Angel Being Pampered [Hiato] escrita por biazacha
Notas iniciais do capítulo
Estou meio nervosa com essa fic, é de uma ideia que me surgiu a muito tempo e nunca consegui desenvolver... bom, espero que gostem!
A hora do almoço. Um dos momentos mais sagrados e importantes do dia, não sem um motivo especial: comida. Muita comida. E isso era tudo que Allen precisava no momento.
–Allen-kun. – disse uma voz doce e feminina atrás de si.
–Hoi Reranee, há alnohou? – perguntou ele, milagrosamente não cuspindo comida alguma ao abrir a boca. A prática fazia diferença.
–Na verdade já – ela estava acostumada com os modos do amigo à mesa – e meu irmão quer falar conosco, acho que temos uma missão; em quanto tempo você acaba de comer?
–Ra...nhus... – ele fez uma pausa e engoliu sua comida – dez minutos. – ela olhou automaticamente para a pilha de comida e discordou dele mentalmente.
E oito minutos depois, para sua completa descrença, ambos iam a caminho do supervisor. Os corredores pareciam mais agitados que nunca; entre ataques dos Noah e a intervenção cada vez mais constante do Vaticano nos assuntos da Ordem, o lugar que ela a tanto custo aprendera a chamar de lar era mais estranho que nunca aos seus olhos. Duas figuras se destacaram; dois homens altos, um com os olhos fechados e fones de ouvido e o outro com um comprido e lustroso cabelo preto.
–Kanda! Marie! – ela gritava e acenava , enquanto o garoto ao seu lado fazia uma careta de desgosto, a mesma expressão do outro de cabelos longos.
–Lenalee, Allen, algum problema? – perguntou gentilmente o mais alto.
–Não se preocupe Marie – esclareceu a menina – meu irmão quer ver a mim, Allen e Kanda.
–O Kanda vai junto?! – a indignação era explícita na voz de Allen.
–Acha que gosto disso moyashi? – perguntou ele raivosamente.
–Eu já disse mil vezes que é Allen!
–Tsc. – as ondas de hostilidades eram quase visíveis.
–Parem com isso vocês dois! – disse Lenalee, batendo na cabeça dos dois com força.
Marie se despediu deles e foi em frente, deixando dois garotos contrariados e de crânio latejante com uma garota determinada.
Depois de um tempo caminhando no mais completo silêncio, ela tentou em vão puxar assunto com seus colegas exorcistas – era a primeira vez desde que mudaram para a nova sede mais próxima de Londres que ela via Allen livre de Link ou do Inspetor, ambos chamados às pressas para Roma. O clima ficou mais leve em todo o Quartel.
Mas a mesa de seu irmão parecia mais mergulhada no caos que nunca; a pilha de papéis misturada com carimbos, canetas, manchas de café e até teias de aranha escorregava em cascatas pelas laterais e era impossível vê-lo, mas os seus roncos estavam no mínimo identificáveis, o que facilitava a busca.
–Maninho! Maninho! MANINHO! – ela balançava seu ombro freneticamente, mas nenhum sinal de que ele despertava. Os dois garotos se irritaram.
–Anda supervisor Komui! – reclamou Allen, dando um soco na boina dele; tinha algo duro em seu interior que o fez se afastar de imediato.
–TSC- Kanda cutucava as costas dele de modo nem um pouco delicado com a ponta da Mugen.
–Vejo que tudo está saindo exatamente como eu previa! – disse uma voz mais que conhecida na porta da sala; antes que qualquer um deles pudesse reagir, o supervisor puxou Lenalee pelo braço e gritou – Komurin Prime, modo de ataque!
O suposto Komui adormecido ganhou vida e sacou duas lâminas de aspecto bem letal, partindo para cima deles e atingindo Allen e Kanda direto na nuca.
...
–Bom, eu só queria um teste real, entendem? Eu tinha certeza de que nada ruim aconteceria. – dizia Komui, com uma bolsa de gelo no inchaço de seu rosto, causado por um golpe.
–Supervisor, nem comece a se justificar.
–O que está fazendo aqui Encarregado Reever? – perguntou ele com um ar sorridente.
–Estou com os gastos para o concerto de tudo o que o esse seu novo robô homicida destruiu antes de Allen e Kanda acabarem com ele. – disse ele estendendo uma pilha de papéis em seus braços para o chefe.
–Maninho, pode falar de uma vez o motivo de ter nos chamado aqui, antes que você resolva fugir para as cozinhas? – perguntou Lenalee cansada.
–Lenalee minha irmã querida! Você está pálida, cansada, tão fraca! Dói em mim ver sua beleza sendo gasta pela companhia forçada com esses brutos...
–SU-PER-VISOOOOOR!! – gritaram os dois jovens, sacando suas inocences.
...
–Bem, como eu ia dizendo antes de ser interrompido... – começou Komui com uma bolsa de sangue na veia, graças à hemorragia vinda de novos golpes.
–Você não estava dizendo nada relacionado à missão. – interrompeu sua nova assistente.
–Enfim, dessa vez vocês três farão uma missão especial. – retomou o chinês.
–Especial por quê? – quis saber sua irmã, já desconfiada.
–Não se preocupe, nada muito perigoso Lenalee. – garantiu ele; mas ninguém deixou passar o uso do “nada muito”. – Ela é especial – continuou ele, ignorando os olhares de todos presentes – porque envolve o tempo.
–Tempo? Então Miranda não devia vir com a gente?
–Não Allen, não é o tempo dessa forma – explicou Reever – mas sim uma viagem no tempo.
–Viagem no tempo?! – questionaram os três em choque.
–Pensei que tais coisas não fossem possíveis. – disse a menina.
–O tempo é relativo, minha irmãzinha querida, e o que vocês verão é a previsão atual.
–Previsão atual?
–Isso mesmo Lenalee, é o futuro a partir do mundo de agora, mas se daqui a um mês ganharmos ou perdemos para o Conde, esse futuro se modificará. – explicou Reever.
–Então é um futuro onde o Conde ainda existe e a guerra não foi decidida? – quis saber Allen.
–Como um resumo, é isso mesmo. – disse o Supervisor – em nossos estudos, detectamos uma Innocence muito forte nesse futuro, provavelmente já sincronizada; e depois do incidente com o nível 4 e a invasão, precisamos mais que nunca de novos apóstolos.
–Sabem em que país vamos parar? – perguntou Kanda, com total descrença.
–Japão. – os arrepios na espinha dos três exorcistas eram justificáveis; ninguém havia se recuperado totalmente de Edo. – Vocês foram matriculados pelos finders que foram na frente no colégio onde ela sem dúvidas está, e a tarefa é encontrá-la.
–Como é uma projeção do futuro atual, existe a possibilidade de encontros com os Noah e talvez com níveis 4; no geral mandaríamos generais, mas buscar novos compatíveis se tornou a tarefa máxima de cada um deles e no momento Cross está detido pela Central, de modo que não poderá ser útil. – Allen sentiu a costumeira bile na garganta a menção de seu Mestre.
Eles foram encaminhados para uma parte do laboratório, no lado oposto a entrada para a Arca, onde havia uma espécie de portal ligado a diversos fios, com uma luz arroxeada e sinistra. Os três trocaram olhares apreensivos, mas depois de dramáticas despedidas por parte do Supervisor e sua equipe, partiram em direção ao futuro.
Saíram direto em uma sala e não puderam deixar de se decepcionar; era tudo tão parecido com o que eles estavam acostumados que nem parecia que tinham ido parar no século XXI.
–Senhores exorcistas – se apresentou um finder – fomos encarregados de tornar sua adaptação o mais fácil e breve possível – isso explicava o motivo do cômodo clássico – mas devemos alertá-los de que tudo é realmente muito diferente nessa era. - eles assentiram um pouco ansiosos – se nos seguirem, iremos mostrar os quartos onde irão dormir, bem como explicar detalhes desse mundo e do disfarce bolado para vocês.
O resto da enorme mansão mudava aqui e ali, muitas vezes com maquinário muito diferente para ser identificado. Como os “automóveis”, “micro-ondas” e a “internet”. Seus quartos eram gigantes e cheios de conforto, bem diferentes dos recintos simples no Quartel.
Suas roupas diárias de hoje em diante seriam um terno azul, com calças pretas, camisa branca e gravata para Allen e Kanda e um vestido amarelo e uma fita rosa para Lenalee, uniformes do colégio de bilionários onde estavam matriculados.
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