Digimon Adventure 03 - O Brasão Lendário escrita por Caelum


Capítulo 7
Capítulo 6 - Descobertas & Ataques.


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Mais um capítulo fresquinho saindo do forno para vocês!
Plateia inexistente: Ebaaaaaaa! *aplausos*
Aproveitem! :D



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–Nós precisamos descobrir onde os outros estão. – Disse Tai determinadamente, olhando para cada um de seus amigos.

Ele, Mimi, Kari, Joe e Yolei estavam sentados em uma roda, na grama, bem perto do lago. Seus rostos estavam preocupados e bem cansados. Joe concluíra que Mimi não tinha quebrado a perna, ela tinha torcido, melhoraria em pouco tempo, apesar de ela falar que nunca mais andaria em toda a sua vida.

–Eles ainda estão debaixo d’água, Tai. – Joe o lembrou do jeito mais calmo que conseguiu.

–E você quer desistir de encontrá-los? – Tai levantou uma sobrancelha.

–Longe disso. – disse Joe. – Mas, pense bem, estamos exaustos, como nós o salvaríamos?

–Precisamos tentar.

–Sim, nós precisamos. – Joe concordou com o amigo. – Mas não podemos tomar decisões apressadas, isso só tornaria as coisas mais difíceis.

Tai suspirou, apoiando a bochecha direita na mão.

–Vocês acham que eles estão... – Mimi não terminou a frase. Ela engoliu em seco, olhando a água do lago, que agora estava numa certa inquietação estranha.

–Não. – a voz de Kari tremeu. – Eles não...

–Como eles iriam se salvar? – Yolei questionou, triste. – Nós conseguimos sair rapidamente, mas eles...

–Estão vivos. – Kari insistiu.

–Como? – Joe perguntou.

–Gennai poderia ter os salvado... – a menina tentou.

–E onde está Gennai? – Joe levantou uma sobrancelha.

Kari calou-se, olhando para o próprio sapato.

–O que vocês acham que foi aquela explosão? – ela sussurrou.

–O mesmo ser que destruiu a Cidade do Princípio. – Disse Yolei. – Ele consegue controlar os dados. E, no momento, nós mesmos somos dados. Precisamos sair do Digimundo. Antes... – sua voz falhou, ela mordeu o lábio. – Antes que explodam a nossa cara.

–Não sem os outros. – Tai falou.

–Nós precisamos acreditar que eles estão bem. – Mimi disse, brincando com seu cabelo, tentando parecer calma. A imagem de Izzy e Sora sorrindo alegremente apareceu em sua mente. Oh não, ela não iria perder seus amigos. – Todos eles. Inclusive os Digimons e Gennai. – ela completou.

Tai assentiu, concordando e perguntando-se em pensamento se Agumon sabia nadar bem.

–Aposto que eles conseguiram. De algum jeito, eles conseguiram.

–Gomamon poderia ter os ajudado. – Joe lembrou, e uma ponta de esperança surgiu nele. – Vocês estão certos, desculpe. Precisamos acreditar.

–Esse é o espírito! – Tai vibrou, sorrindo. – E, afinal, esse é o Digimundo, não é? Quantas coisas malucas já aconteceram conosco e nos mantiveram vivos?

–Muitas. – Mimi sorriu. Yolei e Kari assentiram, compreensivas.

–Encontraremos nossos amigos e daremos um jeito de fazer com que o Digimundo volte ao normal! – Yolei sorriu.

Os cinco se entreolharam, compartilhando os mesmos pensamentos, agora mais dispostos à ajudar seus amigos. Eles nunca deveriam desanimar. A vida deles dependia da força de vontade em vencer, em nunca desistir.

–Percam as esperanças, Digiescolhidos. – Uma voz fria como gelo, parecendo meio divertida e maníaca, atravessou o ar, assustando a todos e acabando com o sentimento feliz. O som sinistro ecoou por todo o Digimundo, num sussurro apavorante. – Todos você morrerão em breve.

Eles congelaram, de olhos arregalados, quando uma risadinha psicótica tocou em seus ouvidos.

A voz vinha da floresta que cercava o lago, parecia muito longe... E mesmo assim muito perto. Muito, muito perto. Perto até demais. Um vento forte, frio e levemente arrepiante, começou na floresta, agitando um pouco mais a água do lago e as folhas das árvores. O sol, contraditoriamente, pareceu escurecer, a grama ficou mais áspera, um trovão retumbou ao longe. O dono da voz alterava os dados, fazendo com que o próprio Digimundo se voltasse contra os Digiescolhidos, indefesos sem seus Digimons.

Tai levantou num pulo, os dentes trincados, olhando em volta. Os outros, menos Mimi, levantam também, olhando alucinadamente para os lados. Yolei e Kari estavam olhando para a esquerda de onde eles tinham feito a roda, Joe e Tai, para a direta, de costas para as duas. Mimi estava um pouquinho mais afastada deles, deitada , quieta e tensa, também olhando para os lados. Não havia nenhum inimigo visível em nenhum lugar. A voz parecia que vinha da própria terra, ou até mesmo do céu. Dos próprios dados.

“Eu... Eu conheço essa voz!” Tai pensou, inquieto.

–Quem está aí? – ele rosnou.

–A Destruição do Mundo Digital. – a voz disse, de um jeito tenebroso.– O Medo. O Caos. O Senhor das Trevas que agora controla o Digimundo. Enfim, me chamem como quiserem, a morte de vocês acontecerá em breve de qualquer maneira.

O vento ficou mais forte e mais congelante, como que para reforçar
as palavras ameaçadoras.

Todos entraram numa espécie de transe, completamente paralisados por nenhuma razão aparente. O próprio tempo parecia ter parado de passar por um momento de silêncio macabro.

–Vocês morreram pelas mãos dos que deviam protegê-los. – A voz
sossrurrou.

O grito agudo e apavorado de Mimi trouxe os Digiescolhidos de volta á realidade.

** Enquanto isso, na caverna.**


–O que foi Izzy? – Cody perguntou, com os olhos brilhando de curiosidade. – Descobriu alguma coisa? – ele se levantou.

O ruivo estava com os olhos vidrados em uma parte da mesa, no centro, que continha o suporte sem nada em cima. Ele não respondeu. Em vez disso, abaixou-se, examinando cuidadosamente alguma coisa na parte mais baixa da mesa, que era presa ao chão.

–Acho que isso foi um “sim”. – Matt sorriu. Sora e Davis inclinaram as cabeças, também curiosos. Ken ficou de pé num pulo. TK observava Izzy, sem saber o que ele encontrara.

Todos foram rapidamente para perto de Izzy, tentando enxergar o que ele fazia, atrás dele. Sem sucesso.

–Então, gênio, o que você descobriu? – Davis perguntou, visivelmente ansioso.

–Alguém pega, por favor, o meu laptop? – ele pediu, ignorando Davis. TK foi até onde ele tinha deixado, entregando à Izzy.

–Então, o que você achou? – Matt também queria saber.

Em vez de responder, Izzy inclinou se para o lado, dando melhor
visão aos seus amigos. Em seguida, ficou de joelhos e mexeu em um pequeno bolso da capa aprova d’água do aparelho. De lá, ele pegou alguns fios e cabos coloridos, que ninguém além dele e de Ken poderiam dizer para que serviam. Escolheu um vermelho, guardando os outros todos. Ele pegou o cabo que escolhera, conectando uma ponta no laptop.

–O que você vai fazer com o outro lado do cabo? – Sora piscou,
confusa, sem ver aonde Izzy poderia conectar a outra ponta, já que não tinha mais nenhum aparelho ali.

–Vou conectar ao Digimundo.

–Como? – Cody perguntou.

–Olhem isso. – Izzy pediu, apontando para a mesa.

Primeiramente, não viram nada de especial na figura bege de mármore. Então, identificaram o que Izzy apontava. Um buraco minúsculo, muito, muito pequeno mesmo, que só seria detectado depois de um tempo de uma análise minuciosa, na estrutura. Era ali que ele iria colocar a outra ponta do cabo.

–E daí? – Davis perguntou, já entediado novamente.

O ruivo revirou os olhos.

–Não é só um buraco, Davis. – ele tentou explicar. – É um tipo de conexão.

–Sim. – Matt confirmou, sem muita necessidade. – Izzy, uma vez,
conectou seu laptop, num programa na parede na fabrica de Andromon. E, outra vez, na esfinge...

–Isso mesmo é o que vocês verão aqui. – ele garantiu rapidamente.

Conectando o tal fio, Izzy digitou algumas coisas e sorriu, satisfeito com o resultado.

A luz da caverna oscilou violentamente, piscando. Um segundo depois, a parede mudou de um jeito bem significativo: A cor mudou para um verde suave, os brasões sumiram, vários números, códigos de computador surgiram de repente, em vermelho, todos numa determinada ordem. Isso lembrou aos mais velhos estarem dentro de um programa novamente, dentro da rede de computador da Terra.

–Nossa! – Cody exclamou, fascinado.

–O que é isso exatamente? – Os olhos de Ken brilhavam, percorrendo os símbolos.

–Informações. Códigos de computador. – ele explicou.

–Como você fez isso? – Davis arfou.

–Estamos dentro do Digimundo, então, em determinados lugares, há um jeito de conectar os dados á nossa volta em um aparelho eletrônico. – Izzy apontou para o laptop.

Um barulho, proveniente do notebook, fez com que as cabeças virassem para o mesmo.

A página, branca com os mesmo códigos presentes na parede em preto, que podem mudar algo no local, caso fossem alterados, começou a mexer-se sozinha. Eles se distanciaram um pouco do aparelho, por precaução. Os números mudaram para outra sequência, e, na frente de todos, apareceu um mapa conhecido, meio transparente, flutuando no ar.

–O que é isso? – Os olhos de Cody se arregalaram.

–É só o mapa do Digimundo. – TK tentou acalmá-lo, lembrando da época em que descobriram onde estavam. – Izzy já o mostrou uma vez para nós também.

–Mas eu não fiz nada dessa vez! Isso apareceu sozinho! – o gênio do computador engasgou.

–Então quem está mostrando isso para nós? – Matt questionou.

–Eu não acho que alguém esteja nos mostrando...

–Como assim, Ken? – Davis perguntou.

–Eu acho que estamos observando os planos de alguém. – ele sussurrou, apontando novamente para o mapa, na frente de todos.

Quase como se fosse para confirmar as palavras do menino, outra coisa surgiu. Era outro mapa, também flutuando no ar, feito de dados de pouco volume, não muito substanciais. O mapa de outro mundo.

–É a Terra? – Sora perguntou baixinho.

–Não. – Izzy negou calmamente. – Não tem rede nesse mundo aí.

Então, surpreendentemente, o mapa do mundo desconhecido até então, moveu-se lentamente até o mapa do Digimundo. Assim, ocupando completamente o espaço do Mundo Digital. Mas não era como uma junção desses dois mundos. Era mais como... Como uma substituição.

As duas imagens sumiram.

–Hum,o que foi isso? – Davis franziu a testa.

–Eu... Não sei. – Izzy suspirou.

A parede começou a brilhar levemente, a cor mudando para laranja, em seguida azul, vermelho, roxo, verde, cinza, amarelo e rosa, os códigos e números ficaram brancos.

O laptop começou a apitar loucamente.

–E agora? – TK perguntou.

Izzy abaixou-se até o aparelho, dando espaço para os outros seis verem também.

Na tela, algo escrito piscou.

–Parece que a parede inseriu dados aqui. – Izzy murmurou.

“As Trevas chegarão para tudo dominar. As crianças escolhidas irão o Digimundo salvar.

A Luz da Coragem fortalece a Esperança, unindo o Amor e a Amizade, lembrando á Sinceridade a Confiança que devemos ter no Conhecimento e a prática da Bondade.

Confiando no Milagre do Destino, a Vida segue...

E enfim Escuridão adormece.”


–Hum? – Ken piscou. – Como assim?

–O que isso significa? – Cody perguntou, com uma expressão confusa no rosto.

Antes que alguém pudesse pensar em responder, algo chacoalha a caverna de forma violenta e destruidora.

–Precisamos sair daqui! – Matt gritou, agarrando a mão de Sora.

Izzy não queria sair de jeito nenhum, ele gostaria de continuar explorando a infinidade de dados e informações que aquela caverna continha. Mas algumas pedras caindo do teto falaram mais alto que sua curiosidade. Ele pegou seu laptop, desconectando o fio. Para seu espanto, a mensagem continuara ali.

–Vamos! – TK gritou. Ele se dirigiu rapidamente à outra saída da caverna, a que era uma passagem para outra caverna, em cima, com passagem pra floresta. Os outros o seguiram obedientes, sem contestar.

***

–Corram! – Joe berrou. Ele carregava, com um pouco de esforço, uma Mimi incapacitada e particularmente irritada com o mundo.

–O que deu na Palmon? Ela me atacou! Ela me atacou! – Ela estrilou, esfregando o braço em que sua própria parceira havia “injetado” um espinho doloroso. – Eu não merecia!

–Não é hora para isso! – Tai a repreendeu, sério.

Os cinco corriam apressados em meio à vegetação, acertando folhas e galho com os braços, perseguidos pelos seus próprios parceiros ensandecidos.

–Alguém faz ideia por que nossos parceiros estão nos atacando? –
Yolei perguntou/gritou.

–Alguém deve estar os controlando! – Kari disse, desviando de um galho que acertaria sua cabeça.

–Mas quem? – berrou Mimi, com um pouco de medo que Joe a soltasse se ela se tornasse um grande incômodo. – Como?

–E eu lá sei? – Yolei gritou de volta, meio irritada.

–Corram! – Tai exclamou. – Mais rápido, pessoal!

Eles depararam-se com um grande tronco de árvore, que dividia o caminho em dois.

–Vocês vão por ali! – Tai disse à Mimi, Joe e Yolei. O menino agarrou a mão da irmã e partiu a arrastando pelo caminho da direita, enquanto os outros iam pela esquerda, já exaustos.

“Talvez, nos dividindo, a gente consiga despistá-los.” Ele pensou.

Correram á toda velocidade.

–Chama neném!

Kari olhou para Tai por um segundo, em pânico. Ele jogou-se no chão junto com ela, e a bola de fogo passou por cima da cabeça dos dois, atravessando o ar pesadamente.

–Agumon! – ele se levantou e virou-se para seu melhor amigo.

O pequeno dinossauro amarelo estava com os olhos vermelho-sangue, cheios de ódio e Trevas dentro de si.

–Esse não é você, Agumon!

Agumon não respondeu, em vez disso, atacou novamente.

–CHAMA NENÉM!

Kari puxou o irmão, pela blusa, para fora da linha de fogo.

–Pessoal! – Alguém chamou.

Os dois viram Yolei agitando os braços alucinadamente, um pouco mais ao longe, num terreno mais aberto, sem tantas árvores. Eles dispararam para lá, sem saber exatamente como a ausência da vegetação, que os esconderia, facilitaria a fuga.

Eles chegaram lá, apoiando as mãos no joelhos, meio curvados de cansaços. Joe respirava ofegante, com um peso extra, a Mimi. Yolei também parecia exausta de fugir dos próprios amigos.

–Nós...

–Peixes marchantes! – a voz de Gomamon gritou, furiosa.

Yolei desviou num pulo dos peixes assassinos, assustada.

–Precisamos sair daqui! Nos esconder! – Joe tentou orientá-los.

–ONDE? – Mimi perguntou. – Debaixo da terra? Debaixo de uma pedra?

Então, de repente, Hawkmon, Tailmon, Agumon, Gomamon e Palmon cercaram os cinco, com sorrisos maníacos e todos com os olhos vermelhos de fúria. Os Digiescolhidos estavam sem saída. Mortos, mais claramente falando.

–Vocês não conseguirão escapar. – Tailmon disse calmamente, quase alegre. Suas garras brilharam. Sua voz estava fria, malévola. Kari estremeceu.

Antes que Joe pensasse em argumentar com Gomamon e os outros sobre os momentos felizes que tiveram juntos, alguém atacou.

–Tiro rápido!

Os mísseis não foram dirigidos aos parceiros, o impacto foi no espaço que tinha entre os Digimons controlados e as crianças, impedindo assim que eles as atacassem. Hawkmon e os outros rosnaram alto, e fugiram, sumindo na floresta, reconhecendo que alguém tinha uma força maior que eles.

Os Digiescolhidos olharam para a figura que os salvara, ficando com a surpresa evidente estampada nos rostos.


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Notas finais do capítulo

Hum, interessante, não é?
Pelo visto, a caverna armazena muitos dados, que contém certas coisas, como mapas de outros mundos, planos maléficoss, estranhas mensagens...
Uma mensagem, será? Ou é algo mais?
E, falando em caverna, que lugar é aquele? Quem o contruíu e o escondeu no lago? Por que tem relação com os Brasões das crianças? O que deveria estar no suporte? Quem era aquela voz que controlava os Digimons? Quem salvou os Digiescolhidos? Por que eles ficaram supresos? Onde está Gennai? E Patamon e os outros?
Já repararam que nas notas finais eu sempre escrevo mais dos que nais iniciais? É por que vocês já leram o capítulo, então estou mais livre para falar.
Bem, eu gostaria de pedir uma coisa.
Eu acho que tenho alguns "leitores fantasmas", que leem e não comentam. Eu gosteria de mais alguns reviews, pois isso me motiva a escrever cada vez mais rápido e melhor para vocês! :D
Obrigada por lerem! Algum comentário? Por favor, eu quero opiniões! Quero palpites sobre o que vocês acham que vai acontecer. :) Talvez eu pare um um tempinho, só para ver se tem mais alguém lendo mesmo. Mas não parará! De jeito nenhum! Até o próximo capítulo! :D
Bia Star Fiction.