REESCRITA Nossa Amada Sonserina escrita por Fantine


Capítulo 3
I'm Not A Hero


Notas iniciais do capítulo

Lumos

"Juro solenemente não fazer nada de bom."

Aqueles que são invejados entristecem-se com o rancor que sentem à sua volta; se são orgulhosos, por receio de algum prejuízo; se generosos, por compaixão dos que invejam. Mas depressa se alegram: se me invejam, isso quer dizer que tenho um valor, dos méritos, das graças; quer dizer que sentem e reconhecem a minha grandeza, o meu triunfo. A inveja é a sombra obrigatória do génio e da glória, e os invejosos não passam, de forma odiosa, de admiradores rebeldes e testemunhas involuntárias. Não custa muito perdoar-lhes, quando existe o direito de me comprazer e desprezá-los. Posso mesmo estar-lhes, com frequência, gratos pelo facto de o veneno da inveja ser, para os indolentes, um vinho generoso que confere novo vigor para novas obras e novas conquistas. A melhor vingança contra aqueles que me pretendem rebaixar consiste em ensaiar um voo para um cume mais elevado. E talvez não subisse tanto sem o impulso de quem me queria por terra.

O indivíduo verdadeiramente sagaz faz mais: serve-se da própria difamação para retocar melhor o seu retrato e suprimir as sombras que lhe afectam a luz. O invejoso torna-se, sem querer, o colaborador da sua perfeição.

Giovanni Papini, in 'Relatório Sobre os Homens'



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Quem pensa ela que é? Quem?



Não passa de uma pega... Fazer - me prometer que não deixaria acontecer nada ao seu queridinho... Argh! Mete nojo!


Eu não sou assim, mas vejam no que me transformei, num idiota com coração. Mas eu não tenho coração, nunca tive.

A morte é a única opção, ninguém duvida. Mas mata - la? A ela? Mas e porquê? Qualquer coisa? Qualquer coisa!

Possiveis manchas de sangue? Ou rastos de vida? Não é nada pessoal, mas ela já está morta!

– Pensando, Riddle?

Ali estava ela, novamente. Mas o que quer agora?

– Não tens nada a ver com isso - respondi de forma seca.

– Não, pois não...

Que vozinha era aquela? Sempre a falar baixo, e os seus olhos? Sempre fixos nos meus. Instintivamente, olhei para o chão, mas ela apróximou - se. Ela nunca desiste.

– Afasta - te!

Ela riu levemente pela minha reacção.

– Larga - me! Vai - te embora! Sai! Sai daqui, já!

Ela saiu de fininho, não sem que antes dissesse nas minhas costas:

– Claro, mas eu sei que vais ser tu o primeiro a procurar - me.

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Era tarde, razoavelmente tarde. Aquele idiota e a suas idiotas práticas da arte das trevas, Acha - se melhor que os outros, só por ser um puro - sangue? Mas não é melhor do que eu. Ninguém me pode desconsiderar ou desautorizar sem sofrer as consequências. E há consequências, sempre as há!

– Tom, preciso de ti!

Ela estava encharcada, não sei se pela chuva que caía lá fora, se pelas lágrimas que lhe inundavam o rosto. Abraçou - me sem que eu pudesse dizer o que quer que fosse. Estava gelada mas tinha sido a primeira a procurar - me.

– Acalma - te! Margot, que se passa?

– Abraxas, ele desapareceu. Eu sei que algo não está bem, mas ninguém me quer ajudar. É lua cheia, e está chovendo a potes, como pode algo estar bem?

Ri, é óbvio que não está nada bem, mas o que tenho eu que ver com isso? Mas ela não tinha a mesma opinião. Olhou - me e afastou os nossos corpos. Nesse momento gelei.

– Foste tu, não foste?

– Não, mas na verdade, tanto melhor se se foi.

– Como podes dizer isso?

Ela estava realmente pfendida e começou a esmurrar - me o peito e os ombros. Agarrei - lhe as mãos, mas ela insistia em tentar soltar - se e bater - me.

– Pára, está bem?

– Está bem? Está sempre tudo bem, para ti. Mas sabes que mais? És um ser odioso, Tom. Como podes fingir que não te importas?

– E, COMO POSSO SEQUER OUSAR PREOCUPAR - ME?

– Porque talvez tu não sejas o "vilão" mas sim, a vítima principal. Mas claro, é sempre mais facil ser o vilão! É sempre mais fácil quando há um vilão.

– Pára de me atirar isso à cara! Eu vou.

Ela não se importava comigo, só com ele. De certa forma invejava - o.

– Espera.

Parei junto à porta. Ela atravessou a sala, lentamente. Aproximou os nossos corpos e uniu as nossas bocas como no inicio. Um beijo lento e doloroso.

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A noite estava fria e chuvosa. A água batia fortemente nas folhas verdes das árvores e no lamacento chão e os lobisomens já haviam iniciado a caçada. Onde raio se meteu aquele idiota? Por certo deseja ser a presa. Maldito sejas Abraaxas Malfoy mais a tua queridinha pega!

Porque é que eu me meto nestas coisas? Se ao menos o meu coração fosse o mesmo quando estou com ela. Mas não é, e não vale a pena negar. Eu não consigo dizer - lhe que não, ela é tão... Sei lá! Indiscritivelmente capaz de fazer qualquer homem realizar os seus pedidos.

– Que estás a tentar fazer, meu grande filho da mãe?

Mas ele não respondeu, os seus olhos concentraram - se atrás de mim enquanto se contorcia de dor. Os LOBISOMENS aproximavam - se de nós com a mesma rapidez com que a luz atravessa o espaço.

Os lobisomens são aqueles que têm o fado ou sina de se despirem de noite no meio de qualquer caminho, principalmente encruzilhada, darem cinco voltas, espojando-se no chão em lugar onde se espojasse algum animal, e em virtude disso transformarem-se na figura do animal pré-espojado. Esta pobre gente não faz mal a ninguém, e só anda cumprindo a sua sina, no que têm uma cenreira muito galante, porque não passam por caminho ou rua, onde haja luzes, senão dando grandes assopros e assobios para se lhas apaguem, de modo que seria a coisa mais fácil deste mundo apanhar em flagrante um lobiomem, acendendo luzes por todos os lados por onde ele pudesse sair do sítio em que fosse pressentido. É verdade que nenhum dos que contam semelhantes histórias fez a experiência. Lendas. Trouxas...

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As vassoura. Ai, as vassouras e os seus beneficios. Quase se podia escrever um livro sobre isso, não que eu o fosse fazer é óbvio. Mas digamos que foi ela que me ajudou a carregar aquele idiota para Hogwarts, para longe dos lobos, devo assinalar.

– Obrigado.

Ela sussurrou no meu ouvido.

– Não te tinha ouvido.

– Deu para ver.

– Não precisas de agradecer. Mas certifica - te de que ninguém sabe que fui eu. Não sou por natureza um herói.

– Não és por natureza humano, mas és...

– O quê?

– Racionalmente falando, vivo!

– Não que isso importe, é claro! Porque até que eu já estivesse morto ninguém iria reparar.

– Não, pois não...

Numa floresta, as árvores, justamente pelo facto de que uma tenta arrebatar da outra o ar e o sol, esforçam-se à porfia por se ultrapassarem umas às outras e, portanto, crescem belas e erectas. Porém, pelo contrário, as que lançam em liberdade os seus ramos segundo a sua vontade, afastadas de outras árvores, crescem mirradas, contorcidas e curvadas. Toda a cultura, toda a arte, que ornamentam a humanidade, assim como a ordem social mais bela, são frutos da falta de sociabilidade, que é forçada por si mesma a disciplinar-se e a desabrochar com isso por completo, impondo-se tal artifício, os germes da natureza.


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Notas finais do capítulo

Bonjour, demorei muito. Je sais! Desculpem, mas tenho tido muitos testes, relatórios e trabalhos a fazer. Estamos quase no final do ano e as coisas estão cada vez mais complicadas na escola. Mas bom, chega de falar de mim. Gostaram? Espero que sim. Deixem comentários, nem que sejam um apenas "li" ou "Pal mal du tout!" para eu saber que leram. Desde já, obrigado pelos comentários nos capítulos anteriores. Só queria dar os créditos a "Emmanuel Kant" pelo último parágrafo.

Mas sejamos sinceros a relação da Margot em relação ao Tom é algo do tipo "coups de baton".

Baisers, Personnelle!

"Mal feito, feito"

Nox