Estava tudo correndo perfeitamente bem. Selena e Nick tinham ficado encarregados de arrumar todo o quintal dos Jonas – e que quintal era aquele, tinha uma piscina aquecida deliciosa ali!

Mas tudo bem, isso era por uma boa causa, pelo menos eu acho que era. 

Ajudar que Kevin com seu relacionamento e sua ‘doença’. Porque de verdade eu estava ficando com pena dele... Ele estava tão apaixonado por essa Danielle que nem conseguia falar com ela direito pelo telefone, pensei em como ele fazia para conversar com ela pessoalmente.

O casal platônico iria organizar a comida, as iluminação, a música, todo o jantar em si e nós – eu e o Jonas boboca – tínhamos que marcar o encontro com Dani e arrumar o Kevin. Isso não é quase nada difícil... Só porque o Kevin ficava suando que nem um porco e tivemos que trocar ele de roupa algumas vezes... Que nada, foi moleza.

O pessoal do Buffet entrava e sai da casa, isso deixava Kevin quase pirando. Então eu e Joe o levamos para cima. Estávamos no quarto do Jonas mais velho enquanto seu irmão o ensinava como se comportar em um encontro decente.

- Joe eu sei disso! – Kevin estava desesperado.

- Ok, então o que você sempre deve fazer quando estava frente a frente com uma garota? – o insistente não parava. 

- Fazê-la sorrir? – Kevin era tão romântico.

- Errado. Beija - lá. – O senhor ‘eu sei tudo de romance’ parecia estar errado.

- Não Joe, você está errado. – eu o encarei – Quando você está frente a frente com uma garota não pode simplesmente beijá-la! Ela vai se assustar.

- Vai nada. – Joe disse confiante – Garotas que não beijam no primeiro encontro não estão com nada.

Eu parei um minuto para pensar e tentei procurar o Joe que eu tinha me apaixonado naquele garoto que estava na minha frente, porque esse garoto tarado não parecia nada com ele.

O Joe que eu tanto gostava era romântico, era engraçado, era... O Joe. Não isso.

O quê? O que eu tinha acabado de dizer? Eu não gostava de Joe Jonas, não, não não mesmo! Em Hipótese alguma eu iria me apaixonar por esse machista ridículo... Ok, respira Demi. Respira!

O metido a sabichão saiu do quarto para ir ao banheiro, nisso eu aproveitei a chance para dizer coisas decentes ao Kevin.

- Kevin, não faça nada do que aquela cabeça de vento de disse pra fazer.

- Eu sei disso – ele respondeu balançando a cabeça – Joe acha que a Dani é uma dessas meninas que ele fica só que ela não é assim. Eu... – ele me encarou – Sabe Demi eu nunca me senti assim antes... Eu não vejo futuro sem ela, eu a quero para sempre. Quero me casar, morar junto, desfrutar toda a minha vida com ela... Até quando ficarmos velhinhos e resmungões.

Não tive como não rir do final de sua declaração.

- Ela realmente parece ser a pessoa ideal pra você, então quando estiver com ela se esqueça do mundo. Pense só em vocês, aliás, faça com que ela se sentia única e tudo ocorrerá perfeitamente bem.

- Obrigada Demi. – ele me abraçou.

- Com licença – Joe apareceu desagradável como sempre. – Parece que a sua senhorita chegou.

- Vai lá. – eu tentei incentivá-lo.

- Valeu gente. – ele saiu sorridente.

Vi Kevin sair pela porta e fiquei feliz por ter ajudá-lo – me senti como uma mãe quando deixa seu filho na escola e vê como ele cresceu. Nossa como eu estava falando e pensando asneiras. Asneiras? Meu deus, que palavriado é esse?

Olhei para Joe e o vi caminhando até a porta, ele a trancou e logo indagou:

- Estava tirando uma casquinha do meu irmão senhorita Lovato?

- Como é que é? – levantei agressiva.

- Você ouviu. - ele cruzou os braços.

- Olha aqui, mais respeito comigo garoto. Eu estava ajudando um amigo! Coisa que você não sabe fazer! – eu disse caminhando até ele. Eu queria bater nele, socar toda aquela cara bonitinha. Enche-la de hematomas!

- O que eu não sei fazer? Olha aqui! Os meus conselhos são muito bons ta legal! Deviam valer milhões! – sua autoconfiança era quase absurda.

- Claro que deveriam. – eu me aproximava ainda mais dele.

- Você que não sabe de nada. – estávamos a milímetros um do outro.

- Olha aqui seu... – eu não consegui terminar a frase porque ele me agarrou.

Joseph Adam Jonas simplesmente grudou seus lábios aos meus e naquele momento eu perdi totalmente a noção de céu, terra, ar... Eu só sentia o fogo queimando dentro de mim com cada toque dele que eu acabei cedendo.

Toda a minha barreira tinha caído, mas a raiva daquele momento não tinha passado. Eu queria me livrar dele, sair de perto desse cheiro que me prendia, deles lábios macios que estava me deixando sem fôlego... Havia uma raiva, um ódio mútuo nesse prazer que deixava o beijo muito melhor. 

Apertei fortes os cabelos da nuca dele, para fazê-lo me sofrer... E para trazê-lo ainda mais para mim, enquanto ele segurava as minhas costas e os meus cabelos.

Era como se meu corpo desejasse algo completamente diferente do meu pensamento, porque eu queria ficar longe daquela criatura machista até que minha mente estava cedendo aos poucos.

De repente notei que nunca imaginaria que o beijo dele fosse tudo aquilo... Quando éramos mais novos havia certo cuidado, mas agora não. Era uma mistura excelente de ódio e amor... Uma coisa que até então eu nunca havia experimentado.

Ele me jogou na cama de Kevin, e lá eu fiquei parada, o observando tirar sua camisa e esse garoto estava escondendo ouro embaixo dela, pois seu abdômen era bem definido, até mais do que o irmão e todos os músculos... Desde quando ele estava malhando?

Eu não conseguia dizer nada, só esperava que ele chegasse logo perto de mim e me beijasse como antes. Eu estava completamente viciada no sabor de seus lábios.

E quando estávamos juntos, conectados novamente no nosso beijo, escutamos uma batida na porta.

- Demi? Joe? Vocês estão ai?

A única coisa que pude ser capaz de fazer foi empurrar Joe de cima de mim.

- Ai. Que isso Demi? – aquele resmungão disse ao se levantar.

- Cala boa Joe, sai daqui. – eu me levantei da cama e corri para a porta, tinha que fazer algo. Inventar algo o mais rápido possível! Ninguém podia me ver com aquele... Deixa pra lá. – Selly, ele quer me seqüestrar! Me fazer de prisioneira! – eu gritava enquanto abria e saía do quarto.

- Demi! – minha amiga gritou e me abraçou.

- O que você estava fazendo com ela Joe? – Nick parecia bravo.

- Nada. – ele respondeu.

- Ele estava querendo me seduzir. – eu respondi. – Olha, ele ta sem camisa!

- Joseph seu tarado! Por que fez isso? – Selly perguntou brava.

- Ela estava tirando uma casquinha do Kevin. – então o ódio tomou conta de mim.

- E então decidiu tirar uma casquinha dela? – Nick indagou e começou a acariciar minha cabeça.

- Toma cuidado com o que você fala seu desaforado. – eu ia partir pra violência quando Selly me segurou,

- Viu como ela é agressiva. – Joe havia se tornado a vítima.

- Saí! Sai daqui Jonas. – eu quase berrei, mas me lembrei de Kevin e sua namorada no andar de baixo.

- Vamos Joe, antes que vocês comecem a brigar de novo. – Nick disse o levando para o andar de baixo.

- Tchau pequena. – ele respondeu em quanto descia e ainda teve a ousadia de mandar um beijinho pra mim.

- Ah! Esse Jonas me tira do sério!. – eu disse morrendo de raiva.

- Eu sei, mas agora me diz o que estavam fazendo ai dentro? – ela perguntou toda animadinha.

- Nada. Vamos. 

Estávamos todos sentamos na sala de jantar, Kevin e Danielle estavam lá fora em um jantar lindo a luz de velas, o local estava maravilhoso, pois Selena tinha dado o seu melhor para que tudo saísse perfeito e que nosso amigo pudesse dizer logo a garota que a amava.

Nick e Joe estavam vendo TV enquanto eu e Selly olhávamos disfarçadamente para ver se tudo estava indo nos conformes até que a campainha tocou.

- Quem será? – eu perguntei curiosa.

- Abra e descobre. – Jonas educado falou. 

Então me levantei e fui averiguar. Nada podia atrapalhar essa noite.

Quando abri a porta vi que era uma garota alta, tipo, uma duas me mim! Ela era magrela dos cabelos muitíssimo lisos e loiros. Quem era aquela? Uma namoradinha nova do Joe? 

- Oi. Posso ajudá-la? – eu tentei ser educada.

- É.. O Kevin está por ai? – a garota perguntou sorrindo.

- É que ele está meio ocupado no momento... Você é a?

- Anya. – a garota disse sorridente.

- Anya? – ouvi o coro atrás de mim.