Waiting For The End escrita por Raquel


Capítulo 17
All Fall Down


Notas iniciais do capítulo

Oi gente *--------------------*
Como vão vocês? Acham que eu demorei? ' - '
Sei que vocês ficaram curiosos com o cap. anterior, maaaaaaas só vai acabar essa curiosidade no próximo, por que esse é todo em pov Silena adohsdoiahsdas
MUUUUUUUUUUUUUUUUUUITO OBRIGADO GENTE! Eu não tenho palavras pra agradecer tudo o que vocês fazem por mim. Sério, não existiria WFTE sem vocês; TODOS vocês tem um lugar em meu coração minhas amorinhas *-*
Um beijo especial à: virocha, Thalia Loterio, Beatriz_14_ e a minha linda amiga Bess!!! Vocês não sabem como fico feliz com seus reviews.
Capítulo dedicado ao meu melhor amigo que andou dando uma espiadela na WFTE: Heatville Que à propósito escreve MUITO bem, deem uma olhada na fic dele :3
~~Não sei se o capítulo ficou bom s: desculpem...
Aproveitem...
Música do cap. é do One Republic *-* bjooos



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POV Silena

Depois que Annie saiu eu me joguei no sofá e fiquei pensando na vida e nos últimos acontecimentos. Aquele apartamento chegava a ser sombrio sem as garotas. Não que eu seja medrosa... Ok, talvez um pouco, mas realmente estava muito silencioso e parado. Não gosto disso.

Decidi que ia fazer mesmo o que falei para Annie, peguei meu celular que estava jogado na minha cama e liguei para os garotos.

Alô?

—Oi Connor, é a Silena. –Respondi orgulhosa de mim mesma por identificar a voz do gêmeo divertido.

Oi Si, tudo bem? Como sabe que era eu se esse é o número residencial? —Seu tom desconfiado me fez rir, aposto que ele estava de olhos cerrados olhando de um lado para o outro como se me procurasse o observando.

—Tudo sim, ah eu adivinhei mesmo. –Pausa pra risada. –Hey vocês três não querem vir ver uns filmes comigo?

Nós três? Que tal só you and me? —Ele fez uma voz sensual e ouvi risadas do outro lado da linha enquanto eu também ria.

Dá isso aqui Connor!

Ah não Travis! Devolve! —Ouvi uma suposta briga pelo telefone.

Silena!!! Para o que exatamente você convidou nós TRÊS? Né Connor? —Travis pelo jeito ganhou a briga, seu tom era divertido enquanto ralhava com o irmão. Ri internamente antes de responder.

—Convidei vocês para virem assistir uns filmes. –Repeti. Mas mal acabei de falar e ele já me respondia.

Claro que vamos, quer que a gente leve alguma coisa? —Ri por ter sido cortada.

—Sei lá, besteiras... Vou esperar vocês então. –Falei já saltitando até meu armário.

Vai ser tipo uma festa do pijama? Eu sempre quis ir a uma festa do pijama! —Pude imaginar ele soltando um muxoxo nesta última frase.

—Ok, vai ser uma festa do pijama então. –Respondi vencida. Eu realmente precisava de um pouco de ânimo depois de tudo que passamos no hospital. Sei que Thalia está muito pior, mas nesses anos todos nós aprendemos a dar o espaço que ela precisa. E também ela sempre quer nos ver alegres, não iria ajudá-la se eu começasse a chorar descontroladamente.

EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEBAAAAAAAA! Ok vamos praí daqui a pouco! Beijos Si! —Sua animação era tanta que eu tive que tirar momentaneamente o telefone do ouvido.

—ESPERA! –Berrei me lembrando de algo importante. –Nada de pijamas indecentes hein? –Ri.

Aaaaaah... Sem graça você hein? Ok...

—Beijo. –Ri e desliguei o telefone indo para o banho. Tomei um banho quente que quase me fez ir direto pra cama. Coloquei meu pijama favorito e fiquei só de meias mesmo.

Selecionei alguns filmes, a maioria de aventura, mas no meio desses, alguns de suspense, terror e comédia. Apenas um de romance. Por que afinal, além de Charles viriam Connor e Travis. Ver romance com esses dois está fora de cogitação. Arrumei a sala, deixando no chão tantas almofadas espalhadas que parecia um sofá, peguei travesseiros e cobertores por ser mais uma noite fria típica de Londres. Dei uma rápida arrumada na casa, por que ter três adolescentes meninas em casa acaba deixando tudo meio que de pernas pro ar.

Enquanto lavava a louça um pensamento me rondava: O que será que Annabeth e Percy estavam fazendo? Tenho minhas ideias... Nada maliciosas é claro.

Annie já tinha me contado que gostava dele a um tempo, eu sempre apoiei ela e a ajudei. Engraçado não? Eu ajudando a Annie e nem consigo me ajudar! Mas deixemos meus “mil dramas” para lá, a campainha estava tocando. Quando abri dei de cara com três corpos quase nus. Travis vai me pagar.

—Oiiiiiiiiiiii Silena! Para de babar em cima de mim, por favor? –Connor me olhava com cara de safado. Os três estavam apenas com calças moletom e meias.

—Oi Connor querido, oi Charles e oi Travis amado! –Falei com toda a ironia que consegui. –Que parte de “nada de pijamas indecentes” você não entendeu?

—O nada. –Ele disse dando de ombros e rindo com os outros dois. Charles me deu um abraço e Connor e Travis me esmagaram (esmagaram porque pra mim aquilo foi uma tentativa de assassinato não um abraço).

—Entrem meninos, o que trouxeram? –Perguntei já vasculhando uma das sacolas. Os três já estavam jogados no amontoado de almofadas. Charles fuçava uma sacola também, Connor estava brincando com um ursinho perdido por ali e Travis remexia os filmes.

—Ah... Fiquem à vontade. –Disse sabendo que eles já estavam. –Vou preparar as pipocas.

Fui para a cozinha e coloquei o primeiro saco de pipocas no microondas, que diga-se de passagem é um eletrodoméstico dos deuses.

Me apoiei na pia e deixei meus pensamentos vagarem. Eu precisava organizar minha mente.

—O que houve com a Thalia hoje de manhã? –Uma voz me tirou de meus devaneios. Sem perceber uma lágrima havia escorrido de meus olhos para minha bochecha, a limpei rapidamente e me virei pro moreno alto que me encarava. –Hey, o que houve com você também? –Seu sorriso se desfez e ele passou os dedos pela minha bochecha, me provocando arrepios.

—É o pai dela Charles... Ele está morrendo... Ele nos recebeu tão bem quando pedimos para morar com Thalia... Ele era um pai ausente, com certeza... Mas também um homem tão bom... –Não me aguentei e falei tudo, ao final já estava soluçando enquanto ele me abraçava. Há muito tempo a pipoca estava pronta.

—Calma Si, calma... Eu sinto muito por ele, de verdade. E quantas vezes eu tenho que repetir? Não precisa guardar as coisas pra você, ok? Eu estou aqui e sempre estarei. –Quando ele disse isso eu não consegui me segurar. O homem que eu descobri que amava pouco tempo atrás estava na minha frente (sem camisa) dizendo que estaria comigo sempre. Eu não podia e nem queria me segurar. Pulei em seu pescoço e colei nossos lábios. Foi apenas um juntar afoito de bocas no começo, mas depois da surpresa ele me recebeu em seus braços e sua língua explorou minha boca com sofreguidão. Parecia que todos os meus órgãos estavam numa dança maluca dentro de mim, meu coração estava acelerado, mas também parado, meu estômago estava sendo invadido por pequenas borboletas, mas ao mesmo tempo eu nem sabia se ainda o possuía. E meu cérebro? Completamente desligado. Incrível como o contato com alguém pode fazer tudo isso.

Nos separamos somente quando o ar faltou para ambos.

—Uow... -Não sei o que ele iria falar, pois fomos interrompidos.

—CHARLES! VEM AQUI AGORA! O CONNOR TA ACABANDO COM NOSSAS DENTADURAS! –A voz de Travis chegou até nossos ouvidos e nos separamos rapidamente ao lembrar que não estávamos sozinhos na casa.

Maldito Travis! Esse garoto ta louquinho pra morrer!

Antes de ir atender o chamado, Charles chegou perto de mim e respirou profundamente em meu pescoço me gerando uma onda de arrepios, que vinham da ponta do dedão até a raiz dos cabelos. Me deixou ali chocada, feliz, vermelha e sem reação.

Acabei de preparar os outros dois sacos de pipoca e fui para a sala onde os meninos já estavam colocando o primeiro filme. Me sentei escorada no sofá no meio de Charles e Connor, Travis estava ao seu lado. Os gêmeos já atacavam os sacos de pipoca obrigando a mim e ao Charles dividirmos a mesma.

O filme estava bom, eles haviam escolhido um de terror, o que é a cara deles. Não pude deixar de notar que Charles estava sorrindo para o nada, será que ele gostou tanto quanto eu? Meio bizarro esse meu pensamento, ri sozinha. Connor me olhou com cara que “What?” ignorei e voltei a prestar atenção no filme. Numa determinada parte do filme eu me tapei com os cobertores pra não ver, os garotos riram de mim.

Depois de muitos sustos por minha parte o filme acabou. Era bom e eu poder me agarrar no braço musculoso de Charles era muito bom. Colocamos outro filme, este de aventura, acho. Eu já estava exausta, mas topei, o dia havia sido muito grande.

Na metade do filme Connor e Travis já dormiam, dormiam feito os anjos que não eram acordados. Eu e Charles cobrimos eles, Connor dormia com uma mão no cabelo de Travis, que estava completamente estarrado no chão. Seria engraçado se não fosse tão fofo.

Desistimos do filme e decidimos dormir.

—Hm... Boa noite. –Sussurrei para Charles.

—Espera... Vem aqui. –Ele me puxou e saiu andando. Subimos até o terraço, estava muito frio, mas eu estava curiosa demais pra não ir. Cheguei primeiro lá encima e fiquei observando o céu, era uma noite linda. A lua estava brilhante e pequenas estrelas iluminavam o grande manto escuro da noite.

—Olha uma estrela cadente! Faz um pedido! –Falei toda animada ainda olhando pro céu.

—Namora comigo? –Pensei que não tinha ouvido direito e lentamente voltei meus olhos ao moreno que estava ajoelhado com uma pequena caixinha de veludo preto em mãos. Não consegui me segurar e chorei. Como dizer não quando o garoto que você ama está na sua frente ajoelhado, sem camisa e com olhinhos pidões? Não tem como. Eu estava tão alegre que não consegui proferir nenhuma palavra de imediato. Ele me olhou apreensivo e eu pulei em seu pescoço.

—Aceito! Aceito, aceito!!! –Falei alto deixando toda minha alegria transparecer nessas palavras. Ele devolveu meu abraço logo se levantando e me beijando. Seu beijo me tirava da órbita terrestre e me transportava pra outro mundo. Quando nos separamos nós dois possuíamos aqueles sorrisos que só os apaixonados conhecem. Ele segurou minha mão e colocou a bela aliança em meu dedo, logo depois fazendo uma trilha de beijos que ia da minha mão até minha boca. Eu não conseguia expressar tamanha felicidade dentro de mim. Nem tentei colocar todo esse sentimento em palavras, sei que seria em vão. Não sei quanto tempo ficamos ali, mas o frio não importava mais. Não com aquele corpo moreno e quente grudado em mim. Quando descemos eu me senti a pessoa mais feliz da Terra.

Nos deitamos nas almofadas próximas dos gêmeos e nos cobrimos, ele me abraçou e dormimos assim.

—Boa noite minha namorada. –Ouvi sua voz distante enquanto caía na inconsciência.

—Boa noite meu namorado.

 

X - - - - - X - - - - - X

 

Acordei com meu celular tocando em meu quarto, levantei e corri em disparada, nem sequer olhei as horas. Só pulei por cima dos gêmeos e me desgarrei de Charles. Era Annabeth que me ligava. Atendi.

Silena?

—Não, é o papa amiga. –Rimos, mas seu riso era nervoso. –Annie... O que houve? –Parte de mim já sabia o motivo da ligação, mas minha parte mais ingênua gostaria de não saber.

O pai da Thalia... Zeus... Ele... Oh meus deuses... Eu soube agora pouco. O enterro vai ser daqui a duas horas. Thalia pediu que você, Connor, Travis e Charles viessem. Eu e Percy já estamos aqui... É o cemitério na parte rural de Londres, sabe? Venham o quanto antes. Thalia está muito mal Silena, ela precisa de todos nós. —Tudo o que eu mais temia havia acontecido. Eu podia ouvir Annabeth chorando do outro lado da linha, misturado com o som que eu mesma fazia enquanto me debulhava em lágrimas. E Thalia? Oh pelos deuses... Ela deve estar muito pior que nós duas. Será que estava controlada? Será que Nico estava lá? Pode não ter nada a ver, mas Thalia sempre fica mais calma com Nico por perto. O Di Ângelo estava dobrando minha amiga como Luke jamais conseguiu.

Meus pensamentos começaram a divagar e eu apertei com mais força o celular para ter certeza que ainda estava ali.

—Ok, daqui a pouco estamos indo praí. –Arranjei forças para falar isso e desliguei o aparelho.

Não conseguia me mover. Apenas me deixei cair ao chão e chorei.

Por que isso tinha que acontecer agora? Thalia e Nico estão tão bem, ela havia perdoado seu pai, Annie e Percy estavam finalmente se “entendendo” e eu e Charles... Por que nós não conseguimos nenhum tempo de paz?

Olhei para os garotos que ainda dormiam na sala e me desabei em lágrimas. Estava tudo tão escuro e sombrio.

A partir daquela hora meus pensamentos devanearam e a única coisa que eu era capaz de fazer era chorar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Falem comigo )):
bjoooooooooooos
até o próximo (Espero não demorar)
amo vocês minhas amorinhas :3
bjão *-*