Waiting For The End escrita por Raquel


Capítulo 13
Faint


Notas iniciais do capítulo

OIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIE AMORAS DA MINHA VIDA!!!
Demorei loucamente né? Desculpem, tudo por aqui anda de pernas pro ar!
Gente, o que eu fiz pra merecer leitores como vocês? Hein? o que eu fiz? Meu Deus... Vocês não sabem como me deixam feliz, vocês não sabem como eu choro de ver cada review, simples ou complexo, vocês não sabem como eu me derramei em lágrimas depois de ganhar DUAS recomendações. Obrigado gente, por tudo mesmo, sem vocês não há Waiting For The End. Obrigado.
~~Música do capítulo é Faint do Linkin Park, se vocês quizerem escutar enquanto estão lendo: http://letras.terra.com.br/linkin-park/429154/traducao.html (ja coloquei assim pra vocês verem a tradução :33' bjoos)
Capítulo dedicado as duas amoras suculentamente suculentas : SexyBlackPearl e minha perfeita Bess!!! *-* E a todos que me deixam reviews e me ajudam a continuar! bjoooo Aproveitem...



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POV Thalia Grace

Uma semana se passou nesse ritmo, foi meio sufocante, mas eu estava adorando tudo! Não ocorreram mais "acidentes" e Nico estranhamente me agradeceu por isso. Já era sexta feira, o meu dia preferido da semana, pois tinha aula só meio período e foi isso que me incentivou a levantar da minha cama fofa e aconchegante. Tomei uma ducha fria contra a vontade de meu corpo molenga e acordei de verdade. Ouvi uma movimentação na cozinha, então deduzi que as garotas já estavam acordadas. Terminei meu banho me sentindo revigorada. O que uma ducha fria não faz com a gente hein? Acabei de fazer minha higiene e sequei meus cabelos, a garota do espelho tinha uma mecha azul muito bonita, olhos azuis elétricos e uma cara de sono que eu vou te contar... Ri enquanto pensava no como eu tava sendo infantil. Acabei de seca-lo e fui escolher minha roupa. Decidi por uma calça jeans preta, uma blusa básica com uma jaqueta listrada por cima (o dia amanhecera frio) e um all star preto de cano médio. Não demorei muito a escolher meus acessórios, tenho normalmente muita preguiça de me arrumar nas sextas, optei por um colar com uma caveirinha sorridente e um bracelete preto, sem anéis hoje. Peguei minha mochila e meu skate e saí do quarto, joguei tudo no sofá e olhei em volta buscando as garotas com o olhar.

—Bom dia Thalia! Como tá bonita hein? -Annabeth me recebeu com um sorriso no rosto e panquecas na mão. Ela estava radiante hoje, acho que isso tem nome, mas deixemos pra lá...

—Bom dia Annie. Ohh que gentileza a sua! Mas eu sei. Estou linda. -Brinquei e ela me deu a língua. -Nossa Annie, você está maravilhosa! -Falei como se fosse a coisa mais inusitada que pudesse acontecer, quando na verdade não era, Annabeth era linda e hoje havia caprichado no visual.

—Hey! Tome cuidado com suas palavras, ou não come minha especialidade hoje! -Ela me ameaçou apontando uma frigideira pro meu peito, eu ri.

—Nossa você tem especialidade? Nem sabia que conseguia cozinhar... -Falei dando de ombros e rindo ao ver sua careta ameaçadora.

—Thalia Grace, engula suas palavras se quiser comer! -Ela apontava insistentemente a frigideira em minha direção e estava com os olhos cerrados. Não deu nem tempo para eu responder nós caímos na gargalhada. Me aproximei da mesa e fui arrumando-a, pegando copos, talheres, pratos etc.

—Cadê a Silena? -Perguntei enquanto acabava de por tudo na mesa, Annie já estava virada pro fogão.

—Já deve estar vindo, ela se atrasou no banho provavelmente. -Ela respondeu dando de ombros.

—Hmm... Ok.

—Boooooooooom dia meninas! -Silena meio que escancarou a porta e veio falar conosco com um bom humor palpável.

—Bom dia Silena. -Respondi olhando-a, ela estava linda, muito muito linda. -Uow, você tá um arraso hein?

—Awwn Thalia, obrigado, você também está linda... Meio gótico seu estilo, gostei.

—Gostou?! Nossa, alguns garotos por aí andam mudando os ânimos por aqui, primeiro a Annabeth e depois você? Uau hein... -Falei enquanto colocava um bom pedaço da panqueca já pronta em meu prato. Silena e Annie apenas ruborizaram e riram.

—Bom dia Silena, vem comer. -Annie a chamou já sentando na minha frente.

—Estão as duas muito lindas! -Silena se aproximou sentando-se. Tomamos nosso café descontraidamente e demos os últimos retoques no visual (e no rosto diga-se de passagem...) e fomos para a garagem. Dei bom dia ao meu carro e entramos, Silena foi na frente comigo depois de um protesto pelo espaço ocupado pelo meu skate, eu dei de ombros e Annie cedeu, indo atras com nossas coisas.

Dirigi lentamente até a escola por ainda ser cedo, fui o caminho todo admirando a paisagem. Londres é muito bonita nesses dias chuvosos e frios, por ainda ser quase o alvorecer havia uma leve neblina por suas ruas, onde londrinos aproveitavam a manhã e a quietude. Eu acho Londres incrível, as pessoas não eram apressadas como em cidades grandes, pelo contrário, as pessoas eram simpáticas e andavam sem pressa, aproveitando tudo ao redor, as árvores gotejantes nos parques, as flores que as acompanhavam na calçada, os pássaros que acordavam tão cedo e já cantavam para a alegria de todos. Londres é maravilhosa e eu amo poder morar aqui.

Olhei para o lado e constatei que Silena estava viajando no mesmo mundo que eu. Mas como tudo que é bom dura pouco chegamos na escola. Saímos do carro tranquilamente, algumas pessoas ainda nos olhavam, mas aprendemos a ignora-las.

—Boooom dia garotas! -Connor e Travis vinham em nossa direção de braços abertos enquanto Nico, Percy e Charles estavam mais atrás encostados no carro do Percy. Os dois abraçaram Silena e Annie me deixando sozinha no meio, fiz beicinho e os garotos começaram a rir e a se aproximar.

—Abraço triplo! -Nico gritou e ele, Percy e Charles vieram pra cima de mim e me espremeram em um "abraço triplo".

—Boooooooooom dia Thalia!!!! -Berraram os três juntos me esmagando e me descabelando. Comecei a rir junto enquanto me soltavam e dei bom dia para os garotos.

—Me esqueceram né? -Disse para Connor e Travis fingindo choro.

—Quem é você? -Travis perguntou cerrando os olhos.

—É a Thalia seu babaca... Mas uau hein? -Connor riu travesso e eu tava meio que WHY?!

—Noooooossa que milagre fizeram em você? Está linda! -Travis declarou se aproximando. Minha boca abriu-se num O perfeito, mas logo caí na risada. Connor chegou e me fez girar num eixo imaginário, ri e acompanhei o movimento.

—Ela é linda ou não é? -Connor falou risonho e nossos amigos ao redor bateram palmas atraindo alguns olhares e gritaram "YEH", "SIM, COM CERTEZA", eu ri e ele finalmente me soltou e me abraçou rindo.

—OLHA A SAFADEZA! -Travis gritou e seu gêmeo me largou me lançando uma piscadela marota.

Continuamos a conversar normalmente até eu ser interrompida pelo meu celular.

 

Cause I remember every sunset

I remember every word you said

We were never gonna say goodbye

Singin' la-da-da-da-da

Tell me how to get back to

Back to summer paradise with you

And I'll be there in a heartbeat

Oh-oh

I'll be there in a heartbeat

Oh-oh

 

Atendi enquanto os garotos começaram a tocar violões imaginários e cantar desafinadamente, menos meu Nico, ele cantou bem. Quero dizer... Menos o Nico. O número era desconhecido, atendi curiosa.

 

—Alô?

—Olá, você seria... Hm... Thalia Grace?

—Sim, quem é?

—Aaah, desculpe. Aqui é do Hospital de St. Mary.

—Hospital? O que houve?

—Seu pai é Zeus Grace? Ele está aqui... Bem garota... Não quero falar por telefone, mas ele está mal... Eu diria em estado terminal e tememos que ele não passe desse fim de semana. Ele pediu para que nós não te importunássemos... Mas o quadro dele está muito grave... Bem, se você puder, deve vir vê-lo querida... Oh, eu sinto muito por te falar por telefone, mas não podíamos deixa-lo morrer sozinho aqui.

—Ok.

Desliguei atordoada e me virei para meus amigos que conversavam normalmente, menos Annabeth, que me olhava apreensiva. Ela me conhecia como ninguém e provavelmente leu minhas expressões. Chamei-a com a mão e ela se aproximou rapidamente.

—O que houve Thalia? -Seu tom era baixo e preocupado.

—Meu pai... -Minha voz saiu muito embargada e eu tinha medo de não conseguir completar a frase. -Ele está no St. Mary... Preciso ir... Ele... Bem, ele está mal... Não posso ficar na aula hoje. -Parei de súbito sentindo que iria chorar, mas não podia, não na frente de Annie, ela entendeu me abraçou e beijou minhas bochechas. Saí correndo até meu carro entrei e dei uma ré desesperada, acabei saindo cantando pneu.

Já correndo pra lá comecei a chorar, lágrimas grossas e traiçoeiras rolavam pelo meu rosto, mas eu não ligava. Meu pai... O único que me amou nesses anos todos estava morrendo. Eu sentia uma parte de mim que estava sob ataque. Enquanto tomava a estrada principal em alta velocidade, várias memórias bombardeavam minha mente.

A primeira audiência para ver com quem eu deveria ficar, quando eu tinha apenas quatro anos.

Mesmo sendo muito pequena eu me lembro como se fosse ontem.

A última das audiências.

Eu tinha sete anos já, havia demorado um pouco demais. Decidiram que eu ficaria com minha mãe até fazer dezoito anos. Eu não queria e me agarrei ao meu pai, que chorava. Eu nunca tinha visto ele chorar.

A primeira vez que tentei suicídio.

Foi na mesma noite após a audiência, depois que mamãe me apresentou o namorado dela. Minha mãe me levou ao hospital, eu já estava inconsciente, mas lembro de acordar durante o dia ou a noite, não me lembro, num quarto do hospital com uma faixa em volta do pulso e ouvi minha mãe conversando com o namorado maldito dela... "Se essa pirralha morrer vou ficar sem a pensão!"

Todos os dias e noites que eu fiquei trancafiada no quarto chorando, sem comida e sem poder sair.

Isso era muito frequente, ela se irritava facilmente comigo.

Todas as noites em... Em que...

A primeira vez que fugi para a casa de meu pai e aquela louca veio me buscar.

Ela me tratou como uma filha de verdade na frente dele, mas quando chegamos em "casa" ...

A segunda vez que tentei suicídio.

Dessa vez eu estava com doze anos, já adepta do meu estilo atual e fiz a tentativa com a ajuda de uma faca no meu quarto. Dessa vez quase deu certo, havia sido na jugular. Porém me acharam antes de poder dar certo. Meu pai me achou. Depois disso ele me arranjou esse apartamento e uma babá, ele não queria ficar comigo por que mal sabia cuidar de si mesmo e vivia para o trabalho, ele era dono de uma grande empresa em Londres. E sim, eu estava morando sozinha com doze anos. Ele pagou bem minha mãe pra ela calar a boca, então fiquei em paz, ela nunca mais quis me ver, ou saber como eu estava.

Tudo vinha em minha mente como facas afiadas perfurando minha alma e a fazendo sangrar.

Não sei como consegui chegar no St. Mary, mas cheguei. Estacionei de qualquer jeito e saí correndo para a entrada.

—Posso ajudar? -Uma enfermeira estava atrás do balcão de atendimento e preenchia um formulário qualquer. Deve ter se assustado com meu rosto, não a culpo, depois de tanto rímel, lápis e choro minha cara não devia ser das melhores.

—Sim, eu estou procurando Zeus Grace, sou sua filha Thalia Grace. -Quando pronunciei o nome de meu pai meu peito se apertou em um nó dolorido e mais lágrimas escorreram por meus olhos.

—Ohh... Thalia. Venha cá, sente-se. Conversaremos e depois eu a levo para vê-lo, ok? Ele está fazendo exames. -Ela tinha um sorriso triste nos lábios e uma amabilidade que me fez sentar e esperar o que viria. Ela vendo que eu não perguntaria começou. -Ele chegou aqui quarta-feira com muita dor de cabeça, fizemos alguns exames e decidimos deixa-lo internado. O quadro dele de lá pra cá só piorou, ontem perguntamos para ele se não tinha ninguém que ele quisesse... Bem, se despedir, e ele não nos respondeu. Hoje pela manhã o quadro dele se agravou muito e ele começou a repetir seu nome com muita insistência enquanto tentávamos acalmá-lo. Com algum esforço achamos seu número. -Eu olhava para ela com a dor transparecendo pelos meus olhos, era como se milhões de pequenos parasitas mordessem e mastigassem minha alma, como se meu coração fosse transpassado com um punhal, mas eu não conseguia entender o que houve com ele.

—O que ele tem? -Minha voz saiu rouca e profundamente embargada, minha dor era palpável através das palavras.

—Ohh... Bem minha querida, ele tem esse problema a um bom tempo, porém não se cuidou direito, o que fez se espalhar pelo corpo... E bem, ele está em suas últimas forças, tememos que não passe desse fim de semana... E nossa... Eu sinto muito, não podemos fazer mais nada por ele... Está muito debilitado... -Ela me olhava não com pena, mas uma dose de compreensão que me surpreendeu, ela pegara minha mão entre as suas e apenas me encarava. E eu de súbito entendi.

Meu pai só estava esperando a morte.

Eu vim vê-lo morrer.

—Mas o que ele tem? -Perguntei num sussurro quase inaudível.

—Seu pai tem um tumor no cérebro.

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Notas finais do capítulo

O que acharam? ' - ' Tentei fazer o melhor possivel... Hey! O que acharam das roupas? Comentem pra mim amoras lindas *-* bjos amo vocês, e se cuidem!
Até o próximo bjooooooooooooooooooooooooooooos ♥'
P.s O hospital de St. Mary existe e é em Londres.
P.s.s O toque do celular da Thalia é Summer Paradise do Simple Plan, pra quem quizer ouvir:
http://letras.terra.com.br/simple-plan/summer-paradise-feat-sean-paul/#traducao (adoro essa música)
até *-*