem havia acontecido pois estava apaixonada. Havia acontecido algo com Oliver.